Pokémon Mythology RPG
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Ground Zero

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Todo e qualquer conversa paralela que estivesse ocorrendo, cessaria no instante em que os flashs avermelhados das esferas capturasse a atenção dos presentes naquela área. Houve um silêncio súbito e pesado, com nada menos que todos os olhares se dividindo entre Kathryne e Ren, agora com os Pokémon expostos ao seu lado. Segundos longos pareceram minutos, durante o tempo que as pessoas levaram para assimilar as ações e pensar nas reações.

– O que é isso? – a primeira voz a quebrar o silêncio foi o da líder, provavelmente uma das primeiras a compreender tudo – Espero que não estejam pensando em fazer o que eu acho que estão tentando fazer, uhm?! – seu tom soava propositalmente condescendente.

A medida em que ela falava, sem hesitar completava a área entre seus dedos com as versões ainda miniaturizadas de suas próprias Pokébolas, uma entre cada um dos dedos, pondo tudo a frente do corpo, como se quisesse mostrar que estava pronta para qualquer batalha. Seu gesto foi o suficiente para ser repetido por muitos de seus súditos, cada um com números diferentes de esferas, muitas eram de um tom peculiar e completamente preto, sem as listras amarelas de uma Ultra Ball comum e nem mesmo o design gracioso e artesanal das estéticas de Contest - Ren saberia julgar - era simplesmente preta e ponto. Os "soldados" mais afastados erguiam armas, os mesmos rifles de precisão que nocautearam Laylah com o dardo sonífero antes, algo que certamente nem teria efeito no corpo rígido de Metang.

– Crianças, vocês não... – Albiere balbuciou de imediato, mas parou de falar por conta própria; seus olhos se estreitaram e seu rosto esboçou um ar de conclusão e malícia por uma fração de segundos.

Era uma decisão difícil aquela de comprar uma briga bem ali, numa clara desvantagem numérica, e numa situação incerta sobre o nível de poder dos adversários. A dupla de treinadores tinha perdido a chance de fugir sem serem vistos, quando os novos reféns chegaram. Agora, todos os olhares se voltavam para eles, inclusive Kath tinha dois agentes muito em cima de si, já que estava separada dos enfermeiros por um Metang de distância, o suficiente para ver que eles também estavam "armados" de Pokébolas.

Ren, sozinho, tinha um caminho reto e aberto na direção de Albiere, mas Edna estava bem mais inacessível, deitada sobre um colchonete no chão, sob a tenda da enfermaria onde Kath estava, mas longe da vista da garota e cercada por uma outra dupla de agentes. O que será que nossos protagonistas tinham em mente ao roubarem a atenção para si? Será que o velho cientista percebeu algo e viu uma vantagem naquela ação? Veremos...

Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Route 111
Ground Zero
Eu estava em uma situação difícil, sabia que estava na desvantagem numérica e pra piorar Ren ainda estava longe de mim. Mas foi o que eu escolhi, eu escolhi agir, mesmo sabendo que seria difícil com que eu tomasse uma ação que sequer tivesse algum impacto. O jeito despreocupado na voz da chefe me preocupava ainda mais, porque ela sabia que eu claramente não era uma ameaça. Na verdade eu seria rapidamente dizimada e os dardos soníferos, que os soldados que estavam na retaguarda carregavam, por mais que não sejam problemas para Metang, provavelmente seriam problemas para qualquer dos meus outros Pokémon.

Eu tinha que pensar em algo, mas esse algo não existia. Eu apenas olhava os meus arredores, apreensiva, e eu não era a única preocupada, o meu próprio Metang sabia que ele não daria conta e no fim acabava olhando para mim, esperando com que eu fizesse algo. E aquilo me desestabilizava, meu próprio Pokémon colocava expectativas em mim, mas eu não tinha planos, sequer tinha ordens para dar para o metálico. Acho que entendo o fato de que como Metang cresceu em uma colônia isolada da sua espécie, ele sempre procura por instruções de seus superiores, mas heh, não sou tão capaz quanto aquele Metagross shiny que vi no Valley of Steel. No fim eu era só uma piada.

Voltava a olhar para todo o lado até que meu olhar pairava em Albiere, que começava a falar mas logo interrompia a si mesmo. Sua feição, apesar da situação em que se encontrava, não mostrava preocupação. Teria ele visto alguma coisa? Nessa hora eu mesma queria ser um pokémon psíquico para saber o que estava passando na cabeça do cientista, mas como eu não era, o que me restava era olhar mais uma vez nos meus arredores, para ver se encontrava algo minimamente suspeito. Ok, aquelas Pokébolas eram estranhas, diferentes de todo tipo que eu já vi, mas isso não é resposta para nada.

No fim o que eu podia fazer era apenas ganhar tempo, então eu tentava sacar rapidamente mais uma de minhas pokébolas, dessa vez sabendo bem quem viria a campo. - Dimentio, eu preciso de sua ajuda, use o Reflect rápido. - Precisaria que o vulpino levantasse a barreira para se proteger dos dardos, mas também precisava de uma redundância nesse plano: - Metang, dê cobertura ao Dimentio. - Se por algum motivo estranho os reflexos daqueles homens forem mais rápidos de que o de meu Espeon, eu teria Metang para absorver os dardos soníferos.

Enfim, essa era mais uma de minhas apostas.




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Ground Zero - Página 11 FF3OUQS

BY MAHIRO

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Minha visão estava embaçada. Eu não conseguia distinguir muitas coisas, mas não dava muita bola para isso. Sentia meu coração palpitar mais rápido que nunca, escutando cada batimento que pulsava em meus ouvidos. Não fazia sentido, nada daquilo, e alguma parte de mim parecia querer gritar isso em voz alta. De toda forma, já fazia um bom tempo que eu não escutava muito essa parte.

Meu cérebro foi capaz de gravar apenas lapsos do que meus olhos enxergavam. Um borrão amarelado próximo de uma massa metálica parecia indicar que Kathryne concordava, em partes, com aquilo tudo. No intervalo de um piscar e o outro, consegui notar pessoas aproximando-se, postura hostil. Minhas íris pousaram brevemente sobre esferas negras sendo expostas ao alto, rapidamente vagando em direção ao céu, parando para fitar o sol. Por mais quanto tempo o astro continuaria a banhar-me com sua luz?

A sonoridade levemente familiar de uma voz distraiu-me. Com um leve movimento da cabeça, fui capaz de perceber a figura de Edna, relativamente afastada de mim. Um sorriso vago formou-se em minha face. Por que ninguém havia avisado que eu tinha um público a entreter? Agora, tudo fazia sentido. Os borrões humanos ao meu redor, o espaço interminável em que eu estava, uma princesa clamando por ajuda...

Como eu não percebi antes que estava sobre o palco?

Meus próximos passos saíram com certa naturalidade. Não importava que minhas pernas estavam doendo: eu tinha treinado para isso, não poderia decepcionar o público, muito menos meus companheiros. Tudo sairia bem desde que eu fizesse como tínhamos ensaiado. Sem pensar muito mais, segui andando na direção daquela que esperava por meu resgate.

...

Não me lembro ao certo de quando eu joguei sua esfera ao ar, mas quando me dei conta, Hokori estava ao meu lado também. Fazia sentido, afinal, ele sempre fora meu mais precioso parceiro de palco. Eu já tinha mantido aquele pobre mímico afastado por tempo demais, ele precisava de um tempo sob os holofotes. Ah, sim, eu não sabia por quanto tempo aquela luz brilharia no céu, precisava agilizar.

Enquanto andava, conseguia ver vez ou outra que Hokori erguia suas barreiras, tão imponentes e belas como sempre. Eram sua marca registrada, que faziam parte de si tanto quanto a mímica. Ele parecia... erguê-las ao nosso redor, como que criando um caminho até a senhora. Não me lembro de ter ensaiado esse passo, mas... Dandara parecia estar a par, puxando-me pela mão. Bem, improvisar era um dos segredos das performances; e se eu não confiasse em meus Pokémon durante as apresentações, onde eu chegaria?

De qualquer forma, meus monstrinhos pareciam prontos para o que der e vier. Eu também devo acompanhá-los, não?

Ground Zero - Página 11 109 74 - Day Care

se n deu pra entender nada avisa q eu tento explicar

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As incógnitas se espalharam pelo ar deixando-o denso, quase palpável, vindas de todo mundo que observava a medida que Kath e Ren lançavam um outro par de Pokémon que, por sua vez, erguiam barreiras translúcidas claramente voltadas aos projéteis que os ameaçava. Se os expectadores tivessem dito algo, certamente seria um uníssono "mas o que tá acontecendo??????".

A situação era toda essa incerteza, uma vez que a líder do grupo mantinha a mão esquerda erguida, a palma exposta, sinalizando que seus subordinados aguardassem o sinal para agir. Mas será que esse sinal viria? Mesmo a presença dos demais Pokémon e seus escudos, a mulher era expressa uma incompreensão genuína, e com seus olhos estreitos alternava a visão entre Kath e Ren. Demorou a atenção por muito mais tempos no garoto, uma vez que o mesmo se movia na direção de Edna.

– O que é... Que vocês pretendem fazer, afinal? – ela questionou, ainda se entender; o menino franzino pretendia carregar, sozinho, a idosa corpulenta e desacordada? Se sim, o que faria em seguida?! – Eu falo sério, crianças, nós não temos o mínimo interesse em machucar vocês, então não sejam imprudentes. Se recuperem e nós os levamos pra fora desse deserto, em segurança. – sua proposta era condescendente, apesar do tom natural de ordem que há na voz de um líder áspero.

Num movimento "novo", a mulher virou seus olhos para o velho Albiere. A ele ela entregou um olhar de desafio, quase fúria. O cientista, por outro lado, não esboçava temor ou receio em resposta; o canto do lábio dele até tremeu brevemente no que parecia um sorriso enviesado bem contido.

– Como?! Como você sempre consegue ter tanta sorte de escorregar pelos nossos dedos, velho...? – a frustração na voz dela vinha quase num sussurro, uma confissão, ainda que no tom de quem prevê os pequenos eventos de um futuro não tão distante. Ainda assim, a tensão no ar se seguia, pois todos aguardavam uma resolução afinal.


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Route 111
Ground Zero
Era tudo tão estranho. Se eles tivessem realmente o poder de acabar com os meus Pokémon, poderia presumir que já o teriam feito. Eu duvido que a líder deles esteja sendo tão tolerante assim, por mais que eu seja uma "não-ameaça" pra ela. Isso não faz sentido. Porém, ao mesmo tempo, enquanto aquela gangue não agia, eu também não. Meus Pokémon alternavam breves olhares a mim, principalmente Metang, que era um pokémon experiente, porém não experiente no mundo dos treinadores Pokémon. O metálico estava completamente perplexo pela situação toda.

Enquanto aquele impasse continuava eu ouvia a pergunta da chefe da gangue. O que pretendíamos fazer? E a resposta era que eu não tinha ideia, esperava que Ren talvez estivesse melhor nesse quesito do que eu, mas pensando bem, isso foi apenas eu agindo impulsivamente. Pensei que tinha que fazer algo e no fim realmente tentei, mas se era um plano bom ou não, não tinha ideia. Na verdade, chamar de plano já é um exagero, apenas fui para cima sem pensar no que podia acontecer.

- Vou ser honesta, não tenho ideia do que vou fazer. Eu apenas queria ter feito algo. Albiere e Edna ajudaram a Ren e eu, então apenas pensei que tenho que retribuir o favor. Porém, pelo que parece, não tenho lá capacidade pra fazer isso. Não faço ideia da história que Albiere tem com você e seu grupinho, mas não quero vê-los machucados. Sei que não posso fazer nada, mas prefiro falhar do que ser omissa nesse caso. - Aquelas pareciam palavras corajosas, mas eu simplesmente falava o que vinha a minha cabeça. Eu realmente queria tentar fazer algo, coisa que a Kathryne covarde de sempre não faria, eu não seria tão impulsiva assim. Mas eu não aguentaria ver algo terrível acontecendo com Albiere e Edna.

- Enfim, vamos ficar nesse impasse por quanto tempo? Sei que você não me vê como ameaça, mas não seria mais fácil acabar comigo de uma vez? Você pode fazer isso não é? - Agora era de fato um leve semblante de coragem vindo de mim. Meus Pokémon reagiam a essa fala, Metang continuava a ficar perplexo, ele não me conhecia muito bem ainda e esse não era o melhor jeito de me conhecer. Já Dimentio, esse gostava da minha atitude, esboçando o seu sorriso travesso.

Enfim, eu lançava a provocação para aquela gangue. E realmente seria melhor para eles me tirarem de cena para então continuarem seja lá o que forem fazer. Mas por que estão tão hesitantes? Algo não estava certo.





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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Se eu me esforçar bastante, acho que consigo lembrar-me brevemente de uma performance principesca. Será que eu tinha adicionado o clichê resgate à princesa? Não tenho muita certeza, mas também não me demorei muito nesta linha de raciocínio: meus Pokémon estavam me esperando. As outras pessoas comentavam algo entre si, mas limitei-me a focar na minha parte do ato. Por mais que não resguardassem seu olhar apenas para mim, não pretendia dar um passo hesitante.

Não tenho medo de dragões, mas acho que fica mais fácil salvar uma princesa sem ter de lutar contra um.

Assim que cheguei próximo da beldade de mechas prateadas, sorri, tomando sua mão. Dar um beijo na donzela definitivamente não estava na minha lista, mas por algum motivo, não pude conter o sentimento pleno de felicidade: consegui! Agora era a hora de dar sequência ao escape da torre, de embarcar em um navio e atravessar aquelas imensas ondas amareladas que nos envolviam. Um simples toque no ombro de Hokori foi o bastante para lembrar-lo de que ele ficaria de guarda, atento aos possíveis perigos que poderiam afligir-nos.

Enquanto isso, Dandara teria para si a parte divertida.

Depois de discretamente sussurrar nos ouvidos da roedora seus próximos passos e falas, ela já sabia o que fazer. Não tardou para que logo estivesse cercada por um anel d'água, canalizando seus poderes. A Azumarill exibiu-se com seus saltos acrobáticos, molhando a terra ao seu redor, combinando seus movimentos aquáticos para umedecer a areia. No que viria a mostrar-se como um último salto, ela deu uma cambalhota no ar, caindo com os punhos no chão, congelando toda a água que manteve-se sobre a areia, gotícula por gotícula.

Talvez não durasse muito sob o sol forte, mas... Um tobogã de gelo parecia ser uma ideia bonita, divertida, rápida e relativamente prática. Senti novamente meus lábios se estremecerem, mostrando meus dentes. Será que de fato seria tão fácil escapar com a princesa? Tolos atores, não sabem nem sequer como dar parte à sua sequência no palco.

Ora, pois eu não iria esperá-los muito. Eu e meus Pokémon arrasamos em nossa parte. A fuga de milhões estava pronta para ser feita, como eu diria normalmente.

Ground Zero - Página 11 109 75 - Day Care

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Se tudo já estava confuso, agora continuou e escalou para um outro nível de icógnitas e incompreensões.

Talvez sem notar, os treinadores agiam em parceria. Kath nem precisava atuar - ou ter intenção de fazê-lo - para transmitir ingenuidade em sua fala, roubando a maior parte das atenções para si. Dessa forma ela, sem saber, ganhava tempo para Ren armar o "palco" e seus protagonistas; ele sim tinha intenção de atuar.

– Criança, isso não tem nada a ver com você. – a líder interrompia a jovem Requiem, sem cerimônia – Só estamos na cola desses dois lobos em peles de cordeiros, que um dia chamamos de colegas. Salafrarios... Vocês só caír-

A fala interrompida de modo abrupto encerrava qualquer explicação. Quando Dandara agiu, de forma teatral, não houve sequer reação de mais ninguém senão a de observá-la, porque não havia agressividade naquilo, apenas uma bolota azul e sorridente a saltitar, espirrando água para todos os lados e então...

SQUISH! BOOM! PAF! FOOON!

Assim que o gelo se formou sob os pés da dupla, ambos caíram de bunda no chão agora firme, frio e sólido. No segundo seguinte, estavam ambos envoltos por uma esfera vítrea e rosada, deslizando sobre um tapete de gelo que era conjurado segundos antes deles passarem. Feito uma bola de boliche cor de rosa, derrubaram alguns soldados no caminho, quando fizeram sua fuga para a saída das tendas.

Deslizavam como num verdadeiro tobogã. Sob as bundas, o frio suave do gelo formado por Dandara, que liderava o "surf" na areia ao lado de Hokori, o responsável pela esfera rosada que os envolvia por completo, formada por sejá qual tenha sido o mix de habilidades que o mímico e a Eeveelution tenham criado. Mr. Mime era o real condutor da fuga, focado em um rumo desconhecido até por seu treinador.

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Quanto aos de Kathryne, Metang havia sabiamente voltado para sua esfera segundos antes de tudo acontecer - devemos atribuir isso às capacidades psíquicas dos Pokémon envolvidos - enquanto que Dimentio saltou gracioso para os braços da dona.

Deslizaram assim por menos de um minuto. Porém, tirando proveito da inclinação das dunas, da velocidade e da própria inércia, pareciam ter se afastado um bocado. A parada foi tão abrupta quanto a partida, logo que Dandara já não conseguia gerar água e gelo tão rápido quanto o mesmo era consumido pelo calor do ambiente e pela areia muito fofa. Quase como um tropeço, Hokori foi forçado a parar...

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... Eles rolaram por mais alguns metros, duna a baixo, até que a esfera mágica se dissolveu...

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... E lá estavam Ren e Kath, estatelados na areia do deserto. Seja pela altura das dunas ou pela distância, já não avistavam qualquer sinal da gangue ou de suas tendas. Não discerniam qualquer som humano também, somente o uivo do vento forte e um "rugir" áspero e distante.


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert – Rota de Entrada: 28/30

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Route 111
Ground Zero
Eu fui pega de surpresa, em um instante eu estava naquele impasse, encarando a imponente líder e seus capangas, protegida pelas barreiras de Dimentio, E então, em um flash, eu era arrastada para fora, em uma sensação fria, algo que não se sentiria no deserto nessa hora do dia, era gelo. Muitos pensamentos se formavam em minha mente nesse curto espaço de tempo, primeiro pensei que foi um ataque inimigo, mas eu tenho certeza de que veria algum Pokémon fazendo tal façanha, aquilo não foi um simples ataque de gelo, mas parecia uma combinação de movimentos que gerou aquele "tobogã", ainda por cima, a barreira protetora. Combinação que algum veterano de Contest pensaria, o que significava...

Ren, isso era obra dele. Mas o que ele planejava alcançar? Admito que era um plano de fuga bem elaborado, algo que eu não conseguiria pensar enquanto estava na pressão das dezenas de soldados me encarando. Mas e Edna? E Albiere? Eu pensei nas palavras da chefe da gangue, instantes antes dessa "wild ride". Lobos em pele de cordeiro? Talvez eu estivesse sendo ingênua demais ao pensar que o casal não tinha algum motivo mais sombrio por baixo dos panos. Mas, isso não era motivo para mantê-los em cativeiro e possivelmente torturá-los, que nem aquela gangue planeja fazer e também, não tenho nenhuma prova de que eles eram maus. Albiere parecia apenas um pesquisador, procurando por algo nesse meio do nada, igual Ren e eu.

Se eu ficasse com a mente atribulada desse jeito é capaz que eu superaqueça igual um computador nesse calor deserto, se bem que, apesar de momentâneo, esse tobogã foi um refresco bem-vindo. Enfim, falando no deserto, a barreira protetora feita pelos psíquicos se voltava e eu retornava Metang para a pokébola, retornaria Dimentio, mas esse veio direto para o meu colo. Dei um longo suspiro, olhei os arredores, foi tudo tão súbito, eu tinha que tomar um tempo para entender o significado de tudo aquilo. E infelizmente, acabei entendendo.

- Onde estão Edna e Albiere? Achei que iríamos salvá-los? Não podemos deixá-los para trás, temos que voltar. - Eu acabava levantando minha voz na direção de Ren, como se estivesse irritada com o menino. Mas não era esse o caso, era simplesmente o desespero que me afligiu quando eu não vi o casal por perto. Eu me comprometi a salvá-los, porém não tenho certeza se Ren fez o mesmo. Não o culpo se ele não o fez, afinal, provavelmente estava além de nossas capacidades. Enfim, quando eu percebi que minha atitude estava sendo inadequada, logo tratei de pedir desculpas ao especialista em fadas.

- D-desculpe... acabei ficando desesperada. Eu me comprometi a salvar Edna e Albiere, mas agora eu sei que eu não consigo, acho que era melhor termos nos saído em segurança mesmo. Sou apenas uma criança tola que acha que pode tudo porque tem Pokémon ao seu lado. Heh, e agora estamos aqui, sem sequer saber onde estamos. Mas bem, você fez muito mais do que eu, eu estava apenas parada, olhando aquele monte de soldados, você é mais forte do que eu e não tem medo de agir. Te agradeço por isso, obrigada.

Apesar do meu tom melancólico no começo desse monólogo, o meu agradecimento a Ren era genuíno. É estimulante ver alguém agindo nas situações difíceis, alguém que não fica apenas olhando para o obstáculo, esperando que algo acontecesse. Eu sempre dizia a mim mesma que seria corajosa, mas falar é uma coisa, fazer é outra, mesmo que seja algo que eu disse apenas para mim mesma.

- Então, deveríamos tentar procurar a saída do deserto? - Eu perguntava para Ren, dando mais uma vez o poder de decisão a ele. Ele era capaz de tal coisa e não eu afinal de contas.





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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Eu ouvi a risada eclodir de minha garganta antes mesmo que pudesse pensar em ri-la.

Conseguia sentir as veias pulsarem em meus braços, enérgicas pela repentina explosão de adrenalina. Minha franja caía-me sobre as pálpebras cerradas, bagunçada pela movimentação abrupta. Apesar de as entradas costumarem ser as merecedoras de atenção, aquela definitivamente havia sido uma saída triunfal. A esfera rosada, os anéis d'água, a rápida e constante cristalização das gotículas, seguida por seu rápido derretimento...

Ah, simplesmente exasperante.

Foi apenas quando novamente senti a areia fofa sob meus glúteos que me permeti abrir os olhos, disposto a mirar orgulhosamente meus monstrinhos, em sinal de congratulação. Sentia um leve incômodo na garganta, como se as cordas vocais estivessem arranhadas, mas por mais que não me apetecesse falar, eu sabia que não havia necessidade. Tanto Hokori quanto Dandara sabiam muito bem que um forte abraço eram minha forma favorita de dizer "obrigado".

No entanto, algo parecia errado.

Não via o aliviador semblante de satisfação e frustração mútuos em meus Pokémon. Não, pelo contrário: exibiam apenas sinais de exaustão e preocupação. A Azumarill mal acabara de levantar-se e viera até mim, colocando suas patas em minha cabeça. Estavam estranhamente gélidas, mas o mais desconcertante era a feição nervosa da aquática perante aquilo tudo.

Tivera eu deixado algo passar despercebido? Será que saíra pelo lado errado do palco? E se eu tiver roubado a fala de alguém? O sangue rapidamente subiu-me à cabeça, e meus globos não tardaram a banhar-se com as lágrimas que começavam a formar-se. Ah, droga, será que eu não consigo nunca fazer algo certo?!

A voz apenas piorou tudo, ecoando de um ouvido ao outro, sem ser completamente compreendida.

Um erro crasso, grostesco, digno da guilhotina. Os vislumbres capturados por meus olhos lentamente tomaram minha consicência. Uma figura feminina, sim, a qual eu deveria salvar. Mechas claras que reluziam ao sol, adornando seu fino rosto. Uma baixa estatura, de porte debilitado.

De alguma forma, duas pessoas enquadravam-se no papel, e eu escolhi a errada.

As gotas voltaram a correr por minhas bochechas, ardendo perante seu toque aos cortes que só agora lembrava de ter sofrido. Aos poucos, fui capaz de perceber a situação débil e vergonhosa na qual havia me submetido.

Tsc.

Como poderia querer salvar alguém quando não tinha capacidade de salvar nem a mim mesmo, sucumbindo à loucura?

Conforme meus olhos fechavam-se, mais uma vez me rendia à exaustão, deitado na areia quente. Antes que me permitisse mergulhar na obscura camada de perdição que constantemente me envolvia, uma palavra conseguiu escapar de meus lábios úmidos pelo pranto: "desculpe".

Não foi dirigida somente à jovem loira ao meu lado.

Ground Zero - Página 11 109 76 - Day Care
Ground Zero - Página 11 775 01 - Day Care

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O que poderia ter sido uma saída triunfante, encerrada em um grande alívio, acabava se convertendo num misto problemático de sensações e reações. Havia uma confusão quase palpável entre os jovens aventureiros, ambos perdidos sobre tudo que tinha acontecido. Tanto que, onde deveria existir alegria e alívio, havia tristeza e melancolia. Mal sabiam da treta que tinham se livrado...

Ren queria ter salvo Edna, mas por algum motivo desconhecido, talvez até sobrenatural - vamos traduzir como "destino" o erro de interpretação do narrador - foi Kath quem acabou agarrada pelas mãos do coordenador. Bem, tudo é possível quando se está em uma situação de perigo, cercado por Pokémon com essa intuição sobrenatural, habilidades psíquicas... Ren desejou salvar uma nobre e gentil donzela e talvez ele ainda não tenha notado, mas definitivamente conseguiu. Ela só tem outra aparência e nome.

Entre lamentos, lágrimas e calor, o "rugir" distante crescia, mas nenhum dos dois parecia ter percebido, ainda. Até a aflição dos Pokémon de Hughes ganhava uma outra motivação. Ao menos, o vento também se tornava mais forte, aliviando a sensação do sol sobre a pele, secando as lágrimas salgadas de Ren, colando areia em seu lugar.

Era nobre deixar que os dois curtissem suas fossas em paz, já sensibilizados por uma aventura longa e desgastante, num lugar exaustivo como é este deserto. Porém, há uma sensação de alerta no ar e, por isso, só nos resta torcer que os olhos cansados da monotonia das areias não demore a perceber aquilo que destoava nesse novo cenário.

Aqui, a areia através do tempo soterrava parcialmente o que poderia ser o requício de uma civilização antiga: uma arquitetura baseada em rocha e blocos de pedra [imagem ilustrativa], algumas partes conservadas o suficiente para conferirem abrigo ou esconderijo para algo [imagem ilustrativa] ou alguém...


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert – Rota de Entrada: 29/30

Progresso de rota - Renzinho :

Progresso de rota - Sleepy :

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