Pokémon Mythology RPG
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[MISSÃO DE SOCIEDADE] REFRAÇÃO - Virtuum

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Eu a seguira até o local solicitado, mas não deixava de falar e isso talvez a tenha perturbado, porque assim que ficamos à sós, a jovem Margo explodiu comigo. Bem... Comigo exatamente talvez não, até porque não tinha muito tempo juntos e nem tinha feito muita coisa para deixá-la assim, mas ela explodiu com a situação toda, que parecia lhe pressionar e irritar profundamente. Um soco na mesa e um grito, vindo de uma menina não tão forte fisicamente, não eram exatamente amedrontadores, exceto pelo efeito jumps-care inesperado. Minha primeira reação foi de espanto, mas logo depois de vê-la recuar, acabei esboçando um sorriso tranquilo. Esperava poder ser tranquilizador para a jovem, apesar de não confiar completamente na sua pessoa e nem em nada do que dizia. Entretanto, isso não me impedia de ouvir tudo o que tinha a me contar, afinal sendo a verdade ou a mentira, eram informações úteis, né? Faz sentido?

— Ei, fique calma, fique calma... Está tudo certo. Eu entendo seu desespero em resolver isso e te dou minha palavra que iremos resolver. Fico feliz de que estamos de acordo sobre a questão da recompensa... — Comecei a dizer, esboçando um novo sorriso, dessa vez mais forte, daqueles que fazem "pés de galinha" surgirem ao lado dos olhos. Em seguida, caminhei calmamente até a chave que ela havia lançado, abaixando-me para pegar e guardando no bolso. Com o objeto em mãos, caminhei mais próximo de Margo e, sem sentar, segurei no encosto de uma das seis cadeiras livres, apoiando-me brevemente para continuar o diálogo — Tá, então isso está acontecendo em outros lugares? Pode me falar mais a respeito disso? Não sabia disso, só soube de Viridian vendo o Quadro de Missões da Virtuum. Acho que com essas informações a gente já vai poder sair para trabalhar no caso...

Se era verdade ou não, eu não sei... O que importa é que precisava fazê-la falar, porque tinha muita conspiração na minha cabeça. Observar suas reações às próprias palavras, para onde olhava, se me encarava ou não, se balbuciava ou gaguejava ou não, isso era até mais importante do que ela me contaria. —  Melhor... Podemos deixar isso para amanhã. Podemos ir ao Centro Pokémon, dormir, tomar um café da manhã juntos amanhã e então partir. Eu sei que de noite as coisas acontecem, mas... Se aceitar dar uma relaxada, eu até não me importaria de investigarmos separados, afinal você pode preferir trabalhar sozinha...  — Disse, despretensiosamente. Algo não me parecia certo nisso tudo, principalmente na parte do Milton. Também sentia que insistir na investigação agora a noite poderia ser um problema. Pela manhã eu a despistaria e tentaria falar com o cara ou a família dele, sem que Margo soubesse, é claro — O que me diz?


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Espeon (Day Care): 170 Posts

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Talvez Margo tenha acreditado que ficar quieta e ouvir o que Luch tinha a dizer fosse a melhor das opções por agora. Primeiro porque poderia respirar e organizar um pouco as ideias, segundo que aquele garoto estava muito mais calmo que ela; o que também lhe dava um chão mais firme. Ela ouviu, ouviu, ouviu e, no fundo, se arrependeu.

Não que ela não concordasse com Luch, mas ela, em suma, não queria ouvir sobre "pausa" alguma. Outra coisa que lhe desagradara fora sua fala sobre investigar sozinho; Margo sabia que se separassem após dar todas as suas informações, ela estaria em desvantagem. Ainda assim, ela responderia tudo de forma curta-e-grossa:
- Não - Fora incisiva, e logo em seguida dera uma pausa, preparando uma contraposição - Entendo que não há porque ir atrás de Milton agora, ele realmente ficou bem fudido com o ataque e ele saiu do hospital medicado, deve estar dormindo. Ainda assim estamos na mesma rua do ginásio e devemos no mínimo ir lá verificar a cena. Se a polícia achar que a Virtuum está fazendo corpo mole, vocês vão ser retirados do caso e, por consequência, eu também. Tem prazo, se lembra?! Então tem certa urgância - Bateu o pé na própria cadeira de madeira que o apoiava. Para quem falaria pouco, ela até falou demais - E justamente por isso acho que estou inevitavelmente presa nessa com você. Tarde demais para decidir fazer isso separado... você não sabe nem sequer das aparições suspeitas na Torre de Rádio de Goldenrod, você por si só seria lerdo demais sozinho e isso já foderia completamente meu disfarce.

Fora então que a moça desdobrou os joelhos e esticou os pés. Pôs as duas solas do sapato no chão e pisou firme. Numa só força, se levantou. Caminhou até a porta, apontou - com o cotovelo - para a fechadura e depois esticou o dedo para apontar para o bolso de Luch:
- Pode me dar? - Pediu a chave - Vamos ao menos ao ginásio ver isso logo. Já são sete horas e, com o frio, está escuro o suficiente para considerarmos "noite".

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Eu tentei, né? Mas Margo estava muito "pilhada" para ouvir o que eu estava sugerindo. Ela queria investigar o que estava acontecendo o quanto antes e tinha um motivo muito bom para isso, afinal nós possuíamos um prazo para a conclusão de todo esse mistério... E bem, Margo havia tocado em um ponto sensível disso tudo, que era a reputação da Virtuum em jogo... Mas enfim! Além disso tudo, ela ainda comentou sobre o estado de Milton, quase como um reforço de que "não deveríamos mexer com ele". Se as intenções eram realmente as melhores, eu não sei... O que eu sei é que ela estava irritada com isso tudo e contrariá-la não daria em nada, mas ao menos havia descoberto que em Goldenrod estava acontecendo "algo", talvez com relações parecidas ao de Viridian. E bem, depois veio alguns ataques pessoais que preferi ignorar.

Retirando a chave do bolso, comecei a girá-la ao redor do dedo indicador, esboçando um sorriso no rosto, apenas observando a jovem falar, mas me mantendo em silêncio. Quando ela terminou é que falei algo, mas nada construtivo... —  Eu te entendo, vamos pôr a mão na massa, então... — Respondi, ao passo que Margo me pediu a chave. Olhei bem para ela e dei outro sorriso, como se isso tudo realmente tivesse graça. Porém, ao invés de lhe dar a chave, aproximei-me da porta primeiro e a destranquei, mexendo na maçaneta até abri-la. Só depois lhe entreguei a chave na palma da mão — Como eu sou lento demais, pode ir na frente e guiar. Estarei de olhos abertos bem ao seu lado, qualquer coisa que achar esquisito eu vou falar... — Completei, encostado na porta e esticando o braço para apontar o caminho que nós iríamos seguir...


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Espeon (Day Care): 171 Posts

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Poucas coisas seriam mais "músicas para seu ouvido" que ter o aval de Luch para ir na frente. Se é assim que ele quer; assim ela fará. Respirou fundo, suspirou aliviada e passou na frente do garoto, saindo da sala e indo até a bibliotecária. Resumiremos essa parte: ela entregara a chave, pegara sua carteirinha falsa, saíra pela porta de entrada, refizera o caminho de antes, passara em frente a delegacia e seguira rua à frente.

E então... chegou!

Um ginásio enorme - o maior de todos - ao lado esquerdo ocupava toda a esquina do quarteirão. Para chegar ao "lugar periogoso", Margo quebrou a esquerda e caminhou por uma ruela não-principal por mais 400m. Lembra-se que o ginásio fica bem na avenida?! Pois é, mas o crime acontecera bem na rua transversal; poucos metros antes da lanchonete.

Margo terminou os 400m e parou exatamente onde pretendia; na hamburgueria. Há de se admitir que existe certo suspense numa moçoila loira de roupas pretas parar bem no meio de uma rua mórbida. Pois é, a rua estava mórbida. Completamente vazia. Esvaziada de movimento. Parada. Sem mais uma alma-viva sequer. Tínhamos um ginásio de luz-opaca, uma lanchonete - aberta - lutando contra sua falência e dois treinadores pokémons.

O motivo de não haver mais ninguém é bem óbvio; primeiro os boatos de vultos davam ao local um identidade paranormal. Segundo que o crime de hoje cedo causara uma interdição - já acabada - que certamente distanciou aquela rota da população. Terceiro que já era noite; e uma noite sem lua, diga-se de passagem.

Sinto certa pena dos funcionários do Fast-Food; perdendo seu tempo por uma loja que muito provavelmente faliria em alguns meses. É difícil se recuperar de algo assim.

No mais, Margo não parou seus atos por ali. Aproveitou a rua-baldia (?) para bizoiar (?) o estreito beco que outrora o policial citou. A ideia da moça era bem simples; refazer o caminho já prescrito e ver se achava algo interessante. O problema é que assim que olhou o beco, viu que isso não seria - em hipótese alguma - possível. Havia uma grade alta com um cadeado que lhe impediria de transitar por ali.

Isso em si não era estranho; se é uma passagem suspeita, é normal que a hamburgueria trabalhe em fechá-la o mais rápido o possível, né?! O problema é que não precisava ser engenheiro-civil ou arquiteto para reconhecer que aquela grade não estava ali de hoje. O cadeado tinha musgo! A própria porta era a cara do tétano e as dobradiças certamente cairão aos pedaços em um momento próximo.

Aquela porta deve estar ali a... décadas?! Eu chutaria séculos, mas décadas parece mais viável. Margo então botara a cabeça para fora do beco (afinal de contas, há uma curta & estreita entrada pré-porta), chamara a atenção de Luch com um estalar de dedos e o chamou até ali:
- O que acha disso?! - Perguntou, com certa sinceridade... - Se eles estão passando por aqui, certamente é porque o dono do restaurante deixa...

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Sem reclamações, logo após estender a chave para Margo, a jovem a pegou, saiu, a devolveu à bibliotecária e deixou o local, sendo seguida silenciosamente por mim a alguns passos atrás. Ao que tudo indicava, a loira estava realmente apreensiva e "ligada no 220V", então nem fiz menção de atrapalhá-la, continuei "na minha", apenas me mantendo atento ao redor enquanto caminhávamos. E olha... Nem era um caminho tão distante assim... Em pouco tempo estávamos no Ginásio e um pouquinho depois, alcançamos o lugar tão importante para esta história toda, o beco.

Não havia ninguém que se atrevia a ficar perambulando pela calçada além de nós dois, então o silêncio era mortificante.  Margo observava todos os cantos com bastante curiosidade e, em certo momento, desapareceu no suposto beco lateral. Já eu, aproximei-me da hamburgueria e dei uma espiada do lado de dentro para ver se algo acontecia de importante. Não entendia como eles ainda estavam funcionando, já que não havia clientes. Mas enfim... Minha observação só terminou quando fui chamado pela loira até o tal beco, onde ela queria me mostrar algo. Apontando uma grade bem alta, velha, mas intacta, ela se questionava se era realmente um fato de que para alguém entrar ali, precisaria da autorização do dono da hamburgueria, quem possivelmente teria a chave para transpor o obstáculo.

— O dono... ou algum dos funcionários... Isso se você não acreditar nas histórias de teletransporte ou de que o vulto é "mágico", né? — Perguntei, em tom de brincadeira, dando uma risadinha enquanto segurava uma das barras da grade e forçava — Olha, também podem ter voado por cima, não acha não? Eu inclusive tenho uns voadores e poderiam nos erguer até o outro lado, mas talvez fosse melhor investigarmos lá dentro da hamburgueria primeiro... Se tem alguém escondendo algo, sempre tem alguém sabendo e disposto a abrir a boca, só precisa descobrir quem... — Sugeri à garota, propondo também outras possibilidades de ação e de explicação para o fato. O que eu sei é que ainda estávamos "engatinhando" nesta investigação e teríamos muito trabalho pela frente para juntar a peças, quando as tivermos por completo, é claro.


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Espeon (Day Care): 172 Posts

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Luch foi esperto, sem dúvidas. Passou o olho pela translúcida porta e tentou analisar o conteúdo daquela lanchonete antes mesmo de analisar seu "beco" mais a fundo. Não era difícil para ele fazer isso; seus lindíssimos olhos azuis atravessaram as janelas enormes de vidro e as grades "transvisions" do estabelecimento, conseguindo montar em sua cabeça um interior menos fantasiado e mais sólido.

Pois vamos a esse interior?! Vamos!

De início Luch viu o canto esquerdo; ilustrado com balcões de cadeiras individuais num mesclado de azul & marrom. Caminhou um pouco o olho para o fundo e foi até o balcão de atendimento, onde via apenas um caixa aberto (de quatro totais) e uma moçoila com leve sobrepeso. Estava tão entediada que botou os dois cotovelos sobre a mesa, apoiou a cabeça nas próprias mãos e jogou todo o peso para cima daquele balcão. Ora ou outra suspirava ao ver o movimento nulo da lanchonete. Depois disso, Luch voltou suas vistas para o meio do salão.

Ali viu um bocado de mesas e cadeiras sem ninguém. Todas em marrom e azul; reparando que as paredes também seguiam esse padrão. O uniforme da moça entediada destoava alguns tons de vermelho, a fazendo "gritar" naquele ambiente. Salvo isso?! Tudo Marrom & Azul. Talvez por esse "destaque" Luch voltou os olhos para a mocinha do balcão, dessa vez se permitindo ir mais fundo e vendo por detrás dela: uma cozinha estilo Fast-Food original e, na extrema direita, um corredor que parece dar à cozinha e à outras coisas. Sala do gerente? Banheiros? Fundos? Vestiário? Área dos Funcionários?! Talvez. Não é como se Luch tivesse como saber apenas ao "olhar".

Pois então, voltou ao meio e foi até a direita e "pliiim", um funcionário! O homem se sentara nos balcões solitários das paredes; simétricos aos que narrei na esquerda. Ele era baixinho, jovem (cerca de quinze anos) e tinha alguns fios desgovernados em seu cabelo - majoritariamente - liso. Não parecia que veio para ficar; sentara de costas para o balcão, olhando para o chão e balançando a perna ansioso.

Certamente ele não queria estar ali; seu semblante passava uma apatia falsa, reação comum a medo. Pedira um lanche no Ifood e decidira ir retirar no local para economizar 5 reais; se arrependera amargamente quando viu o endereço da lanchonete. Agora ele estava extremamente ansioso, nervoso e medroso (?), querendo que seu lanche ficasse pronto o mais rápido o possível.

Só que o curioso não terminou ai... na verdade, podemos dizer que fora este o ponto-de-vista de Luch que começou a curiosidade. Fora "no momento do olhar" que o garoto foi (enfim) servido de seu lanche, por uma garota que eu estou CERTA de que Luch sentiria um "... eu te conheço de algum lugar".

Veja bem, narrarei-a para você e verei se consegue reconhecê-la.

Primeiro de tudo; o cabelo. Numa tinta-barata (que parecia desbotar rápido demais) a moçoila guardava por debaixo da boina-de-uniforme um cabelo preto que reluzia vermelho-cereja; como se estivesse mal-pintado ou coisa do tipo. Talvez fora um efeito proposital; talvez não. No mais, o corpo "nos ombros" revelava um cacheado leve; daqueles que se separam em pequenos cachinhos, levantando consigo um pouco de fios aqui e um pouco acolá.

Tinha uma franja que, se esticada, lhe tampariam os olhos quase que completamente. Como olha por onde anda (normalmente), a "elevação natural" de seu cabelo a posicionava na altura dos "orbes". Orbes esses que eram de um cinza bastante "vazio"... se é que me entende. Não era uma mulher de muitos ânimos; parte disso era reverberado em seus braços, com um bocado de cicatrizes de cortes e arranhões.

O que causara esses cortes?! "Situações de quase-morte" e pararei por ai; não a conheço tão bem para dizer mais que isso. No mais, a moça vestia um uniforme simples, que não valorizava muito suas curvas-suaves... talvez por não ser do seu tamanho?! Não sei; aquele uniforme parecia ter um ou dois números a mais em sua forma...

... O que, em hipótese alguma, a deixava menos linda aos olhos do garoto...

... Além disso, posso lhe informar que o azul-escuro e o marrom-escuro contrastavam bem com sua pele extremamente alva. No mais, ela dera o pacote de papel para o jovem cliente que logo levantara e saíra disparado daquele lugar; atravessando a porta-automática e correndo em direção a sua casa.

Não que Luch pudesse reparar muito mais, logo sendo compilado por Margo que ouvia suas pontuações e pensava com seus miolos: "nós demos que adentrar os fundos daquele estabelecimento":
- Acho que se todos pudessem voar, eles não usariam esse bequinho... eles só "voariam", não?! Sei lá, nem todos tem "seis pokémons confiáveis" e, entre esses seis, um voador. Eu mesma tenho um, mas sei que a maioria dos meus parceiros de sociedade não tem essa sorte... - Eu não sei o quão verossímil é isso, mas fazia certo sentido Margo querer firmar um certo caminho firme ao chão - Precisamos entrar ali... e não adianta sem como cliente... eu quero ver os fundos e.... - Ela mesma se cortou.

Num estalar de dedos, Margo mostrou-se completamente "cheia de si". Tomou todo o ar da atmosfera para seus pulmões, deu um suspiro intenso e falou: "Tenho uma ideia!". Se Luch apertasse os olhos e visse bem sobre a cabeça de Margo, ele poderia ver uma lampadazinha acessa com a palavra "Eureka!" piscando...

Pois bem, o plano?! Ah, ela não iria falar. A moçoila apenas posicionou os dois punhos (fechados) próximo de seu queixo, fechou sua base e se preparou para dar um belo de um socão bem na fusa de Luch.

O impulso fora tão rápido que o garoto nem viu o que lhe atingiu; Margo apenas mirara bem no meio de seu nariz e lhe dera uma belíssima sequência de jab-direto, comum do Boxe ou qualquer outro derivado. Logo em seguida limpou a mão na própria blusa e viu Luch bambeando as pernas. Seu nariz instantaneamente começara a sangrar e ela lhe puxara para cima de seu ombro, começando a gritar:
- ELE FOI ATACADO, ELE FOI ATACADO - Gritava a menina, correndo para dentro do estabelecimento - EU PRECISO DE AJUDA, ELE FOI ATACADO!!! - Anunciava a plenos pulmões...

O interior já está narrado, não é?! Pois bem; só lhe direi uma coisa a mais. Quando  Luch entrou no estabelecimento, a moçoila que perdi meu tempo narrando lhe viu e demorou um tempo para associar a realidade dos fatos. Depois de um delay de dois à três segundos, ela emitira um "Luch?" meio perdida, se tocara do óbvio e CORRERA ESTABELECIMENTO A DENTRO NA VELOCIDADE DA LUZ.

Margo olhou aquela reação sem entender nada, mas pretendia largar o garoto nocauteado ali no chão mesmo e correr atrás da foragida. Não o fizera ainda; talvez Luch tivesse uma ideia melhor...

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Enquanto não voltava a falar com Margo, havia dado uma espiada no Restaurante para ver se tinha algo "interessante" lá dentro. Em uma primeira visão, definitivamente não... Uma caixa bem entediada e um cliente bastante amedrontado eram imagens que esperava encontrar mesmo num cenário como aquele, afinal o local havia sido palco de um ataque recente e não haviam muitos compradores para irritar e também animar a funcionária, não é? Entretanto, quando achei que nada me surpreenderia naquela hamburgueria, fui surpreendido por uma imagem arrebatadora! Servindo o solitário cliente, estava uma jovem de porte e semblante extremamente parecido com a Natalie... Eu até balbuciei um "Naty?", enquanto mantinha meu rosto praticamente colado no vidro da vitrine, deixando uma "mancha" de vapor d'água da minha respiração.

— Isso ao menos é possível? — Perguntei para mim mesmo, semicerrando os olhos para notar os detalhes da ruiva quase-Natalie. Ela era praticamente a Naty mesmo, se não fosse pelos cabelos que pareciam bem mal pintados, talvez pelo produto barato que tinha usado. Até onde eu me lembrava, os cabelos vermelho-cereja de Natalie eram muito bem pintados... Mas enfim... Eu me recusava a acreditar que poderia ser ela, por isso fui ver Margo e deixei para lá a garçonete. E bem, foi aí que veio todo o papo com a loira, que acabou culminando em uma explicação "masomenos" dela do porquê nem todos tem Pokémon Voador (eu acho) e também com um socão no meu nariz, que provavelmente quebrou e começou a sangrar. Eu sou um pouco lento, admito... Mas até onde eu entendi, era um plano da jovem para conseguir adentrar os confins da lanchonete, em busca de uma passagem ou forma de acessar o trancado beco.

É, até aí tava tudo bem, né? Eu fui guiado, bastante tonto por sinal, até o interior da hamburgueria, ao mesmo tempo que Margo pedia por ajuda, dizendo que fui atacado. O meu sangue gotejava, agora no piso do interior do estabelecimento, enquanto eu pressionava a ponta do nariz para cima, para ver se estancava o sangramento. O problema veio depois... Agora mais próximo da garçonete e em um momento bastante confuso, pude ver com maior precisão o rosto da garota. Na verdade, eu estava perdido pelo porradão que levei, então mesmo próximo, não tinha certeza do que via, mas ainda conseguia ouvir com bastante clareza e ouvi atentamente quando a proto-Natalie falou o meu nome e demonstrou surpresa em me ver, correndo dali. Opa... Se ela sabe meu nome e escapuliu, então é a Naty mesmo? QUE ISSO PORRA?

— Eu... Preciso de gelo, de gelo! Eu pego! Eu... Eu... — Disse, após olhar Margo e a funcionária restante, numa troca de olhares rápida, esboçando uma tontura, enquanto segurava o meu próprio nariz e caminhava livremente na direção da cozinha. Afinal, eu sou uma vítima aqui! Isso daria um bom motivo para Margo correr atrás da tal pseudo-Natalie, se quisesse, ou investigasse a cozinha e os interiores do estabelecimento, com a desculpa de que pegaria gelo para meu ferimento. Eu seguiria logo atrás, é claro, mas me manteria mais preocupado em segurar a funcionária restante, reclamando da dor latejante no nariz, se esta tentasse impedir a loira. Inferno! Por que será que  a Naty fugiu? Se for ela mesmo, né? Acho que nesse momento seria bom se Margo conseguisse parar a fugitiva garçonete de alguma forma, assim não ficariam dúvidas sobre sua identidade.


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Espeon (Day Care): 173 Posts

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Sabe aquele momento que uma confusão se desenrola bem na sua frente e você simplesmente não entende nada?! Aquela cena caótica que não faz sentido nenhum?! Pois bem; fora exatamente assim que todos os outros funcionários se sentiam. Quando a garçonete não nomeada (porém reconhecida) começara a correr para o fundo do estabelecimento, todos que achavam entender algo, desistiram...

Até porque, a moça não pareceu estar correndo para conseguir ajuda não. Ela simplesmente foi em direção ao corredor de fundo e derrubou TODOS OS MÓVEIS POSSÍVEIS NO CAMINHO, fazendo questão que o caminho fosse dificultado para Margo, que logo que percebeu o desespero de Luch, se pôs a correr também.

Ali a loira entendia uma coisa simples: Luch à conhece e há caroço nesse angu. Não precisava de mais que isso para não deixá-la escapar. Subiu na cadeira ao lado da que Luch sentou, aproveitou a altura para pular no balcão solitário, correra por ele e pulara por cima dos outros móveis caídos. Ali pousou bem próximo do caixa e continuou correndo em direção à ruiva-de-cabelos pretos.

A fugitiva, como péssima estrategista (ou talvez aquela fosse a única rota de fuga, não é?!) seguiu o corredor e empurrou uma porta já semi-aberta, revelando uma escada de 15 degraus, descendo-os rapidamente. O problema é que Margo viu naquela situação uma oportunidade ótima para... se matar?! Acho que era essa sua intenção. A loira simplesmente ignorou os degraus, se jogando sobre a garota e a agarrando. As duas rolaram os restante da escada todo e esborracharam-se no chão. Margo batera o ombro na parede mal rebocada, enquanto a ruiva-não-ruiva ficara ao chão, amassada pela maluca.

Luch?! Bem, este era muito mais lerdo; tanto pela falta de costume de fuga & perseguição quanto pela tontura do soco que levou. Chegou um pouco atrasado no corredor, estava na altura da cozinha (e fique a vontade se quiser entrar ou não para pegar gelo; a escolha é sua) quando ouviu o BARULHÃO que viera das escadas. Barulho causado, é claro, pelas duas se esborrachando no chão.

Margo, ainda sem sentir seu ombro completamente fudido, gritou:
- EU PEGUEI ELA, EU PEGUEI ELA!! - E fora este o único anuncio até então.

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Assim que eu fingi muito mal estar indo atrás de gelo, Margo pareceu entender perfeitamente que era o momento ideal de perseguir a ruiva-não-ruiva e desapareceu para o interior do estabelecimento. Já eu, que sentia a dor latejante no meu nariz, fui me arrastando e me desculpando com a funcionária que restou, com uma expressão bastante "sem graça", enquanto adentrava a cozinha da lanchonete. Não conseguia ver nada, porque as duas mulheres eram velozes como uma bala, mas ainda podia ouvir o estardalhaço de coisas caindo e móveis quebrando e despedaçando-se. Contudo, o mais impactante foi o som contundente de dois corpos se chocando contra uma superfície, pelo menos quatro vez, até um "porradão" mais forte, que finalizou a perseguição.

Quando estava próximo da escadaria, o silêncio foi cortado pelos gritos de Margo. Ela estava machucada, mas não ligava muito para isso, pois o importante mesmo era exibir o seu "troféu" na forma de um corpo esmagado e com cabelos desgrenhados na cor vermelho-cereja. Seria mesmo Natalie? Oh céus, espero que se for, que ela esteja bem, apesar de não entender a fuga... — Pois é... Você REALMENTE a pegou... — Disse, esboçando um sorriso nervoso, enquanto descia as escadas, degrau por degrau. Fui me aproximando cauteloso para observar a jovem estatelada no chão. Se era Natalie ou uma doppleganger, isso eu não sei, mas ela me conhecia e isso já era motivo o suficiente para eu ter cuidado — Naty, é tu...? — Perguntei, sem muita certeza na voz. Ao mesmo tempo, dei uma olhada de esgueira para Margo e continuei me aproximando — Por que correu? Não entendi essa fuga toda! Isso tá bem estranho... — Continuei, questionando a suspeita até finalmente parar ao seu lado. Era o momento de ver bem de perto o seu rosto e tirar a dúvida sobre quem era.


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Espeon (Day Care): 174 Posts

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Pois ai é que ta, meu consagrado. Tem cara de Natalie, cheiro de Natalie, voz de Natalie e... é Natalie?! Pois é... é Natalie. Apesar de não ter os cabelos dela; é a Natalie. A moçoila ouviu a pergunta de Luch e instintivamente balançou a cabeça. Primeiro positivamente, porém deu alguns instantes de "confirmação" e ela analisou a própria situação.

Aquela Natalie cogitou - por um instante - dar voltas naquele Luch; cogitou ganhá-lo na lábia ou até mesmo em certo "blá-blá-blá" romântico. Talvez a revelação bombástica de que se tornara Rocket para proteger Karina - Luch sabia já disso? Não sei... - fosse suficiente para fazê-lo "perdoar" e dar-lhe tempo para ESTA NATALIE desapareceu.

Cogitou mesmo ser a Natalie deste Luch mas... bem, esta não é sua Natalie; é a Natalie de outro Luch. Talvez você não entenda isso a princípio, já que após confirmar com a cabeça, a moçoila olhou para cima e viu o rosto de Margo enraivecido sobre o seu. Tentou estivar o pescoço e olhar por cima dos ombros da menina; certificando de que seus pés estavam lá.

O problema é que ela não sentia um destes pés; e ao vê-lo, entendeu porque não. Torcera o tornozelo ao meio da queda, tornando impossível correr caso precisasse continuar a fuga. Fora ao recalcular e (re)ponderar a situação, que reparara a impossibilidade de "dar um nó na cabeça de Luch", afinal de contas, ele tinha consigo Margo.

E foi ai que as coisas mudaram. Sua cabeça deixou de pender para cima & para baixo, indo para um lado & para o outro; numa forma negativa de aceno. Assim que reparou sua contradição, desviou o olhar, evitou seus olhos e passou uma de suas mãos por dentro da calça oversize. Retirou dali um pequeno chaveiro com um botão vermelho, clickou-o e repentinamente...

... sumiu.

Sabe, não foi um sumiço parcial; ela não foi ficando invisível aos poucos. Foi completamente Repentino! Como se tudo aquilo fosse uma ilusão e ela nunca estivesse lá! Simplesmente fora a-pa-ga-da deste mundo, fazendo Margo cair com os peitos no chão e tossir em resposta a dor & pressão da queda.

Onde antes tinham três pessoas ao chão, passou-se a ter duas pessoas ao chão e uma na porta, bem no topo da escada, batendo forte a mão nos outros interruptores e terminando de acender a luz do local. Com a luz, a identidade ao todo da porta foi revelada e era - nada mais nada menos - que a Gerente, que bravamente já gritava:
- POIS VOCÊS PODEM ME EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! - Reclamou, logo em seguida apontando para os dois. O problema é que seu sermão fora completamente interrompido por uma descoberta inusitada. Seu dedo-apontado saíra de Margo & Luch e fora para o fundo daquele quarto subterrâneo - ... quando isso foi feito?! - Indagou, como se Luch e Margo soubessem a resposta.

Pois bem, se seguissem com as vistas o local à que ela apontava, Luch e Margo veriam um túnel recém escavado. A altura média dele? Um e meio; cabendo qualquer pessoa agachada. Tinha um diâmetro de um metro e não dava para ver até onde ele levaria. Margo cogitara dar um pulo para ficar de pé e correr até ele; porém seu ombro começara a lhe travar... se é que me entende.

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