Como era gentil o tal Ranger! Já me sentia acolhido nessa organização que mal conhecia. Me peguei planejando ir para Mauville o quão cedo fosse possível para conhecer melhor a empreitada que entrava agora. Certamente se encaixaria nos meus planos futuros! Por hora, guardei o brasão que ele me entregou como se fosse um tesouro precioso. Não entendia muito bem quais eram as intenções da tal organização deles, mas algo me diz que eu iria descobrir em breve.
- Olha, tenho mais algumas pendências aqui na floresta... Mas pode deixar que eu consigo me virar sozinho! Você é Ranger, né? Deve ter mais o que fazer! - Não queria contar para ele que um dos meus propósitos aqui era invocar o espírito da minha irmã novamente. Me acharia maluco e me tiraria da sua associação imediatamente!
Não é como se a ajuda dele fosse inútil, mas - agora que estava com Serena - me sentia plenamente capaz de lidar com aquele labirinto verde. Odiava ter que depender de qualquer outro ser humano e pensar que estava sendo incômodo para o Ranger que fora tão solícito e querido comigo... E estava a cada minuto mais determinado em resolver o mistério do pequeno pokémon bebê. Não fazia ideia o que uma criatura aparentemente indefesa fazia sozinha e solitária no coração da floresta, mas minha intuição dizia que tinha algo ali; e eu iria descobrir. Estava decidido em ajudar o pokémon não identificado a encontrar seu lar. E Serena e Link também, ao que tudo indicava.
- Bom, foi um prazer te conhecer. - Disse, estendendo-lhe a mão - Espero te encontrar mais vezes, Igneel! Por hora, acho que isso é um "até logo"! - e sorri, tentando parecer amigável. Temia que ele me julgasse grosso ou ríspido, mas ele entenderia que as vezes um homem precisava agir sozinho. Com seus pokémons, é claro. Mas sozinho.
Me achei meio dramático demais nas minhas colocações mas era o meu jeitinho; não podia lutar contra isso. Foi bom me sentir acolhido em algo pela primeira vez em um bom tempo, mas deixaria para pensar nisso tudo depois. Agora, me voltava para o pequeno altar cheio de ofertórios. Procurava por qualquer pista que pudesse me revelar qualquer coisa sobre o pokémon não identificado. Link me ajudava nessa tarefa, sempre tão solícito. Vasculhava junto de mim por qualquer coisa que ligasse ao pokémon azul. E Serena, bem... ajudava na sua própria maneira, distraindo seu amigo novo com danças e brincadeiras, evitando que ele chorasse. Não importa o que aconteça, eu iria devolvê-lo ao seu local de origem.
Última edição por Pacify em Sex Mar 26 2021, 11:01, editado 1 vez(es)