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Capítulo 15 - Escuridão [Tielo]

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Mt. Mortar



A caminhada para cima era curta, e Tielo havia notado a empolgação de ambos ao saberem que Tielo estava justamente montando um time de lutadores. Não entendia nada de artes marciais ou qualquer tipo desses esportes e lutas... Mas como o próprio nome diz... "Artes" marciais... Arte é arte. Era algo a se notar.

Agora pensava em, dedilhar seu instrumento musical, ou subir ao monte em silêncio? Porque bem... a música quebraria-o. E o silêncio faz parte de uma jornada de meditação. Não iria fazê-lo então. Acompanharia ambos do mesmo modo e método do que faziam. Espelhar-se um pouco neles talvez pudesse fazer parte do treinamento de "aprender a pensar como um lutador".

O que aguradaria-o a uns metros acima?


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Uma caminhada silenciosa e completamente esvaziada de tédio. Primeiro, ao lado, uma brisa lhes tombara um pouco; depois um certo frio subira nas espinhas. O olhar para baixo lhe causaria arrepios - e vertigens - enquanto para cima, lhe daria um certo arrependimento de ter aceitada a caminhada, que apesar de curta, não era muito fácil.

Muita pedra, muito íngreme, muito alto. Era possível ouvir o ranger dos calçados no solo escorregadiu; com o pé não pendendo por muito pouco. Por sorte ninguém caiu; e Tielo, o Bardo silencioso, chegara no planalto mais alto tilintando.

Talvez não por dentro; mas por fora certamente sim. Seus passos - indisciplinados - eram cansados e faziam um barulho mais grosseiro que os demais, alertando os 10 lutadores ali já presentes que alguém se aproximava. Nesse exato ponto, todos os artistas marciais viraram ao menos 180º, vendo por completo o trio que se aproximava:
- EI GENTE, CHEGAMOS! - Anunciou Sandra, sendo a primeira a quebrar o impetuoso silêncio, enquanto Simão apenas abria um osrriso meio amarelo e balançava os braços em um aceno, muito mais tímido que sua mulher - Oi, oi... - Falou ele, num cumprimento rápido.

Aqui eu quero fazer um adendo: apesar de topar a experiência, Simão não conhecia quase ninguém do grupo, por essas e outras dera uma leve cotovelada em Tielo tentando chamar-lhe a atenção:
- Eu não conheço ninguém aqui, então se quiser colar junto - Falara de forma rápida, com medo de ser ouvido

Num outro polo, Sandra andava ainda mais rápido, no intuito de introduzir Tielo para o grupo antes que qualquer um perguntasse sobre ou lhe alertasse de sua displicente arrogância:
- Esse aqui é nosso amigo que conhecemos agora pouco... Ele é o... - Dera uma pausa e lembrara que apesar da abertura, Tielo não disse seu nome para o casal, o que dificultou a finalização da frase.

Esse final em aberto poderia ser respondido por Tielo; caso contrário o climão se instauraria.

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Mt. Mortar



Sentia-se pronto para olimpíadas ao pisar finalmente no "andar superior". A subida só não era desastrosa pois por ordem do destino, ninguém havia se machucado. Estava acostumado com a altura devido aos diversos voos que fazia por aí, ainda assim, olhar para baixo, ou para os lados, a vertigem lhe impedia de contemplar a bela paisagem que era a natureza ao seu redor. Respirava fundo enquanto tentava manter seus pensamentos em ordem.

Não tinha conseguido enxergar quantas pessoas estavam ali, ou quanto espaço tinha para todos. A única coisa que rodeava seus pensamentos era: "como raios vou sair daqui?" E era óbvio que iria do mesmo jeito que viria. Voando. Era o único saldo positivo que sua mente conseguiria lhe fornecer. As outras alternativas apenas lhe rendiam desastres como descer rolando ou de uma vez até o solo duro.

Simão havia lhe despertado do seu leve transe. Não era muito acostumado com aquele público. Públicos novos poderiam ser paralisantes para os não treinados. Difícil dizer o que rodeava a cabeça do homem, já que Tielo não tinha ideia se ele fazia aquilo por interesse próprio, ou de uma forma de se aproximar do universo de sua amada que, claramente se sentia em casa e bem-vinda.

— Não se preocupe. Tenho certa desenvoltura para isso. - Disse Tielo tentando acalmar Simão que dessa vez, julgara ser um homem de não querer chamar atenção. Diferente do bardo.

E as apresentações feitas, ou quase, a brecha vinha para o jovem. E queria fazer a entrada triunfal e impressionista. Mas a circunstancia não haviam permitido. Tomou alguns passos à frente, e com uma breve reverência se anunciou.

— Tielo, o menestrel! - Foi a primeira alcunha que saiu de suas ideias. E não se importou de se apresentar com nomes reais. O interessante era agora, ver a reação de todos para saber como agir. Adaptação era primordial.


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Tielo falara e sua resposta fora silêncio imediato. Ninguém - e digo isso com propriedade - sabia o que era um Menestrel; e a curiosidade lhes fizeram ficar em silêncio para acessarem suas memórias. Sem nada à encontrar, todos 10 lutadores saíram de seus semicírculo de pé e foram até o "menestrel", dar-lhe um "hi-5" e uns "soquinhos" e boas vindas.

Isso e - claro - perguntar-lhe o óbvio:
- ... O que é um Menestrel? - Perguntou uma moça de cabelo longo, preso em uma borracha-de-cabelo rosa - Ah, eu sou Karen, inclusive.

A moça era um bocado bonita, diga-se de passagem. Corpo atlético, pele negra retinta, olhos pretos-de-não-se-ver-a-íris e cabelo volumosamente crespo e longo. Sua forma de prender o cabelo lhe fizera der um coque alto no topo da cabeça, lhe dando uma moldura única para as bochechas carnudas e nariz bem delineado. Enquanto falava, revelava uma pequena separação entre os dentes-da-frente, que lhe dava o "toque final".
- Vem, vem, senta com a gente - Disse a moçoila, que chamava Tielo para ir até o pano do piquenique.

Ali tinha de tudo; pequenos churros, pães de queijo, bolos, brigadeiros, cocadinhas, paçoca, pipoca aos baldes, rosquinhas, salgadinhos sortidos, palha italiana, merengue, suspiro... enfim, um bocado de coisa! "Fica a vontade, Tielo", disse uma voz masculina, que parecia comandar a organização daquilo ali.

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Mt. Mortar



Ao contrário do que dizia os pré-conceitos de Tielo, todos ali foram muito receptivos. Sorrisos, acenos, sinceridade e humildade. Pelo menos até aquele ponto. Aquilo confortava-o. Sentia-se entre os mesmos sem dificuldade. Talvez Simão não conseguia dizer o mesmo. Sentia o coração do homem um pouco cinzento ainda. E isso fazia com que vez ou outra, involuntariamente olhasse-o analisando melhor. Não, nenhum olhar malicioso. Um olhar de... Tentativa de compreensão. Era isso! Queria trazer o que o coração de Simão sentia para fora. Com uma canção, talvez? Uma performance! Claro...

— Um menestrel é um amante da arte e da poesia, que tem como sua obrigação e função de vida espalhá-la pelo mundo. - Karen definitivamente era o centro da atenção por sua beleza. E as curvas de seu corpo passeavam pelos olhos de Tielo... O contrário na verdade... Ela deixava-o confuso, mas era apenas o charme de uma mulher bonita sobre um fanfarrão de primeira. Bem... Os ciganos eram famosos por isso, não?

As comidas estavam divina pela aparência. Mas, Tielo não iria pegá-la de graça. Não de um povo tão hospitaleiro. Fez um prato de tudo um pouco, mas sem exagerar ou extrapolar. Seu estomago ainda roncava, mas não iria se empanturrar, mesmo que tivesse em abundancia disponível. Caminhou-se até o homem que parecia organizar, e tentou negociar.

— Então... Agradeço me deixar fazer parte disso. Mas não trouxe nada para colaborar. Aceitaria uma apresentação minha como pagamento? Bem... Poderia distrair as pessoas enquanto se alimentam... Estarão mais relaxados depois de subir essa montanha. - E era fato. Canções eram armas poderosas. Talvez conseguisse animá-los ou relaxar corpos cansados. E decidiu perguntar antes de sair cantando pois... Talvez para eles não fosse boa ideia... Vai saber...

Perdão a demora...
Você descreveu a minha instrutora da academia, tô chocado.



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Karen, apesar de hospitaleira, não dera a Tielo o privilégio da atenção plena; logo que o Menestrel se explicou e mostoru-se mais confortável, ela pulou para Simão e trouxe-o para mais perto da roda, dando um certo espaço para o cigano dar um pulo para fora da roda e falar sobre... pagamentos.

Ai, adultos; sempre pensando em pagamentos. Mesmo que andarilho, era nisso que Tielo pensava; na ética de não se ficar em dívida. Isso podia ser até "comum" entre o mundo adulto, mas era algo incabível para a situação! Ninguém cogitara estar vendendo um serviço ali, e se Simão e Sandra soubessem que ele fez essa proposta indecente de "pagar algo", eles ficariam irritadíssimos!

Fez bem em não falar com eles; e ir até um "mestre". Eu não sei ao certo se escolhera o mestre certo, mas tenho certeza que escolheu a PESSOA CERTA. Ele podia não ser um monge, um cerimonialista ou um mestre, mas ele sabia muito bem (1) como fingir ser e (2) O QUE fazer. O homem logo vira em Tielo uma oportunidade imensa; um incremento necessário (apesar de isso ser paradoxal).
- Vem cá, vem cá - puxou-o para o canto - Hoje é as bodas da Sandra e do Simão, e a Sandra trouxe ele para ser Batizado pelo clã, você pode cantar uma música pra ele quando a gente tiver fazendo o batismo dele? Vai ser muito legal! Você é amigo dele, né? Deve saber do que ele gosta...

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Mt. Mortar



As coisas andavam rápido demais. De maneira literal? Talvez! Mas em sua cabeça com certeza. Na imaginação dos novos colegas, Tielo era um amigo mais próximo do casal. Era como se estivesse encurralado. Tinha a intenção de apenas fazer uma apresentação, sem pretenção. E agora, tinha que ser algo mais particular. Bem... Ainda iria usar o que vinha em sua mente em primeiro lugar. Mas não sabia como tornar aquilo mais único do que poderia ser.

Afastou-se, o máximo possível de todos, para que pudesse fazer uma apresentação melhor. Usaria seus Pokémons, e liberou todos. Aqueles eram os que estavam consigo à mais tempo, então tinham até que uma coordenação razoável. Entretanto, usaria de algo simples.

Empunhou seu violão, e esperou o momento decisivo para começar. O homem que parecia comandar a confraternização iria sinalizar. Só então, começaria a dedilhar o violão. Enquanto isso, Swampert iria usar seu Surf, jogando água para cima. Uma quantidade razoável. Não tinha um Rain Dance, então iria improvisar. Jynx e Dustox iriam improvisar, fazendo com que a água "levitasse". Em poucas palavras, uma imensa bola de água pairava atrás de Tielo, ainda que numa altura bem considerável. Só então ela seria liberada aos poucos, em forma de chuva. Isso exigia concentração das duas. Aí, começaria a cantoria.

— Raindrops are falling on my head
And just like the guy
Whose feet are too big for his bed
Nothin' seems to fit
Those raindrops are fallin' on my head
They keep fallin'!


A interpretação de Tielo, era que a música falava sobre perseverança. Um coração que enfrentava uma "chuva" ou um "céu cinzento". Sob enfrentar uma vida que não se encaixa. Mas que persistia! Sem se revoltar, pacífico apesar de tudo.

— So I just did me some talkin' to the Sun
And I said I didn't like the way
He got things done
Sleepin' on the job
Those raindrops are fallin' on my head
They keep fallin'


E essa era exatamente a visão de Tielo sobre Simon. Um homem que mudava seus hábitos. Na tentativa de se encaixar. Seja em seu casamento, ou seu ciclo familiar e social. E que era pacífico apesar de tudo, ou tentava se treinar para ser, já que no primeiro confronto com o bardo, teve todas as oportunidades de agir de forma ignorante, mas não o fez.

— But there's one thing I know
The blues they send to meet me
Won't defeat me
It won't be long till happiness
Steps up to greet me
Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes
Will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain
By complainin'


A chuva continuava caindo, e agora restaria apenas um pouco de água, mas o suficiente para o próximo ato para não forçar muito Jynx e Dustox. Durante a próxima parte da canção, Swellow furaria a bolha com um Aerial Ace, enquanto Dustox e Jynx forçariam mais um golpe psíquico para que a água "explodisse". Como era pouca, não faria tanta sujeira. Ao mesmo tempo, Larvesta usaria um Sunny Day e Beautifly usaria um Morning Sun, causando um pequeno arco-íris no céu.

— Because I'm free
Nothing's worryin' me!

It won't be long till happiness
Steps up to greet me


Então, finalizaria a canção enquanto as pequenas gotículas cairiam.

— Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes
Will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain
By complainin'

Because I'm free
Nothing's worryin' me!


Sumi. Apareci. Semana foi pesada pra mim, postei só na rota que assumi pra narrar pra não prejudicar ninguém... Enfim. Parece que eu engoli um pouco da história, não sei se realmente fiz isso ou o sumiço fez parecer isso. Espero que apresentação tenha ficado clara.



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OFF: kakaka você deu uma apresada no plot, vou tentar fazer um post acelerado para encaixar esse gap temporal. E BEM VINDO DE VOLTA! Não postei ontem porque seu post demandava um pouco mais de atenção que os outros, e eu tinha pouquinho tempo livre. Mil perdões.

Claro que Tielo topou! Não é como se ele já não estivesse pensando em fazer algo do tipo, não é? A questão é que uma breve interpretação se tornou uma responsabilidade maior: a responsabilidade de marcar aquele casal. Aqui eu devo dizer uma coisa importante ao plot: esses dois não se importam que o menestrel faça uma brilhante e magnífica apresentação, talvez 'apagando' a bodas dele. Eles queriam um evento memorável, com tudo que havia direito! Eles não se importavam de ficar secundarizados, ao menos que Tielo lhes faça lembrar daquele dia como uma das coisas mais bonitas que já viu.

Claro que... bem, é uma puta responsabilidade isso, não é?! Por sorte o Menestrel não sabia disso; podendo fazer tais planos sem tantos pesos nas costas.

Pois bem, o garoto deve ter comido algo, bebido algo, conversado um pouco e dado um pequeno 'sumiço' em todos para ensaiar. Mais cedo, o "organizador" mostrou a Tielo onde seria o tal batismo, e levou-o até lá. Ali ele poderia ficar se assim quisesse até a hora do evento, como não sei o que ele fez, seguirei apenas por descrição de território.

Pois bem, o local era - estupidamente - deslumbrante. O Monte Mortar é famoso pelos seus lagos 'subterrâneos', mas ninguém nunca havia avisado Tielo que, ao subir, você teria imenso presente! Bem próximo do topo, há uma pequena caverna, que desse um pouco e contorna a montanha por dentro. Ao contorná-la, começasse a ver pedras pontudas e uma trilha muito bem marcada por sinais luminosos, que leva a uma decida ingrime; onde a maioria das pessoas desce escorregando, com a bunda no chão. A decida é úmida, e só depois de descê-la se descobre o porquê.

Ao 'escorregar pelo buraco' como Alice, você chega num paraíso geológico. Ali há um espaço completamente fechado, salvo pelo buraco que lhe narrei. Aquele local fechado causa um eco quando alguém fala de leste à oeste (da costa ao lago), porém quando feito ao contrário, a sonoridade ganha um agudo agradável; causado pelo buraco de escape-de-som. Sem eco, sem cacofonia e sem mais problemas. Fora por isso que o organizador (a qual nomearei de Bruce) decidira improvisar um pequeno palco de madeira a Tielo diretamente do lago.

Se ele cantasse do lago, em direção aos lutadores, não haveria nada além de harmonia. No mais, voltemos ao lugar.

O lugar era cercado por rochas, afinal, era uma caverna. A umidade, somada aos tipos de minerais nas paredes, criava uma espécie de 'lâmina d'água' nessas roxas, que acabavam por refletir um brilho colorido; que refletia justamente na lagoa. Tudo isso causava um show de iluminação colorida e leve; além de um certo aspecto de névoa-tricolor. As cores centrais eram roxo, azul e verde; em diversos tons. O palco improvisado era bem simples, porém seguro; além disso, o lago não era fundo, então não havia como se afogar.

O local não era tão grande assim, por sorte eram poucos os lutadores do clã de Sandra, então todos cabiam confortavelmente bem. No mais, o tempo passou e Simão até procurou por Tielo, mas desistiu de encontrá-lo para 'amenizar seu nervosismo', ele achou que o bardo já havia ido embora daquele lugar e que ele não havia gostado nem um pouco do grupo que encontrou.

Ledo engano, Simão. Quando todos desceram para o local marcado do batismo, lá estava Tielo e seus pokémons, todos preparados para um enorme show. Já emocionado - só de vê-lo - e reparando no esforço que foi organizar aquele evento para ele e Sandra, o homem segurou algumas lágrimas no canto do olho, proibindo-as de cair.

Ele, junto de seu Mestre nas Artes Marciais e Sandra, adentraram o lago até ele tocar metade de sua barriga, e se surpreenderam pela água minimamente-quente do local. Ali, enquanto o Mestre falava algumas palavras, Tielo começou a cantar:
- Hoje é um novo dia - Disse o homem, em tons clichês - E não é sempre que temos essa oportunidade de mudar alguma coisa. Quando temos, não são todos que conseguem. Quando conseguem, não são todos que se mantém. E quando se mantém, não são todos que têm alguém ao seu lado depois disso - Prosseguiu, olhando para Sandra e dando um breve sorriso - Simão não só teve a chance, como conseguiu e manteve e teve consigo Sandra ao seu lado o tempo todo. Hoje ele tem um novo dia, e seguirá vivendo um dia após o outro como se todos fossem novos. Não há tempo para viver um dia igual ao outro, nunca desperdiçaremos nossas vidas tendo dias iguais. A vida é justamente a oportunidade de presenciar, ver e sentir.

Ao dizer isso, as gotas de Tielo caíram, quase como se fosse combinado. Deixando que Tielo tomasse o som daquele local, o homem se calou, fechando os olhos, botando suas mãos no lago e tocando as pálpebras de Simão, fechando-as por completo também. Ele tentou acompanhar a música com um balançar algo, tocando o homem-que-vai-ser-batizado e balançando-o também. Em certo ponto - e depois de certa resistência - Simão deixou-se levar, sendo aos poucos impulsionado e guiado por seu mestre.

Devagar, o mestre tocou o ombro de Simão e convidou-o para inclinar seus joelhos e ir afundando na água-doce do lago, molhando-se aos poucos, até que o topo de seu cabelo estivesse submergido. Tão lento quanto desceu, subiu. Um (quase) silêncio tomou o local, e apenas Tielo soava no espaço fechado.
- Um novo dia! - Anunciara o Mestre, que logo emendava sua fala em um cantarolado - Because I'm free!

Tão lento quanto foi-e-voltou, Simão abria os olhos e a primeira pessoa que via era Sandra, que lhe estendia as mãos. Ele ás pegava e a chamava para perto de si, dando-lhe um beijo nos lábios e lhe abraçando. Ali talvez Simão havia chorado, mas era impossível distinguir o choro das gotículas de água que pingavam de seu cabelo encharcado. Sandra, por consequência, se molhara por completo. Desistindo de ficar seca, se jogara no lago com tudo, puxando Simão e derrubando ele consigo. Os dois ficaram ali, ouvindo o término da música num momento só deles.

Agora deixe-me fazer um parêntese um bocado curioso. Se lembram o 'buraco' de acesso que narrei mais cedo? Então, era dali, exatamente dali que uma movimentação começava. Um Tyrogue havia ouvido o som que saíra do buraco em formato agudo, e decidira seguir. Encantado, ele escorregara pelo morrinho e sentara junto das demais pessoas que assistiam o rito.

Depois dele, veio um outro; seu amigo, que chamara outros três! Isso tudo ocorrera no decorrer da apresentação; no fim havia quinze pequenos Tyrogues, que sentavam ao redor do lago com as mãozinhas juntas e a boca em formado de "o", suspirando com a beleza do rito e espectando toda aquele evento cultural. Um, bem específico, olhava Tielo com os olhos completamente brilhosos, balançando para um lado e para o outro e admirando a relação do bardo com seus pokémons. Ora ou outra ele imitava os movimentos que Swampert fazia para criar a chuva e numa outra ora ria das caras e bocas dos pokémons.


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Tudo acontecia como se fosse o final de uma série. Aquele momento rítmico e coreografado que era uma exata encerrarão de ciclo? Bom. Para muitos ali não era exatamente isso... Tielo por exemplo.

Primeiro que o local novo, quase um bosque secreto, ou apenas secreto, era completamente encantador. E talvez houvesse um bom motivo para tanta beleza natural: o ser humano tinha pouco acesso. E, os que tinham, pareciam ser muito amigo da natureza, e não a depredariam. Sem ser também completamente parcial para a natureza, hoje em dia o ecossistema tinha certa harmonia. Positiva até. Tudo era coeso e bastante comportado e, algumas engenhocas humanas ajudavam, assim como seus comportamento. A grama verde, o solo fofo, e águas completamente límpidas estavam em toda parte do mundo. Entretanto, sempre que havia, ou noventa e nove por cento das vezes, um incêndio, uma poluição ou qualquer intervenção negativa, o homem e sua ganancia seria o causador. Porque era diferente um lago poluído por lixo de uma cidade e aquele que um Muk simplesmente mergulhou. Os Pokémons faziam a manutenção rapidamente caso a segunda opção ocorresse, já a primeira... Bem...

E este local era um que nunca sequer havia visto essa intervenção agressiva e grosseira. Aproveitou para fotografas seus Pokémons igualmente deslumbrado com o cenário. E fazia sentido aquilo ser bem difícil de chegar. Era protegido. Quase um santuário. Com diversas cores que as frestas das luzes faziam. Bem, não havia iluminação artificial grandiosa. Mas o pouco de luminosidade que entrava ali, parecia ficar presa enquanto refletia não só entre o lago, mas como nos pequenos cristais que estavam ali, e os musgos presos na parede pareciam uma pintura natural.

O discurso do batismo de Simão era conciso. Tielo havia escolhido a letra certa. Além de que, tudo sairia melhor que o combinado, afinal, agora tinha os pequenos cristais para refletir nas gotículas de água final. O homem parecia chorar, mas era evidente o esforço de relutar em se demonstrar emocionado. Era como se ele realmente precisasse disso. Um peso tirado das costas ou correntes e algemas caídas no chão após ficar tanto preso? Uma das duas com certeza afligia-o. Grandioso!

Tanto encantado com a outra performance na qual terminava de ver, que mal percebia que o público dobrava ou triplicava em poucos segundos. Céus! E eram todos Tyrogues! Como poderia ficar aquilo tudo melhor? Era como se em sintonia fizessem sua própria coreografia. Bem, uma luta também poderia ser um dança não? Pelo menos um em particular achava isso. Já que de todos os Pokémons de Tielo ali, ele preferia se espelhar em um em particular, logo o mais corpulento e exemplo de força física.

Swampert ficava sem jeito. Sem graça, já que via que o Pokémon copiava-o não pra zombá-lo, mas de forma de admirá-lo. E isso era óbvio para ele. Tielo de longe, encorajava-o. Era como se fosse uma ótima forma de conexão com o Pokémon. Sem jeito, Swampert fazia movimentos fortes e brutos, como se ainda estivesse se apresentando, mas como ordenado, sem socar nenhuma parede ou chão... Não era bom um acidente ali... Como que Tyrogue agiria ali?

Again. :c Provas semestrais me deixam completamente perdido.



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Há focos e focos; pessoas e pessoas. Sandra e Simão eram o foco, e seus amigos lhe receberam com bastante amor, carinho e (acima de tudo) toalhas. Eles e, é claro, o homem que conclamou a união. Outro grupo que lhe recebeu foram os Tyrogues, que correram ao casal e deram um abraço grupal, bastante fofo. A cena era bonito, mas bastante paralela da vivência de Tielo naquele momento.

O ambiente milagrosamente criou bolhas. De um lado, todas as pessoas do ambiente (menos uma), do outro? Tielo, seus pokémons e um Tyrogue completamente aquém da realidade. O bobinho ia para frente, avançava em passos lentos e começava a pisar no lago meio parado. Ele dava um ou dois pulinhos de alegria jogando água para cima, tentando fazer o mesmo efeito das gotículas de Swampert. Ele até conseguia; claro, a caverna lhe ajudava, mas não na mesma quantidade e intensidade.

Só que para ele era suficiente.

Até o ponto que Swampert se mostrou um bocado bruto e isso fez... Tyrogue parar? É, Tyrogue parou, virou um pouco a cabeça e deixou-a cair para o lado, olhou um bocadinho confuso e depois abriu um bocão meio desentendido. Depois de ver que o pokémon continuaria com demonstração física de força, deixou de olhá-lo e virou seu olhar para Dustox; levantando os braços e correndo em direção às águas mais profundas, como se estivesse voando sobre ela.

O pequenino foi até a água bater em sua cintura, depois disso parou um pouco e sorriu. Jogou-se de vez na água e começou a nadar-crawl, tentando se aproximar mais do palco, de Tielo e dos demais pokémons.


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