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- Queridas, vamos com a ofensiva final. High Jump Kick e Superpower, usem dois ataques se por algum motivo muito extraordinário for preciso, hehe. - É claro que não seria preciso, mas vai que aquele Graveler tem um Protect? Enfim, eu sabia que aquela batalha iria acabar logo e ao contrário de muitas outras vezes em que eu fiquei confiante, dessa vez eu estava segura. Pelo menos 90% segura, embora eu nunca tenha visto o High Jump Kick de Prudence falhar e não queria que essa fosse a primeira vez. De qualquer maneira, podia prestar a atenção no que o garoto falava.

- E-ehhh? - O fato de eu ter bancado a heroína acabou fazendo com que eu me esquece da educação básica e até menosprezei o menino: - Me desculpe, me chamo Kathryne. Prazer em conhecê-lo Han. - Enquanto eu conversava com o menino, quem se aproximava de mim era Zen, o meu Alakazam, que não se mostrava cansado, mas deve ter feito um esforço e tanto: - Descanse um pouco, mas acho que você vai precisar subir a mim e ao Han aqui. - O psíquico não respondia, inexpressivo, então eu voltava a falar com Han: - Bem, eu passei por lá em cima, mas não vi nenhuma bolsa. E dependendo do tempo que você passou por aqui, vai ser difícil achar ela, mas eu posso te ajudar.

Eu tentava mascarar toda a timidez que eu sentia ao conversar com pessoas novas para não passar uma imagem de segurança para uma pessoa que estou ajudando. E fora algumas gaguejadas, eu estava até que fazendo um bom trabalho, olhando o menino com um sorrisinho. Mas daí eu pensava em algo. Han provavelmente não estaria tão confortável com a ideia de estar sob o controle de poderes psíquicos, por isso perguntaria pra ele:

- Quer dizer, você não se importa em subir com a ajuda do meu Alakazam né? Sei que estar envolto em poderes psíquicos não é pra todo mundo, inclusive nem pra mim. Mas acho que é a única maneira que conseguimos subir de volta. Se você não se sentir confortável, vai ser difícil achar sua bolsa, porque vamos ter que achar uma saída alternativa. Q-quer dizer, estou te pressionando demais? Desculpe. - E eu deixei um pouco de minha insegurança extravasar, pois eu já estava começando a me sentir um estorvo para Han, apesar de estar evidentemente salvando-o.

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Não foi por pouca tentativa que a Graveler restante caiu; na verdade, ela resistiu (e muito) contra a dupla de Pokémon de Kathryne, mas ainda assim seu destino estava selado. Um último golpe veio do lado dela, lançando outra pedra na direção da lulinha, mas o que veio em troca foi um hiper golpe da Inkay, e uma voadora esmagadora por parte de Prudence, terminando assim o serviço e garantindo que os dois rochosos sequer se mexeriam dali pra frente. Han estava livre, finalmente, e respirava aliviado por ver os dois grandalhões caídos no chão, inconscientes; agora era a hora de Kath tirar a limpo toda a história dele, de entender o que realmente havia acontecido, e pensar se acreditaria nele, ou não.

Han encarava Kath com um olhar curioso, de quem analisava cada passo dela apenas para tentar entender o que se passava na cabeça da garota; e não era para menos, ela o bombardeou de perguntas e suposições, e mal deixou ele falar ou tentar se explicar. Na medida que ela ia se acalmando e deixando espaço, o garoto ia respondendo, aos poucos. - Sério? Que droga, a única resposta é ter sido pega por algum Pokémon, mesmo. - Ele indignou-se com o fato da bolsa não estar mais lá em cima, mas sabia que não era culpa de Keyron. - Olha, se for pra sair desse buraco, eu aceito qualquer coisa.

Uma risadinha saiu da boca dele, e ele coçou a nuca novamente. - E também aceito a ajuda pra procurar a bolsa. Eu vim aqui a mando de minha orientadora, a Joana, eu e ela estávamos trabalhando numa vacina pra uma doença grave, e precisávamos de algumas informações sobre os Beldum. - Seria coincidência? Provavelmente. - Não posso dizer muito mais... Tem alguns caras que estavam tentando patentear nossa pesquisa, e roubar nossos resultados, e bem, as paredes tem ouvidos, né? - Ele piscou, sorrindo novamente e mantendo o "mistério". - Acontece que eu estava perto de um possível lar de Beldum selvagens, e acabei vindo parar nessa mineradora antiga. Sem sorte nenhuma, como pode ver, fui lançado pra esse buraco e perseguido pelos Graveler. - Completou.


Log da batalha: Reflect 4/5 (Kath side).
Medicham usou High Jump Kick em Graveler 1 (-49 HP | Sturdy).
Graveler 2 usou Smack Down em Inkay (-6 HP).
Inkay usou Superpower em Graveler 2 (-14 HP | +1 Atk | +1 Def | Fainted).

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- Parabéns queridas, ótimo trabalho. Eldritch, toma isso aqui, você parece bem machucada. - A lulinha queria bancar a durona e mascarar seus ferimentos, mas ela não conseguia, soltando um grunhido de dor. Rapidamente apliquei duas poções e retornei as combatentes para a pokébola: - Enfim, vocês merecem um descanso, se eu precisar de vocês, chamo outra vez.

Enquanto eu ouvia mais do que Han tinha a falar, foi completamente óbvio que eu fiquei interessada de repente. Me parece que ele está aqui com um objetivo parecido com o meu. Mas será que se eu contar pra ele, ele acredita? Ele mencionou que tinha algumas pessoas tentando roubar a pesquisa. Será que se eu mostrar interesse de repente ele vai achar que sou uma dessas? É uma duvida válida, mas no momento em que eu ouvia o garoto, adivinhe só, fiquei empolgada e nem pensei nesse fator.

- J-Joana? De Mu Island? Do hospital? Eh, será que ela ficou brava demais porque eu estava demorando muito? Hmm... ah, quer dizer, a Joana também me mandou aqui, pra ir também atrás dos Beldum e observá-los em seu habitat natural. Bem, vou te tirar daqui e a gente conversa melhor lá em cima. - Então eu me virava para quem teria que fazer o trabalho dessa vez de carregar duas pessoas: - Zen, querido, você aguenta carregar ele, daí depois eu e então subir você mesmo? - O psíquico assentia e concordava, mas eu ainda estava cética se ele conseguia. Porém, vou ter que confiar nele.

- É o seguinte, apenas deixe se levar, não tente se mexer, pelo menos não bruscamente. Você vai primeiro. - Dizia eu para Han e então fazendo um sinal de "ok" para o Alakazam, para que ele comece: - Bem, acho que você pode me levar a esse possível lar dos Beldum. - Então eu me sentava no chão, olhando para cima, vendo o garoto subir enquanto esperava a minha vez e ponderava em como seria o resto da busca, é possível que ela tenha sido facilitada porque eu tinha alguém para me ajudar, mas como Han mencionou, é capaz de encontrarmos alguns "inimigos" por aí.

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Depois de retornar seus Pokémon, Kathryne passara a prestar atenção na fala de Han, e isso foi o suficiente para lhe causar outra daquelas crises de ansiedade onde ela saía perguntando um milhão de coisas de uma vez só, sem nem respirar. O garoto parecia assustado com a quantidade de coisas, mas aos poucos foi tentando interpretar as perguntas da menina, e buscar uma resposta para tais. - Ahn... Sim, Doutora Joana, do Hospital de Mu Island, a própria. - Ele então mudou sua expressão para uma curiosa, tentando entender onde aquela história dela se encaixava com sua própria. - Voce é a garota que a ajudou com o começo da pesquisa, né? Ela me falou sobre você... Mas que coincidência, nós dois acabarmos parando no Valley of Steel ao mesmo tempo.

Ele soltou uma risada leve, coçando a nuca. - A doutora não sabia se você voltaria, porque não teve mais notícias, e ficou preocupada com o estado das coisas então me mandou até aqui pra fazer o trabalho no seu lugar. - Fazia todo sentido, e por isso ele não tinha Pokémon com ele, muito menos era um treinador; era um estudante de Medicina Pokémon, e orientando da Joana. Aquilo era um progresso e tanto na pesquisa da própria Kath, afinal, o garoto disse saber de um lar de Beldum então ele poderia leva-la até lá, né? Assim os dois conseguiriam seus objetivos, trabalhando juntos.

Mas bem, antes disso, eles precisavam sair daquele buraco. Han ouviu com atenção a explicação da menina, e assentiu, se deixando levar pelo psíquico lá para cima; depois, Zen subiu Kath e por fim, se levitou até a parte de cima do alçapão, mais especificamente do lado oposto a entrada da caverna, para facilitar e eles não terem de pular por ali. - Foi bem aqui que eu caí... Era para minha bolsa estar por aqui. O único caminho é para frente. - O garoto se ajoelhava para ver se encontrava algum sinal de pegadas próximas, mas não teve tanta osrte; o que quer que tivesse passado por ali, já não estava mais, a bastante tempo. O que Kath faria? Seguiria adiante, sem ter conhecimento do perigo que a esperava?

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Phew, por sorte Han não desconfiava de mim. Quer dizer, se parar pra pensar era até que um tanto óbvio que Joana tivesse contado de mim antes, logo se eu pensasse direito eu poderia ter deixado essa preocupação de lado. Enfim, se eu não a deixei de lado antes, a deixei de lado agora. A única coisa que me deixou um tanto incomodada foi que eu acabei sendo lembrada do quão ruim sou em manter contato com as pessoas, a doutora devia estar esperando que eu comunicasse minha ida ao Valley of Steel, só que eu estava em outro continente.

- Bem, você como um orientando da doutora é certamente alguém mais qualificado do que eu pra fazer qualquer tipo de pesquisa. Agora o que me incomoda é que não tem como você se defender e bem... aqui é bem perigoso. Mas, eu consigo resolver esse problema pra você, eu acho. Quer dizer, vou te escoltar. - Eu estava protegendo alguém, era definitivamente uma experiência diferente na minha vida, mas não estava tão segura disso. O fato de eu estar protegendo alguém me deixava com ainda mais receio, receio de fazer algo errado. Se eu já me culpo por coisas que acontecem com pessoas que não tem nada a ver comigo, imagina com alguém que eu mesma tomei a responsabilidade de escoltar.

- Zen, querido, volte. Acho que subir duas pessoas deve ter sido bem cansativo pra você. - Enquanto minha mente estava atribulada por aqueles pensamentos receosos eu me dirigia para o meu Alakazam, que realmente estava um pouco cansado. Não sou uma psíquica, mas acho que é algo parecido com levantar pessoas com a força bruta, o esforço eu digo: - Eu tenho o pokémon perfeito pra navegar em cavernas. - Dizia, agora para Han enquanto sacava outra pokébola que era de... você sabe quem senhor narrador

- Venger, já sabe. O de sempre. Nos guie pelo caminho aqui a frente e fique bastante alerta a movimentos. - O Swoobat assentia, não antes de dar um olhar torto para Han. Mas já que eu não tinha problemas com o garoto, Venger presumiu que não precisava se preocupar com nada, então apenas liderou o caminho como é de praxe, com o seu entusiasmo de um... morcego em uma caverna: -Com meu Swoobat aqui não precisamos nos preocupar com o caminho a frente. Claro, vou deixar iluminado também, afinal, poder enxergar o que vem por aí também é bom. - E configurava o Rotom Phone como lanterna de novo: - Vamos lá.

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Han ouvia com atenção da sugestão da garota e sequer contestava. Ele sabia que estava perdido naquela caverna sem ela, sem seus Repel e sem sua bolsa ou qualquer acessório para se defender; além disso, ela havia acabado de salvar ele de dois Graveler furiosos, não havia motivo no mundo que o fizesse desconfiar das intenções de Kathryne. A garota então, buscando melhorar o caminho a frente, trazia Venger de volta a campo, retornando seu Alakazam para um devido descanso; o coitado teve de levitar duas pessoas por uma altitude bem grande, então, era compreensível que ele estivesse exausto mentalmente.

Assim, tínhamos o squad formado: Kathryne, Han, Eldritch e Venger. Os quatro explorariam a mina abandonada em busca da bolsa perdida do estudante de medicina e pesquisador orientando da Doutora Joana; parecia uma ótima sinopse pra um filme sobre Pokémon, vou escrever isso... - Ahn... Espera. - Disse o garoto quando Kath começou a caminhar, seguindo seu Swoobat. - Ele sabe pra onde ta indo? Você não deu nenhuma direção específica pra ele... Acho que eu posso ajudar com isso. - Ele não estava errado. Keyron apenas virou-se para seu morcego e disse: "vamos a frente". Mas onde era o a frente, e o que ele estava procurando, exatamente? Ele sabia andar pelas cavernas, mas não adiantaria de nada se não tivessem um alvo.

- Hm... Olá, querido, sou Han, tudo bem? - Ele questionou, se aproximando um pouco do Swoobat e tentando se mostrar amigável. - Eu acabei caindo naquele buraco que vocês me encontraram, e minha bolsa se perdeu, provavelmente pega por algum Pokémon... Graveler como aqueles, além de Geodude e Aron são os monstrinhos mais comum daqui. Acha que consegue nos levar até próximo de alguns desses? - Assim seria realmente mais fácil para Venger, ter algo para procurar, de fato, ajudaria e muito na busca; o morcego até concordava, mas precisava obedecer as ordens de sua treinadora, então, virou-se e a encarou, esperando uma resposta assim como o médico.

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Agora eu estava com alguém que tinha um certo conhecimento de onde pode ser possível encontrar os Beldum, agora sim eu tenho certeza que minha busca foi facilitada. Eu até me arrependia de não ter conhecimentos, conhecimentos que eu teria se não tivesse essa vida de viajante, de treinadora, porém, se eu não fosse uma treinadora, eu sinto que teria arrependimentos de qualquer maneira. Enfim, não vou ficar pensando sobre isso, no máximo, essa carreira é a minha tentativa de realizar os sonhos de minha mãe. Agora me deixe ajudar Han no que eu posso fazer de melhor.

- E-eh... bem, eu não sei para onde ir mesmo. Só falei pro Venger ficar alerta a movimentos enquanto seguíamos por esse caminho da frente. Mas você está certo, eu precisava ter guiado meu pokémon melhor. - Então Han guiava Venger, mas é claro que o Swoobat não assentiria para uma ordem que não fosse a minha, então apenas confirmaria o que Han disse: - Ouviu ele querido? Procure pelos pokémon que aqui habitam. Confio em você, hehe. - Afagava a testa do Swoobat, acalmando um pouco os nervos dele e então ele assentia e agora, realmente, começamos a caminhada.

- Umm... pra ser sincera eu só estou fazendo essa busca porque eu ajudei a Joana a lidar com uns criminosos. Mas, acho que você já deve ter percebido que eu não tenho ideia do que fazer a não ser achar os Beldum em si. Muito menos sei sobre a pesquisa dela, então foi bom ter te encontrado, meio que a gente se ajuda, hehe. - Eu só tentava puxar conversa com Han, porque andar, sem falar nada em um túnel escuro e desolado é algo que me deixaria no mínimo ansiosa. Mas é claro que a tentativa de conversa tinha a marca registrada Kathryne: gaguejadas, falta de contato visual e rosto corado. Bem, eu não sei sobre o que falar, daí fica difícil.

Sempre fui uma pessoa introvertida que gosta de silêncio, mas existe uma diferença entre o silêncio de um quarto confortável com o silêncio de um túnel escuro. Enfim, enquanto eu pensava e boiava, eu continuava a caminhada.

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Han se fechou um pouco quando ouviu Kathryne falar. - N-Não era isso que eu queria dizer... - Ele se calou quando ela voltou a falar, e percebeu que ela tinha entendido, e que não tinha porque contestar. De qualquer forma, era uma situação tranquila, e não era preciso tanta timidez entre os dois; o pesquisador só havia ajudado até agora, e esse foi só mais um caso. Inclusive, Venger parecer relaxar quando Kath o deixou seguir o que o garoto havia dito, já que ele sentiu que ele tinha mais pulso firme sobre para onde ir, e isso ajudaria o morcego a também saber para onde ir, e não ficar voando por aí sem um destino certo.

Então, assim, começaram a caminhar a frente, seguindo o único caminho existente com o Swoobat a frente do pequeno grupo, atento aos arredores e voando numa velocidade média, para que eles pudessem o acompanhar também; era um caminho tranquilo, apesar de parecer não ter fim. Não tinha nenhum sinal de vida Pokémon por enquanto, mas o psíquico parecia determinado a continuar, talvez pressentindo algo que nenhum dos outros presentes ali conseguisse. Han prestou atenção em Keyron novamente, assentindo com a cabeça. - Ah, sendo sincero eu também não tenho todas as informações... Eu sou só o orientando, faço algumas pesquisas mais básicas para ela, reúno dados e auxílio com os pacientes, mas não sei muito sobre a vacina em si; inclusive, meu objetivo aqui é só coletar dados também.

Ele comentava de um tom sincero, então, Joana realmente deveria guardar suas informações a sete chaves, principalmente pelo caso que o garoto falou, de outros pesquisadores querendo roubar a patente da vacina e tudo mais. Quando eles pararam de conversar, finalmente veriam que chegaram a algum lugar; era um grande salão, com alguns cristais nos mesmos tons dos de fora, mas sem qualquer interferência humana, o que os tornava ainda mais bonitos do que os de fora. Venger parecia ter parado próximo de algo, e quando o grupo o alcançou, poderia ver que se tratava de um pequeno grupo de Aron, comendo uma pequena fonte de metal mais próxima do chão. Eles estavam a uma distância segura, então, ainda não haviam se assustado com a presença do grupo, mas não havia nenhum sinal da bolsa de Han por ali...

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- Bem, ainda acho que você deve saber mais do que eu, hehe. Eu mesma só fui mandada pra cá porque ajudei Joana. Mas já disse isso antes, a gente se ajuda. - Dizia um pouco mais sorridente, porém ainda tímida. Eu queria puxar uma conversa pois aquele caminho silencioso e quieto acabaria me incomodando, por sorte, Han era bem aberto para um papo. Mas mesmo se ele não estivesse aberto, logo esse silêncio e falta de vida se acabariam, isso que eu já estava perto de desistir e me cansar, embora eu não tivesse motivo para fazer tal coisa enquanto Venger seguia em frente. Se ele seguia em frente era porque tinha algo.

E claro, tinha algo. A paisagem era realmente bonita, mas reforço mais uma vez, não estou aqui para admirar a paisagem. Mas o fato dessa paisagem ser bonita, com os vários cristais coloridos, parecido com o que eu vi do lado de fora, me lembrou de um detalhe que eu quase ia esquecendo. Eu encontrei alguns equipamentos no lado de fora e alguém andou mexendo nesses cristais, embora não me pareça que foi algo tão recente. Talvez seja um detalhe importante, contaria para Han:

- Eu encontrei um salão de cristais bem parecido com esse do lado de fora dessa caverna. E com ele eu vi que algumas pessoas passaram por ali e deixaram alguns equipamentos. Acho que isso era um detalhe importante, só que eu não sei se os donos desses equipamentos ainda estão por aqui no vale. - É, quando eu colocava aquele pensamento em voz alta, ele não me parecia tão útil assim. Só falei uma informação incompleta que não nos levaria a nada. Eu parava para analisar o salão mais atentamente, mas eu não conseguia tirar nenhuma conclusão dali.

- Umm... me desculpe, mas eu não sei por onde começar a procurar. Eu penso que os pokémon possam ter escondido sua bolsa nos pequenos espaços entre os cristais. É a única coisa que eu consigo pensar no momento, ou talvez aqueles Aron tenham realmente algo a ver com o que estamos procurando. Enfim, eu vou procurar entre os cristais. - E de maneira afobada eu fui na frente, ao lado de Venger, pedindo para esse ficar de olho, enquanto eu bem... olharia entre os cristais, os menores espaços possíveis.

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Han arqueava uma sobrancelha ao ouvir Kathryne falar sobre os equipamentos do lado de fora, e colocava o polegar próximo do queixo, como quem refletia sobe o comentário da garota. - Talvez tenha sido algum grupo mercernário que tenha minerado os cristais sem permissão, mas já que você disse que não parecia recente, não penso que tenha muito a ver com o que estamos procurando. - Ele deu de ombros ao final, e Kath sabia que ele estava certo; não só isso, como ela também concordou e assentiu com o rapaz ao término de sua frase. Depois disso, os dois passaram a procurar melhor e analisar o ambiente, mas sem qualquer sinal da bolsa do garoto.

Ele coçou atrás da cabeça, ouvindo novamente a garota, e pensando mais um pouco. - Existe alguma chance deles terem armado o alçapão que eu caí, e terem pego minha bolsa quando tudo aconteceu? E se forem os caras que queriam roubar a vacina da Joana? Droga. - Ele se lamentava, enquanto Keyron procurava entre as frestas dos cristais, assustando os Aron, que saíram correndo com a aproximação da garota, se enfiando em suas tocas nas paredes, ou qualquer coisa que aquilo seja. Havia muito espaço para se procurar, mas a Especialista cobriu uma grande parte, e ainda assim, não conseguiu nenhum sinal da bolsa.

Do outro lado do salão havia um caminho a se seguir, oposto ao que eles entraram, mas parecia ter sido cavado por equipamentos humanos, e não uma abertura natural como as outras. Além disso, um barulho estranho de algo grande se mexendo entre o chão e as paredes de rocha-matriz era possível de se ouvir, além de alguns abalos sísmicos no chão, fazendo as pedrinhas comuns que ficavam espalhadas chacoalharem feito doidas. O barulho parou por alguns segundos, até que, de dentro do buraco mal feito, surgiu uma grande serpenta de pedra; o Onix agiu rápido, disparando uma rocha na direção de Han, e virando-se para atacar Kathryne; a garota teria de agir rápido, ou o cientista acabaria morto, literalmente!

No monstrengo, contudo, agarrado ao "chifre" de sua cabeça, era possível enxergar a bolsa de uma alça que provavelmente pertencia ao garoto, mas não era hora de pensar nisso, né?