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Capítulo 15 - Escuridão [Tielo]

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descriptionCapítulo 15 - Escuridão [Tielo] EmptyCapítulo 15 - Escuridão [Tielo]

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Mt. Mortar



— E agora, o que faremos? - Perguntou à Dustox que apenas resmungava, grudada nas costas de seu treinador. A luz da lanterna passeava de um lado para o outro, procurando caminhos, armadilhas ou Pokémons. - O que? Você achou que eu iria simplesmente acatar aquela mulher e sair fora daqui? Depois seria outro trabalho para entrar de novo...

As passadas eram calmas. Cautelosas na verdade. Estava na parte escura da caverna como dito anteriormente. O primeiro Tyrogue não foi tão complicado, mas muito especial. Tudo seria mais fácil se tivesse o garoto por perto. Ele não parecia precisar de um mapa ou coisa parecida.

— Eu entrei aqui pra capturar dois Pokémons, e não vou sair sem eles. Falta só mais um, preciso que você seja menos preguiçosa e me ajude a achar um caminho. - De fato, Dustox não movia um musculo, e dessa vez sequer respondia. Tinha cochilado.

Anteriormente, Tielo havia entrado na caverna por uma entrada de pesquisa de exploração. Ajudado pelo garoto que trabalhava nas expedições, que apenas queria explorar sem os olhares repreensíveis da sua supervisora. Porém ela pegou ambos em uma briga contra uma horda de Zubats na caverna. O pobre, ficou ali com ela, enquanto Tielo, usou da escuridão para permanecer na caverna.

O que aconteceria agora?

Olá narrador. Tenho poucos objetivos para essa rota:
- Capturar um Tyrogue
- Beautifly ficar no lvl 30
- Conseguir um pouco de felicidade para Beautifly
- Conseguir um pouco de felicidade para Dustox

Se vier mais coisas como itens ou dinheiro, ou EXP para outros Poké, aceito. Lucro é lucro.



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OFF: Hey Tielo :> Quanto tempo, né?! KAKAKA Espero que seja divertido <3

Vamos por partes. Eu não sei bem o que aconteceu anteriormente, mas posso lhe afirmar que o drama de adolescente ficou para trás. Seja periogoso ou não, é um fato que o Monte Mortar era o objetivo de Tielo e não haveria supervisora que lhe impedisse disso. Na verdade, não sei bem ao certo qual era a justificativa daquela mulher, mas pode ficar tranquilo... estamos em um Landmark bastante requisitado e há mais treinadores que estão fazendo o mesmo que você.

Ok... talvez isso não seja motivo para estar tranquilo. Parando para pensar, talvez fosse melhor estar sozinho por aqui, não é?!

O túnel que você estava era como um breu e o som era o famosíssimo som de coisas "ocas"... sabe?! O zumbido rítmico de quando você põe uma concha no ouvido ou quando você insiste em por um copo vazio para "abafar" o som e acaba ouvindo o "oco"?! Pois é, era esse o som. Para mim não há nada mais assustador que esse cenário: um breu total e uma ausência de sons. A surdez era brevemente cortadas por Dustox, que atraída pela luz, acabava por sair das costas de Tielo vez ou outra e ir até o direcionamento da lanterna; tapando o feixe e atrapalhando a visão.

Bem, não podemos culpá-la; é de sua índole seguir feixes mais claros. O pior de tudo é que a ranzinza se irritava ao perceber que a luz balançante sempre era a lanterna de Tielo, emitindo um grunhido mais grosso e voltando revoltada para os ombros de seu treinador; resmungando mais um pouco.

Eu poderia chamá-la de burra aqui, mas não é culpa dela. Já não enxerga muito bem, ouve pouquíssimas coisas. Sem nenhum estímulo visual e sem mais estímulos sonoros, a única coisa que lhe prende - e até lhe hipnotiza - é essa maldita luz. Pois bem, caminharam um bocado de tempo, dera tempo para Dustox fazer esse mesmo percurso (inútil) cinco vezes. Resmungou um bocado e até então não encontraram nada. Já haviam adentrado cerca de duas ou três milhas a dentro, e o mais inovador que aconteceu foi uma mísera pedrinha que Tielo acabou chutando e bateu numa parede, riscando-a e momentaneamente criando uma pequena faísca...

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Capítulo 15 - Escuridão [Tielo] 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Mt. Mortar



— Desculpa se não é o passeio mais incrível da sua vida. A vida não é feita só de momentos empolgantes sabia? - Comentava em voz alta ao ver a mariposa em um misto de impaciência e ociosidade. O fato de não saber se Dustox ou qualquer outra espécie podia compreender exatamente o verbalizado tornava cômico as conversas. Era mais um pretexto para falar sozinho e não parecer louco. Não que suas vestes ou trejeitos não fizessem a sociedade considerá-lo assim, mas, no final da conta não se importava.

O caminho parecia o mesmo, sempre. E apesar de não perder o animo na caminhada, perdia um pouco na paciência. Não pelo fato de se sentir entediado, mas de se sentir sem resposta, ou pista. Afinal, estava no caminho certo? Errado? Levaria à algo? Estava em círculos? Caracterizar e fazer um mapeamento de uma caverna no escuro e sem referência ou conhecimento era impossível. Tielo definitivamente não era dessa área. E muito menos da física, quando notou que uma pedrinha que havia chutado criou-se uma faísca.

— Acho que vamos precisar de ajuda extra. - Pegou uma Pokéball e liberou o monstrinho de fogo. - Você poderia caminhar na frente usando seu Ember, para iluminar o caminho, por favor? - Além de economizar na lanterna, o alcance da chama iria bem mais longe do que apenas o foco da lanterna passeando pelas paredes. - Esse eco que faz essas paredes. Essa caverna é dotada de arte, vocês sabiam? Além de poder ter diversas pinturas nessas paredes que não posso enxergar, o som da música pode ser interessante aqui. O silêncio com essa mistura de zumbido natural da ausência de som é reconfortante mas para outros momentos. - Retirou o violão de suas costas e dedilhou suavemente, não como se estivesse montando uma canção, mas testando a sonoridade dele com o ambiente.

Hello Vi

Desculpa a demora, mas você já me narrou algumas vezes então já sabe que eu sou de demorar as vezes mesmo. E desculpa os posts curtos, e principalmente por definir o ambiente no post anterior, mas é que era onde o Koi tinha terminado o plot anterior e eu precisava pelo menos desse contexto inicial, se quiser mudar o ambiente fique a vontade. Ah, e lembrando que eu me adapto aos plot, pode se sentir livre pra criar.

E uma pergunta, os HPs dos meus Pokés são esses mesmo?



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OFF: Opa, peguei a rota errada de referência QQQ consertado. E sobre a demora... me desculpa também D; fins de semanas eu quase nunca fico em casa então é meio que essa ausência mesmo, mas sempre compenso nos dias de semana se precisar :>

Economizar é quase sempre importante; seja lá o que. Mais para frente o tal andarilho talvez decida economizar suas pernas e sua energia com uma pequena pausa, mas por hora não. O foco era economizar a bateria da lanterna; e não as energias dos pokémons e do treinador. Lançara mais uma figura no cenário, que apesar de quente e iluminada, não era lá muito "rápida"... se é que me entende.

Quer dizer... ele não era lerdo. O problema estava mais no terreno... eu acho. Como tinha apenas pernas curtas em um corpo desproporcional, ambientes íngremes se tornavam de difícil controle, fazendo com que o pokémon batesse a "bunda" no chão ora ou outra. Para não se machucar, acabava indo mais devagar.

Isso tudo fizera com que os três diminuíssem o ritmo, o que é bom, não é?! Para quem quer tocar enquanto anda, talvez um pouco de calma evite acidentes. O garoto então sacou seu violão e dedilhou algumas cordas, reparando que a sonoridade de fato ecoava. Mas ecoava como?! Primeiro lhe direi que a amplitude não era das maiores, logo em seguida te digo que a frequência se alterou; mas não uma alteração lá muito simples.

A alteração que se tinha na frequência era uma espécie de Efeito Doppler; indicando que ao retornar (em eco), o som iniciava mais grave. As notas subsequentes ganhavam certa "finura", ficando cada vez mais aguda, sendo difícil ter certeza se aquilo era um "dó" ou um "lá". A difícil distinção poderia dar algumas pistas a Tielo sobre o terreno, mas garanto-lhe que não fizera isso tão bem quanto Larvesta.

Lembra-se quando disse que sua bunda acabava arrastando no chão?! Isso tudo fez com que a pokémon reparasse que o terreno era levemente íngreme, coisa que ninguém até então havia reparado. Não que isso fosse uma questão muito "chave", né?! O principal feito de Larvesta foi, em suma, obedecer seu mestre.

Lançou seu Ember para a frente, de forma subsequente. Percebendo o formato "íngreme", jogou-as em um ângulo de 100º e a viu desaparecer no ar a medida que ia perdendo força. Fez isso umas seis ou sete vezes até, acidentalmente, acertar uma parede lateral e ai... bem, e ai "kabum".

Se lembra da pedra e da faísca?! Isso já indicava que as paredes laterais tinham algum tipo de sólido inflamável. Claro, em pouquíssima quantidade; visto que a chama não ficara acessa de vez. Dessa vez a quantidade era um pouco maior, por isso Larvesta conseguira "acender" uma trilha de fogo na parede da caverna, iluminando por completo o caminho de Tielo.

Isso tudo pareceu bem útil a priori, o problema é que a medida que a trilha-de-fogo corria trilha-à-dentro, as paredes continham mais enxofre. Péssimo sinal! Tielo nem precisava seguir caminho para entender; seus próprios olhos lhe explicariam o ocorrido. De início, apenas um traçado de fogo incessante, que iluminava o local. No meio? Paredes em chamas. No fundo?! Não há mais paredes, apenas chamas!

Chamas, chamas, chamas e chamas! Isso criara um calor insuportável, mas há uma consequência ainda pior no ato de Larvesta; um grito. Um grito masculino viera daquela direção, um grito incessante e doloroso. Um grito humano, que tentava - sem muito sucesso - se aproximar.

Há um homem ali e Tielo (sem intenção) ateara fogo nele.

A distância? Não sei ao certo. É difícil dizer com toda essa luz em espaço fechado. Te digo que não é muito perto, visto que demorara longos segundos para que o fogo caminhasse até aquele ponto do túnel. Digamos que a distância seria de... 40 segundos de tempo ígneo?! Ao menos fora esse o intervalo de tempo entre Larvesta acertar suas chamas na parede e um homem começar a gritar.

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Mt. Mortar



As passadas pareciam mais pesadas. Aquilo provavelmente era o corpo de Tielo reagindo à gravidade. Segurando-se para não despencar e manter seu corpo ereto, as panturrilhas do bardo enrigeciam a medida que forçava o caminhar. Porém, de maneira leve, quase que automática. Afinal, estava no escuro, não tinha muitos sentidos para lhe guiar.

Larvesta cumpria seu papel, iluminava seu caminho momento ou outro com disparos de fogo para o alto. Ele tinha percebido a desnivelamento antes de todo mundo. Tielo preocupava-se em dedilhar os instrumentos antes mesmo de querer se dar conta de qualquer obstáculo.

— Vocês estão sentindo esse... Cheiro... - Não era comum o que sentia, mas era desagradável, forte, e não era um bom sinal, mas, como saber que um elemento químico perigoso e inflamável impregnava o local, sem ter conhecimento ou contato com isso na vida? Ou teve. É claro que teve, usavam isso como pólvora para fazer grandes espetáculos, fossem em pequenas quantidades para barulho ou artifícios. Mas fazia tanto tempo, que sequer lembrava disso.

Ignorou.

A pior decisão, o golpe que batia na parede dessa vez desencadeava uma sequência de pequenas explosões e combustão que percorria a parede de maneira desordenada e rápida. A pupila do bardo se contraía rapidamente com a luz emanada ali, e era impossível se dizer o que acontecia. Os pensamentos eram desordenados, o misto entre a tentativa de o entendimento, e a luta do cérebro em mudar o foco para uma solução.

Larvesta misturava seus sentimentos entre o susto do que havia causado, e o conforto do calor em seu pequeno corpinho. Já Dustox se encolhia nas costas de Tielo, fogo não era seu forte. E o transe só foi interrompido por um grito mais ao fundo. Mas no meio de um incêndio, era impossível identificar. Mas não dava pra pensar mais, precisava de uma medida burra e desesperada.

Recolheu Larvesta e Dustox, ao mesmo tempo que liberou o grandalhão de seu time. Colocou as Pokébolas em sua bolsa, agarrou-as firmemente com seu violão, encostou na parede, e se preparou para o impacto enquanto ordenava. — Swampert, inunde isso aqui! Agora! Surf com força total!


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Se tivéssemos super-olhos, veríamos que uma luz vermelha materializara um pokémon ígneo ao meio daquele fogaréu. Não que isso fosse suficiente para "resolver o problema", na verdade, isso não era nada resoluto em absoluto.

No mais, não narrarei um plano que Tielo não pode ver, focaremos nos fatos.

Dustox é o primeiro prejudicado da situação. Via-se em uma clara posição de risco e nada podia fazer por. Se erguesse as asas e voasse para longe, o calor lhe danificaria, além disso, a luz constante lhe atrapalhava por completo os sentidos, o fazendo não ter certeza se conseguiria achar uma saída por conta própria.

Por essas e outras, ficou com Tielo o tempo todo, desejando retornar-se ao casulo seguro a qual saíra. Nunca quis tanto desevoluir...

O segundo prejudicado foi... bem, o próprio Tielo. O cheiro, a fumaça e o calor não lhe faziam muito bem, ficando cada vez mais sufocado e com a pele um tantinho quente. Mais tarde isso iria arder um pouco, agora?! Não muito. Sentia seu corpo um pouco febril, além de mais cansado... nada que lhe impedisse de pensar.

Inclusive, pensou rápido demais. Jogou no campo Swampert que simplesmente não entendeu nada daquele auê todo; sendo sua única certeza o fato de que aquele calor não era nada sadio para seu treinador. Tendo isso em mente, aceitou a missão de excluí-lo, caminhou à frente e tomou cuidado para apenas invocar sua onda metros de distância de seus amigos, cuidando para não machucá-los. Apesar de não-comunicativo, Swampert era um pokémon um bocado inteligente e preocupado.

O problema não era falta de inteligência ou poder... o problema era tempo. Sim, tempo. Swampert não teve tempo de analisar seu terreno, chegando no local e já ouvindo gritos, ordens e grunhidos. No desespero, invocara uma onda de água salgada e mandara em direção ao fogo mais intenso. Essa onda, sem intenção nenhuma, ocupou todo o diâmetro do túnel, e fora caminhando estrada à cima, apagando o que tinha que apagar.

A onda arrastara dendritos e apagara fogo uns 50 metros para frente, retornando a escuridão por quase todo o túnel e deixando o enxofre das paredes completamente úmido; impossível de se reacender nos próximos minutos. O problema é que, graças ao carácter íngreme do túnel, após subir cinquenta metros, um refluxo aconteceu.

Claro, não na mesma intensidade e nem na mesma vazão, mas ainda assim um bocado... perigoso?! Acredito que sim.

Sem lanterna, sem ember e sem nenhuma forma de localização, o bardo e seus pokémons ouviram o barulho d'água se aproximando. Ainda preocupado, Swampert abraçou o treinador e seus dois pequenos insetos, ficando de costas e recebendo todo o impacto para si. Aguentou por bastante tempo, é claro, até um impacto mais sólido vir e lhe desequilibrar, caindo um pouco para frente e derrubando Tielo, Dustox e Larvesta num córrego de água que aos poucos se tornava apenas poça.

Ok, não foram tão para trás assim, no máximo retornaram três ou quatro metros, nada que as panturrilhas surradas do garoto não conseguissem retornar. Não houve ralados nem machucados mais fortes, salvo o coitado do Swampert, que acabara com um.... furo nas costas?! Arg, ele não conseguia ver direito, mas certamente sentia uma dor aguda no torso.

O que diabos bateu nele?! Infelizmente ele estava de joelhos, com a face para o chão e tateando suas costas. Não estava lá em muitas condições de ver o que lhe atingiu. Tielo poderia levantar e ver o resultado não-tão-desastroso disso tudo, mas até que fizesse isso, ouviria seu aquático grunhido e resmungando sobre dor nas costas.

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Mt. Mortar



Os eventos aconteciam rapidamente. E não dava para se concentrar em um específico, tendo que diversas coisas estarem pela metade nos planos do bardo. A água invadia o local com certa brutalidade, raspava o enxofre das paredes despejando-o no novo rio, ao mesmo tempo que impedia o oxigênio de causar mais combustão. Era perigoso jogar água no fogo quando não se conhece o material inflamável. Lembrava de sua mãe dizendo para jamais jogar água numa panela com óleo pegando fogo. Mas a medida era desesperada, e a força da água seria suficiente para não deixar a reação acontecer. Ou esperava.

Mas antes que pudesse respirar aliviado, sabia que o impacto da água viria, por isso agarrava seus pertences com força. O evento era parecido com uma ressaca do mar. A água volta com uma onda gigantesca empurrando o que houvesse pela frente. E nesse momento Swampert faz o papel protetor, para todos ali. Apesar de ser menor em tamanho que seu treinador, era mais corpulento. Tielo agarrou-o como podia no mesmo instinto protetor. Apesar de crescido, ainda era um de seus bebês.

— Aaargh... - Rufou, no chão, tentando recompor os seus sentidos já que, a visão não iria favorecer, o cérebro precisava reunir informações com os outros. Viu um pequeno feixe de luz vindo da sua bolsa. Era Dustox retornando para sua Pokébola, desesperada, protestando, e praguejando infinitas gerações do seu treinador. Já Larvesta parecia chorar, assustado e molhado. Assim como Swampert reclamando de dores nas costas. Aliás, e o grito anterior, como estava o ser de anteriormente? - Sozinho eu não dou conta... Sozinho... Eu não dou conta... - Disse tateando o chão em busca de sua mochila. Graças ao feixe de luz de Dustox retornando, soube exatamente por onde começar. E enquanto revirava as Pokébolas, suplicava pela dama de gelo ajudá-lo. - Por favor Jynx, não consigo sem você.

Seria simples para Tielo apenas retornar Larvesta e Swampert para a Pokébola e ignorar qualquer coisa. Mas os mistérios dessa tecnologia não permitiriam ter a segurança de que estariam bem la dentro, e não apenas adiando um sofrimento. A matriarca do time era especialista em acalmá-los. Principalmente com suas beijocas. Larvesta não tinha sofrido mais que o susto, e isso ela conseguiria resolver. Já o brutamontes precisava de ajuda urgente.

No escuro, se guiava pelo som de reclamações de Swampert. O musicista usava de palavras para tentar acalmá-lo, enquanto sua mão esquerda gentilmente acariciava a face do Pokémon, trazendo-o para si, a direita tateava suas costas em busca de saber o que afligia tanta dor nele.


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Medo tende a ser uma das coisas mais difíceis de se livrar. O susto, os sintomas imediatos e a taquicardia até vão embora fácil, mas o trauma, o a angústia, o pavor de uma repetição?! Não, isso não. A ansiedade, ou melhor, o medo de ter medo tende a lhe perseguir a vida toda; esperemos que não seja um desses casos que Larvestra passou. O pokémon dava passadas curtas, nunca saindo muito de perto de seu treinador. Via em Swampert uma figura paradoxal; ao mesmo tempo que parecia confiável, ele também era molhado demais para se confiar.

Por isso manteve-se no lado oposto do pokémon, esperando que Jynx surgisse para resolver o problema. Bem, a pokémon não resolvera problema algum; ao menos não os pragmáticos. Ela se contentou em pegar nos braços o filhote e dar-lhe um aconchego, um cheiro e um beijo gostoso, mimando-o.

Claro que ele não perdeu a oportunidade para tecer uma pequena luvinha à Jynx, que aos poucos lhe aconchegava e, por consequência, tornava o ninar ainda mais gostoso.

Ao menos Jynx deu a Tielo um problema a menos para pensar. Um tanto curioso (ou preocupado?) com o grito anterior, o garoto dera a volta e olhara para seu (antigo) destino, tentando ver alguma coisa. Se achasse sua antiga lanterna, poderia usá-la, já que o escuro lhe impediria de ver qualquer outra coisa.

Por sorte (ou não), o escuro não durou tanto tempo assim. Logo ali, onde o impacto aconteceu, pequenas chamas começam a incinerar, dando a Larvestra e Swampert duas coisas; (1) um susto inevitável, visto que o fogo voltara e isso podia ser um péssimo sinal e (2) visão. A segunda, por sorte, acalmava a primeira.

O mínimo de visão já tornara possível ver um rosto meio úmido. Aos poucos o fogo se alastrara por toda uma lombar, revelando o responsável por aquelas chamas e aquela iluminação:

Capítulo 15 - Escuridão [Tielo] Rapidash

O Surf de Swampert apagara momentaneamente sua juba, que agora voltava a acender. Em suas costas, um homem de pele bastante queimada repousava inconsciente e no topo de seu chifre um bocado de lama, que provavelmente viera de Swampert. Se fossem olhar o machucado do pokémon aquático, veriam que seu furo era compatível à chifrada, mas Rapidash (sem sombra de dúvidas) não fizera aquilo de propósito, fora apenas males do impacto.

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Mt. Mortar



Bom, era indiscutível que Jynx tinha o melhor remédio para o momento: calma. E ela, mais tranquila do que ninguém, soube com maestria acalmar o Pokémon em seus braços. Que logo começava a brincar com fios de seda, comumente, quando estava precisando liberar suas emoções. Jynx apreciava e incentivava isso, afinal, desviava a atenção do Pokémon do choro para algo que poderia ser produtivo.

Uma vez acalmado, uma sequencia de coisas acontecia. Na verdade uma, mas que dava claridade em tudo ao redor. A chama de um Pokémon que olhava desnorteado, um misto de confusão e súplica, tanto para ele quanto para o ser desacordado que carregava. Era muito para Tielo dar conta ao mesmo tempo. Swampert ainda sentia dores, e agora fazia sentido o motivo dela.

— Traga-o pra mim. - Disse para Jynx, que lhe entregava Larvesta, já mais calmo, e um pouco sonolento com o beijo da dama. Recolheu em sua Pokébola, guardou, e respirou fundo. - Preciso que coloque ele para descansar um pouco também. - Não era egoísmo cuidar primeiro de seus Pokémons, antes de partir para outros. Embora todos fossem urgente, priorizaria quem estava sofrendo... Pegou um de seus cachecóis na mochila, o mais longo que tinha, e tentou tampar a pequena ferida em Swampert. Enquanto ele adormecia, fazia um breve curativo improvisado. Não teria muito o que fazer a partir daí. Apenas, recolheu-o também, agradecendo a ajuda, e desculpando-se por colocá-lo naquela situação.

Depois disso, Jynx parecia falar algo em sua própria língua. Coisa que nem o Pokémon de fogo parecia entender direito. Era incrível como Rapidash era majestosa, embora suas chamas ainda lutassem um pouco para brilhar com potência, sua pose era claramente firme. E bom... Julgava não ser uma criatura violenta, ou rezava por isso, afinal, não estava em condições nem físicas ou psicológicas para lidar com isso agora. Retomou postura em pé, e se aproximou aos poucos dela. Era arriscado, afinal, aquele provavelmente era treinador dele, e então, queria protegê-lo. Um estranho se aproximando poderia ser perigoso.

— Calma... Calma... Eu não sou mal. Eu quero apenas ver se ele ta vivo. - Tentaria a aproximação primeiro à Rapidash. Tentava lembrar sobre os Pokémons de seu povoado. Nenhum deles era dessa espécie, porém, haviam muitos Tauros que carregavam as carruagens. E a aproximação sempre tinha que começar tranquila, para ter confiança. Se conseguisse, acariciaria o Pokémon, para aliviar qualquer sentimento de susto que tivesse, e para que ele permitisse Tielo aproximar-se do homem. Assim, o bardo poderia verificar pulsação, respiração ou qualquer sinal de que seu corpo respondia à estímulos como dor e etc. Assim, poderia traçar outro plano, como tirá-lo dali.

Oi Vi. Desculpa a demora. Esses dias passado eu retirei dois dentes do siso, e fiquei bem mal, aí tava sem vontade de mexer no fórum, e não queria narrar por narrar. Tô voltando aos conformes.



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Falemos um pouco sobre cavalos... Cavalos são as espécies que mais entender humanos; melhor mesmo que os próprios humanos. Não é atoa que Rapidashs são cotadas como auxiliadoras desde o primórdio da civilização; não foram nós que as escolhemos, elas que nos escolheu. Não é difícil para uma cavalo reconhecer uma intenção humana, há a famosa história do Cavalo Hans; o cavalo que sabia matemática. Anos depois foi descoberto que o cavalo só respondia certa as opções de multiplas escolhas porque ele via na expressão do examinador a resposta certa; e não porque sabia matemática.

Fato é que Rapidashs são ótimas em reconhecer a índole humana e suas intenções, quer saber se um sujeito presta? Apresente-o a um cavalo. Este aqui, por sua vez, não era diferente; ele sabia e confirmava a intenção bondosa de Tielo, mas sentia em sua aura um "ar de culpado". Não que ele sentisse culpa pelo que faz; mas ela conseguia fareja que as obras do garoto lhe botaram nessa enrascada.

Bem, assim como a chifrada, não fora intencional. Justamente por isso deixou que o homem tocasse seu treinador e verificasse seu pulso: estava vivo! Não que Rapidash não soubesse disso; reconhecia um homem vivo pela quentura de seu corpo. Sua pele estava pelando, claro! Mas sua temperatura interna estava bem conservada, e o homem só estava desmaiado.

Desmaiou de tanta dor que sentiu, mas isso não vem ao caso. A pokémon-cavalo queria porque queria tirá-lo dali logo, e queria que Tielo fosse com ela. Por mais esperta que fosse, sabia que não poderia fazer os entrelaces e pontes humanas; e nem poderia usar um celular para pedir um resgate. Queria ir para fora daquele túnel, além disso, não é como se o garoto pudesse continuar seu caminho, afinal de contas, o espaço onde o Surf não chegou continuava ígneo; e continuar ali não era uma boa ideia de modo algum.

Jynx foi a primeira a perceber o alvoroço de Rapidash; além de sua euforia angustiante. Ela queria volta e Jynx tentou, de algum modo, passar essa informação para seu parceiro...

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