Pokémon Mythology RPG
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[MISSÃO DE SOCIEDADE] REFRAÇÃO - Virtuum

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E então, estando agora bem próximo da suspeita, era inegável que se tratava de Natalie mesmo... Seu cheiro, suas formas, seus cabelos, seu olhar meio perdido, estava tudo ali. Só faltava mesmo tocá-la para que o tato também ofertasse seu parecer... Contudo, eu ainda estava muito estupefato com aquilo tudo e, sinceramente, tinha até receio de tocá-la e se tratar de alguma artimanha do destino para me lascar ainda mais. Por isso... Recuei... Minhas perguntas foram as únicas coisas que a alcançaram e, diante de tantas indagações, só recebia respostas silenciosas e vagas, próprias de alguém que parecia vagar entre a vergonha, o medo e a leve falta de lucidez. Eu tinha vontade de gritar e obrigar que ela falasse mais claramente, mas nada saía da minha garganta além de uma rouca interjeição de dúvida...

Então, após um misto de confirmações e negações com o acenar de cabeça, Natalie alcançou o bolso e apertou um botão, simplesmente ES-CA-FE-DEN-DO-SE DALI! On/Off, "agora você você, agora você não vê". Sem fade out, sem virar pó após um estalar de dedos qualquer. Sua transparência foi de 100% a 0% em menos de um segundo. Minha única reação a isso e ao cair imediato de Margo, foi esfregar os olhos para tentar ver se era real. Eu nem conseguia pensar em ajudar a loira, porque ficava ali, esperando que Natalie voltasse para as coisas fazerem sentido. Ou será que já faziam, se eu juntar todas as peças que tínhamos até agora? Enfim... O importante é que neste instante de reflexão e "pausa mental", uma funcionária do estabelecimento chegava. Suas feições foram visíveis quando ela ligou a luz do ambiente, permitindo que víssemos tudo com bastante detalhes. E bem, ela não estava nada contente... Não com o fato de estarmos ali, mas com o fato e terem ARROMBADO a parede do lugar, com um túnel aleatório, igual aqueles de fuga de prisão ou assaltos de Banco Centrais.

Eu demorei a ver o rombo na parede, virando minha cabeça lentamente. Quando me deparei com aquela... "obra", fiquei ainda mais perdido... Só que dessa vez parecia que alguém esperava uma resposta concreta de mim! Deveria falar a verdade? Não acho que a gerente seja suspeita pela expressão que fez ao notar o estrago no estabelecimento — Nós... Estamos investigando os vultos que estão perturbando o povo aqui em VIridian... — Comecei dizendo, abaixando-me para estender uma mão até Margo — Consegue caminhar? Precisa de apoio? Precisa que eu te leve até algum lugar? — Dizia para ela, baixinho, voltando novamente a atenção para a gerente — ...Bem, assim que chegamos de... "surpresa", uma de suas funcionárias correu para cá. Achamos suspeito e corremos atrás, mas ela simplesmente desapareceu! Sabe quem é? Provavelmente está dando falta de alguém, ela tinha um cabelo meio mal pintado, era mais ou menos dessa altura... alguma informação? — Continuei a dizer, desta vez indagando a mulher por algum dado que nos ajudasse...

A verdade é que eu tava muito "tiltado" pelo que aconteceu. Não apenas por ser Natalie, algo que escondi da gerente... Mas também pelo desaparecimento repentino "a la teletransporte". Fiquei até pensando que ela poderia ter só ficado invisível e corrido para aquele buraco, que agora descobrimos existir, mas a forma como Margo foi ao chão deixava ambíguo se ela havia saído por conta própria debaixo do corpo da loira ou simplesmente foi transferida integralmente dali para outro lugar. De todo modo, aproveitei que estava "cuidando" de Margo para olhar o chão próximo em busca de possíveis pegadas daquele ponto até o buraco, algo que poderia ter surgido se ela só estava oculta visualmente... Vejamos o que a gente obteria de tudo isso...


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Espeon (Day Care): 175 Posts

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Pois vamos por partes; ser cronológica aqui será um pouco difícil mas espero que você entenda. Primeiro de tudo, Margo gemia um pouco, tentando se levantar sozinha e desistindo de vez. Ao se apoiar com os dois braços no chão e pegar impulso, a dor lhe impedia. Desistia de um dos braços e, só com o outro, não conseguia. Por isso ela aceitara a ajuda de Luch, mas não sem antes ouví-lo explicar algo a gerente e se sentir desgostosa por isso.

Não que tenha sido uma explicação ruim, mas Margo não faria assim. Por ela?! Deixaria as funcionárias para depois e daria toda a prioridade para aquilo que poderia fazer por si só... sem depender dos outros. Ela queria levantar e correr para o túnel sem mais nada dizer, mas é aquela coisa, né?! Margo é Margo. Luch é Luch.

Ela tinha perguntas mais importantes para fazer... e essa pergunta era ao Luch e não à gerente.

Pois bem, quando o menino deu um "ombro amigo" para Margo ficar em pé, ela apoiou-se sobre ele, deixou que seu peso caísse nos ombros do garoto, jogou sua cabeça para frente e alcançou o ouvido do menino. Com um sussurrar bastante sutil, disse:
- Você me deve uma explicação... - Não, a gerente não ouviu isso.

Depois disso Margo se recuperou, afinal de contas, seus pés e pernas estavam ótimos. Ficou de pé e começou a caminhar em direção ao túnel, enquanto quem se ocupava da moça revoltada no topo da escada era Luch. Pois bem, a moça tomou o tempo para ficar chocada. Quando acabou, começou a metralhar algumas coisas:
- To dando falta do meu porão... isso sim - Dissera, revirando os olhos. Ela não queria ter que responder inquérito algum - Cê ta falando da Shianny?! Contratei ela tem três dias mas não conhecia ela não. Ela ta morando com as meninas em república então elas devem saber mais que eu... - No fundo ela sentia que a tal da "Shianny" tinha muitas "folgas necessárias" e isso fazia ela trabalhar muito menos que as outras meninas. Na verdade, graças ao corte necessário de gastos, a gerente já pretendia demitir ela ao fim do expediente de qualquer forma.

No mais, Margo se posicionava rente a entrada do túnel, batendo perna e segurando seu braço machucado, esperando Luch decidir se ia ou se vinha.

Ao fundo, uma das funcionarias gritara o nome da Gerente (TEREZAAAAAAAAAA), que a fazia revirar os olhos e ir até onde lhe chamavam. No final das contas, Luch, Margo e "Shianny" deram um bocado de trabalho para as funcionárias locais.
- Ta, ta. Vê o que quiser vê, tenho que trabalhar...

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Apesar de demonstrar ser uma pessoa bastante independente, uma "loba solitária", Margo claramente não tinha capacidade de levantar e lidar com a situação sozinha. Apesar de que sobre essa última parte, não sei se a minha presença como um "extra" fará alguma diferença, de fato... De todo modo, ajudei ela a se levantar, enquanto falava com a gerente e explicava nosso "trabalho" ali... Uma atitude que não tinha certeza se a loira aprovaria, mas que faria assim mesmo. Entretanto, a única reação mais... digamos... Intensa por parte de Margo, foi sussurrar uma quase-ameaça no pé do meu ouvido, algo que me deixou arrepiado e com um sorriso sem graça no rosto. Disfarcei como pude e assenti com a cabeça, recebendo o aval da gerente para fazermos o que bem entendêssemos, depois de nos contar um pouco mais sobre a Natalie, ou melhor, Shianny... Um nome que deixava ainda mais claro se tratar da real Natalie, afinal fui eu que puxei esse nome para ela, até apelidei um Pokémon assim!

— Bem, não queremos atrapalhar, estamos seguindo em frente... — Disse à Gerente, que não demoraria a partir. Eu até pensava em pedir que chamasse a polícia, mas sentia no ar uma tensão vindo de Margo e acredito que ela pularia no meu pescoço se eu dissesse isso. Ela não estava parecendo a fim de deixar a solução deste caso para as autoridades... Mas enfim... Quando ficamos à sós, a loira logo partiu para o túnel, apesar do corpo ferido e de não estar em sua melhor fase — Ei, ei ei... Você vai mesmo assim, colocar a cara "a tapa" entrando no túnel sem saber o que te espera? Vamos com calma... Não tem nenhum Pokémon que possa, sei lá... Servir de sentinela? Esgueirar-se pelo escuro e investigar? — Questionei a loira, apressando-me para entrar na sua frente — Eu tenho um Drifloon... Ele é novinho, não sabe lutar, mas é silencioso geralmente. Se quiser tentar... — Disse, agitando a esfera do Pokémon em frente ao corpo — Se não achar uma boa ideia a gente continua avançando e pronto. Deixo nas suas mãos!



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Espeon (Day Care): 176 Posts

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Hmm, digamos que Margo não tinha o mesmo receio que Luch, porém estava machucada e, por isso, deveria ter. Ouviu a sugestão do garoto e acatou com certo "pé atrás", apalpando seus bolsos com a mão "boa" e catando a esfera selecionada. Pois bem, posicionou-a na frente, apertou o botão central e liberou um... porquinho?! É, um porquinho. Um Swinub de tamanho diminuto e nariz rosado inaugurara o cenário, cheirando tudo que tinha em volta e caminhando (vagarosamente) em direção ao túnel.

Com os devidos avais, ambos os pokémons foram.

Enquanto isso, Margo ficara sozinho com Luch e não se intimidou nem um pouco em perguntar:
- Quem é Natalie? - Não fez nem sequer uma introdução - Ou quem era... sei lá.

>PoV Stranger

Num ato um pouco estranho, o pokémon assentiu à missão completamente desconhecida. Levara aquilo como certa "brincadeira" e vira em Swinub (uma criança-pokémon) a parceria desejável. Ele em cima; o porquinho em baixo. Ora ou outra o balão se divertia em pousar na lombar do terráqueo, segurá-lo com força e levitá-lo por um instante.

Incomodado com tanto toque, o Swinub rosnava e logo Stranger o soltava. Fora assim que o túnel foi explorado; ao menos nos primeiros metros. Cerca de 6 ou 7 metros depois (pasmem, o Swinub é meio lerdo e o Drifloon se esforçava um bocado para acompanhá-lo) uma pequena curvatura fizera com que nosso balãozinho ficasse no escuro. Dali para frente, a luz deixaria de existir!

Isso não parecia ser um problema; fantasmas são ótimos no escuro. Sendo assim, Stranger esgueirou-se pela parede do túnel e contentou-se em seguir mais atento. Ainda não sabia o que procurava, mas esperava que fosse divertido! Seguiram, seguiram, seguiram e seguiram até que... encontraram uma luz?!

A luz no fim do túnel por assim dizer.

Ok, ok, não era uma "luuuuuuuz", era só uma "luz", se é que me entende. Alguns feixes pequenos de LED pareciam sair do topo do túnel que, a partir dali onde Stranger estava, começava a ficar levemente íngreme; deixando claro que sua intenção era ir até a superfície. O fantasma, ainda achando que se tratava de uma brincadeira, correu até lá e levitou até o "topo do túnel", revelando uma saída por cima tapada por uma tela-mosquiteira fina, tapada (e disfarçada) com terra. Por isso os feixes eram escassos; grande parte dos "buraquinhos" daquela terra estavam tampados por terra batida e adubo.

Felizmente Stranger era um fantasma, então apenas atravessou o obstáculo como se não houvesse nada ali. O poder da desmaterialização é ótimo né?! Pois é! Quando subiu, viu-se no cantinho de uma horta muito bem organizada. Quando eu digo "cantinho" é cantinho mesmo! Swinub, vendo que seu parceiro o abandonou na frente, também seguiu a luz e atravessou a "tela" cavando um buraco à deriva; saindo um pouquinho mais para o lado do "cantinho".

Ambos estavam diante de um holofote recém colocado; sua instalação fora estratégica. A intenção era dar uma "sensação de segurança" maior e afastar possíveis pontos escuros onde um "delinquente" possa se esconder...

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Mais uma vez eu notava bem a relutância de Margo em ser cautelosa numa situação de perigo... Entretanto, estando com um ombro "reclamando de dor" após o "salto de fé", não foi inesperado que ela acatasse minha sugestão, apesar de a contragosto. Sendo assim, a loira liberou um Swinub para fazer companhia ao Strange até o outro lado daquele túnel. Isso se nada os atrapalhasse no caminho, não é mesmo? E bem... Enquanto os Pokémon avançavam livremente escuridão a dentro, tivemos um tempinho para colocar toda a situação anterior em "pratos limpos". Algo de que eu não conseguiria escapar, sinceramente...

— Natalie? — Perguntei, retoricamente antes de suspirar e colocar as mãos nos bolsos dianteiros da calça — É uma amiga bem próxima, ela faz parte da Virtuum também. Nós estamos sempre se falando pelo PokéZap e eu tinha até dito que estaria em Viridian, realizando essa missão. Na verdade, todos da Sociedade sabem, né? Então, me surpreendi quando a vi por aqui sem ter feito algum contato para avisar... — Comecei a explicar, retirando as mãos do bolso vez ou outra, para gesticular. Uma mania que tenho desde sempre. Em seguida, juntei as duas mãos, entrelaçando meus dedos na altura da nuca, com a qual apoiei a cabeça sobre os dígitos, observando o teto do lugar em reflexão — É óbvio que isso não explica o fato dela ter corrido... O que ela estaria escondendo? Por que ela está bem aqui no meio do "fogo cruzado" de toda essa questão dos vultos? E mais importante... Como e por que ela desapareceu no ar? Pessoas inocentes não fazem isso e... Eu nunca achei que ela poderia ser algo mais do que uma pessoa inocente! — Complementei, desabafando, soltando os dedos e enfim, arfando, deixando o corpo inclinar levemente para frente em uma postura mais "corcunda", com ombros flexionados.

Enquanto debatíamos o ocorrido, e eu tentava ser o mais transparente possível com Margo, os dois Pokémon avançavam em seu tempo até o exterior. Era óbvio que eu não podia saber o que acontecia com eles, mas tinha dito para mim mesmo mentalmente que, se não retornassem em pelo menos vinte minutos, é porque algo ruim tinha ocorrido... De todo modo, manteríamos um passo lentíssimo atrás deles para diminuir ao máximo a distância entre nós, podendo recolhê-los de volta o mais rápido se precisassem correr ao nosso encontro. Mas enfim... Strange é um Pokémon bem brincalhão quando está com outras criaturinhas. Ou melhor, outra criatura. Ele até interage bem, mas não gosta de multidões, o que significa pelo menos dois ou mais estranhos, apesar do trocadilho besta com seu próprio nome.

Eu realmente não sei o que tá acontecendo lá no final do caminho, mas minha preocupação era do fato do Drifloon simplesmente encontrar algo mais divertido do que retornar e ficar brincando, nos preocupando à toa. Talvez o Swinub coloque alguma pressão para que seguissem "na linha" da missão que nós passamos... — Ei... Você acha que vai ter um bando de vultos no final desse caminho esperando a gente prontos para dar um fim em nós dois? Essa história toda fica cada vez mais estranha... Eu tenho medo de onde isso vai dar. A história no caso, não o túnel... Bem, o túnel também... — Dizia, suspirando mais uma vez ao fim. Vejamos o que ocorreria...


OFF escreveu:

Espeon (Day Care): 177 Posts

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No mesmo instante que Margo cogitou perguntar a Luch se Natalie era Rocket, o garoto a respondera com "Eu nunca achei que ela poderia ser algo mais do que uma pessoa inocente!", já dando a garota dois indicativos: (1) ele não saberia se ela for uma Rocket e (2) Luch não a conhece tão bem quanto ele pensa.

Por isso ela pegou seu celular - em silêncio - e perguntou para algum momento de sua "sociedade". A Inteligência certamente saberia dar uma resposta melhor. Pois fez a pergunta à pessoa certa e esperou a resposta. Enquanto não a obtinha, se contentou a olhar para o rapaz completamente perdido e aconselhá-lo a respirar um pouco e foi bastante sincera com ele:
- Vamos pensar na informação que temos até agora?! - Deu ideia - Primeiro que essa tal Natalie parecia bem surpresa em te ver... você tem certeza que ela sabia que você estaria nessa missão?! Porque a reação dela foi como se não fosse da Virtuum ou como se nem soubesse da existência dessa missão na sua sociedade. Parece que ela não fazia ideia de que você poderia estar aqui! - Afirmou. Isso Margo tinha certeza de que era estranho; afinal de contas, se ela soubesse que Luch estaria investigando, ela não usaria um "disfarce" bem do lado do local investigado por seu namorado - Se lembra do caso do Milton?! Da pegada idêntica que os legistas não conseguem explicar? Pois é, é estranho também. É como se uma pessoa estivesse em dois lugares...

Pois parou por ai. Primeiro porque não sabia se devia continuar com seus devaneios sem ouvir a opinião de Luch. Segundo que um beep lhefez para para ver o celular. Recebera um relatório curto sobre Natalie, confirmando sua identidade como Rocket e informando que ela estava em Sienna por conta de uma missão ultra secreta. Claro que não era mérito algum de Margo revelar a identidade da moçoila ao namorado; primeiro que isso deixaria uma Rocket exposta, segundo que isso poderia trazer a tona para Luch que a própria Margo é uma Rocket.

Sendo assim, deu um riso amarelo (muito bem atuado) quando olhou a tela do celular, fingindo ter lido algum meme ou coisa do tipo.

> PoV Stranger & Swinub

Apesar da terra & Horta, nada daquilo era naturalmente interessante a Stranger. O pokémon acabou se limitando a entreter-se com Swinub que, felizmente, era muito mais responsável e mais adulto também. Por essas e outras o porquinho terrestre voltou para o seu buraco, mas não sem antes dar uma boa olhada no terreno e verificar se havia perigo.

Pois então Stranger apenas o seguiu, sem muito mais o que fazer. Alguns minutos depois eles estavam já de volta, com um semblante bastante apático e tranquilo. Não havia muito o que relatar, então deixou que Swinub resumisse o cenário à "terra batida", "plantas" e "luz". Como?! Bem, ele apenas usara um Sandstorm localizado e momentâneo para sujar o chão do Burguer Nidoking (achei o nome ahá) e desenhou uma pequena hortinha e um sol mal localizado, usando seu focinho para marcar a areia precipitada.

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Após minhas declarações sobre meu parecer quanto a toda "situação" com Natalie, Margo passou a me observar com um olhar diferenciado... Eu não sabia se era pena ou talvez uma reflexão sobre o assunto, mas certamente era um olhar que me deixava um tanto constrangido. Por isso, desviei os olhos brevemente, logo assim que terminei de me explicar, apenas ouvindo o que ela tinha a dizer a seguir. Foram poucos segundos de um silêncio constrangedor até a loira explicar sua visão dos fatos: Natalie agiu de uma maneira bastante estranha, talvez mais estranha do que alguém sendo "pego" em uma situação errada. Ok, era um ponto a ser considerado, mas que tipo de conclusão eu poderia tirar disso?

— Eu não falo diretamente com ela desde a época da Cherry Cup. Ela participou e comentamos sobre isso pelo PokéZap. Sobre a missão, eu comentei algo no grupo da Virtuum, onde ela faz parte. Ela não respondeu exatamente sobre este assunto, mas ela se mantinha ativa, então imagino que tenha lido sobre a missão. Eu acho... Não sei! Só sei que a atitude dela foi bastante estranha, talvez estivesse por aqui exatamente por causa da missão? Por saber que eu estaria aqui e poderia tirar alguma informação, mas foi descoberta cedo demais? — Comentei com Margo, fazendo algumas suposições e questionamentos "ao ar", sem ter como obter uma resposta concreta tão cedo...

Em resposta, Margo voltou ao assunto do Milton e o quão estranho e também, bastante inexplicável, era o fato de que haviam pegadas do homem em um lugar que supostamente não deveria ter. Lembro bem inclusive, que esta informação havia me deixado com dor de cabeça na primeira vez que ouvi e ficava feliz de Margo também achar muito esquisito este fato —  Eu não sei mais o que pensar ou o que suspeitar, sabe? Por falar nisso, quando ouvi sobre as pegadas lá na Delegacia, fiquei me perguntando se, de alguma forma, o suspeito não poderia ter "surrupiado" a identidade do Milton e estar se passando por ele agora mesmo. Na hora pareceu absurdo, mas agora... Depois de ver Natalie simplesmente sumir diante dos nossos olhos, acho que tudo é possível.... — Desabafei, com um longo suspiro ao fim.

Enquanto falava, desde o início desta conversa, notava que a loira não largava seu Phone. Estaria falando com alguém? Pesquisando algo? Enfim, talvez não fosse da minha conta, apesar de ser estranho ela até dar uns sorrisinhos curiosos ao olhar a tela. Para limpar minha mente destas dúvidas e suposições, resolvi contar mais sobre o que sabia — Aliás, conheci a esposa do Milton e o filho dele, sabia? Estavam no Centro Pokémon, curando um Alolan Golem... Parece que ele estava no carro, esperando eles... Mas enfim... Vamos aguardar os Pokémon... — Comentei com a menina, enquanto esperávamos a volta de Strange e de Swinub, algo que não levou tanto a ocorrer.

Os dois Pokémon vieram bastante tranquilos pelo túnel até nos encontrarem. Swinub parecia bastante focado na missão, enquanto o Drifloon - com o perdão do trocadilho - parecia muito mais aéreo... Questionamos sobre o que havia no final do túnel, sendo do Porquinho Resfriado, a incumbência de nos explicar... Ele inclusive foi bastante criativo, usando o Sandstorm para literalmente desenhar o que tinha a dizer... Era um desenho bem rudimentar, diga-se de passagem, mas do meu ponto de vista lembrava um lugar calmo e tranquilo, como um jardim ou pracinha. Algo que uma criança desenharia, mas diferente... — Que isso? Uma praça? Um Jardim? ... ... ... Ah! Seria a tal Horta do Ginásio? Faria sentido, né? — Disse, analisando o desenho, enquanto conversava com Margo.


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Espeon (Day Care): 178 Posts

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Quando Margo voltou do limbo que é usar o celular (odeio gente assim, tsk), a moçoila logo levantou os olhos para Luch e voltou a ficar faladeira; provando que apesar do silêncio, estava prestando atenção:
- Ah, eu também tava pensando nisso pra ser sincera... é até bom saber que conheceu a família dele. Eu realmente queria perguntar pra mulher dele se reparou algo "estranho"... sabe? Cicatriz a mais, coisas assim... Porque pra mim ele tava super estranho, não te falei?! - Sim, ela tinha falado; outrora quando disse não valer a pena conversar com Milton.

No mais, os bichanos chegaram e Swinub foi bem rústico ao desenhar sua imaginação. Devo admitir que, nesse ponto, foi bom ter Luch por ali; Margo não entendera em nada o desenho e o "chute" direcionado do garoto foi assertivo. Como eles sabiam disso?! Porque Swinub acenou positivamente quando ele falou sobre a horta, e grunhiu de forma animada.

Pois bem; Margo apenas bateu o pé, caminhou até a beira do túnel e perguntou: "é seguro?!". O porquito balançou a cabeça positivamente e grunhiu mais uma vez, dando aval para a Rocket. Logo mais ela estaria metendo os pés naquele buraco e se agachando bem. Seguiria até o fim, mas não sem antes convocar Luch:
- Vamos?!

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Apesar da mente avoada de Margo quando mexia no celular, era ótimo saber que uma parte de sua consciência ainda estava ligada no que eu estava dizendo. Isso ficou claro quando comentei sobre Milton e ela concordou com minhas suspeitas. Pelo visto, ele estava agindo muito estranho e realmente a loira já havia comentado isso anteriormente, em outro contexto é claro. Concordei então com a cabeça quando ela disse sobre ir perguntar para a esposa dele por algum sinal "estranho" em seu comportamento ou até no corpo mesmo, mas antes que eu emitisse um parecer completo sobre as últimas sugestões, os Pokémon chegaram e houve tudo aquilo que já conversamos...

— Há! Então é uma Hortinha mesmo, só pode ser o Ginásio... Bem, pelo menos espero que seja, pois isso encaixa as coisas, né? — Comentei, animado, voltando a atenção para Margo. Diante destas novas informações, a loira resolveu que deveríamos seguir em frente, mas não sem antes questionar seu Pokémon se estava tudo bem e seguro adiante. Com a concordância do suíno, Margo partiu pelo túnel, me chamando para acompanhá-la — Não querendo ser pessimista, mas acho que não vai ter muita coisa para vermos lá. Seria uma grande coincidência avistarmos algum "suspeito", ainda mais depois de todo o auê que tivemos que causar na lanchonete... — Comentei, suspirando de aceitação, adiantando a possibilidade de não acharmos nada adiante.

Pois bem, andar por um túnel desses não era algo tão complicado, então retornei Strange para sua Poké Ball e fui fazendo algumas suposições sobre o que falamos de Milton anteriormente — Acha que pode ter algum Dispositivo de Camuflagem igual o que a Natalie usou para desaparecer? Você aperta um botão e PooF, você se transforma em outra pessoa que está perto de você... Se for verdade... Será que o Milton está bem? Será que foi sequestrado? Muitas perguntas.... Espero que a gente ache alguma resposta adiante... — Comentei, enquanto caminhávamos, mas fiz questão de me calar logo mais, pois se houvesse alguém a espreita, a última coisa que gostaria é que fôssemos notados.


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Espeon (Day Care): 179 Posts

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Caminhar por um túnel de um metro e meio não era tão difícil, ou melhor, não era para ser. O problema é que aquele não era um desses túneis arquitetados ou ainda projetados. Ele era, em suma, um túnel feito as pressas e improvisado. Isso fazia com que parte da areia do teto se sedimentasse e caísse sobre nossos dois treinadores ora ou outra. Claro, nada que fizesse mal, mas o ombro de Margo já não estava tão bem; infectá-lo com terra podia ser um atestado para tétano ou outras coisas.

Por essas e outras ela passou o trajeto todo bem concentrada em não se machucar mais. Rasgou um pedaço de sua blusa preta e amarrou ao redor do ombro. Logo em seguida rasgou uma outra tira e fez uma tipoia; era o que tínhamos para hoje. Depois disso, a moça logo voltou a falar:
- Pra ser bem sincera, eu tenho algumas hipóteses... mas elas parecem malucas demais para falar... vamos ver o que encontramos e ai eu decido se fazem algum sentido ou não.

Eu vou adiantar-lhe um pouco o que estava na cabeça de Margo. Primeiro ponto que a garota estava extremamente incomodada era com o Quagsire de Damp. Um pokémon sempre rejeitado; mas que desta vez fora decisivo para a vitória do confronto. Parece até planejado... não acham?! O segundo ponto é essa coincidência de Natalie. Ela sabia da missão?! E se sabia... sabia que seria Luch que viria?! Será que ela estava esperando o que?! A outra Natalie?! Isso é... se "outra Natalie" existir, né?

A tintura no cabelo ela já sabia que era um disfarce e que aquela menina estava em missão. Margo conhece bem as "formas de disfarce" do mundo Rocket, mas esta era mais uma informação que não revelaria a Luch. Primeiro que isso a comprometia e comprometeria os Rockets, segundo que não há sentido algum em revelar todas as suas informações para Luch. Terceiro que a Natalie que não desapareceu - isto é, se de fato houver duas - tem direito a sua identidade resguardada.

No mais, ela prosseguiu até o fim do túnel, onde achou a tal tela mosquiteira e não foi nem um pouco sútil ao decidir rasgá-la e começar a cavar - com ajuda de Swinub - uma saída por cima.

Até ai tudo bem... sabe qual fora a dificuldade da menina?! Isso mesmo... subir. Tendo só um dos braços "prestando", a garota não conseguia apoio para erguer-se por si só. Sendo assim, deixou que Luch fosse na frente - ou pediu para que fosse, se assim preferir -, e solicitara ajuda. Quando Luch subisse - e se subisse -, se viria em uma horta comum; salvo pelo holofote fortísismo que o cegava quando ele olhava diretamente para o "quintal" do ginásio.

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