Regra nº 274: Primeiro você vê, depois faz, depois ensina!

 

Off escreveu:

Oie, eu sou o Ayzen. Quero só fazer uma missão ranger.
Gyarados - Normalium Z
Lucario - Lucarionite
Dragonair - Lucky Egg
Ambipom - Lucky Egg
Demais sem itens

Missão Ranger :

Azalea. Uma cidade pequena, gente boa e uma missão a cumprir. Eu e Ambipom chegamos na última noite, cansados depois de uma série de intervenções em Tohjo de um grupo criminoso interdimensional. Os Rainbow Rocket (RR) estavam no continente e precisamos de vários rangers para poder contê-los. Foram 28 dias de várias missões. Várias eu quem liderei, algumas poucas e mais sérias eu fui liderado. No fim, parecia que a ameaça estava mais rara, o que significava que o RH da Base Ranger era obrigado a me dar um descanso.

Eu não ia aguentar ficar muito tempo parado. Nem pra fazenda dos meus pais eu fui, para não ter que ficar lá preso. Fiquei em Cerulean um tempo, em minha residência, e quando insisti para me colocar em campo, deram-me esta missão. E o que ela era? Tenho que monitorar, treinar e conduzir uma equipe de bombeiros em uma cidade pequena? Claro que ao se tratar de missões rangers, visamos ações grandiosas, mas agir naquele momento para capacitar outros a ajudar o povo era melhor o trabalho dos rangers.

Pensando nisso foi que eu e Ambipom saímos do Centro Pokémon que estávamos hospedados bem cedo, após um café da manhã vitaminado pra todo mundo. Íamos para o posto de bombeiros da cidade, pra poder fiscalizar, ofertar um novo olhar e garantir que tudo desse certo. Em uma vida de incertezas, onde as pessoas temiam pela segurança o tempo todo, era o que poderíamos oferta. Esperava que em uma cidadezinha pequena, nada acontecesse de sério, exceto tirar gatos de árvores. Inclusive, sou bom nisso!

De fato, as últimas aventuras de Ayzen foram bem agitadas! O capitão era frequentemente visto na linha de frente da contenção dos RRs, os invasores de outras dimensões, e mesmo que estas já estivessem mais raras, ainda não sabia ainda qual era o real objetivo desse grupo e quais eram seus interesses diante desta intervenção em massa! No entanto, ele era apenas um jovem adulto dedicado, precisava de um descanso! E como um bom “workaholic”, seu descanso se tratava apenas de um trabalho mais leve, com menos riscos envolvidos e menos lunáticos coloridos! Então, nada como uma missão pacata, em uma cidade pacata, para um objetivo nobre…e um tanto pacato!

Mas não se engane, pacato aqui não é nada pejorativo. Azalea não podia ser uma grande cidade, mas não era tão pequena assim. Tá, era bem pequena. O “pacato” aqui poderia ser lido como aquela paz interiorana, onde uma pequena infração de regras era vista como um crime gravíssimo, já que a criminalidade era “coisa da TV”. Ah, e claro, todo mundo conhece todo mundo, então por muitas vezes as investigações quanto às infrações são na base do boca-a-boca e da fofoca. Sabe aquelas barracas de quitanda na rua? Aqui tem. Sabe aquelas tendas de frutas, que podem não ser tão chamativas pelo olhar, mas com certeza são deliciosas e saudáveis? Aqui tem. Sabe aquelas senhoras fazendo tricô sentadas embaixo de um pé de Sitrus Berry? Aqui tem! Ayzen queria fugir das fazendas dos pais, mas parece que seu subconsciente o convidava para os ares do interior! O menino da roça é assim mesmo, dizem!

Bom, ele chegou de viagem e tratou de fazer um café da manhã reforçado, tanto para ele quanto para seu time. E o café não podia ser melhor: pães quentinhos, manteiga de Moo-Moo, rosca de coco, biscoitinhos de avilã, uns quatro tipos de geléia diferente… um banquete natural!

Logo depois, foi em direção ao posto dos bombeiros. Bom, e vamos a um outro aspecto pacato da cidade: tudo é perto de tudo! Possivelmente dava para contar o número de ruas com os dedos das mãos. E bem, quanto ao posto… era um pequeno anexo do já pequeno posto policial. Do lado de fora, Ayzen via duas figuras em pé, conversando. Uma era a Oficial Jenny, figura já conhecida das autoridades espalhadas pelo mundo Pokémon, O outro era um homem de pele negra, cabelo bem cortado, denunciando um leve grisalho. Ele trajava um uniforme completo de oficial de polícia, e sua pompa por si só, mesmo de costas, já transmitia um sentimento de autoridade muito intrínseca, coisa que Ayzen já viu acontecer com alguns oficiais Ranger!        

 

Off escreveu:

Será uma honra ser narrado por ti \o/
Ansioso OwO

Que belo café da manhã! Eu era um cara que comia muito, pois gastava muita energia. Confesso que me deliciei com os pãezinhos e geleias e, dessa vez, só dessa vez, eu exagerei um pouco, comendo levemente mais do que o normal. Ambipom? Essa sim exagerou demais! Apesar da dieta da Pokémon ser só a base de ração Pokémon e frutas, a macaquinha ficou bem de olho em vários pãezinhos com geleia também, fora os biscoitos. Seus olhos pidões venceram meu senso de criador Pokémon. Ora, uma vez na vida, quê que tem?!

Andar por Azalea fora bem fácil. Isso porque após o incidente temporal na Ilex Forest, fiquei internado no pequeno hospital interiorano dali por um dia, que me lembre. Fora ali na floresta que tive minha segunda experiencia lendária e foi o principal motivo de querer que o Professor Carvalho me orientasse em outra atividade envolvendo pesquisas com esses Pokémon. Ok, ok. Mais trabalho. Trabalho para outro dia e hora. Sei que meu cronograma é apertado, então, vamos nos concentrar no que tenho, até porque, estava ansioso esses dias por conta dos RR, e por conta deles estava aqui.

O posto de bombeiros da cidade se mostrava em um ponto estratégico, ao lado da delegacia de polícia. Não imaginava nenhum incidente naquela cidade que fosse necessitar de uma equipe avançada, mas todos deveriam receber este treinamento, mesmo que seja para ajudar velhinhas a atravessar a rua ou um gatinho preso na árvore. - Bom dia.- anunciava minha aproximação com os dois oficiais que eu encontrava ali. Como estava devidamente uniformizado, colete de capitão Jounnin e trajes rangers, aquilo talvez me desse um passe livre:

- Sou o Capitão Ayzen Kitshomo, da 25º Divisão Ranger. Fui convocado nesta cidade para supervisionar o trabalho do novo posto de bombeiros daqui. - cumprimentava os meus colegas que estava ali. - Esta é Ambipom, minha parceira! – com todas as mãos que tinha, a macaquinha acenava com aquele sorriso típico de símia.

O jovem capitão Ranger se aproximava da dupla, logo se apresentando e fazendo uso de sua identidade visual. A Oficial Jenny se virava, olhava o rapaz de cima a baixo, e sorria. - Ah, está aqui! Bem vindo a cidade, capitão Kitshomo! - ela estende a mão para o rapaz - Sou a Oficial Jenny, é um prazer conhecê-lo! - ela abre um sorriso, e então tem o exemplo seguido pelo homem, que também estende a mão para Ayzen, só que com o rosto fechado, sem demonstrar emoções. - De fato, é um prazer imensurável, capitão. Sou o Capitão Raymond Holt do Destacamento de Polícia de Azalea. Estou realmente feliz por conhecê-lo. - ele dizia aquelas palavras, mas o semblante estava imutável, um contraponto ideal para a voz grossa e profunda, com aquele tom de autoridade e respeito que só os grandes oficiais possuem!



Oficial Jenny novamente tomava a dianteira na conversação - E então, já comeu? Pela mancha perto da boca de sua Ambipom, provavelmente se esbaldaram com as geleias do Centro Pokémon, haha! - ela soltava uma risada, estendendo a mão para cumprimentar Ambipom e levando a mão até próximo de sua boca, para tirar uma mancha vermelha grudenta de lá! - Um júbilo, a mais pura iguaria da região. - Capitão Holt completava - Bem Capitão Kitshomo, deve-se saber previamente que sua turma de qualificação trata-se de policiais em meu comando, voluntários do destacamento para cumprir essa nobre missão. Tenho para todos eles total estima e confiança de que irão se sair genuinamente… - antes que pudesse concluir a fala, no entanto… BOOOM! Um som de explosão pôde ser ouvido do local onde se encontravam os futuros alunos de Ayzen. Oficial Jenny fez uma careta e olhou para Capitão Holt - Bem, é… tenho um chamado na Ilex. Prazer de novo em te conhecer, capitão Kitshomo! Capitão Holt… - ela olha para o homem, dando um leve tapinha em seu ombro - Boa sorte! - e sussurra para ela, porém não foi sussurrado o bastante, já que Ayzen ouviu! Capitão Holt pareceu congelado no ar, com o dedo indicador junto do polegar, fazendo o típico sinal de alguém que pontua alguma coisa em sua fala, e a boca entreaberta, olhos perdidos, fitando o nada. De onde estava, o ranger poderia vez um tipo de fumaça branca saindo do local, junto de uma cacofonia de sons, como tosses, espirros e… risadas?              

 A dupla que me esperava fora da delegacia de polícia e ao lado do posto de bombeiro – locais bem estratégicos, diga-se de sinal – parecia entusiasmada, cada qual de seu jeito. Enquanto Jenny era espontânea e cheia de alegria, Capitão Holt era extremamente formal, algo que na posição de capitão era muito comum em meu meio. Eu sempre via os capitães como grandes heróis para mim. Eles eram, em sua maioria, bem fortes, com Pokémon poderosos, reagiam rápido e pareciam bem experiente. Fica pensando se quando eu fosse um capitão, eu seria assim tão bom... Hoje eu sou e não me vejo dessa forma... Talvez algum cadete ou recruta tenha esta visão por mim, mas acho meio difícil...

Eu não era o tipo de ranger que adorava os protocolos. Seguia-os por mera obediência, pois disciplina era algo que eu tinha de sobra. Mas ao ver o comentário descontraído de Jenny sobre a geleia em Ambipom, eu sorri mais descontraído dessa vez, elevando a minha mão direita até a nuca. A geleia estava boa mesmo. - É uma das melhores iguarias que eu já provei. E já provei muita coisa de muitos lugares já! - vivia em Tohjo, mas tive alguns anos em Hoenn. Nada se compara ao meu lar, claro. Mas experiencias gastronômicas, eu tive muitas.

Estava tudo caminhando para um começo calmo e tranquilo. Primeira semana sempre é complicada em qualquer inicio de trabalho, sobretudo, quando se relaciona com outras pessoas. A posição de supervisão era algo novo para mim. Mas como capitão, eu teria que me certificar que isso seria bem executado, afinal, era isso ou o RH me mandaria mexer com papel. E papel já basta a burocracia habitual de ranger!

Mas o que me chamou a atenção foi a explosão e fumaça saindo do quartel. A minha primeira ação era de sair correndo até lá, mas ao ver a forma de despreocupação de Jenny e Raymond, eu engoli em seco e fiquei sem saber o que fazer, ir ou agir. - O que ela quis dizer sobre “boa sorte”?!- soltei em um tom mais baixo, só por comentário mesmo. Queria ir ver com o Capitão o que estava acontecendo. Se ele não se preocupava, forcei uma caminhada me acompanhando, dando os primeiros passos. Era a iniciativa minha, né?

Um bom ranger em serviço está sempre pronto para agir, até mesmo nos menores estímulos. Qualquer movimento, qualquer ação premeditada, qualquer instante separa a vida e a morte de alguém em perigo. Disso ele sabia muito bem, o capitão apesar de jovem já viu sua cota de esquisitices e crises, acidentes e vítimas, algumas mais leves, outras graves, algumas fatais. Era parte do dia-a-dia de um agente de campo: uma hora você é chamado para tirar um Skitty da árvore, outra era chamado para conter um monstro gigante criado em laboratório ou conter uma organização criminosa multidimensional que invadia nosso universo. Bom, não dava para dizer que era uma vida entediante, certo?

É… entediante com certeza não! Capitão Holt ouviu a pergunta de Ayzen e só fechou os olhos, respirando profundamente. - Peralta… - ele disse, entre a expiração mais lenta ainda, com um leve tom de raiva na voz. Eis que, então, caminhou para perto da estação de bombeiros, onde uma dupla de rapazes, surgia. Um era mais esguio, cabelos castanhos mais curtos, uma jaqueta de couro padrão, calça jeans e uma camisa social para fora da calça. A expressão em seu rosto denota um misto de alegria com aquele ar de criança travessa, mesmo que ele já tenha lá seus 19, 20 anos. Ao seu lado, um Totodile saltava, mega empolgado! O outro parecia ser mais atencioso às normas de vestimenta: camisa social para dentro da calça, barba bem feita, cabelo bem cuidado e uma barriguinha sobressalente dando um charme. O que chamava a atenção era sua, digamos, falta de destaque na escolha de cores das roupas: tons pastéis sem graça. Ao lado deste, um Spinda tentava acompanhá-lo, mesmo com sua costumeira confusão.





Diante dos dois surgia uma jovem, talvez da mesma idade que os homens, trajando um conjunto social bem trabalho, uma camisa social de cor mais neutra e traços delicados. Bem, não para ver mais detalhes, já que tanto seu cabelo quanto sua roupa estavam cobertos por um pó branco, parecido com material de de extintor de incêndio. Junto dela havia uma Brionne, bem irritada, assim como sua dona!



- ARRRRGH! Peralta! Olha só o que você fez! Agora eu tô toda branca! - ela estica os braços para baixo e projetava o corpo para frente, gritando com o rapaz de jaqueta. - Heh, e esse é o nome da sua fita de sexo! - ele só responde com uma piada infame, acompanhado pelo olhar preocupado do outro rapaz, que talvez fosse até alguns anos mais velho que ele. - E agora? Daqui a pouco o responsável chega e eu vou estar assim! - a moça continuava a falar, junto de sua Brionne, que tinha o mesmo tom na voz. - Ah, para, você tá mesmo preocupada com isso? - Peralta então, se vira para ela, dando as costas para onde Holt e Ayzen se aproximavam. - Com certeza eles vão enviar um homem velho, barbudo, mal resolvido com a vida, solitário, que só trabalha até hoje pra ter algum significado na vida e… - enquanto falava, tanto a moça quanto o outro cara já haviam percebido a presença de Ayzen e Holt logo atrás de Peralta e tentaram alertá-lo, sem sucesso. Até o que mesmo percebeu, finalmente, mas já era tarde demais - … ai meu Arceus, eles tão bem atrás de mim, né?? - no mesmo tom que falava anteriormente, Peralta meio que tomava uma porção de consciência e entendia o recado de seus companheiros, se virando com velocidade e se afastando um pouco de Holt. - Oi capitão! Não sabia que tinha chegado! Nossa, fez alguma coisa no cabelo? Tá bonitão! - é, já dava para o jovem capitão ranger perceber que tinha um verborrágico em sua turma…    

A preocupação com o que tinha ocorrido ia cada vez se dissipando, na medida em que eu me aproximava do posto e percebia que não havia um acidente grave. Isso também foi aliado com o fato de que o Capitão Holt não estava tão preocupado assim. Ali conhecia Peralta. O nome era bem conhecido, mas era a moça e seu Brionne totalmente cobertas de branco que me deixava com um tom de curiosidade. Queria rir? Queria rir! Consegui disfarçar a minha vontade? Eu espero que sim. Eu e Ambipom tínhamos que manter a posição de superiores, embora, a contra gosto.

Já o Peralta, não fora difícil de identificar. Era possível conhecer o seu jeito descuidado com o nome recebido, enquanto eu e o chefe daquela corporação nos aproximávamos. - Eu estava pensando mesmo em deixar a barba crescer. Talvez me dê um ar mais sério e velho. - são 5 anos na Corporação Ranger. Muitos capitães tinham os seus 8 anos, no mínimo, então eu era um dos mais jovens mesmo (informação narrativa inventada).

Olhando para a desaprovação do Capitão-chefe e a forma de tentar sair daquela situação de modo impar que Peralta tentava, eu sentia aquele clima pesado, enquanto pigarrei algo em minha garganta, apenas para tomar o posicionamento para poder falar. - Capitão Ayzen Kitshomo. O supervisor mal encarado e solitário que foi enviado para dá uma ... Olhada em vocês? - infelizmente, meu olhar pairava na menina com seu Pokémon Water. Não era um bom uso do extintor. Mas a fala com bom humor só queria tentar tirar a tensão de Holt.

Era uma situação muito inusitada e dificilmente encontrada por aí. Algum outro oficial poderia ver aquilo como imaturidade, falta de compromisso, profissionalismo, o que for. Mas Ayzen tinha um olhar mais leve, talvez devido à sua experiência com superiores mais durões ou simplesmente por uma abordagem menos casual. O fato era que Cap. Holt não estava nada feliz com aquela demonstração de sua equipe, e mantinha o olhar de reprovação sob Peralta o tempo todo.

Assim que as palavras do rapaz saíram, a garota e sua Brionne levaram as mãos até a boca e se entreolharam. - MENTIRA! - a exclamação saiu em um tom misto de surpresa e protesto! - Como assim? É… você? Tão novo e já é Capitão?? Deve ter a mesma idade que eu! - era bem nítida a reprovação no tom da garota, mas não dava para saber ao certo o motivo ainda. Em contrapartida, Peralta ficava surpreso ao seu modo. - Ah, olha só, mais um pra pesar na auto-estima da Santiago! - ele levava as mãos na cintura com um ar meio pastelão, recebendo um olhar fuzilador da garota, possivelmente a tal Santiago.

- Peralta! - a voz grossa do Cap. Holt se fazia ouvir, finalmente. - Santiago, entre e troque de roupa. Peralta, limpe isso. Boyle, faça algo útil! - ele, então, saía de perto de todos, mesmo ainda não tendo expressão alguma no rosto ou na vez, ainda assim dava pra perceber o grau da bronca! Santiago respirava fundo e ia pisando forte para dentro da estação, enquanto Peralta soltava mais uma ou duas piadinhas. - Eu peço desculpas, capitão! Meu nome é Charles Boyle, prazer em conhecê-lo! - o outro homem, então, se aproxima e estende a mão para Ayzen. - Venha, vou lhe mostrar o posto!

Assim que eles entraram, Ayzen conseguiu ver algumas instalações simples e improvisadas para começar as atividades. Não havia um caminhão de bombeiros, só um tipo de furgão com uma bomba e mangueira adaptada. Ao invés dos uniformes preparados contra chamas e calor, somente roupas táticas da polícia. O que estava mais condizente com uma instalação de resgate eram os kits de primeiros socorros, empilhados em um armário no canto. Fora isso, o ranger consegue ver duas figuras bem distintas pelo cômodo.

A primeira era uma mulher, com seus talvez 20 anos, cabelos ondulados bem volumosos, a expressão fechada e um gosto muito notável pelo preto, já que estava usando uma camisa regata preta, que era coberta por uma jaqueta de couro preta, combinando com uma calça jeans preta e uma bota de cano alto… advinha? Preta! Ela estava sentada em uma mesa enquanto afiava uma grande faca de caça. Sentado ao seu lado, havia um belo Pawniard. - Essa é a Rosa! Rosa, esse é o capitão Kitshomo! - Boyle faz as honras, e as resposta de Rosa era bem sucinta - E ai? - ela só maneia a cabeça para cima, sem dar mais alardes ou espaços para interações.



Do outro lado, próximo de uma cozinha pequena, havia um grande homem, negro, careca, com o porte de um fisiculturista. Ele usava uma camisa branca listrada com uma gravata e um suspensório preso a uma calça de cor acinzentada. Ele degustava de um grande pote de iogurte ao lado de um Machoke bem vistoso. - E este aqui é o nosso Sargento Jeffords! Sargento, esse é o capitão Kitshomo, o nosso supervisor! - Jeffords então deixa o iogurte na pia, limpa as mãos em uma toalha e estende a grande mão na direção do jovem capitão ranger. - Olha só! É um grande prazer conhecê-lo, capitão! Por favor, não repare na simplicidade, estamos trabalhando com algo improvisado, mas é por pouco tempo! Ah, iogurte? - ele então estende um pote fechado para Ayzen, O Machoke dele tratava de falar a sala com Ambipom, sendo bem receptivo assim como seu mestre.

         
         

Aquele pequeno caos de boas vindas era substituído por todo mundo fazendo sua parte. Peralta parecia ser o mais desatento do grupo e, consequentemente, o que mais daria trabalho pra lidar. Já o resto tinha cada qual sua forma de agir, personalidades, dentre as quais não pareciam ser um perigo para a corporação recém instalada. Exceto pelo fato de serem bem inexperientes, claro. Talvez só Rosa fugisse do padrão de inexperiência, deixando sua forma de agir em meias palavras como respostas de uma leve tomada de conclusões.

Ok, estou sendo muito paciente. O RH me odeia e eu posso provar! Realmente aquela instalação estava longe do ideal, mas se eu tomar como modelo os grandes centros urbanos, Azalea demoraria alguns anos para ter a mesma estrutura. Mas ali tinha algo que poderia superar qualquer mega carro de bombeiro mega equipado: pessoas boas! E talvez tivessem a sorte de morarem em uma cidade mais tranquila, né?

Ao conhecer o Sg. Terry, após só sorrir de modo bobo e balançar a cabeça pra Rosa, eu cumprimentava o forte homem, enquanto Ambipom sorria para Machoke aceitando os cumprimentos gentis de seu Pokémon. - Prazer, Sargento. Já trabalhei com muito menos.- há muito tempo, hoje eu sou equipado com tecnologia de ponta. Falta só um escudo de Vibranium - A gente tem que aprender a dar tudo de nós no pouco e no muito, né? - sorria para ele com empolgação. Não queria perder a empolgação.

Agora, como já tinha dado um tour por ali e agradecia pelo iogurte que iria negar por já ter tomado um bom café da manhã, eu só queria saber onde ficaria a sala de ligações e a base de dados de intercorrências dos últimos meses. Assim, saberia o que mais tinha pra fazer na cidade. Tirar Skitty de árvores?

O RH pode até odiá-lo, mas não custava ter uma visão otimista sobre situações complexas, principalmente quando essa situação é desestimulante logo à primeira vista. Sejamos francos: era um barraco com coisas improvisadas! Provavelmente o furgão era alugado do primo do vizinho que é cunhado do parceiro de pelada de um deles! Mas, ao menos, eles pareciam ter boa vontade para aprender e começar a exercer a nobre profissão, dentre todos os seus detalhes e percalços. Era uma equipe bem diversificada e já dava até para Ayzen formular os traços mais marcantes da equipe, mas algumas coisas ainda demandam mais tempo.

Terry, com seus mais de dois metros e um porte físico de Arnold Classic, sorri com os comentários do jovem capitão. - Concordo plenamente! Pode ter certeza que dar tudo é a marca da nossa equipe! - ele dizia com um grande e cativante sorriso aberto! - Título da sua fita de sexo! - a voz de Peralta ecoa do meio do local, enquanto limpa qualquer coisa que tenha feito com um dos poucos extintores de incêndio do lugar. Sg. Jeffords olha para o rapaz e logo o sorriso se desfaz. - Não dê importância… por favor, sinta-se em casa! - ele, então, se despede e deixa Ayzen seguir para onde teria que ir.

Em uma sala mais afastada, possivelmente era onde Cap.Holt estava, e onde Ayzen encontraria o que estava atrás: o registro de ocorrências e a sala e ligações. Mas antes que pudesse entrar, os sentidos aguçados do ranger captou uma movimentação diferente do lado de fora. Pessoas correndo e entrando na delegacia e no galpão, fugindo de alguma coisa…


Dois grandes Pokémon entram no campo de visão de todos, alertando o contingente na mesma hora. - Socorro! São os Rockets! - uma vez vinda do lado da rua alerta para a ameaça! Era hora de entrar em ação, capitão!