Ayzen não entendia bem o porquê de estar fazendo o que fazia. O menino estava empolgado em suas facies, além de bem centrado, porém, Ayzen ainda mantinha aquela sensação gostosinha de sono, meio perdido no meio do nada. Como seu coração não acelerava, nem mesmo diante da figura macabra que era aquele pedaço de pano, ele não encarava como um pesadelo. Avançou guiado pelo vento. Sentiu a porta se fechar em suas costas, como em um dejavu. Até tentou tocar na porta, mas estava lacrada mais uma vez.
A nova cena que intrigou o rapaz. Ver Marcella, vestida daquele jeito, amarrada e sob julgamento de uma cabeçuda que queria a cabeça dela, pareceu manter o ranger em alerta. Ayzen sempre pensou que um dia a menina ia fazer besteira, mas nunca chegaria a ser condenada em um reino distante, onde possivelmente aquela mulher irada era a juíza, júri e passava a função de carrasco para o jovem loiro. - NÃO!- exclamou em desespero com o pedido da possível rainha. Talvez tenha imaginado um machado gigante nas mãos ou um mecanismo pra dar cabo a irmã, mas não queria fazer isso.
Mesmo em meio aos sentidos deturbados, ora o menino via a mana mais velha, menos responsável, ora ele via outra pessoa, mas que sabia dentro de si que era sua irmã. Seja quem for, Ayzen tinha princípios que ultrapassavam o reino dos mortais e não iria ser algoz quando nem sabia as acusações. Mas não poderia desrespeitar a realeza, né? Vamos fazer um “check” de carisma.
- Majestade, mil perdão! Acredito fielmente na sabedoria de vossa... vossa.. “Cabeçuditude”?? Mas uma sentença só pode ser dada se houver julgamento... Não? - talvez seja um “check de migué”.