Pokémon Mythology RPG
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3 - A Maga

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Oi narrador(a/e)! Esta aqui é mais uma rota de treino, quero deixar meu Corphish e Weavile (e talvez o Alolan Grimer que tomara que eu receba) entre o nível 25-30, espero que não seja muito trabalho!

Para dar um contexto, a minha personagem fez uma luta contra o Grão-Mestre e ele indicou LaRousse para ela ser Rocket, pode-se considerar um convite, né? Deixo isso nas suas mãos para desenvolver.



Dia 9 de sua estadia em Hoenn, 21:20.

"Uma facção" pensava Kyouko, as palavras do mestre ninja realmente chamaram sua atenção, ele sabia o quanto a menina cobiçava poder. Será se que haveria uma rápida, mas provavelmente nada fácil, forma de obter a força que quer? Era uma situação delicada para ela, por um lado podia ser uma armadilha para capturar a garota, mesmo não fazendo muito sentido porque se ele quisesse, poderia ter feito ele mesmo na semana de treino que tiveram... por outro, poderia ser exatamente o que ela precisa.

Infelizmente, como tudo na vida tem suas complicações, várias questões surgem: como acharia essa facção? Iriam confiar que ela tem interesse de participar? E talvez o mais preocupante é... encontraria outros membros de seu clã na organização? Os fatos são que ela não tem ideia de onde poderia ser recrutada, nem com quem, assim como a confiabilidade do próprio grão-mestre sobre esse sequer ser a cidade certa.

Facção não é um termo fora do vocabulário da treinadora, ora ela própria viveu em uma, crescendo e treinando para ser uma marionete de seu clã que também faz serviços ilícitos e tercerizados para uma elite que pode comprar o trabalho sujo. Tirando sua família, a primeira coisa que vem na sua cabeça é a equipe Rocket, na qual só sabe pois alguns, não a maioria porém uma parte, se afilia com esse grupo por conveniência, benefício mútuo dentre outros fatores. De fato, ela não sabia se eles sequer residem nessa região, não duvida que possa haver algumas dezenas, mas haveria de fato uma base organizada para os planos deles? E se sim... seria essa a cidade?

"Se eu estiver mesmo lidando com Rockets, é um risco que pode ser fatal" pensa Kyouko, observando a movimento embaixo do terraço de um prédio que ela pousou algumas horas atrás, fez questão de que não estivesse sendo vigiada enquanto se alocava no piso, mas claro, não há como ter certeza que não tem alguma câmera, pokémon ou humano espiando em sua pessoa.

"Se souberem que uma garota de 14 anos se juntou aos Rockets, palavra pode passar para alguém da minha família, então seria questão de tempo até me localizarem. Não precisariam erguer um dedo contra mim, se minha família passar rumores que sou da polícia, qualquer um pode vir me matar. Afiliar com os Rockets é um risco que não vale a pena." Conclui, agora olhando para o céu escuro, sem estrelas, é claro, vida de metrópole significa se conformar com a vasta escuridão cósmica, qualquer astro sendo obfuscado pela luz urbana.

Mas, se não vale a pena se unir aos Rockets... por que Kyouko veio e passou essas horas na cidade? Apenas agora se deu conta que não valia a pena?

"Há um jeito, eu não vou sobreviver nesse mundo sem tomar riscos." E assim ela se ergueu e pula de telhado em telhado, na medida do possível e graças às ajudas que o Grão-mestre lhe deu, afinal as aulas não foram apenas para o corpish Kaname. Seu objetivo? Procurar algum criminoso, algum indício de Rocket ou algo que se assemelhe a uma base, ela mesma vai se convidar de uma forma ou de outra, é esse o tipo de gente que Kiyouko é.

Por fim, liberou sua Weavile para acompanhar seus movimentos, ela é mais qur capaz de seguir o ritmo e seria mais um par de olhos e orelhas para observar qualquer coisa de interesse.

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Off escreveu:
Salve, salve! Dessa vez não vou te deixar na mão, prometo!
Vamos ver o que aguarda essa possível criminosa xD



Noite de Lua Cheia, LaRousse City
21h35

A brisa gélida da noite corria por entre os prédios da grande metrópole. Do alto dos telhados, Kyouko observava como um predador em busca de sua presa qualquer tipo de objeto, sinal ou sequer traço que a levassem a seu objetivo: entrar em contato com a temerosa Equipe Rocket. Não é como se a organização tivesse seus ranks fechados para recrutamento, mas digamos que não há um tipo de edital público para ocupação de vagas da instituição. Principalmente depois de uma incursão a níveis catastróficos de agentes de outras dimensões, a versão “rainbow” dos Rockets, parece que as atividades do grupo ficaram ainda mais escusas, ainda mais obscuras e perigosas. Esqueçam essa história de roubar Pokémon de treinadores em plena luz do dia, discursos maquiavélicos ou planos cinematográficos. Isso é só os vinte por cento que vem a público, a ponta do iceberg. Os assuntos dos Rockets são tão enraizados como uma grande erva daninha num canteiro de rosas.

Saltando ao lado de sua Weavile, a garota tentava ficar atenta ao máximo possível de informações. Ela buscaria o submundo, o lugar perfeito para encontrar contatos com a organização alvo. Para sua sorte, LaRousse a noite é tão vívida quanto ao dia. Se à luz do sol a cidade é uma colmeia em total atividade, à noite é um vespeiro, implorando pelo mais leve toque para entrar em guerra. Consigo mesmo, se preciso fosse. Possibilidades eram muitas, mas qual delas seria realmente certeira ou realmente objetiva? Qual delas a levaria para algum rastro quente?

Como dizem os antigos: quem procura, acha. E Kyouko acabou achando algumas possibilidades. A primeira delas era um trombadinha, um trambiqueiro de rua típico das ruelas. Agitando sua faca, ele passava as lâminas por entre grades e reboco, criando uma cacofonia talvez sem sentido para quem observasse sem acuidade. Mas para os olhos de alguém como Kyouko, não. Tal cacofonia era para gerar o mais puro e profundo pavor no sangue de uma jovem, alguns passos à frente do meliante. Ele segurava contra o corpo uma grande bolsa, e seus olhos imploravam para que o sujeito não fizesse nada com ela. Gritar? Ela até poderia, mas quem iria ajudá-la?

A segunda possibilidade tomava a forma de um grupo de jovens trajando roupas bem extravagantes e cortes de cabelo bem radicais. Trocando em miúdos, eles usavam basicamente vestimentas baseadas em couro, espinhos e correntes de metal, calças rasgadas na altura da perna e a cabeça completamente raspada. Até mesmo a única mulher junto do quarteto usava o corte, junto de uma pesada maquiagem. Os quatro portavam canos de metal, lâmpadas fluorescentes e tacos de beisebol, e caminhavam desconcertantemente confiantes atrás de um casal de homens andando de mãos dadas.

A terceira possibilidade era um local um tanto suspeito. Não havia um letreiro chamativo ou algo que atraísse a atenção das pessoas, como a maioria das casas noturnas da região. Apenas um segurança na porta, um homem caucasiano de quase dois metros de altura, porte bem avantajado e um par de óculos escuros cobrindo parte de uma grande cicatriz percorrendo o lado esquerdo da face. Próximo desse homem, havia um casal notavelmente alcoolizados. A mulher usava um casaco de peles que Kyouko poderia supor que fosse de Beartic ou Ninetales alolana. Ambos os tipos possuem um altíssimo valor de mercado. Comparado com o casaco somente a bolsa e as jóias que a mesma portava. Dava para supor que, sem dificuldade alguma, aquela mulher continha em seu corpo um valor na casa dos sete dígitos. O homem não ficava para trás, o terno de grife e os cordões dourados expostos na camisa com quatro botões aberta, que aliás formava uma combinação bem inusitada junto dos pelos peitorais, apontavam que ele também não media esforços para se vestir com muito dinheiro. A julgar pelo jeito que estavam, poderiam estar esperando algum tipo de carona, taxi ou carro de aplicativo.                      




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Off escreveu:
Ooi! Haha não se preocupe, estou feliz que vou poder vivenciar sua narração novamente!! Inclusive gostei das 3 escolhas que apresentou.


O processo iria requerir uma certa sorte, tentar achar uma facção criminosa "às cegas" seriam complicado, porém confiar no mestre ninja e a própria infama da cidade poderia ser a chave para encontrar o grupo certo. Achar uma gangue em qualquer outra cidade seria como achar uma agulha num palheiro, mas em LaRousse, pelo menos o que Kyouko conseguiu encontrar de informação, é como achar uma agulha em uma pilha de agulhas. Precisaria de um senso crítico aguçado, e a garota estava confiante de que conseguiria! Afinal, se ela não acreditasse que conseguiria, se jogar no mundo do crime assim seria suicídio.

Certamente, a Weavile foi de grande ajuda também na buscativa, seus sentidos aguçados podem detectar os sons mais finos e ter visão noturna + binóculos em um pacote só. Claro, a própria adolescente teve seu corpo treinado para ser capaz, na medida de seus limites humanos, é claro.

Dentre o pular de prédios e observando a vizinhança pela noite, era cada gente suspeita que dava pra perder conta, um passo em falso e podia ser o fim da garota e suas chances de se encontrar com o grupo misterioso, afinal não seria surpreendente se houvesse múltiplas gangues e organizações em jogo, o mercado negro também vai pelo princípio de competitividade... e mesmo se ela se deparar com alguém do grupo certo, o que garante que eles a aceitariam? É um show de poder, isso sim. Não só que ela seja capaz por si só, mas que tenha "armas" forte o bastante para conseguir o que quer.

Ademais, na sua busca, a ninja encontrou alguns cenários que estão ocorrendo, cada um mais interessante que o outro e que ela devia agir rápido se quiser pegar atenção. Primeiro cogitou o casal muito bem esbanjado, eles tem muito dinheiro e, por consequência, não é absurdo pensar que tem influência e poder nas políticas internas da cidade, porém pensou o seguinte:

"Se eles são afiliados a um grupo, ou são um beneficiante externo, ou alguém de nível elevado no 'ranking' deles. Não há como confiar que eles recrutariam alguém do nada. Se de fato forem membros ativos de um grupo, devem ser fortes, três contra um não iria bem" a jovem pensa, usando o princípio de dinheiro ser poder nesse mercado. Pensou também que eles podem ser apenas civis bêbados e poderia roubar os pertences por uma boa fortuna e ganhar respeito assim, todavia ainda teria que encontrar o grupo, talvez seria mais trabalho do que vale a pena...

"Já esse grupo esquisito... Não sei o que pretendem fazer com esses dois homens. A questão é: o grão-mestre se afiliaria ao mesmo grupo que esses marginais sem futuro? Essa aparência ridícula que possuem é o oposto do ninja. Duvido que me aceitariam se eu aparecesse, muito menos derrotá-los." Já para essa segunda opção, não achou que seria possível eles serem o grupo certo, apenas confusão sairia de lidar com essa turma gritante, pensou. Sem falar que, e agora isso já saia do conhecimento da jovem, esses homens seriam espancados por, pelo que tudo indica, serem gays. Por mais que muitas facções virem basicamente um culto, o crime organizado existe para trazer lucro e ganho de poder... agredir minorias assim é uma ótima tática de atrair atenção indesejada isso sim, arriscado demais para a Kyouko.

"Esse moleque" a treinadora pensa enquanto vê a figura do garoto ladrão, remetendo a primeira luta que teve quando chegou em Hoenn, era apenas um ninguém que tentou furtá-la, por que daria valor a esse que, pelo que tudo indica, não chegaria a nada?

"Ele vai roubar essa mulher. A faca que usa é mais que uma arma, é um sinal também. Deve estar dizendo 'essa presa aqui é minha, não se intromentam ou vão se arrepender'. Mesmo se não for de uma facção, ele deve saber muito sobre as ruas daqui. É o alvo certo" Essa foi a conclusão na qual a menina chegou. Não haveria desvantagem de números nem de ser um civil, esse garoto tem a cabeça no mundo do crime e, se der tudo certo, vai ser a chave para que Kyouko possa entrar também.

Tendo feito sua escolha, a adolescente olha para sua Weavile e instrui com sua mão para avançar pelas costas do humano. Libera Kaname, o Corpish, e instrui para usar um raio de bolhas no garoto apontado quando saísse de sua pokébola, usando a imagem da esfera se abrindo e o comando do "bubblebeam" apontando para o alvo como mensagem. Já ela iria avançar de frente com sua própria faca para distrair e interceptá-lo. Um golpe triplo, teria como ele escapar dessa? Kyouko põe o crustáceo em sua esfera novamente e desce de seu esconderijo junto com Weavile, partindo executar seu plano...

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Com a escolha feita e o plano traçado, Kyouko e sua Weavile se movem pelos telhados até alcançar uma escada de incêndio, que as permitiria chegar até a viela a tempo. O garoto já estava bem perto da jovem, que não tinha outra escolha senão se encolher e esperar que aquilo, seja lá o quê, fosse rápido.

Soltando uma risada de satisfação, ele usa a lâmina da sua arma para rasgar parte da roupa de sua vítima, enquanto tenta retirar o único escudo que sua presa possuía: a grande bolsa. Já a garota ainda tentava resistir com chutes e o que pudesse usar para manter seu predador longe. Foi nesse momento que patas felpudas e silenciosas tocaram o solo logo atrás da cena. Ficando entre a única fonte plena de luz e a viela, Weavile criava uma sombra três vezes maior que seu porte real. Obviamente essa presença aterradora seria notada. O agressor começou a se virar, mas sua distração fora recompensada com um belo jato de bolhas direto no rosto! Meio atordoado, meio afogado, ele ainda tentou se manter de pé, mas o golpe final, que fora a investida de Kyouko, o joga ao chão. - QUE PORRA É ESSA?? - ele esbraveja, agora fitando a ninja de pé, em uma irônica inversão de posições.

Em um movimento rápido com sua lâmina, Kyouko lança a faca do sujeito ao alto, enquanto o golpe de corpo tira todo o equilíbrio que ainda lhe restava. Agora ela era a predadora, diante de uma presa meia confusa, meia irada. A jovem agredida, aos trancos e barrancos, se coloca de pé. Ela abraça com ainda mais vontade sua bolsa, deixando uma parte de seu conteúdo à mostra. Parecia um tipo de jaleco. - O-obrigada! - ela agradece a interferência da ninja, tomando o caminho agora liberado e protegido por Weavile sentido as ruas de LaRousse.

Sendo a única armada na cena, e contando com dois fortes Pokémon a tiracolo, agora Kyouko quem dominava o cenário. Ao longe, seus sentidos ainda puderam captar gritos e estalos, como se uma briga tivesse acontecendo a poucos metros dali. Um carro passa em alta velocidade, tendo um homem com roupas extravagantes no banco de trás, gritando insultos ininteligíveis a quem pudesse ouvir. O que essa gatuna faria com sua presa?                          




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O plano de Kyouko já é colocado em ação, ela estava correndo contra o tempo do garoto fugir. Quanto mais rápido fosse o processo, melhor seriam suas chances de sucesso e poderia obter suas respostas o quanto antes. A mulher pouco importava para a menina, no grande esquema das coisas ela era só um peixe pequeno para que se obtenha um peixe maior. O tempo de fazer todos os movimentos certos poderia ser estrito, todavia a ninja não treinou por tanto tempo para falhar logo em um momento desses, então tudo foi como vento, receber um golpe triplo abre pouca brecha quando todos os três atacantes são competentes.

E assim de fato foi, tudo aconteceu rápido demais e a presa foi pegue; a força física de Kyouko certamente é mais baixa que desse ladrãozinho, mas a vantagem está para ela, estar por cima do deliquente significa que ela tem mais velocidade de agir e se adaptar a qualquer movimento brusco, realmente parecia um cheque-mate. Porém, ela precisa abaixar sua guarda de combate por um momento, pois infelizmente os Pokémon da treinadora não dispõe da escrita, nem mesmo falar algo que humanos compreendam, cabe a Weavile segurar o cara pelo pescoço com suas unhas, que são tão letais quanto facas, e usar o tempo para obter o que quer. Cuidadosamente, Kyouko chama a felina para seu lado, fazendo um gesto com sua mão livre que representa as garras de Weavile, e passou para o pescoço do apreendido... a sombria pausa por um pouco e compreende, colocando suas garras no ponto vital e qualquer movimento do jovem, inclussive involuntário, poderia significar o seu fim.

Assegurando uma posição segura, Kyouko retina uma folha de papel de seu casaco com um lápis comum, escrevendo em uma área e arracando-a, colocando no campo de visão do garoto para que a mensagem seja deixada clara. Caso esteja muito escuro para ler, usaria seu Rotomphone para dar uma luz... o que ela escreveu? Algo simples e direto ao ponto:

"Mova e você morre."

Isso talvez tire qualquer ideia de rebelião da mente dele, a adolescente sequer prestou atenção à mulher que fez sua saída, enquanto o Kaname aproxima-se da área, ficando parado e pensativo, na dele como costuma ser nesses dias. Mas com o primeiro texto dado, agora é hora da cobra fumar, talvez ele minta, talvez ele só traga problema, mas Kyouko estava insistente e conseguir qualquer pistas para a facção que seu mestre ninja indicou, então, com mais papeis escritos, manda as seguintes perguntas:

• Para quem você trabalha?
• Quais as organizações da cidade?
• Qual seu papel?

É provavel que ele vá se dá de desentendido ou confuso com a situação, porém é de se imaginar que ele não terá muita sorte tentando mexer com a bondade de Kyouko, ele só está vivo porque ela precisa de informação e matar sempre tem riscos e dores de cabeça envolvidas, mas não significa que ela cortaria esse pescoço caso fosse conveniente... apesar do caos que está acontecendo na vizinhança, o faco de Kyouko é com esse moleque, não restava o que fazer se não ver o que tem a dizer.

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O rapaz, que agora vendo mais de perto nem parecia tão jovem assim, encarava Kyouko com um misto de ódio e confusão. Sim, ele teria tentado alguma coisa contra  ninja se estivesse numa situação melhor, porém as garras super afiadas da Weavile em sua jugular eram bem mais intimidadoras. Ele não parecia ter nenhuma pokébola consigo, então a falta de “tato” ao lidar com situações envolvendo Pokémon era bem nítida. Essa talvez fosse a segunda maior vantagem de Kouko na cena, fora a numérica. Apesar da indiferença de Corphish, ele agia como cobertura para a única saída para a via principal.

A luz do Rotom Phone veio bem a calhar, e o bandido estranhava demais a abordagem escrita de sua captora. Perceptivelmente ele imaginava várias situações onde poderia sair dali sem perder o pescoço, mas as chances estavam contra ele. Ele compreendeu bem a ameaça de morte, e assentiu com a cabeça. Então veio o segundo recado com as três perguntas, ainda mais diretas que a primeira. Ele ergue uma sobrancelha e encarou a garota ainda no chão, e então solta os ombros, soltando o ar quase que por completo. - Na moral, essa porra toda pra isso? Era só ter chegado na moral, caralho. - contrariando a primeira ordem de Kyouko, ele se moveu, mas não para fugir. Foi só um expressivo “dar de ombros”, para salientar o que havia recém falado. - Se tu quer os contatos tu tem que fazer contato, não embaçar o contato, caralho! - sim, o palavreado era bem chulo e cheios de trejeitos bem único das ruas. Pressentindo que talvez estivesse pressionando um ponto delicado, como a paciência de sua captora, ele recua na abordagem. - Tá, tá, tá, se quer meus contatos eu te passo. Ou posso te incluir no esquema de um jeito mais rápido. Posso te levar pra trocar ideia com meu chefe, se quiser. - ele continuava a encarar Kyouko, agora com uma expressão tendo traços de uma súbita confiança inexplicável. Parecia um convite direto, algo que a ninja estava atrás, mas também parecia súbito demais, “fácil” demais, por assim dizer. De qualquer forma, estava nas mãos de Kyouko o destino daquele homem.                                        




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Com o movimento sendo um sucesso, chegou a parte da interrogação, obter as informações que precisava e seguir a partir da inteligência obtida, ou ao menos essa foi a idealização que Kyouko possuía, quem dera a vida real fosse tão boa assim. Ouvir o trombadinha ladrão abrir a boca já dizia tudo que precisava saber: "Isso seria uma perca de tempo". Sim, o cara estava "cooperando" porque possuía garras afiadas no seu pescoço, um centímetro de ser um golpe fatal. E mesmo assim, apesar da atitude amigável que obviamente é para ter a jovem no seu lado bonzinho, era palpável que isso ia acabar sendo uma cilada para ela.

"Eu faço três perguntas e ele tem a proeza de não responder nenhuma..." Pensa a ninja, analisando tanto a postura do homem assim como o que fazer com ele. Primeiro que ele tem muita coragem de tentar "brincar" assim um instante da morte, ele deve se achar importante demais para matar, ou atrapalharia demais, talvez soubesse que dar essa informação seria o mesmo que assinar seu contrato de morte para qualquer facção que ele esteja afiliado. De certa forma dá para respeitar isso, mas de outra significa que ele não tem utilidade para a garota... pelo menos não do modo convencional.

Sabendo que tentar forçar mais seria uma perda de tempo, na real poderia significar que reforços chegariam enquanto tentava extrair informação em público... Então decidiu que era hora de acabar com isso...

Não achava que valia o esforço de deixar um corpo no meio da rua. Também significaria voltar para a estaca zero. Não, ela não iria matá-lo. Em vez disso fez algo mais gratificante. Preparou seu calçado, arrastou um pouco no chão... e jogou seu pé o mais forte que pudesse contra o queixo do ladrão. Se ele não desmaiou com o golpe, daria outro, e outro. A ideia é de fato deixá-lo inconsciente, que se dane se ele ficasse com raiva depois, se ele não vai obedecer as regras, recebe uma punição devida.

Assegurando que ele está sem consciência, retornou os papeis e retornou Corphish para sua pokébola, fugindo com a Weavile de volta para os céus, algum lugar alto onde pode ficar observando o movimento sem ser percebida... Lá, aguardaria... Ele acordar, ele se levantar e ficar puto e, o mais importante, ele retornar para onde fosse. Uma hora ele voltaria ou para sua casa, ou para sua base reportar o acontecimento, não precisaria da falta de cooperação do homem, ela acharia de uma forma ou de outra, custe o que custar.

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O primeiro movimento pegou o sujeito com a guarda totalmente baixa. A “bicuda”, literal e figurativa, pegou bem na porta do queixo, jogando todo seu corpo para o alto. Apesar da nítida diferença de tamanho, o golpe realmente fez o cara tirar os joelhos do chão e ir para o lado! O golpe o pegou tão surpreendentemente que ela soltou sua faca, indo deslizar até alguns metros para o lado. Ele ainda tentou se levantar, mas estava muito atordoado. Tanto que nem sentiu o segundo e o terceiro chutes, começando a gemer só na quarta pancada. Kyouko não contou, muito menos o infeliz, mas foi ai uma dúzia ou mais de belos golpes.

Completamente estirado no chão, com o rosto inundado em sangue e um dente faltando, aquilo não era nem ameaça, tampouco fonte direta, então a ninja e sua noturna tomaram os telhados, ainda observando sua presa para saber se ela iria para algum ponto específico.

A noite continuava alucinante na grande cidade. Sons caóticos de veículos passando em alta velocidade, sirenes de polícia, bombeiros e ambulâncias, pessoas gritando apesar do horário avançado, A cacofonia noturna atingia um contraste bem incomum ao silêncio atencioso de uma treinadora, sua Pokémon e seu alvo. Lá em baixo, no caos urbano, a explosão sonora e desregulada de vidas muitas vezes negadas, muitas vezes perdidas e algumas vezes direcionadas para aquele ambiente geralmente hostil para a maior parte da população. Lá no alto, o intimidador silêncio, até mesmo um respeito contemplativo, ou simplesmente a enigmática e insistente busca por algo. Kyouko se fosse uma pintura seria uma das mais cobiçadas pelos apreciadores: a inquietante fúria de uma busca paciente. Ou algo do tipo.

Alguns momentos depois, não dando para mensurar se minutos ou horas, o sujeito começava a dar sinais de despertar. Primeiro veio a saraivada de ofensas. Depois, a olhada para os lados para saber se a agressora não estava por perto ainda. Sim, o jacu não procurou olhar para o alto, só para os lados. Por fim, a busca por sua arma. Não estava necessariamente escondida, e então, entre palavrões e gemidos, ele toma um sentido diferente na viela. Um sentido em que o caminho era mais como um serpentear pelos becos, evitando plena luz e plena atenção. Era um rato, e como bom rato se sentia confortável nos movimentos mais esguios. Acontece, pequeno ratinho, que duas felinas estavam de olhos fixados em você. Pacientemente enfurecidas.                                                      




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Adaptar faz parte da vida, é o conceito chave da lei dourada do reino animal: "Os mais fortes comem os mais fracos". Como presa, é seu dever se adaptar para sobreviver aqueles que lhe caçam. Assim como cabe ao predador ter poder o bastante para capturar e derrubar a caça. Aqueles que não se adaptam morrem e não vão em frente, é a técnica que vem funcionando por milhões de anos... mas se tem uma coisa que Kyouko tá tendo dificuldade de se acostumar é o barulho dessa maldita cidade. Por toda sua vida, os maiores barulhos que teve de ouvir foram as de nevascas na sua cidade natal, gritos de seus familiares e as ondas colidindo com o navio cargueiro que ela infiltrou para chegar em Hoenn. Toda a barulheira constante dessa cidade, alta e persistente, é de irritar qualquer um que visita o ambiente, verdade seja dita... quando não é um carro de ambulância ou polícia, são gritos humanos e Pokémon, música alta de alguma festa, francamente tudo está sendo possível ser ouvido.

Claro, a jovem não pode se deixar distraída, e de fato fora treinada o foco desde cedo, mantém olhos fixos no seu alvo, usando apenas sua audição para inferir qualquer outro elemento fora o seu alvo. Botar o cara para dormir já foi mais chato do que esperava, então não podia ferrar tudo agora perdendo vista dele.

Finalmente acordando, manteve seu melhor cuidado para não ser percebida e, de pouco em pouco, fazia pulos pelas estruturas. Mesmo com a cacofonia da metrópole para abafar seus barulhos, toda precaução é pouca, então teve passos calculados para atravessar terraços, telhas de casas, e jogando seus pés contra paredes quando precisasse fazer pulos mais longos. Assim como também nunca esteve perto demais. Desde que mantesse contato visual com o homem que parecia ainda cambaleado, ela poderia estar em uma distância segura e levar seu tempo com a travessia, com a ajuda de sua felina noturna, claro.

A sua trajetória, claro, era a mais importante. Fazia questão de tentar memorizar o percusso pois chances são que iria ter de passar por ele algum dia, não havia dúvidas que esses becos escuros e estreitos no qual andava chegava a um ponto muito importante. Pacientemente a garota acompanhava-lhe...

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Além de superar a barulheira urbana, Kyouko e sua Weavile tinham mais um grande desafio: tentar memorizar o caminho tortuoso e inconsistente que aquele sujeito traçava. E nem era proposital para irritá-las ou distraí-las. Apenas era irracionalmente incomum.

No primeiro momento ele se esgueirou pelos becos, evitando algum tipo de luz mais forte que pudesse revelá-lo a possíveis presas. Depois andou a passos rápidos por uma rua mais aberta e iluminada, olhando para trás e para os lados constantemente. Por via de regra, mantinha a cabeça baixa mesmo dando essas olhadas. O terceiro momento foi um tipo de espreita: escondido atrás da coluna de um prédio, esperando alguém passar. Como não encontrou alvos fáceis, girou os calcanhares para dentro de outra viela. Após andar por outros tantos caminhos e repetir esses movimentos, isso depois de horas, ele segue até um ponto mais específico.

Era um tipo de beco sem saída, escondido pelos prédios do centro da cidade. Um pequeno cômodo sem luzes e sem muito destaque. Do alto de sua visão, a ninja podia notar que este era um anexo de um prédio bem maior, mas não menos precário. Curiosamente, o tal cômodo possuía uma porta extremamente reforçada. O sujeito executou um toque específico no metal, que não ressoou tanto, talvez pelos sons urbanos já citados. Algum tempo depois, tempo demais para a abertura de uma simples porta, ela enfim se abre. Algumas luzes coloridas em tom escuro saem pela abertura. Logo depois, uma sombra bem grande se projetou contra essas luzes. Um homem, com uns dois metros de altura, recebe o bandidinho com um belo soco na cara! Depois de apanhar tanto de Kyouko, ele apanha novamente! Desconjuntado e sem noção de onde estava, ele é agarrado pelo homem e arremessado para dentro do cômodo. - Avisa o chefe. - o segurança ou porteiro fala em um tom grave e indiferente.      
 



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