Pokémon Mythology RPG
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Ground Zero

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Route 111
Ground Zero
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Não, não, não. Já estava na hora de eu fazer alguma coisa. Fiquei parada por muito tempo, pra alguém que se dizia inspirada pelos episódios que passou no Valley of Steel, eu certamente não fiz essa inspiração transparecer. Quanto tempo eu fiquei sem fazer nada? Mais de uma semana eu presumo, estava vivendo em um conforto absoluto, com um espaço só pra mim. Ok, talvez nem tanto "só pra mim", pois eu não tenho uma casa em Mauville, apenas estava no Centro Pokémon e depois fui para um hotel, mas de qualquer modo, eu estou me sentindo incomodada por estar parada, coisa que eu não imaginaria que era possível até pouco tempo atrás.

Posso dizer que não fiquei completamente parada, pois nesses momentos em que eu estava sem me aventurar eu fazia algo que eu fiz durante muito tempo na minha vida: ler. A minha "bookworm" interior estava revivida e eu não lia sobre qualquer coisa aleatória pra passar o tempo igual eu fazia nas minhas "épocas sombrias", mas eu lia sobre a geografia de Hoenn, pontos de interesse, até mesmo lugares completamente inóspitos. Por quê? Porque eu queria experimentar um lugar que me providenciasse uma aventura tão emocionante quanto o que eu tive no Valley of Steel, bem, então acho que posso dizer que essa inspiração não tinha morrido.

Só que acho que o tiro saiu pela culatra, pois o lugar que eu tinha decidido não é o tipo de lugar que você fala casualmente: "Vou dar um rolê por ali". O lugar em questão era o Shimmer Desert. Era um lugar inóspito até demais, não é que nem o Valley of Steel que de vez em quando atraí pesquisadores e expedições, mas aquele lugar me intrigava e era para onde eu queria ir. O fato de ter um deserto em um continente quase que completamente tropical já me deixava aflita. Pode ser uma ocorrência rara, porém quanto eu mais lia, ao invés de tudo ficar mais claro, eu apenas ficava mais confusa, graças a um ponto chave: Havia um rio naquela região, não foi sempre um deserto.

O que poderia ter causado isso? Não sei. Influência humana estava fora de cogitação pelo menos, pois os últimos traços de civilização por ali são bastante primitivos. E eu já pulava direto para conclusões e me perguntava: "E se foi um pokémon lendário?" Pela minha única experiência com um pokémon lendário, acho que posso dizer que eles de fato não são nenhum tipo de criatura benevolente, somando isso ao fato da existência e dos poderes do lendário Groudon que é capaz de expandir a massa terrestre e causar secas. Isso talvez faça sentido, mas quem sabe não foi o próprio Jirachi? O que eu tenho para culpar a estrelinha diabólica? Bem, apenas que Jirachi é um completo sádico.

Enfim, era pra lá onde eu ia, depois de mais de uma semana parada. Preparava minha mochila, levava meus pokémon mais fortes e saía pela saída norte de Mauville em direção ao deserto. Honestamente, estou animada, porém ao mesmo tempo pessimista até porque convenhamos, é um deserto. Será que eu realmente vou aguentar um deserto? E também, se eu encontrar algum tipo de evidência nas ruínas da tal civilização antiga, não é como se eu fosse uma especialista capaz de entender do que se trata. Enfim, é a receita de um desastre e eu estou ciente disso e quero continuar.

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Route 111

Numb ♪

Ren tinha bastante coisa para fazer. Talvez tenha sido exatamente por isso que resolveu tomar o caminho exatamente oposto a qualquer outro que deveria.

Veja bem: era muita coisa para a cabeça de um adolescente que fugiu de casa há praticamente um ano, estava andando sozinho por aí sem lar nem família de fato, vendo perdas, desgraça alheia e caos. Vendo seus sonhos ruírem, um depois do outro, cada porto seguro que conseguira construir padecer sob sua vista desatenta. Querendo ou não, isso era capaz de destruir a cabeça de qualquer um.

Uma sombra perdida em meio à multidão, uma alma esquecida à espera da luz divina. Não sabia se algum diria seria capaz de vislumbrar o brilho de esperança espontânea e duradoura, mas precisava tentar. Precisava prometer a si mesmo que iria dar tudo certo, que ele iria melhorar, que as garras do passado finalmente deixariam de apertá-lo.

No fundo, Ren Hughes sabia muito bem a solução de vários de seus problemas. Desenterrar o que fora escondido, matar desde as raízes. O único problema? Ele não tinha forças para enfrentar aquilo. Vira muitas pessoas, pedira muitos conselhos, ouvira muitos sermões e tivera muito o que aprender. Ainda assim, apesar de compreender maravilhosamente bem no momento, não conseguia levar nada daquilo adiante; tudo permanecia assim mesmo: momentâneo, esporádico, parado no tempo.

É difícil saber o que se precisa fazer para obter progresso e mudança, mas ser incapaz de tirar forças dentro de si mesmo para trilhar o caminho.

...

Depois de ver a cidade que ousava chamar do mais próximo de lar que tinha em total ruína, desde o ginásio de sua líder até a grande maioria dos edifícios municipais, as praias destruídas e a chuva de sangue escorrendo pelas ruas; sua agonia não fora lá muito apaziguada. Na verdade, apesar de ter passado por uma experiência relativamente boa ao fazer um trabalho comunitário e ter encontrado um encantador moço que cativara sua atenção, sua visão periférica ainda captara toda a desgraça e destruição, toda a morte.

Mais fantasmas para assombrá-lo.

Vai ver foi por isso que, ao sobrevoar Mauville e seus arredores, resolveu parar um pouco. Tinha conversado com a líder de ginásio Gwen, algum tempo atrás, sobre a história de Hoenn. Antepassados ancestrais, mudanças de relevo e clima, presenças assustadoramente místicas que eram capazes de quebrar o planeta em pedacinhos. Lendas. Histórias. Contos de ninar para assustar crianças, mas que talvez tenham um fundo de verdade.

Ren sempre gostara de histórias. Elas sempre foram seu jeito de fugir do mundo, um refúgio da confusão. E no momento, ele realmente queria fugir, mais uma vez. Continuar sempre em movimento, para que nunca fosse alcançado. Tentando incessantemente despistar seus fantasmas, seu passado, seu futuro. Trajando máscaras e sedas, sorrisos despreocupados, cachos relaxados.

Ele seguiria correndo, caçando por histórias, fugindo de sua própria, ainda que isso significasse ter que perder-se nas areias do deserto; e quem sabe, afogar-se com elas também.

OFF :


Ground Zero 109Ground Zero 703 42 - Day Care

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Route 111
Ground Zero
Pra começo de conversa apesar de eu nem saber se conseguiria sobreviver ao deserto, quiçá um pokémon lendário, tinha um outro probleminha, mas só um problema pequeno sabe, tipo como eu não saber como chegar no tal deserto que eu quero ir. Meu Rotom Phone só vai me ajudar até um certo ponto, logo eu suponho que ele fique sem sinal. Mal comecei a tal aventura e já estava tudo dando errado, com eu basicamente andando de maneira completamente automática, sem nem pensar para onde eu estava indo.

Pode parecer que eu esteja fazendo o fato de eu não saber onde está o deserto um problema maior do que de fato era e bem, era exatamente isso que acontecia. Já estava criando pretextos para voltar atrás, mas esses pretextos não enganariam ninguém, pois a única pessoa que tinha para enganar com isso era literalmente eu mesma. Mas por que eu estava criando tais pretextos? Eu estava começando a ficar receosa e com medo, é algo que eu não deveria estar fazendo. Eu não deveria ir para um lugar como esses, sou estúpida de achar que vou conseguir ter a minha vingancinha boba com um pokémon lendário. Jirachi já era poderoso, agora imagina o gigante continental Groudon por exemplo? Eu não vou ter chances.

E eu estava em um conflito comigo mesma: de um lado, a curiosa e aventureira Kathryne que acabou de surgir, que quer ver do que se trata aquele deserto misterioso, de longe a área mais obscura de toda a Hoenn mas do outro lado, estava a Kathryne de sempre, a garotinha assustada e receosa, com baixa auto estima e que se considera fraca. Admito, essa segunda parte é a que pesa mais, pois, é parte de minha pessoa por mais tempo e com isso eu já me preparava para dar meia volta e voltar para Mauville. O que eu faria? Ficaria mais tempo ociosa? Não, droga, não consigo decidir. Por que tomar decisões é algo tão difícil? Por quê?

Quer saber eu tenho uma ideia, eu ficaria muito mais confortável se tivesse companhia. Claro, mas quem seria essa companhia? Com certeza se eu chamasse alguns de meus amigos, como por exemplo, os membros da Requiem, falando algo do tipo "Bora dar um rolê no deserto?" Eu não conseguiria nada. De volta a estaca zero, é melhor eu voltar para Mauville, é o mais prático a se fazer, por mais que isso me cause arrependimento mais tarde, por mais que eu me sinta uma covarde. Mas não era isso que acontecia, eu ficava um belo tempo parada na estrada até que depois começava a andar, para frente.

E por que de repente eu começava a andar para a frente? Porque talvez eu pudesse achar alguma companhia, só que o meu método pra isso era algo que me faria parecer uma completa estranha no mínimo, e na pior das hipóteses uma completa stalker, apesar de eu nem conhecer a pessoa que eu estava seguindo. A pessoa em questão, um jovem de cabelos rosados, que estava a passos apressados. Eu não andava no mesmo ritmo dele para não deixar as coisas mais estranhas, mas desse jeito eu não conseguiria acompanhá-lo. Eu não chegaria a lugar nenhum desse jeito, então, apertei o passo e tentei me aproximar do garoto e então falaria com ele, ou pelo menos tentaria.

- U-umm... moço... - Moço? Sério? Chamei um garoto provavelmente mais novo do que eu de moço? Sou um caso perdido mesmo: - Me desculpe por estar te seguindo e também pela pergunta aleatória. Mas por acaso você saberia como chegar no Shimmer Desert? - Eu não sei como eu vou fazer esse garoto ser a minha companhia falando desse jeito, cheio de gaguejadas, sem contato visual e cheia de tremeliques. Ele provavelmente vai falar qualquer coisa e seguir em frente, deixando a estranhice que estava vendo para trás. Então eu apenas olhava para o chão a espera da resposta do garoto de cabelos rosados.


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Route 111

Numb ♪

Nem mesmo as sombras podem permanecer visíveis para sempre, apesar de também nunca irem completamente embora. Elas apenas escondem-se por algum tempo, agitando-se, esperando a poeira abaixar; mas ali continuam, constantes e permanentes.

Ainda assim, quaisquer fossem os pensamentos estranhos e pessimistas que Ren estava tendo até então, estes trataram de sumir momentaneamente, perante uma presença estranha. Bem, talvez nem tão estranha assim. O rapaz demorou algum tempo para notar a jovem que estava em seu encalço, andando sem rumo enquanto ruminava ideias nada produtivas. Quando finalmente percebeu-a, alertado pela voz gaguejante da mesma, deu um pequeno pulo, em sobressalto.

Mirou a face alva tingida em tons rubros da moçoila, passando por suas mechas loiras logo em seguida. Curiosamente, o semblante dela não lhe era estranho, mas Ren tinha certeza de que não a conhecia de fato. Déjà-vu, "forma de ilusão da memória que leva o indivíduo a crer já ter visto alguma coisa ou situação de fato desconhecida ou nova para si; paramnésia". Ele se lembrava de ter lido algo sobre o fenômeno uma vez, mas até então, nunca havia realmente experenciado.

Ah... Olá. — respondeu, um pouco incerto. O quão casual se deve ser com uma pessoa que você não conhece mas tem a impressão de que deveria conhecer, que o aborda no meio de um lugar deserto e distante de tudo e todos? Por mais creepy que possa parecer, a loira não tinha uma aura muito intimidadora, por assim dizer, com dizeres gaguejantes, face ruborizada e ombros tremulantes. Parecia uma criança perdida e desesperada por ajuda, se muito.

Sorte a dela que Ren estava no mesmo barco.

Um deserto...? — questionou, logo após de ouvir a pergunta da jovem, falando mais consigo mesmo que com a outra. — Sim, acho que Gwen tinha dito algo sobre desertos mesmo... — continuou a murmurar, tentando lembrar-se da conversa que tivera com a líder de Mountrock. Parecia ter sido há tanto tempo...

Após pensar um pouco, levantou seu olhar aos céus. Deixando a garota em stand-by, sem fazer menção de respondê-la, fitou o horizonte por alguns minutos. Depois de notar o clima estranho que tinha deixado, apontou para a região que observava. — Talvez para lá? — indicou, com seu dedo esticado para o norte, onde o relevo plano era perturbado por uma série de elevações sinuosas. — Não tenho certeza, mas desertos normalmente são formados por conta de uma barreira terrestre, uma cadeia de montanhas, que impede a umidade de passar. Com isso, não chove, e sem chuvas, temos um deserto.

... As aulas de Geografia podiam ser úteis quando queriam, não?

Antes que ela pudesse responder de qualquer outra forma, Ren abaixou sua mão, levando-a em direção à jovem. — Ren Hughes. — disse por fim, tentando exibir um sorriso simpático, apresentando-se. — Se não for indelicado, posso perguntar por que procura um deserto no meio de uma região semi-tropical como Hoenn?

Ground Zero 109Ground Zero 703 43 - Day Care

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Route 111
Ground Zero
O menino de cabelos rosados não se mostrava assustado e nem tentou fazer com que eu fosse embora. Eu ate diria que ele está sendo ingênuo por confiar em uma estranha que de repente decidiu segui-lo, mas, eu de fato não sou nenhum pouco intimidadora e do jeito que eu falo, ou mais precisamente tento falar, fica óbvio que não sou uma ameaça. E se tudo isso não servisse de confirmação, eu apenas fui fazer uma pergunta para o garoto, uma pergunta estranha, mas era isso, uma pergunta. E essa pergunta parecia interessá-lo. Será que dei sorte e ele tem os mesmos interesses que eu? Ele inclusive parecia até mais preparado, chegando a conversar com a líder do ginásio de Mountrock.

- Então, umm... de fato fica perto de Lavaridge, logo perto do Mt. Chimmney, mas e se eu disse que não é um deserto completamente natural? - Depois de um longo suspiro eu conseguia falar com mais clareza, sem parecer um vídeo hd rodando em uma internet discada: - O que eu quero dizer é que esse não foi um deserto formado por condições geológicas naturais. Acho que Gwen deve ter dito isso, mas há muito tempo atrás, havia um extenso rio que cruzava o lugar onde hoje é o deserto e havia uma próspera civilização. Mas tudo isso foi embora de uma maneira repentina e umm... posso parecer louca, mas suspeito que tenha sido até mesmo obra de um pokémon lendário. Enfim, preciso saciar essa curiosidade.

Muito bom Kathryne, você conseguiu falar sem gaguejar a cada palavra e de quebra deu um belo de um monólogo sobre coisas que o menino muito provavelmente já sabia. Mas não tem problema, ele parecia alguém simpático, embora eu não o culparia se ele agisse de maneira rude comigo. Agora, como aparentamos ter objetivos em comum, significa que tenho chances de conseguir o que eu queria, uma companhia nessa aventura. Perfeito, as vezes arriscar vale a pena.

- Prazer em conhecê-lo Ren. Me chamo Kathryne Keyron. Então, como eu disse eu queria ir lá para saciar essa minha curiosidade, mas também por um outro motivo, que de novo eu digo, você vai me achar louca por dizer isso, mas eu quero encontrar algum pokémon lendário. Veja bem, um rio e terras férteis não se tornam um deserto tão facilmente, ainda mais sem a interferência humana moderna, com certeza tem uma força maior por trás disso. E eu quero descobrir algo, se todos os pokémon lendários são... maus. Eu já vi um desses lendários e minha experiência não foi nada boa. - Então eu suspirava e começava a sussurrar em um tom mais baixo, mas que provavelmente Ren ouviu: - Espero que a Yoshiro esteja bem depois do que Jirachi fez com ela.

Antes que Ren pudesse dar uma resposta, meu Rotom Phone vibrava e eu o pegava para saber do que se tratava. Inclusive, eu já pude saber que ainda estava em uma área onde eu tinha sinal. Enfim, ao olhar a tela do aparelho eu percebi que entraria em uma situação complicada, pois eu literalmente tinha esquecido que eu tinha que pegar as rendas dos estabelecimentos da Requiem hoje. Bem, Mauville não deve estar tão longe, então acho que dá pra eu voltar rapidão.

- Umm... me desculpe, mas você se importaria de esperar por mim caso você aceite ir comigo? Preciso fazer um negócio em Mauville. Prometo que vai ser rápido. - E antes que ele pudesse dar uma resposta  eu já dava meia volta em direção a Mauville. Bem, acho que depois dessa ele não vai querer ir comigo. Uma pena, estava indo tão bem. Mas fazer o que? Não posso deixar minha sociedade na mão.

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Ground Zero FF3OUQS

BY MAHIRO

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Hello, hello, hello :


Rota 111
Manhã | 28ºC
@Sleepy & @Renzinho

Ah, a juventude e seus mistérios! Quem diria que dois jovens tão delicados e branquinhos tinham, certo dia, acordado dispostos a se aventurarem em direção a um verdadeiro deserto de aventuras - não num sentido figurado. Se bem que, a essa altura, isso pouco importa.

Fato é que, independente das motivações pessoais de nossos protagonistas, foi o dedo do destino que articulou pelo encontro fortuito que tiveram, ainda na Rota 111, quase na fronteira com a cidade de Mauville. Tanto é que, de certo modo, pareciam até falar a mesma língua, até fazendo referências à mesma pessoa (Gwen).

Não saberia determinar em que momento isso aconteceu, mas talvez fosse obra da mente trabalhando à mil e um princípio de diálogo fluído que fez Kathryne lançar o convite à Ren. Uma parceria para encarar as desventuras do deserto? Não parece uma má ideia. Será que Ren aceitará? Mais do que isso, ele esperaria pela desconhecia recém-conhecida? Espero que o destino tenha preparado um bom desfecho para isso...


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Ground Zero D2KsFu7
Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

... Claro, por que não? Ren já tinha ouvido coisas mais estranhas anteriormente. Ainda assim, o rapaz não iria simplesmente pensar que o deserto era obra de um ser místico, mesmo conhecendo várias lendas semelhantes. De um ponto de vista mais científico, fazia total sentido ele ser completamente natural: uma região entre montanhas, que obstruíam toda a passagem de umidade. E bem, rios intermitentes existem por toda a parte, secando e voltando. Seria muito mais sensato imaginar que a nascente de um rio já frágil poderia obstruir-se facilmente com qualquer deslizamento ou desabamento semi-natural.

Mas não estamos aqui para sermos sensatos, estamos?

Apesar de ainda manter-se relativamente cético, o coordenador resolveu não compartilhar esses fatos com a loira. Era bom ter algo a mais para acreditar, alguma coisa além para te manter andando. Perder algo assim, um motivo, pode ser completamente avassalador para as pobres almas que não possuem nada mais para agarrar-se.

Além disso, pensar numa civilização antiga era... intrigante, no mínimo. Sabe, penso que às vezes, conhecer um passado distante pode ser uma viagem tão inovadora e cativante quanto poder visitar outros mundos. Muitas vezes, ver uma realidade um pouco melhor e mais interessante que a nossa própria já pode fazer valer toda a pena. Conhecer o passado palpável para tentar redescobrir seu presente, e quem sabe, desvendar os tecidos do futuro. Sim, parecia uma ótima ideia para alguém assim tão perdido dentro de si mesmo quanto Ren Hughes.

A linha de raciocínio do rapaz fora cortada ao meio ao ouvir um murmúrio. Um nome. Uma pessoa, um laço muito especial, uma outra aventura magicamente surreal. Mas provavelmente fora apenas imaginação dele, é. Ficar assim reflexivo perante passado e futuro acabava por evocá-lo memórias do Dreamy Lake. Pelo menos isso fez com que o jovem ficasse mais atento ao restante do discurso de Kathryne. Ele deslizou sua mão direita por entre suas desbotadas mechas rosadas, pensando por alguns poucos segundos. Em seguida, abriu um sorriso.

Parece interessante. — respondeu, levando em consideração tudo aquilo que se passara por sua mente anteriormente. Quanto às coisas que ele tinha a fazer... Bem, o jovem também precisava de seus momentos de cuidado próprio antes de ir cuidar dos outros. — Melhor do que qualquer coisa que eu não quero fazer, ao menos. Confesso que você ganhou minha atenção quando disse "civilização antiga". — comentou, rindo um pouco. Em seguida, sacou seu celular rosado do bolso. — E não se preocupe. Meu Rotom pode me fazer companhia por enquanto. Ele gosta bastante de encontrar coisas escondidas, também.

OFF :


Ground Zero 109Ground Zero 703 44 - Day Care

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Route 111
Ground Zero
E não é que as coisas eram realmente mais fáceis do que pareciam? Mesmo com eu tendo que dar uma saída, lá estava Ren, até parece que alguma entidade de outro mundo o convenceu a esperar. Fiquei até com vontade de fazer esse comentário como uma simples brincadeira, mas eu e ele não éramos tão próximos e falar algo desse tipo só faria me parecer uma louca, ainda mais do que já pareço. Mas enfim, o que importa é que eu consegui convencê-lo, tenho uma companhia. Sem mais pretextos, agora só restava seguir em frente.

Enquanto eu ainda conversava com o Ren, no entanto, eu notava que algo que eu falei o deixava instigado e atento. Mas o que? Eh, nesse momento que eu tenho inveja dos meus pokémon psíquicos, não teria tanta dificuldade assim em conversas se eu pudesse ler mentes. Mas se eu ficar perplexa pensando no que eu falei que fez com que Ren reagisse daquele jeito, eu só pioraria tudo. Esquece, ele acabou de responder essa dúvida enquanto eu estava em devaneios. Ele ficou interessado na tal civilização antiga que mencionei. Ora, ora, fiz um bom trabalho em convencê-lo.

- Dizem ter ruínas espalhadas pelo deserto. E se tem ruínas quer dizer que alguém já esteve ali. Uma civilização. Inclusive, uma de minhas maiores preocupações era que eu me perdesse no deserto, mas se essa civilização antiga for grande, as ruínas também são grandes, então não devemos ter dificuldades em achar. Só espero que a gente não vire comida de Cacturne mesmo, hehehe.... - Essa última parte era pra ser uma piada e enquanto essa frase ainda estava apenas em meus pensamentos, eu a via como uma piada apenas, mas agora eu percebi que foi bem macabro. Eu sou medrosa, mas penso nesse tipo de coisa como um modo de lidar com esse meu medo, algo do tipo "isso nunca vai acontecer mesmo", mas mal parei pra pensar que posso ter assustado Ren.

- Q-quer dizer. Não me preocuparia com isso, eu tenho pokémon bem fortes e pelo visto você também é um treinador. Suponho que você seja forte também, hehe. - Palavras não podem descrever o alívio que senti ao ver o Rotom Phone de Ren, um forte indicativo de que ele era de fato um treinador pokémon. Porque eu estava chegando a temer de que acabei convidando uma pessoa completamente aleatória para uma jornada a procura de ruínas: - Bem, estamos prontos né? Vamos na direção do Mt. Chimmney, ou seja para o norte. - Aos poucos um entusiasmo surgia em mim, chutando aquele medo para fora. Eu sentia que Ren confiava em mim, e eu estava começando a confiar nele. Seja otimista.

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E não é que Ren estava mesmo ali quando Kath voltou?! Uma feliz surpresa para a loira, que via no gesto a esperança de não seguir sua aventura sozinha dali em diante. Melhor ainda, teria um treinador experiente ao seu lado.

Só o diálogo ainda não tinha engrenado muito entre ambos. Ren um pouco aéreo, Kath e sua timidez que a faz enrolar as palavras. Mas nada demais, prevejo um looongo tempo juntos e muitas situações que os levarão a trabalhar bem essa parte.

Enquanto isso não chega e também não iniciam a caminhada pela estradinha de terra, o Rotom Phone de Hughes intervém, vibrando e alertando alguma coisa. No GPS da área, um ponto em amarelo piscava a alguns metros de distância da dupla. Para alcançá-lo, porém, teriam que entrar num trecho de floresta e grama alta. Um leve desvio do caminho, para a esquerda, mas nada que exigisse grandes explorações na selva.

Off escreveu:
Guys, só pra eu saber, querem fazer só a passagem por essa rota aqui e ir pro deserto pra entrar pra dungeon? Ou vão fazer mais coisas aqui, tipo PVP, treino e tals?!


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Ground Zero D2KsFu7
Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

...

Sinal de celular maldito. Não faço ideia de quanto tempo Kathryne ficou fora, mas sei que durante esse tempo todo, Rotom não havia encontrado nada. Nem mesmo um ínfimo brilho de uma moeda perdida no caminho. A jovem provavelmente acabara por encontrar um Ren que encarava seu celular com uma grandíssima carranca. A tecnologia pode ser irritante às vezes, e a loira era de fato muito sensata por não confiar nela para chegar até o seu tão misterioso destino arenoso.

Que seja.

O coordenador tentou não se alarmar muito quando notou a garota novamente. Apesar de ter piscado algumas repetidas vezes ao ouvi-la, resolveu fingir que sabia que ela estava ali desde o princípio, e não que tinha toda sua concentração direcionada a fazer uma careta para seu celular cor-de-rosa. — Ah...! Faz sentido. Acho que ouvi algo do tipo anteriormente, também. Pode não ser a programação usual que você encontra numa empresa de turismo na época de altas, mas parece ser mais do que perfeita pra um adolescente desocupado que quer fugir de suas obrigações e preocupações. — comentou, talvez empolgando-se um pouco demais naquilo que dizia.

... Poxa, Ren, você mal conhece ela.

E bem... Não sei se a gente daria uma boa comida de Cacturne. Eles não são, tipo... autótrofos? — adicionou logo em seguida, tentando desviar a atenção de seus dizeres anteriores. Ah sim, certamente todo mundo se preocupa muito com a base alimentar de um cacto ambulante. — Não sei se posso me chamar de forte, mas acho que consigo não comer areia e me espetar em plantas xerófilas.

Mas quanto à direção que deveriam seguir, parecia que um certo GPS tinha uma ideia diferente. Típico: aquela bomba não havia funcionado até então, mas assim que decidem tomar um rumo, lá está ela, querendo levá-los para uma direção diferente. Ren suspirou, visivelmente atormentado pelo celular, antes de falar com Kathryne. — É... Meu Rotom Phone diz que encontrou alguma coisa ali na nossa esquerda. Tem algum problema se formos ver o que tem ali, antes de continuar?

OFF :


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