Bom, pelo menos meu curry era de levantar os mortos! Experimentava agora e atestava meu talento para aquele prato em específico. Decidi cozinha-lo novamente para Adam quando ele voltasse de seu compromisso! O garoto amaria o prato! Sua composição agridoce e picante era o suficiente para elevar o humor de qualquer um; menos, é claro, se seu sonho de vida tiver sido arruinado, pensava.
"Para com isso, Vincent. Você fez o seu melhor! Agora, tenha coragem e entregue o curry pra mulher!" - ralhava comigo mesmo.
Particularmente, tinha medo de encontrar a tal bailarina. Primeiramente, eu estava em sua casa sem seu consentimento ou conhecimento, utilizando das suas panelas e ingredientes, falando com seu sobrinho menor de idade e zanzando pelo seu lar. Já estava desconfortável nesse ponto; o que eu falaria pra mulher? "Ah, então, a porta estava aberta então fui entrando, espero que não se importe. Quem quer curry?". Em segundo lugar, temia sem motivo algum ver algo que mudaria minha vida para sempre. Sabe aquelas imagens que fixam na sua cabeça e insistem em reaparecer em momentos inoportunos, te assombrando para todo o sempre? Então. Era besteira, eu sei, mas tinha esse medo. Mas é claro que meu coração falaria mais alto... Não queria - e nem podia - decepcionar o pequeno Julian. Já tinha chegado até ali, iria recuar agora? Não! Mesmo que Vovó me desse uma bronca por deixá-la esperando, eu precisava terminar o que comecei. Julian pediu tão docemente, tadinho... Iria com ele. Ainda meio trêmulo, subi as escadarias que pareciam infinitas com a criança e com Serena, que parecia tão temerosa quanto eu. Se até mesmo minha pequena bailarina curiosa estava insegura quanto a isso, imagine como eu estava... Como não sabia o que falar, deixei Julian ir na frente. Com sorte, talvez eu nem precisasse falar muito...
"Para com isso, Vincent. Você fez o seu melhor! Agora, tenha coragem e entregue o curry pra mulher!" - ralhava comigo mesmo.
Particularmente, tinha medo de encontrar a tal bailarina. Primeiramente, eu estava em sua casa sem seu consentimento ou conhecimento, utilizando das suas panelas e ingredientes, falando com seu sobrinho menor de idade e zanzando pelo seu lar. Já estava desconfortável nesse ponto; o que eu falaria pra mulher? "Ah, então, a porta estava aberta então fui entrando, espero que não se importe. Quem quer curry?". Em segundo lugar, temia sem motivo algum ver algo que mudaria minha vida para sempre. Sabe aquelas imagens que fixam na sua cabeça e insistem em reaparecer em momentos inoportunos, te assombrando para todo o sempre? Então. Era besteira, eu sei, mas tinha esse medo. Mas é claro que meu coração falaria mais alto... Não queria - e nem podia - decepcionar o pequeno Julian. Já tinha chegado até ali, iria recuar agora? Não! Mesmo que Vovó me desse uma bronca por deixá-la esperando, eu precisava terminar o que comecei. Julian pediu tão docemente, tadinho... Iria com ele. Ainda meio trêmulo, subi as escadarias que pareciam infinitas com a criança e com Serena, que parecia tão temerosa quanto eu. Se até mesmo minha pequena bailarina curiosa estava insegura quanto a isso, imagine como eu estava... Como não sabia o que falar, deixei Julian ir na frente. Com sorte, talvez eu nem precisasse falar muito...