Um destino rubro Encurralados |
Aquela conversa definitivamente não tinha sido muito boa para o lado da ruiva. Por mais que ela soubesse bem o quão absurda era a ideia de estar cooperando com aquele infeliz, não é como se tivesse algo concreto para provar isso aos demais. E, mesmo tentando convencê-los de sua inocência, a garota de cabelo branco - que depois ela viria a descobrir que se chamava Phi - levantou pontos que Eris simplesmente não tinha como contrariar. Infiltrar um desordeiro no grupo de fato seria bem mais proveitoso que um informante. E, para o azar da ruiva, ela era a única ali sem um álibi, já que todos os outros conheciam-se de um… experimento no meio do deserto? Ok, essa definitivamente não era a explicação que ela estava esperando, mas essa estava longe de ser a coisa mais absurda que ouvira naquele dia. Eris não fazia ideia do que poderia motivar alguém a confinar-se por livre e espontânea vontade, ainda mais quando o propósito do experimento era descobrir quais problemas isso causaria, e não se. Entretanto, as razões das cobaias eram a última coisa com que precisava se preocupar agora. O fato de todos terem motivos para suspeitar dela deixava a ruiva de mãos atadas, e não havia de fato nada que ela pudesse fazer sobre isso.
- Ok, é isso, eu desisto. Eu não tenho absolutamente nada pra provar minha inocência. Querem me amarrar em alguém ou coisa assim? - Ela ergueu as mãos em sinal de desistência, embora seu tom estivesse bem calmo, e abriu um sorriso amarelo para Phi. - Se não for em um dos caras, por razões bem óbvias, pra mim tá de boa. - A ideia de ter alguém vigiando-a em tempo integral e limitando sua liberdade era algo que a garota geralmente abominaria, entretanto, até ela sabia admitir quando havia perdido um jogo. E, se abrir mão da sua privacidade fosse o preço necessário para dissipar pelo menos parte das suspeitas que recaíam sobre si, então ela estava disposta a isso. Na verdade, toparia qualquer coisa que lhe ajudasse a sair daquele lugar. - E vai por mim, eu queria saber tanto quanto vocês o que raios é que estou fazendo aqui.
Ela achava que a situação já estava tensa antes, todavia, é claro que sempre dá pra piorar. O mesmo homem que primeiramente acusou-a de traidora também foi quem revelou a presença de uma outra figura que não estivera com eles no experimento - e, dessa vez, era só uma criança. Uma com um capacete bizarro e extremamente suspeito na cabeça, mas ainda assim uma criança. Eris torceu o nariz para a presença do garotinho ali, já imaginando as coisas que o coitado precisaria escutar dos outros quando acordasse. Naquela situação, todos estarem desconfiados e com os nervos à flor da pele era normal e esperado, e, por mais que a maioria estivesse inicialmente ao menos tentando ser receptiva, não era difícil adivinhar que qualquer coisa que desse errado iria cair sobre as costas dela e do menino. Na verdade, ela nem precisou esperar tanto. Ouvindo a frequência respiratória do homem aumentar conforme a paranoia entranhava-se em sua mente, Eris entrou em alerta, temendo que as palavras cada vez mais acusatórias despontassem em alguma atitude contra a criança, que diferente dela não contava com a proteção de barra nenhuma caso aquele cara perdesse de vez o controle. Felizmente, não chegou a esse ponto. Quando ele parecia a dois passos de surtar, uma voz que a menina até então não tinha ouvido pronunciou-se, acalmando o loiro como se não fosse nada. O organismo do homem respondeu como um passe de mágica, a respiração estabilizou-se e seu tom no mesmo instante amansou. Isso fez Eris erguer uma sobrancelha, surpresa, mas também aliviada.
- Eu nunca vi esse guri na minha vida, e tá, o capacete é esquisito mesmo… Mas não é melhor esperarmos pelo menos o coitado acordar antes de sair pulando em conclusões? - Cruzou os braços. Sabia que ser uma criança não livrava o menino de suspeitas - ela mesma quando criança era o capeta em pessoa -, no entanto, isso não era motivo pra ameaçar alguém que tava tão obviamente indefeso.- E aliás… quem é você? Acho que é a única aqui que eu não vi ainda. Mas valeu por acalmar esse cara. - Tentou abrir um sorriso amigável, por mais que nem estivesse vendo a dona da voz. Sabia que, naquela situação, suas chances de escapar estavam dependendo daquelas pessoas, então estabelecer uma política de boa vizinhança até ter como provar sua inocência parecia a opção mais segura.
- Ok, é isso, eu desisto. Eu não tenho absolutamente nada pra provar minha inocência. Querem me amarrar em alguém ou coisa assim? - Ela ergueu as mãos em sinal de desistência, embora seu tom estivesse bem calmo, e abriu um sorriso amarelo para Phi. - Se não for em um dos caras, por razões bem óbvias, pra mim tá de boa. - A ideia de ter alguém vigiando-a em tempo integral e limitando sua liberdade era algo que a garota geralmente abominaria, entretanto, até ela sabia admitir quando havia perdido um jogo. E, se abrir mão da sua privacidade fosse o preço necessário para dissipar pelo menos parte das suspeitas que recaíam sobre si, então ela estava disposta a isso. Na verdade, toparia qualquer coisa que lhe ajudasse a sair daquele lugar. - E vai por mim, eu queria saber tanto quanto vocês o que raios é que estou fazendo aqui.
Ela achava que a situação já estava tensa antes, todavia, é claro que sempre dá pra piorar. O mesmo homem que primeiramente acusou-a de traidora também foi quem revelou a presença de uma outra figura que não estivera com eles no experimento - e, dessa vez, era só uma criança. Uma com um capacete bizarro e extremamente suspeito na cabeça, mas ainda assim uma criança. Eris torceu o nariz para a presença do garotinho ali, já imaginando as coisas que o coitado precisaria escutar dos outros quando acordasse. Naquela situação, todos estarem desconfiados e com os nervos à flor da pele era normal e esperado, e, por mais que a maioria estivesse inicialmente ao menos tentando ser receptiva, não era difícil adivinhar que qualquer coisa que desse errado iria cair sobre as costas dela e do menino. Na verdade, ela nem precisou esperar tanto. Ouvindo a frequência respiratória do homem aumentar conforme a paranoia entranhava-se em sua mente, Eris entrou em alerta, temendo que as palavras cada vez mais acusatórias despontassem em alguma atitude contra a criança, que diferente dela não contava com a proteção de barra nenhuma caso aquele cara perdesse de vez o controle. Felizmente, não chegou a esse ponto. Quando ele parecia a dois passos de surtar, uma voz que a menina até então não tinha ouvido pronunciou-se, acalmando o loiro como se não fosse nada. O organismo do homem respondeu como um passe de mágica, a respiração estabilizou-se e seu tom no mesmo instante amansou. Isso fez Eris erguer uma sobrancelha, surpresa, mas também aliviada.
- Eu nunca vi esse guri na minha vida, e tá, o capacete é esquisito mesmo… Mas não é melhor esperarmos pelo menos o coitado acordar antes de sair pulando em conclusões? - Cruzou os braços. Sabia que ser uma criança não livrava o menino de suspeitas - ela mesma quando criança era o capeta em pessoa -, no entanto, isso não era motivo pra ameaçar alguém que tava tão obviamente indefeso.- E aliás… quem é você? Acho que é a única aqui que eu não vi ainda. Mas valeu por acalmar esse cara. - Tentou abrir um sorriso amigável, por mais que nem estivesse vendo a dona da voz. Sabia que, naquela situação, suas chances de escapar estavam dependendo daquelas pessoas, então estabelecer uma política de boa vizinhança até ter como provar sua inocência parecia a opção mais segura.
B! at FG