Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 15 - Escuridão [Tielo]

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Mt. Mortar



— Ow owch... - Resmungou ao ver Tyrogue perdendo o interesse de forma drástica. Swampert por sua vez parecia bastante decepcionado, e um pouco confuso. Olhava para Tielo talvez se perguntando o que havia feito de errado. E o bardo também não sabia responder, até ver o novo foco dele. Dustox, apesar de ranzinza, gostava de flutuar sobre águas límpidas. Narcisista vendo seu reflexo? Não sabia. Mas desde a apresentação da Walalce Cup ela tomou um gosto particular sobre isso. E isso demonstrava qual era o verdadeiro interesse dele. Não seria no belo cinturão que a Pokémon carregava pra seu treino, porque se fosse isso, Swampert seria mais interessante do que apenas uma mariposa. - Foi apenas uma abordagem errada... Culpa minha... - Bom. O Pokémon teria que lidar com isso. Bem... Talvez não fosse admirado por esse Tyrogue em particular mas...! Quem sabe os outros lutadores não o vessem como inspiração? Ou até o futuro Poliwrath que planejava ter! Perfeito!

Permitiu que Tyrogue se aproximasse. Dustox não iria dar as boas vindas. Jamais. A morte viria primeiro. E isso talvez afastasse-o. E não era isso que o bardo pretendia, mas por sorte havia consigo uma borboleta completamente alheia de vaidade e orgulho, no sentido negativo claro. Tielo acenou para que o seu Beautifly aproximasse-o. Beautifly era tão gracioso quanto sua Dustox. Só não era tão treinado quanto a mariposa pro três motivos: Não tinha, ainda, movimentos tão ofensivos quanto ela; não tinha uma personalidade encrenqueira e furiosa quanto ela; e era completamente desfocado e abobado, o que dificultada.

Logo ele se aproximaria flutuando pelas águas e fazendo amizade com o novo Pokémon. Torcia pra dar certo. Ainda não ia falar com o Pokémon. Queria que o primeiro contato fosse das criaturas. Segundamente, do humano. Se não isso poderia soar muito... Agressivo? E não era isso o que queria. Bom, inicialmente era, mas não dessa forma. Invasivo talvez fosse uma palavra melhor.

Tinha esquecido completamente o motivo secundário de estar ali. O que estariam fazendo as pessoas? Apesar de tudo, não queria ser rude com quem havia lhe convidado.


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Tyrogue tentou se aproximar, mas reparara que não precisava de tanto esforço assim para chegar até os pokémons que queria ver de perto. Ele saiu de seu bando, dançou conforme o ritmo, entrou no lago, mergulhou e nadou até o fundo. Ali Beautifly chegou até ele com um ar gracioso; repleto de pós e encantos. Seu pouso fora na ponta de seu nariz e ela certificou-se de que não colocaria seu peso-pena no pokémon, com medo de afundá-lo.

Ali Tyrogue parou de nadar. O pokémon não dava pé, mas conseguia bater os pés de modo que ficasse com a cabeça para fora da superfície sem muitos problemas, afinal de contas, seu corpo não era tão denso quanto um humano; o que lhe fazia não ter que se esforçar tanto. Para além disso, era um lutador, então naturalmente tinha resistência e força nas pernas.

Ali os dois ficaram. O lutador pegara água pela boca e soltara para cima, tentando repetir as gotículas que fazia mais cedo. A borboleta, em resposta, rodopiava a 'fonte d'água' e lhes assoprava, numa mistura de pó-e-ar. Molhinhas de espuma se formavam e com o biquinho-de-sugar-necta, ela as quebrava.

Ali Tyrogue observava com certo sorriso bobo. Ele não era uma criança que gostava de bolhas, mas a ideia de poder ser gracioso lhe era tão bem vinda que ele até se tornava infantil! Sua história é a história do patinho feio: aquele que nada tem a ver com a tribo mas, ao distanciar-se, descobre-se um belo cisne. O cisne-lutador estava ali, vislumbrando as duas borboletas e as vendo brincar sem necessariamente mostrar músculos ou forças; sem ter que meditar, ou sem quebrar nada. Para esse Tyrogue, lutas são como danças; e não como forma de poder. Isso lhe aprisionava, isso lhe prendia, isso lhe irritava. Todos em sua tribo lhe gritavam: "você não está com uma técnica disciplinada!', "você está fazendo diferente para apareder?", "Assim você nunca vai virar um Hitmon!", enquanto nosso Tyrogue só queria, do fundo do âmago, uma nova forma de ser um Hitmon.

O pokémon, já cansado de balançar as pernas, mergulhou até o fundo e foi perfurando a água até o tablado de metal em que Tielo estava; o tablado que chamaremos de palco. Com os dois braços fortes, segurou em uma das partes e subiu, sentando ali e olhando uma nova perspectiva. Ele pareceu não se incomodar com o fato de Tielo - o treinador - estar bem ao seu lado.


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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Mt. Mortar



— Então... Você é do tipo performático, certo? - Aproximou-se da borda do palco, sentando-se com os pés para fora dele. Novamente, a incerteza de ser claramente compreendido por um selvagem. Mas tentou ao máximo parecer amigável em seu tom. - Eu te julguei errado. Quem olha para sua espécie, espera força e brutalidade. E nem sempre você tem que corresponder à isso... - Olhou para os seus Pokémons que, cada qual à sua maneira, curtiam aquele local. A água, a companhia ou a solidão em seus rodopios como Dustox. Retirou uma Pokébola, e colocou entre ele e o Pokémon. E deixou-a ali. - Aqui você se encaixa. - Estendeu a palma da mão para o sexteto, indicando à Tyrogue que era sobre isso que o assunto. - Com a gente, não terá julgamentos. Nós não cobramos nada de ninguém aqui. Porquê... O que esperar? Não tem o que se expor expectativa. A não ser coisas boas, é claro mas... Você não tem que lidar constantemente com pressão para fazer o que não quer. - Sempre empunhado de seu instrumento musical, começou a dedilhá-lo numa suave nota, e então compondo assim. Fixava o olhar na mariposa, e tentava tocar no ritmo lento e melodioso que ela sobrevoava. Apesar de estar afastada e isolada. Não era solitário. Era poético. A Pokémon em seus movimentos, complementado com a música, fazia Tielo sentir a sensação de liberdade espiritual. Quem sabe Tyrogue não sentisse o mesmo? - O convite está feito. Agora é com você. - Olhou para Pokébola indicando. Como sempre, essas personalidades, Tielo fazia questão de deixar à cargo do Pokémon. Cada caso era um caso. Capturava um ou outro em batalha mas em geral esses eram totalmente desprendido de tudo e todos que montasse sua natureza. Tyrogue tinha um vínculo com o local. E parecia ter uma família. Apesar de contrariar instintos da espécie, talvez o sentimento de algumas relações fossem mais forte. Bem. A decisão agora era dele.



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Acima de tudo, Tyrogue era um ótimo ouvinte, e para ser um ótimo ouvinte não basta 'saber ouvir'; há de se gostar. O tom da voz de Tielo lhe encantava ainda mais que as palavras e justamente por esse apego-aos-tons que Tyrogue deixou-o falar sem fazer um barulho sequer. Não pisou muito forte, muito menos bateu palmas. Não grunhiu. Ouviu todo o apelo e a oferta em silêncio, deixando as expressões-mudas tomarem conta da comunicação.

Sorriso, balançar de cabeças, relaxar de ombros e covas nas bochechas.

Apesar de nada ter dito, Tyrogue não precisou pensar para aceitar nada. Ali do palco ele deu as costas ao Treinador e sua trupe, localizou seus amigos de clã e fez um assobio complicado; assobio que poucos humanos sabem fazer. O clã parecia já saber que >aquele assobio< pertencia >aquele Tyrogue<, então viraram imediatamente procurando-o, preocupados.

Quando viram o pequeno com um enorme sorriso no rosto e uma equipe musical ao fundo, já entenderam que ele não iria voltar. O performático-Tyrogue então levantou o braço, fez um aceno e emitiu um assobio longo e trêmulo; num adeus um pouco melancólico. Depois disso, tornou a olhar para Tielo e foi caminhando até a esfera. Ele mesmo apertou o botão central e ele mesmo deixou-se capturar...

Todos os Tyrogues lhe deram um aceno de adeus, o vendo se transformar em luz-vermelha e ser teleportado para outra dimensão.


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Mt. Mortar



Era uma cena completamente... Mista... Embora fosse parte do plano de Tielo, ele esteve disposto à abandonar quando viu a despedida sentimental de Tyrogue... Entretanto, o que motivou a não abortar era que... Agora já estava no plano dele ser um artista! Não era justo tirar isso dele. Mas não era justo tirar de sua família... Quando os encontraria de novo? Se é que encontrariam. Diferente de Tielo, Tyrogue não era um ser independente e completamente consciente das coisas do mundo. O bardo poderia simplesmente ligar para matar saudade.

— Ei! - Disse antes que o Pokémon pudesse tocar a esfera. E prosseguiu em alto bom som. Talvez os demais pudessem ouvir. - Não é um adeus! É um até breve! Artistas sempre voltam! A caravana nunca desaparece! - E só depois proferiu para o baixinho, em tom de voz para que apenas ele ouvisse. - Você vai retornar para mostrar suas conquistas. E eles ficarão orgulhosos... - Sorriu de maneira sincera. E era verdade. Ou pelo menos era o que ele esperava, pois essa era basicamente a vida dele.

E por fim deixou a Pokébola partir. As maravilhas da tecnologia transferia-o diretamente para o seu armazém, onde breve. Muito em breve, estariam juntos.

Agora, onde tinha parado? O que havia acontecido com o conjunto de lutadores? O tempo havia se passado de forma que não sabia identificar se foram horas, minutos ou segundos. Precisava se situar e desculpar-se caso necessário.



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A tristeza de uma despedida pokémon pode ser muito maior que uma tristeza humana; de fato. Não sabemos ao certo para onde vai uma esfera e muito menos se ela voltará. Sabemos que - as vezes - prendemos em depósitos vidas que poderiam ser livre. Algumas vezes, sabemos que só estamos prendendo pokémons que seriam presos por outras pessoas se não fossem por nós. Isso alivia a culpa? Sem dúvida não. Ainda assim essa culpa tem certa importância; visto que por causa dele, Tielo irá sentir-se na obrigação de ajudar aquele Tyrogue a conseguir suas conquistas...

... quer dizer, eu acho que sim. Pode ser que não. Pode ser que esse sentimento suma. Pode ser que ele... devolva o Tyrogue daqui a um tempo? Não sei ao certo. O que eu sei é que, no momento, Tielo hesitava, e essa hesitação era honesta e bela. Tyrogue, ao contrário do treinador, parecia estar em plena certeza de sua decisão, afinal de contas, quando não se sente satisfeito onde se está, você se muda... Uma mudança muito drástica? Sim, mas Tyrogue não sabia que o elo de um treinador e seu pokémon são quase eterno.

Agora vamos ao cenário. Assim que o dramalhão amenizou ao lado de Tielo, ele pode ver o seu redor e, é claro, um relógio. Havia passado 15 minutos "apenas", mas fora o suficiente para a maioria das pessoas saírem daquele espaço, deixando o menestrel sozinho com mais um ou dois casais que decidiram ficar e aproveitar um pouco mais a vista e as sensações. O restante (incluindo Sandra e Simão) voltaram ao pique-nique e estariam ocupados montando suas barracas. Ao que tudo indica, o clã de lutadores iria passar a noite naquele monte.

... É, faz sentido, né? Ficaria a cargo de Tielo decidir voltar para eles, ir embora na surdina ou ainda continuar por aquelas cavernas. Não é como se houvesse escolha errada, não é? A única coisa que reitero, é que Sandra e Simão queriam o agradecer, mas ele parecia entretido demais com o Tyrogue e não quiseram "atrapalhar" o momento. Achando que o veriam logo mais, deixaram para depois.


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Mt. Mortar



Então. Se dando conta de tudo que havia acontecido e o tempo passado, percebeu que o principal que motivaria sua ida até o monte já havia feito. Era o momento de voltar. Ir embora? Quem sabe... Era a alternativa principal agora. Mas não queria apenas sumir sem dar satisfação à Simão e Sandra que poderia considerar como amigos agora. Talvez fosse ofensivo. Não queria passar a mensagem de que havia usado eles, o mínimo, era se despedir e agradecer.

E assim o faria. Retornaria toda a trupe para que não causassem problemas ao ambiente e nem incomodassem à ninguém, já que alguns eram tão avoados que poderiam até ser inconvenientes. E então subiria de volta para o local anterior. Procuraria Simão e Sandra, se ainda estivessem por ali para se despedir. E principalmente, para mais uma vez se desculpar pela troca de grosseria à momentos atrás.


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"Se despedir e agradecer"... Oh, mas Tielo, eram eles que deveriam agradecer! Quando retornou seus pokémons e voltou para o lugar de onde veio, viu que o sol já estava se pondo. Como um bom grupo hippie, todos estavam lá olhando para o astro ir embora, aplaudindo quando achassem necessário. Estavam tão concentrados, que nem perceberam a aproximação de Tielo por trás do grupo.

Quer dizer, quase ninguém reparou. Simão, o recém admitido, ainda não havia entendido aquela ladainha toda de aplaudir o sol e estava bem atento ao seu entorno. Foi ele que viu Tielo chegar e, de fininho, deu uma cotovelada em Sandra, a alertando. A mulher estava pronta para reclamar quando virou-se e viu Tielo, entendendo o motivo da 'cutucada'. Em silêncio - e sem alertar ninguém - os dois caminharam até o cantor, lhe dando abraços e beijos de agradecimento:
- Obrigada por ter topado vir depois de nosso primeiro encontro no caminho - Disse Sandra - Fomos rudes e fico muito feliz que isso se transformou em algo melhor.
- É, tu já deve imaginar que você acabou marcando minha vida sem querer, né? - Disse Simão, com uma das mãos na cabeça e abrindo um sorriso meio sem graça. Certamente ele não falaria isso pra qualquer um a alguns meses atrás - Obrigado, cara. De coração...

Sandra tinha uma pequena sacolinha de cetim nas mãos, mas nada fez com ela até então.


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Mt. Mortar



— Oh sim! Esqueçamos disso. Eu não queria ir embora com este peso em minh'alma. Vim me desculpar igualmente. - Tentou imprimir sinceridade em sua voz, pois estava um tanto quanto agitado, não só pelo exercício físico de agora, quanto pela apreensão de fazer isso. Não queria se sentir envergonhado pelo que fez pois na hora, não se arrependera. Bem, não conhecia ambos então... - Fique tranquilo... Nenhum de nós é o mesmo de algumas horas atrás. Podemos deixar aquelas pessoas no passado, e viver com essa de agora. Bem... Eu gostaria de lhes entregar alguma lembrança mas estou desprevenido então... - Remexeu os bolsos de sua mochila e achou um pedaço de fita que usava para dar acabamentos em vestuário. Como tinha conhecimentos em costura, era sempre bom carregar esses pequenos adereços. Fez um pequeno nó, porém elaborado, e prendeu-os com um alfinete. Improvisado, mas era como pequeno broche agora. - Veja. Laranja como o por do sol. - Comentou sobre a cor da fita, e indicando a imagem lá atrás. - Pode ser monotono se olharmos o por do sol assim. Não é um evento instigante. Assim como esse pequeno enfeite. - Disse entregando na mão de Simão. - Mas se você olhar bem... Ele representa tão mais. É um presente da natureza... Veja como ele colore tudo... Ele representa o final de um ciclo. Amanhã tudo pode ser diferente. E teremos a chance de sermos melhor que hoje. E tudo bem não conseguirmos, desde que tentemos... - Comentou enquanto olhava para o por do sol. - Então, sempre que ver essa fita, lembre que vamos nos encontrar pessoas melhores. Certo?

Feito isso, ele pegava sua roupa de voo. Vestindo a Jaqueta, enquanto liberava Swellow que sobrevoava os céus esperando a ordem para partir para Azalea.



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O andarilho era mais pragmático do que qualquer um imaginaria que ele fosse. Ainda que mulherengo, mirou em Simão sua intervenção, dando ao recém-lutador uma pequena pala de sua cordialidade. O homem, de cabelos-raspados, não cansava de mexer em sua careca, demonstrando a falta de jeito ao receber um presente de um homem. Pegou o broche com carinho, colocou no roupão que vestia e olhou para o pôr-do-sol. A partir dali, ele veria aquele ato com novos olhos; as palavras de Tielo tinham mais impacto na sua vida do que outros homens.

Era estranho para o próprio Simão admirar a vida de um outro, ainda assim, ele estava contente por isso ter acontecido. Tão contente que olhou para Sandra e pegou sua mão com as duas mãos. Os dedinhos da moçoila eram delicados e ficavam fofos entre os dedos de Simão. O homem de mãos-ásperas apertou com delicadeza a extremidade de sua esposa.

Os dois pareciam esconder algo entre-mãos.

Com a mesma delicadeza e ritmo, ambos levavam suas mãos em direção a Tielo e revelavam com cuidado a bolsinha de cetim vermelha que tinham ali:
- É uma lembrança que queremos passar para você - Disseram os dois, quase em coro - É um presente de padrinhos. Por favor, aceite... - Eu estou certa de que esta fora uma proposta já encenada, visto que os dois continuavam falando em conjunto.
- Quando um casal de lutadores do clã quer proteger alguém, nós o presenteamos com o objeto de nossa herança. Acreditamos que ao dar um pouco da nossa energia, essa pessoa ficará segura e queremos que você aceite essa moeda da sorte que guardamos conosco até esse momento certo. Sei que você é um andarilho e sei que abençoa a vida de muitas pessoas por ai, mas a gente teme que encontre pessoas ruins, então por favor, aceite nossa proteção...

Não pediam nada em troca. Simão tomou a liberdade dele mesmo abrir o saco de Cetim e despejar o conteúdo em sua mão. Fez uma conchinha e revelou a Tielo o que tinha ali, já indicando que algum valor ele encontraria naquilo.

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Era uma moeda antiga. Não sei até que ponto o menestrel conhece lendas e cantigas antigas, mas se é um homem de conhecimentos, saberá que moedas antigas tem referências antigas. Esta, em específico, tinha uma ligação forte com Hoenn, então além de velha era estrangeira...

O Swellow que voava alto esperava seu treinador um bocado impaciente... Tielo o soltou com certa presa de sair de imediato.


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