Pokémon Mythology RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Entrar

Come little children, come with me

power_settings_newInicie sessão para responder
2 participantes

descriptionCome little children, come with me EmptyCome little children, come with me

more_horiz
Off escreveu:
Olar. Participando do Evento o/



Quando acordei em Unova eu perdi a velha imagem da região do alto de um avião. Sim, eu fui acordado pela aeromoça, dizendo que meu destino em Striaton City havia chegado. Agradeci por não me mandar no voo de volta para Kanto e assim peguei minha mala de rodinhas e descia do avião direto para o aeroporto, onde peguei um Uber até o laboratório da Professora Fennel. Aparentemente, professor Carvalho tinha uma relação intima com a Professora Pokémon dali, estudiosa de vários ramos da biologia e psiquê pokémon, como os próprios sonhos.  

Tinha cochilado no voo lendo alguns trabalhos, dela e de outros especialistas na área. Mas confesso que ela estava em alguns níveis mais profundos do mundo Pokémon que eu não tinha chegado ainda. Mas se o Professor Carvalho achava que era uma boa escolha este estágio, ali estava eu para cumprir. Estava com roupas bem tranquilas, calça sarja negra, blusa branca, um casaco escuro cinzento por cima. Ainda portava os fones sem fio do meu RotomPhone nos ouvidos e almofada para pescoço para viagem. No alto da cabeleira loura tinha um boné preto com um símbolo chumbo da liga Pokémon.

Bocejei. Cocei o olho. Acho que eu vou ter que usar óculos, porque já tinha umas semanas que ele ardia. Mesmo assim, direcionei minha atenção para o laboratório dela, onde me apresentaria como novo estagiário e estaria atento para poder contribuir, de alguma forma, para a pesquisa dela. Seja lá como for, afinal, eu sou zero especialista no assunto ...


descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz
@Ayzen
Striaton City
Clima parcialmente nublado, 18ºC



A aparência de perdido que Ayzen trazia na face era nada além de uma máscara, pura ficção - talvez com bastante sono incluso. Digo isso porque, ao contrário de muitos outros treinadores que para cá vieram, o loirinho sabia muito bem no que estava se metendo. Veio decidido e direto ao laboratório em questão, além de ter feito o dever de casa ao pesquisar previamente sobre a proposta que tinham lhe feito. Muito que bem, não dá pra assinar o contrato sem antes ler os termos de uso, não é mesmo?!

O Uber largava, então, nosso protagonista numa área mais suburbana à nordeste de Striaton, nessas regiões típicas de filmes de suspense em que o edifício do cenário se instala em uma área mais inóspita, cercada de bastante verde e a alguns kilômetros de distância de outra propriedade. Num lugar como esse ficava o laboratório de Dra. Fennel, um prédio de porte médio com seus três andares de altura, com um design simples o suficiente pra fazê-lo agradável ao olhar, mas não o bastante pra fazer o lugar parecer uma casa. Não, era um laboratório com cara de laboratório, por assim dizer.

Ao se apresentar na estreita recepção, Ayzen seria recebido por uma criança. Isso mesmo, Amanita era seu nome [imagem ilustrativa] e ela não deveria ter mais que 13 anos, andando por aí com um jaleco que arrastava no chão por ser muito maior que seu tamano. A garota, empolgada, faria o cadastro do treinador em um computador no balcão, usando a máquina com uma destreza que nosso protagonista invejaria, sendo ele sabidamente inapto com certas tecnologias.

- Seja bem vindo, senhor Ayzen. A gente 'tava te esperando! - por "a gente" ela queria dizer sua irmã, ninguém menos que a própria Dra. Fennel.

Mas, antes de conhecer a anfitriã, Ayzen seria direcionado até uma acomodação na ala dos dormitórios, no segundo andar do prédio. Teria um quarto só para si, mas veria nos corredores que não estava sozinho naquela pequena aventura científica. Havia ao menos uma dúzia de outras pessoas por lá, todas com ar de experiência em campo, algumas que se conheciam, outras que exibiam conquistas como insígnias, registros em Pokédex e cicatrizes. É possível até que ele tenha reconhecido um ou dois colegas Rangers, nem que só de vista.

Ayzen teria aproximadamente meia horinha pra se instalar e fazer algumas necessidades - um cochilo extra talvez?! - antes de ser convocado para o anfiteatro do Instituto. O espaço era, uma vez mais, no primeiro andar. Era amplo, com um palco no qual Fennel se posicionava graciosamente, seu cabelo negro e comprido quase atingindo os calcanhares [imagem ilustrativa]. Ela sorria, exalando uma gentileza quase sobre-humana. Quando teve a atenção pra si, fez sua voz suave ecoar com uso de microfone. Não quebrou gelo algum, e já chegou dizendo assim:

- Esta é uma história que mamãe me contava sobre um castelo encantado. Um rei que se preocupava com seus súditos e uma rainha benevolente que a todos acolhia. Um pequeno príncipe que passava dias e noites sobre a arte da música e da dança inspirada pelo pokémon conhecido por trazer a cultura ao mundo. Os servos eram totalmente dispostos em suas obrigações e o povo era feliz e satisfeito com seus governantes. A prosperidade do reino era notável aos mais distantes olhos tudo por conta das certas escolhas que todos lá faziam. Com base na cultura da música e da dança, cidadãos viajaram o mundo tendo também vidas prósperas e reconhecimento em seus nomes, sempre se lembrando de quem os ensinou a serem talentosos. Porém... - uma pausa dramática, capaz de mudar súbitamente a expressão da mulher - Um caso preocupante está acontecendo. Detectamos uma anomalia na área que, acreditamos, pertença ao grande castelo... - houve murmúrios e comoção entre os ouvintes.

Off escreveu:
Olá pon de aio :3
Vamos jogar um jogo?!

descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz
Off escreveu:
QUE Jogo?  Come little children, come with me 1f616
Spoiler :



Confesso que eu parecia o mais informado dali sobre o que estava acontecendo. Embora eu não sabia “como” estava acontecendo. Devo dizer que a dra Fannel era tão específica em sua área de atuação, que seus artigos necessitavam de muita formação previa. Formação, claro, que eu não detinha. Sabe aquele momento em que você tá em uma aula da faculdade, o professor começa a explicar algo, e você sente que estava precisando de um conhecimento mais básico para entendê-lo? Pois bem! Eu precisava de toneladas de informação para isso! Mas se meu tutor mandou eu estar aqui, aqui estou. (quero compensar ter sumido por dois meses!)

Já instalado em meu quarto, depois de questionar sobre trabalho infantil ali, eu retirava uma esfera do bolso e logo Ambipom se colocava para fora, em suas duas caudas agitadas e explorava o quarto. Talvez tenha tirado um cochilo, mas foi bem rápido. Estava um pouquinho ansioso e não saberia ajudar se fosse me perguntado algo. ”Vou só obedecer o que me for pedido!”, pensava comigo.

No anfiteatro, muita gente, novos rostos, alguns me soavam já terem sido visto em algum momento da vida. Mas minha miopia não deixava lembrar muito. Ambipom, ao meu lado, como a mais velha, era bem-comportada. Uma inicial digna de não me dar trabalho. Mas o que me dava trabalho foi o inicio do discurso da nossa anfitriã. Dra Fannel era fantástica, como muitos disseram, mas no momento, falava “coisa com coisa” e eu não entendia nada. Um show de murmurinho se instalou ali, enquanto ambipom arqueava a sobrancelha para mim. Pelo menos não éramos os únicos que não estava entendendo nada. Até procurei algum slide no palco, mas acho que nem se tivesse bem óbvio iria me ajudar a entender aquele discurso mesclado com figura de linguagem...



descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz

Pra infelicidade de nosso loirinho, o que foi dito por Fennel não lhe lembrou nada do que ele leu naquelas chatas páginas de pdf, tampouco o que ele ouviu fazia algum sentido lógico no primeiro momento, e muito menos a mulher parecia propensa a dar explicações elaboradas sobre aquilo. Contudo, Fennel sabia que estava diante de um público majoritariamente leigo, afinal ela mesma os tinha recrutado e conhecimento prévio não era um requisito. Sendo assim, disse:

– Já vi essas reações antes, hehe! – brincou diante da sua platéia, retomando a atenção para si, para que pudesse trabalhar sua explicação.

De um modo resumido, a Dra. Fennel explicou que existe um espaço além deste "mundo" que conhecemos e que os estudiosos chamam de Dream World, o mundo dos sonhos. Dentro do escasso conhecimento que se tem sobre isso, é sabido que algumas áreas do Dream World meio que funcionam como espaços permanentes, por assim dizer. Em outras palavras, seriam como cenários comuns que todas as pessoas são capazes de visitar em seus sonhos e, de acordo com relatos, muitos já o fizeram. O tal Castelo, ilustrado na histórinha que Fennel contou no início, seria um desses lugares.

– ... E o mundo dos sonhos, em si, não é fácil de ser alcançado. Mas, em minhas pesquisas... – e aqui ela ajustou os óculos no nariz, como um pequeno toc – ... descobri que Munnas e Musharnas são Pokémon com uma habilidade singular de nos permitir transportar e transitar, conscientemente, pelo Dream World. – ao dizer isso, ela apontou para a extremidade à sua esquerda, onde um Munna rosado dorbmia enrolado no colo da garotinha prodígio.

Entre explicações, que mesclavam uma vivência pessoal e fatos científicos apontados por Fennel, foi finalmente dito o propósito daquele encontro de habilidosos voluntários de várias partes do mundo Pokémon.

– Estamos encontrando verdadeiras barreiras pra desvendar essa anomalia no Dream World. Por isso, precisamos de vocês, voluntários, pra acessarem esse lugar e coletarem dados que nos ajudem a resolver o problema, ou até, quem sabe, vocês mesmos sejam a chave pra essa solução. Por favor! Mal consigo sugerir os problemas que podemos enfrentar, no mundo real, se o equilíbrio no Dream World for abalado... – e então ela parecia realmente preocupada, levando o dedo indicador por detrás da lente do óculos direito, como quem enxuga uma lágrima teimosa que caiu sem querer.

Fennel ficou ali em cima parada novamente, olhando apreensiva para seus espectadores, como se esperasse que alguém simplesmente levantasse e fosse embora, cético demais pra confiar no que ela disse; ou alguém pra lhe atirar um tomate podre e pedir que melhorasse a encenação, vai saber... Mas ela soava extremamente sincera em meio a tanta simpatia.

Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz


Quando a dra Fennel transformava anos de pesquisas em palavras tão claras e diretas, todas as folhas de trabalho que ela escreveu pareceram simples demais. Não era! Havia toda uma ciência por detrás, mas ela simplificando daquele jeito, além de ter deixado entendível, passou a ser inacreditável. Ela estava sendo pioneira de uma exploração no mundo dos sonhos, que até então, cada qual acreditava ter o seu. Parece que os pokémon Munna e Murshana estavam no topo de uma cadeia, não só de indução de sonhos, como também de nos guiar para uma área de sonho comum!!!

Primeiramente, minha mente precisou de um momento para poder entender o que estava ocorrendo. Segundamente, eu fiquei totalmente empolgado. Ambipom não entendia, mas ela entendia o sentimento. Seja o que for, ela viu meus olhos brilhando. Dra Fannel falava com entusiasmo sobre o Dream World, o quão novo era e o quão pouco ela parecia saber, embora soubesse mais do que as outras 8 bilhões de pessoas no mundo. Era conteúdo para pesquisas por milénios. Não era à toa que ela era super especialista neste assunto, ao ponto de até outros cientistas estarem muito superficial no tema, em comparação a ela.

Ela parecia, no meio de sua palestra, fazer um pedido de ajuda, e vocês sabem que eu não nego pedido de ajuda assim, tão facilmente. Sim, sou trouxa e gado! Mas no fim, aqueles cochichos misturados com silêncios, pareciam deixar todos intimidados, e dra Fannel pareceu esperar só o que é negativo. A qualquer momento, alguém poderia puxar o tom da conversa para o lado que a pesquisadora não queria. Eu, por outro lado, sentindo este clima de tensão, pigarreei e me levantei, erguendo a mão e me apresentando.

- Ayzen Kitshomo, orientando do Professor Carvalho de Kanto. Primeiramente gostaria de parabenizar a dra Fannel pelo pioneirismo nesta área de pesquisa. É algo tão inexplorado e que carece tantos dados, que a dúvida e o desconhecido podem causar certo medo. Mas além de pesquisador-júnior, sou treinador Pokémon. E todo treinador Pokémon está ligado a aventuras. Se essa aventura pode ser estendida para o mundo, eu estou dentro.

Era um tom de discurso motivador de Capitão América querendo manipular os sentimentos de todos ali. Ambipom ainda esbravejou erguendo o punho e dando palavras alegres em sua própria língua.



descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz

Foi inevitável Ayzen roubar a atenção para si ao se por de pé. Primeiro porque muitos acharam que ele estava fazendo isso prestes a ir embora do lugar, como outros três candidatos estavam fazendo. Mas então o Capitão fez soar seu vozerão pelo salão, roubando a atenção por completo, sobretudo de Fennel que não hesitou em manifestar seu sorriso gentil uma vez mais, acenando com gratidão para o Ranger.

– Muito obrigada! – transparecia tal gratidão com o olhar – Fico muito honrada com suas palavras e grata pela disposição. E, pessoal, não se preocupem. Vocês podem seguir acompanhados de seus fiéis Pokémon e serão generosamente recompensados por todo apoio que puderem prestar! – motivada, deu mais umas palavrinhas de incentivo e segurança.

No fim, não foi a oferta de Fennel que conseguiu segurar o efeito de manada desistente naquele anfiteatro, mas sim Ayzen com seu discurso encorajador, principalmente na parte em que tocou no ego aventureiro de cada um dos treinadores ali presentes. Com um bom número de pessoas permanecendo sentadas, agora empolgadas, logo todos estavam bastante animados com a possibilidade quase única de explorar um mundo inteiro de novidades que, até o momento, tinham estado restritos à ciência.

– Ótimo, ótimo. Fico muito grata a todos! Sendo assim, não vamos perder mais tempo. Por favor, podem se dirigir ao subsolo pelos elevadores, nossos técnicos vão guiar vocês pelo caminho. – encerrou a pesquisadora.

Tão logo a pequena multidão se organizasse, desceriam um andar abaixo para encontrar uma preciosa área que, finalmente, exalava a tecnologia esperada de um laboratório tão peculiar. Era um grande salão circular, cujo teto de vidro transparente se abria para o céu aberto, em algum lugar no terreno daquela propriedade.

No centro do salão, um complexo de computadores e cientistas se reuniam ao redor de um grande tubo cor de rosa. Tubo este que se conectava, via canos mais estreitos, com uma série de salinhas laterais que margeavam o grande circulo. Cada treinador seria direcionado até uma dessas cabines, devidamente recepcionado por um auxiliar de Fennel.

– Discurso bacana, parabéns! – comentou o rapazote, pouca coisa mais velho que o Capitão – É por isso que a Dra. queria convidar treinadores. Vocês tem uma empolgação e fogo nos olhos que nós, reles pesquisadores, não temos. – enquanto elogiava, arrumava a posição de alguns equipamentos móveis que circundavam uma maca levemente inclinada, tipo de dentista só que mais sofisticada e acolchoada – Por favor. Pode colocar aqui as Pokébolas com os Pokémon que pretende levar contigo. Depois, quando estiver pronto, pode sentar aqui e ficar a vontade. – com toda boa vontade e paciência do mundo o rapaz esperaria até Ayzen dizer que estava pronto.

A máquina para as esferas era aquele cilindro tradicional, parecido com o que Oak tinha em seu laboratório e usava para transferir ou curar Pokémon. Digamos que essa seja uma tecnologia versátil que pode se adaptar a diversos fins.

[imagem ilustrativa - salão principal lembra vagamente isso, só que sem o Mewtwo]


Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz

O “talk no jutso” parecia fazer algum efeito. Alguns já tinham saído, poucos, comparados aos que ficaram na sala onde ouviam e se motivavam. Eu sei que todo treinador tinha um ego enorme, então, eu pegava bem no ego que eu queria. Mesmo assim, era óbvio que todos estavam ansiosos. Aquela ansiedade que gerava possibilidades de caos na mente, sabendo que o que a gente iria explorar era surreal de perigoso, já que não havia sido testado antes. Eu confesso que um monte de coisa poderia dar errado. Se eu fosse médico, eu descreveria as possibilidades biológicas. Mas aqui sou pesquisador, e nem tão avançado como dra Fannel.

Na sala de preparação, Ambipom seguia alegre. A macaquinha não tinha captado a minha preocupação, apenas o meu orgulho de ter conseguido puxar tanta gente para a pesquisa. A ciência precisa de voluntário! Espero que não tenha efeitos colaterais.... O cientista que me ajudou apontava o meu discurso motivador. - Algumas pessoas só precisam de um empurrão para fazer o bem.- sorri para ele, enquanto colocava as esferas no local onde era indicado e me direcionava para Ambipom. - A gente se vê, Amb. - e recolhia para a esfera devida.

Após colocar os Pokémon em seus respectivos lugares, eu me aconchegava ali na maca, aquela cadeira acolchoada, reclinada, enquanto seguia o que me mandavam seguir e fazer.


descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz

Uma vez deitado na cadeira confortável, nada de excêntrico realmente aconteceu a Ayzen nos breves minutos (de realidade) que se seguiram. Podia ter sido uma consulta qualquer ao dentista, pois teve até uma máscara de oxigênio acoplada ao seu rosto, cobrindo boca e nariz, bem como uma música de fundo soando em seus ouvidos.

Se ousasse não fechar os olhos, Ayzen veria uma tênue luz rosa tomar conta da pequena sala, quando o fluido da mesma cor começou a percorrer os tubos finos até alcançar a máscara de Ayzen e também o cilindro com os Pokémon dele.

– Névoa de Munna! – comentou o carinha ao lado do Ranger; a voz do rapaz se tornando cada vez mais distante – Vai te induzir ao sono e... – melhor que Zolpidem, bastou o loiro inspirar duas vezes e a magia teve seu efeito: caiu num sono pesado.

- - - - - - -

[Toque para entrar no clima]

Tão súbito quanto adormeceu, despertou. Deitado sobre a grama verde e tão macia quanto a cama da outra vez. Sentia uma brisa morna tocar sua face, fazendo algumas mechas roçarem a testa. A primeira imagem capturada por seus olhos seria a copa de inúmeras e altas árvores, vistas debaixo. Ayzen já não estava mais na cabine de alta tecnologia do laboratório, mas sim numa mata verdejante.

Ao tentar se erguer, estranharia um pouco o próprio corpo, pois agora vestia uma armadura prateada e opaca por sobre as vestes de tecido grosso e azulado, exceto pelo pano que ocultava sua cota de malha, este era em listras vermelhas e brancas [imagem ilustrativa]. Apesar do traje incomum, caía-lhe tão bem que não sentia o peso da armadura, podendo mover-se com a naturalidade de sempre.

Uma vez que estivesse sóbrio e lúcido, reconheceria à volta os grossos troncos das árvores que viu ao despertar. Encontraria, com o olhar, o largo riacho que corria a poucos metros de distância de onde estava. A única trilha que viu - a qual sentia-se fortemente tentado a seguir - conduzia direto até uma ponte sólida, feita de arco-íris, a qual o levaria sem desvios até um imponente castelo de pedra [imagem ilustrativa].

Por fim, uma vez de pé, Ayzen encontraria um escudo, feito em madeira maciça, com um complexo símbolo que mesclava geometrias e runas [imagem ilustrativa], mas que, sobretudo, possuía exatos seis espaços vazios, tipo buracos onde algo deveria ser encaixado... Mas o que?

O que fazer? Por onde começar? Onde ir? O que ver? Quais perguntas fazer? Existe ao menos alguém pra respondê-las? Sei lá... Sonhos de Ayzen parecem meio confusos, às vezes, né?!


Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz

Na medida em que eu me aconchegava, aquele medo de se perder no mundo dos outros ia sumindo. Sei lá, eu sempre fui muito propenso a exploração. Ir de cidade em cidade, rota em rota, região em região procurando uma aventura. Talvez ser ranger me proporcional maior parte delas. Por isso que eu entro sim em mansões abandonadas e percorro um mar atrás de ideias. Agora, iria percorrer o mundo dos sonhos e..... ZAS.

Dormi. Simples assim.

Sei lá se Ayzen ouviu alguma coisa, mas sei que aquela sensação gostosa de um cochilo de 6h surgia. Ele abria seus olhos ainda lutando contra uma luz, que não sabia de onde vinha. Ergueu-se devagar. A mente ainda confusa e aérea. Pensamentos perdidos de uma pessoa que nem sequer estava ciente de si. Neste campo, a narração muda de ponto de vista. Ayzen estava se erguendo do chão. Seus cabelos, outrora despenteados, agora estavam muito bem aparados e no lugar de alguém que se preocupa com a imagem. Seu corpo musculoso era delineado pela armadura que componha mais um dos elementos daquela história. Não sei se Ayzen achou estranho tudo aquilo, mas ele sorriu de leve para o escudo que portava.

Era estranho que mesmo deitado sobre a grama, o rapaz não tinha suas vestes sujas. Caminhou alguns passos para observar as altas árvores sobre o som da trilha sonora das Cronicas de Narnia que eu amo e, sim, está neste sonho. O paladino esticava sua coluna o bastante para ir até aquela “ponte”. O coração do jovem aventurei temei que não fosse sólido. Isso era bem expressivo e sua face, mas não soltava nenhum só, como se não fosse necessário... ou não pudesse! Ayzen não sabia o que encontrar ali, o que fazer, para onde ir... Ok, talvez para onde ir ele soubesse. Iria para o único lugar que parecia ser habitado por algo.... Testou a rigidez daquele arco íris e seguiu!

descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz

[Mesma trilha]

A ponte arco-iris era sólida sim, pode confiar. Multicolorida e translúcida, deixando ver a superfície da água que corria lá embaixo. Apesar dessa beleza, parecia não haver alma viva ali além de Ayzen, com exceção das árvores e da grama que ele deixava para trás enquanto seguia reto. Quanto mais ia, menos sentia-se disposto a voltar.

Antes do fim de seu trajeto, nosso protagonista via a cor sob seus pés desbotar, até que a ponte se tornasse um contraste em tons de cinza. Mais abaixo, o próprio parecia perder ainda mais vida, se é que era possível uma vez que nenhum peixe fora visto desde o princípio. Mais adiante, o castelo também se revelava com mais nitidez.

Era uma construção intimidadora, imponente e alta. Não há dúvidas da beleza de sua arquitetura, mas uma aura agourenta emanava daquele lugar. Suas paredes claramente já tinham visto cor e brilho em alguma época, mas agora eram de um cinza monótono que, de algum modo, parecia contagiar até o céu ao redor, mais nublado e acinzentado também. Os telhados, dava para ver, acumulavam um tipo de partícula esbranquiçada e sem vida que muito podia ser neve, mas não estamos no inverno por aqui [imagem ilustrativa].

Apesar de tudo, o caminho levava direto e reto até um lance de degraus de pedra. Estes, por sua vez, terminavam na única entrada visível daquele castelo. A porta era visível à distância, tão alta que passariam três a quatro homens, uns plantados sobre os ombros dos outros. Ela estava aberta, convidando qualquer um a entrar. Não muito distante da entrada, assim que Ayzen se aproximasse um pouco mais, daria para visualizar a luz avermelhada, projetada por chamas em algum lugar no interior do saguão de entrada...

Ainda há tempo para refletir ou planejar mas, sem dúvidas, não há mais muitas chances de desistir. O que ficasse para trás pareceria inevitavelmente muito distante, mais do que seus pés lembram de ter caminhado num trajeto que deve ter sido bem ligeiro. É aquilo: as forças que regem este reino de sonhos parecem funcionar por outros termos.

Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

descriptionCome little children, come with me EmptyRe: Come little children, come with me

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
power_settings_newInicie sessão para responder