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Um destino rubro

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Um destino rubro
Seek a way out!

Mesmo na ausência de gases tóxicos e de um frio forte o bastante para apagá-la, Eris ainda sentia sua respiração ofegante. Dessa vez, no entanto, sabia que a causa não era nada externo, e sim seu próprio senso de incompetência. Ora, tanto June quanto Junpei disseram ter passado por perigos semelhantes, e ali estavam eles: de pé, intactos, como se tivessem acabado de sair de um passeio no parque. A ruiva, por outro lado, teve que ser arrastada inconsciente para fora da Control Room, e de certo nem estaria viva se Monferno não tivesse a boa vontade de salvá-la. Ter desmaiado e causado aquele vexame todo, até alarmando os outros dois humanos sobre a sua segurança, era no mínimo humilhante. Ela se esforçou a vida inteira para ser vista como alguém forte e capaz, digna da confiança que seus pais depositaram nela, e aquele papel de donzela em perigo tinha jogado no ralo a pouca dignidade que Eris ainda tinha frente àqueles dois. Até encará-los era difícil, mas ainda assim forçou-se a sustentar o olhar de cada um e tentar botar toda aquela frustração consigo mesma dentro de uma caixinha bem fechada. Já tinha causado drama demais para um dia só.

- Valeu pelo dinheiro. - Aceitou de bom grado as cédulas, afinal de contas, qual o doido que desperdiça dinheiro? Juntar grana era a razão de ela ter ido para Hoenn, em primeiro lugar. Se soubesse que iria acabar assim, nunca teria botado o pé fora de Sinnoh. Armadilhas, incêndios, portas mortíferas, monstros de energia, votações mortais… Toda vez que Eris pensava que não tinha como a coisa ficar pior, algo surgia para mostrar que podia piorar sim, e muito. A ruiva ainda considerava-se sortuda por não ter tido que lidar com o Super Choque, era melhor nem imaginar o estrago que uma criatura dessas faria em Monferno e nela mesma. A Clefable de Akane devia ser bem treinada, para derrotar algo assim, e isso também levantou sua curiosidade sobre qual Pokémon Junpei trazia consigo. No entanto, antes que pudesse vocalizar sua dúvida, o rapaz deixou claro que não confiava nela o bastante para mostrar, e Eris só deu de ombros, não conseguia tirar a razão dele. - E não é necessário mesmo não. A menos que você tenha aí um Abra ou outro bicho que possa usar Teleport, não importa muito qual Pokémon é. - É como dizem: se não pode saber o que quer, finja que não quer saber.

O problema real veio com a segunda parte da fala do rapaz. Sim, de fato era estranho, muito estranho que cada um tenha encontrado seu respectivo Pokémon… Lembrando-se do quão protegido a Pokeball com o Chimchar estava, era difícil acreditar que alguém a colocara lá às pressas depois de Eris ter escolhido ir para a Control Room. Não que fosse impossível, claro, mas era difícil, principalmente multiplicando isso por três. E o fato de ela ter escolhido as salas realmente não ajudava a limpar a barra dela, era como se tudo naquele lugar quisesse incriminá-la… Honestamente, quem podia culpar Junpei por não confiar nela? No lugar dele, ainda mais tendo alguém próximo para proteger como o rapaz tinha Akane, Eris também ficaria de olho em qualquer figura suspeita. E naquele momento, literalmente tudo sobre a ruiva gritava “suspeito”. - Olha, eu de verdade não tenho ideia de como isso aconteceu… Mas disponha. Agora que temos nossos Pokémons de volta, temos que ter uma chance de sair daqui, né? Uma que não envolva matar seis pessoas, de preferência. - O comentário fez a menina lembrar-se da votação que aconteceria em breve. Ela não tinha certeza de quanto tempo tinha ficado apagada, mas esperava de coração que não tivesse gastado muito do intervalo já super limitado deles. - E falando nisso… alguém tem alguma ideia do que vamos fazer na votação? Se tivesse pelo menos um jeito de falarmos com os outros times… não acharam nenhuma saída de ar ou coisa do tipo dando sopa por aí?


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Enquanto Junpei aumentava as tensões da sala, Eris tentava achar um jeito de abaixá-las, infelizmente não havia muito que pensava em dizer, por mais que fosse uma vítima de tudo disso, o ponto acusatório do homem era correto, era tudo muito estranho, quanto o Zero orquestrou tudo isso? E para qual motivo? Não havia respostas aparentes, e o jovem apenas fechava seus punhos em raiva. Mas a conversa é rapidamente mudada pelo comentário da ruiva, com Akane querendo desarmar essa bomba.

- A-ah, sim, bem... Você se lembra do mapa que estava no computador? Bem eu dei uma olhada nele...

A mulher então mostra a planta de "Ward C", apontando para dois pontos na extremidade:

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- Está vendo aqui, esses "vents"? Não sei se lembram, mas na imagem que Zero mostrou, havia dutos que conectam as três alas... Então quem sabe podemos chegar ao outro lado se atravessarmos por eles!

Como a imagem aponta, havia um duto no próprio "Lounge", então já seguem direto para lá, vendo uma abertura, não lacrada, de um buraco na sala onde estão. Infelizmente, a entrada é muito pequena, nenhum dos três humanos consegue caber, muito menos a Clefable... Porém talvez o Monferno? O Pokémon de Junpei também poderia ser uma opção, se soubesse pelo menos o que é, mas certamente ele não parece estar dando a iniciativa de oferecer o seu companheiro.

- Não consigo entrar nesse duto... - Akane diz, olhando de perto para a abertura que não dá sequer para ver o outro lado, apenas escuridão.

- Parece que alguém comeu bolo demais... - Replica Junpei, fazendo graça.

- Já sei! Que tal cortar o braço de Junpei? Aí ele com certeza caberia! - A mulher diz com um sorriso brincalhão em resposta ao comentário.

- Ugh, mas e aí? O que pretende que façamos então? Não devíamos apenas votar logo? - Cruzando seus braços, o homem suspira. Parece que estão tendo um tempo difícil para tentar uma alternativa ao que parece ser o inevitável. Uma hora vão ter que votar, ou melhor dizendo... em alguns minutos.

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Um destino rubro
Seek a way out

No meio de todos os acontecimentos, os vents tinham escapado completamente da cabeça da garota. Sentia-se tola agora por não ter pensado neles antes, mas pelo menos a ideia não teria como ir em frente se o trio não tivesse encontrado seus Pokémons primeiro, de qualquer modo. Sabendo que os ânimos na sala já não estavam dos melhores e que a tendência era que a tensão só aumentasse, Eris precisava achar um meio-termo com que todos os três concordassem. Não que quisesse se meter naquela briga de casal, contudo, precisava pelo menos parecer competente pra ver se assim conseguia acalentar as suspeitas de Junpei sobre si. - Como a gente não tem tempo pra regime e nem uma faca pra arrancar o braço, se alguém me arranjar um papel e uma caneta eu mando o Monferno ir. - Botar um Pokémon que ela tinha literalmente sequestrado para percorrer os dutos de ar e depois voltar pra ela, sendo que essa seria uma chance perfeita para ele escapar? Claro, parece um bom plano. - Ei carinha, precisamos da sua ajuda aqui. - Lançou a Pokeball para cima, libertando o ígneo. Ele se espreguiçou, estranhamente despreocupado para quem tinha sobrevivido por um fio (ou, no caso, dois). - Precisamos que você entre nesse duto e procure os outros dois times. São outros grupos de três pessoas, não dá pra confundir. Entregue um bilhete pra eles, ok? Se fizer isso, aí todos nós vamos ter uma chance de sair daqui vivos.

Claro que ela estava sendo bastante otimista, mas tinha que fazer aquilo parecer vantajoso para que Monferno seguisse os comandos à risca. Sabia que o símio tinha uma natureza ingênua e iria se aproveitar disso até o último minuto. Quando achasse papel e caneta, ou no caso se achasse, escreveria uma mensagem para os outros dois times. “O time C votará no B. O time B deve votar no A, e o time A no C. Não matem uns aos outros à toa.”. Ao terminar de escrever, mostraria os papéis para Junpei e Akane. - O que vocês acham? Se cada time tiver um voto, não vão poder matar ninguém, porque não terá perdedores. E assim ganhamos mais tempo pra explorar esse lugar e achar outra saída.

Sabia que a ideia poderia encontrar represálias, principalmente de Junpei. E talvez fizesse ela parecer mais suspeita ainda. No entanto, valia a pena o risco, até porque Eris suspeitava que a sua presença ali faria o time C ter a maioria dos votos. E se investigando uma só sala conseguira seu Pokémon de volta, quem sabe se explorando o resto teria realmente chances de sair dali? Ela queria pagar para ver.



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Ericka estava entre uma pedra e um lugar duro, pisando em ovos para que a desconfiança de Junpei não contagia para Akane também, além de todo o pessoal que estão nas outras partes do complexos, participando provavelmente em suas próprias desavenças... Mas a fala da Akane revela uma ideia muito boa de executar, onde a ruiva rapidamente pega um papel e caneta que estavam no balcão e começa a escrever, apresentando a sua ideia de espalhar os votos de acordo, assim ninguém teria de votar em ninguém!

Claro, primeiro mostrou para a dupla, olhando com um olhar meio torto...

- Eh... time A? Time B? Eu entendi a função da mensagem, mas eu duvido que eles saberão quem é quem desse "A e B"...

Akane dá sua crítica, enquanto Junpei simplesmente põe sua mão na sua face em um belo "facepalm"... Dito isso, a mulher também pega um papel e pega emprestado a caneta.

- Licença... - passa então a escrever por um momento, até então elaborar uma mensagem que certamente seria mais comunicável:

"Olá, aqui é a Akane.
A equipe C votará na equipe D
Então a equipe D deve votar na equipe Q
E a equipe Q deve votar na equipe C"

- O que acham assim? Sigma e Eric reconhecem minha letra, então não terá dúvidas que sou eu que escrevi... e eu achei a ideia muito engenhosa, Ericka!

A mulher diz, com uma animação em sua voz.

- Olha, até que é uma ideia muito boa, na verdade. - Junpei concorda, ponto dedos no queixo com um sorriso um pouco que "malicioso", se é que posso chamar assim.

Com a carta pronta, caberia apenas para mandarem o macaquinho em uma aventura... Mas será que vai ficar bem? Ser mandado para a escuridão e além? É aí que eles escutam um latido, vindo de uma das salas próximas ao "Lounge"... Um Pokémon? O que Zero estaria aprontando agora? Talvez manter o Monferno por só um tempinho a mais seria prudente...

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Um destino rubro
Seek a way out

-Eu errei os times!? Cara, devo ter batido a cabeça mais forte do que pensei. - Eris bateu a mão na testa, sentia-se tão estúpida que não pôde evitar rir. Na pressa de tentar pensar em algo, embananou-se toda com os nomes das equipes. Admito que a culpa foi bem mais minha do que dela, mas em minha defesa: a última vez que esses times foram mencionados foi umas cinco páginas atrás, me dê um desconto! É difícil tentar narrar um personagem inteligente quando você própria é uma anta. Pelo menos, os outros dois não pareceram se importar muito com o erro e ainda assim gostaram da ideia. Eris não conseguia fazer muito além de dar um sorriso sem graça enquanto Akane consertava o plano, embora por dentro quisesse se dar um soco por ter perdido sua melhor chance de mostrar utilidade sem parecer uma panaca. - Honestamente, eu só lembrava que o nosso é o C. - Que tipo de doido nomeia um grupo como C e os outros dois não são A e B? Isso é quase um desrespeito com a humanidade. Um quase tão grande quanto mantê-los ali.

Falando nisso… A ruiva não tinha parado para pensar nisso antes, já que seu próprio grupo era uma exceção a essa regra, mas de forma geral o nome do grupo era a inicial do seu líder. D de Diana, Q de… Q. Mas o C de quê, Cericka? Ou talvez… Carlos. Era dolorosamente irônico que o único participante ausente ali era também quem deveria ser o líder da equipe. Porém, onde estava o loiro, e por que diabos Eris foi colocada no lugar dele sem mais nem menos? Pensar naquilo não lhe traria nada além de mais dor de cabeça, então a ruiva resolveu deixar esse assunto quieto por enquanto. E não é como se tivesse muita escolha: antes que pudesse sequer concluir o pensamento, uma espécie de latido se fez ouvir, e parecia vir do Lounge… De onde raios um cachorro tinha saído? Seria mais algum truque do Zero, ou tinha algum outro significado? Isso com certeza era algo que deviam priorizar no momento, então Eris apressou-se em seguir Akane e Junpei para o Lounge, com Monferno em seu encalço.



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Os latidos obrigaram o plano de Ericka a ser deixado para depois, visto que descobrir a origem daquele som era a prioridade. Seria outra armadilha, como as salas que os prenderam e tentaram matá-los? Felizmente, dessa vez não. Assim que chegaram ao Lounge, depararam-se com um Herdier idoso e meio baixinho para a espécie, que estivera latindo para a porta por não conseguir abri-la. Assim que viu Junpei e Akane, o cão abanou o rabo alegremente e se aproximou pra cumprimentá-los, já parecia conhecer os dois. Ele não deu muita atenção a Ericka, apenas um rápido balançar de rabo para mostrar que não tinha nada contra a presença da menina, então pelo menos ela não teria que se preocupar em ser estranhada pelo canídeo.

- Gab! De onde você veio!? - Akane parecia em choque por vê-lo ali, contudo, sorriu quando o cachorro veio dar “oi” para ela. Talvez pela primeira vez desde que chegaram naquele lugar, estavam surpresos, mas não de uma forma ruim. Então, vendo que Ericka provavelmente estaria perdida, tratou de explicar a ela o que estava havendo:

- Gab ficou conosco durante a experiência. Ele não é de nenhum de nós, acho que é o Herdier de estimação de algum dos cientistas… mas não entendo como ele veio parar aqui embaixo também.

- Bom, parece que ele entrou aqui usando uma saída de ar. - Apontou para o vent na parede da sala, o qual estava com a “tampa” aberta, indicando que o Herdier tinha de fato passado por ali. Afinal, era a única entrada

- Isso significa que ele veio de uma das outras áreas? É escuro demais para ver, mas a área Q devia estar nessa direção. - Ele ligou o mapa para conferir enquanto falava, garantindo que a afirmação estava correta - Mas por que ele está aqui?

- Será que se sentiram mal em deixá-lo lá em cima sozinho?

- Você realmente acha que Zero faria algo por pena? - Junpei cruzou os braços, balançando a cabeça negativamente. Por fim, o homem voltou sua atenção para algo na coleira que Herdier estava usando. Um comportimento cilindrico que pode ser aberto para armazenar remédios e suprimentos, característicos de cães de regaste, abrindo-a, estava vazia.

- Vamos pedir para Gab levar a mensagem, é mais fácil os outros confiarem nele do que em um Pokémon que nunca viram antes.

- Você tem razão… o Monferno poderia alarmar os outros e levantar suspeitas. - Mesmo sem intenção, os olhos da mulher desviaram-se para Ericka por um momento. Ao dar-se conta, encabulou-se e voltou a encarar Junpei. Entregou o papel com a mensagem para o homem, o qual agachou-se em frente ao Herdier e colocou a folha dentro do recipiente. - Gab, pode entregar isso aos outros, por favor? É mesmo muito importante.

Gab não se opôs. Os três observaram o canídeo sumir novamente na tubulação, na esperança de que a mensagem alcançaria as demais equipes a tempo. Mas e se não alcançasse?

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No fim das contas, os latidos pertenciam a um Herdier meio idoso e doentinho, que pelo visto já estava bem familiarizado com Junpei e Akane. Ele cheirava os garotos, abanava o rabo, pedia carinho… e não fazia esforço nenhum pra tentar matá-los. Isso sim era novidade. Àquela altura, Eris teria ficado menos surpresa encontrando um lobisomem faminto ali do que um Pokémon tão dócil e amigável quanto aquele canídeo demonstrava ser. A ruiva até atreveu-se a acariciar a cabeça dele, agradecendo mentalmente pelo normal-type não tê-la estranhado. Engraçado como um cachorro a tinha recebido muito melhor do que alguns humanos ali… e sim, eu falo de você, Eric.

- Vocês têm um bom ponto… É até melhor assim, conhecendo meu Monferno ele ia acabar se metendo em confusão. - Isso, fale como se o ígneo fosse seu companheiro há tempos, e não como se o tivesse literalmente sequestrado há alguns dias. Mas indiscutivelmente, o talento do macaquinho pra se meter em confusão não podia ser negado… afinal de contas, se não o tivesse, provavelmente nunca teria ido parar nas mãos dela. De qualquer modo, a ruiva retornou seu inicial agora que ele não tinha mais serventia ali, e fez um cafuné de agradecimento em Gab antes de vê-lo partir em meio à saída de ar. Parecia um Pokémon confiável, mas será que sua idade poderia atrasá-lo e arruinar os planos do trio? Arceus queira que não. De qualquer modo, não é como se tivessem muito a fazer ali além de torcer pelo melhor… - Quanto tempo a gente ainda tem? Acho que o único jeito agora é esperar, né?

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Com a presença do Herdier em jogo, o processo de comunicação acaba sendo bem mais fácil: ele possui um tamanho mais ideal para ir pelos tubos, assim como será reconhecido pelos outros membros em junção com a letra de Akane, seria um modo eficiente de ganhar a confiança deles, e isso seria crucial para que sobrevivessem... assim como vencer esse jogo...

Com o cachorrinho simpático fazendo sua missão, agora restava focar no que importa: o voto. Akane rapidamente checa seu bracelete para confirmar as horas.

- Nós temos 10 minutos...

De fato, um tempo significativo já havia passado desde a separação e a reunião, mas também haviam um tempo considerável para debatarem e votarem, não que precisava de muito o que discutir... bastava votar na equipe D... não é? Bem, Junpei tinha uma ideia.

- Eu realmente gostei da ideia, sabe? Agora, Eris, vota no grupo Q!

Rapidamente, Akane interjeita a fala

- Espera! A gente tem que votar na equipe D, como na carta!

Esperando uma respostas desse tipo da mulher, o homem sorri e continua:

- É exatamente por isso que devemos votar em Q, pois se pensarem que seguimos a carta a risca, a equipe D vai votar em Q também, e aí eles terão dois votos...

- Como você pode dizer isso! Matá-los assim... - Akane entristesse, não acreditando o que está ouvindo...

- E o que você espera fazer? Prolongar esse jogo ainda mais? Sabemos que a capacidade de Zero é muito maior do que nós que estamos presos nesse lugar. Se não eliminarmos um time agora, isso só aumentará nossas chances de sermos o alvo depois, e de modos mais brutais ainda!

Outra briga é criada entre esse casal, Junpei fazia seus pontos, enquanto Akane era completamente contra eles... cabia a Eris ser uma intermediária desse caos...

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Ficar presa em meio a uma briga de casal não era exatamente a forma como Eris pretendia passar os últimos minutos anteriores à votação, mas não havia muito que ela pudesse fazer sobre isso. A ruiva nem piscou quando Junpei descaradamente mandou-a trair os dizeres da carta - já esperava essa atitude dele, e ela própria não era tão contrária assim à ideia: se fosse sua única chance de sair dali, condenar três estranhos à forca podia até ser um preço alto, mas era totalmente aceitável. Ela até simpatizava com o homem por ele também estar disposto a fazer o que fosse preciso para sobreviver, isso tornava-o um aliado em potencial, especialmente quando Ericka era a única ali que concordava com os ideais tão egoístas quanto sensatos do treinador. Entretanto, ainda era cedo demais para uma atitude tão drástica. Dificilmente os outros iriam traí-los em uma primeira rodada, uma hora em cárcere não costuma ser tempo suficiente para alguém estar disposto a sujar tanto as mãos de sangue para sair. Conseguir mais um tempo para explorar melhor aquele lugar era vantajoso para todos, em especial se as outras equipes também tiverem reencontrado seus monstros de bolso.

- Olha Junpei, eu totalmente entendo o que você está dizendo, mas tá muito cedo pra uma escolha tão drástica. Nós só olhamos uma sala cada e já conseguimos nossos Pokémons, quem sabe o que mais vamos encontrar se explorarmos mais? Pode ter outro jeito de sair daqui. - A garota falava sem muito peso nas palavras, como se estivesse conversando tranquilos numa sorveteria ao invés de decidindo se iam cometer assassinato ou não. Com a mão direita enrolava seus fios rubros entre os dedos, e por um momento seu semblante pareceu mais sério e pensativo, antes de voltar a encarar os dois. - Aliás, no último jogo que estiveram, também era algo tão direto assim? Pelo que eu entendi, a gente pode terminar tudo nessa primeira votação. Não faz sentido terem tido tanto trabalho de nos prender aqui, botar armadilhas como aquelas nas salas, devolver nossos Pokémons e fazer tanto drama sobre as vidas de 6 bilhões de pessoas estarem nas nossas mãos se fosse pra tudo acabar tão rápido, né? Seria um baita trabalho desperdiçado. Honestamente, penso que vale a pena a gente investigar isso tudo direito antes de resolver matar alguém… o que vocês acham?

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Observando a briga dos dois, Eris estava em um empasse do que fazer. Até concordava com Junpei e sua cruel sensatez, porém não exponha esse seu lado que luta com garras e dentes para sair como o homem fez, de certo modo estava feliz estar no time dele e não em outro. Já Akane mantinha uma postura mais humana e positiva, na qual Eris também concordava ser sensato fazer... jogar as esperanças de haver uma alternativa agora seria precipotado, talvez... Akane é a primeira a voicerar sua opinião:

- Sim, Ericka está certa, esse lugar foi feito para ser explorado, ainda vamos ter mais oportunidades...

Já o rabugento cruza os braços e põe mais um de seus questionamentos:

- Não acham que estão sendo ingênuas demais? Esse lugar é feito com armadilhas mortais que testam nossos limites. Você quase congelou, Ericka, e você não estava em uma situação muito melhor não, Akane. Eu nem vou contar o que *eu* tive que passar.

O treinador agora pisa no chão impaciente. A pergunta que segue, no entanto, deixam ambos reflexivos.

- Quando participamos daquele jogo, também fomos colocados em várias situações de vida ou morte, assim como realizar experimentos com nós mesmos... e três pessoas morreram pela mão de um assassino... nesse universo...

A última parte pareceu mais um cochicho que Akane rapidamente acertou seu ombro no braço dele em resposta, em seguida falando também.

- Mas o assassino está preso, não fazemos ideia de quem podemos ser esse Zero nem seus motivos, apesar de querer replicar coisas dos eventos passados, nós precisamos invertigar mais e não fazer besteira!

Infelizmente a conversa apenas se volta para poupar as vidas por enquanto ou finalizar um time, com mais um comentário trazendo mais conversa.

- Você não prestou atenção ao que Zero falou? O jogo só acaba quando 6 pessoas morrerem, e essa votação apenas vai executar 3 pessoas, o que deixaria um time contra o outro, no caso C contra D.

Junpei esclarece a situação, com Akane rapidamente questionando também:

- Jumpy não fale como se já estivesse decidido que vamos votar em Q!

- Eu sei, eu sei, mas a questão é que é um risco grande demais. Fazer essa votação não vai acabar o jogo, mas tentar igualar os votos não vai facilitar nada! Se formos estender para outra armadilha de Zero, seria novamente os três times contra o outro, e deus sabe que podemos não ter a chance de ouro como essa. Mas eliminar três agora vai nos poupar muitos riscos e arrependimentos!

Os três debatiam fortemente, infelizmente não haveria mais tempo para isso, faltando apenas 1 minuto para a votação ser feita, teria de ser feito AGORA! Time D ou Time Q... em qual Eris jogaria seu voto?

Faça sua escolha:
1. Time D
2. Time Q

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