Pokémon Mythology RPG
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Come little children, come with me

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Ayzen ainda estava aéreo, sobretudo ali. Era como se estivesse dorgado, e fizesse as coisas mais por impulso do que por lógica. E olha que lógica era a principal característica do velho Ayzen. O novo, no entanto, havia se habituado em manter a mente bem aberta. Magia, outras dimensões, um pouco de sobrenatural proveniente de muito Pokémon. Ayzen não era o mesmo de cinco anos atrás. O menino nem sequer cogitou a lógica de tudo e finalizava o percurso na ponte multicolorida com sucesso, apreciando a paisagem, enquanto perdurou. Isso, porque, o sonho vívido se tornava cada vez menos colorido. Mas não precisa ter cor para ser um pesadelo, não é, mesmo?

Meio sonambulo, Ayzen se encontrava no castelo cinzento. E não era só a construção! Todo o redor se tornava meio darkness. E bastou um ponto de chamas dançantes em meio ao corredor para chamar atenção do nosso herói. Ayzen entrava. Seu escudo baixo denotava a postura de alguém de guarda-baixa, que não esperava perigo. Seu olhar perdido parecia querer mais apreciar o momento, do que entender. AYzen era compelido pelo narrador a seguir...



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[Muda a música para um novo cenário]

Come little children, come with me...

Mesmo sem ser convidado, Ayzen subiu os degraus até a entrada do castelo e entrou. A poucos metros do portal de entrada, encontrou candelabros laterais, suspensos nas paredes, iluminando o caminho com suas velas bem desgastadas. Porém, o aventureiro não conseguiria avançar muito mais, senão poucos passos até ser parado por, finalmente, alguma coisa que parecia ter vida ali dentro.

No começo, foi difícil discernir o vulto que se movia no escuro, sendo apenas possível ver que algo vinha encontrá-lo, lá do fundo do corredor. A figura parou, então, sob a luz do par de candelabros seguinte, que ficava a quase vinte metros de distância de onde Ayzen estava. Naquele instante, até mesmo a música que tocava no fundo de sua mente ganhava um tom de mistério.

Havia ali o que, a primeira vista, mais parecia ser um pedaço de trapos esvoaçante. Ele realmente o seria, se não se movesse de modo convincente e parasse em seu lugar com a postura de um humano de verdade. No entanto, a figura não possuía pés visíveis, havendo somente um espaço vazio que separava o retalho de suas vestes do chão de pedra do castelo [imagem ilustrativa]. Dava pra ver que possuía mãos, até certo ponto, mas nenhuma face era vista até que...

– Quem sois vós que vem nos perturbar? Apresenta-te, ó invocador de longínquas terras. – ao quebrar o gelo, uma face era revelada.

Um rosto que transitava: à direita em riso, à esquerda em lágrimas [imagem ilustrativa]. A julgar pelo reflexo prateado, tratava-se de uma máscara feita de algum metal.


Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

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O cenário era de terror, mas não havia medo na consciência de Ayzen. Não que ele não tivesse nenhum medo. O rapaz tinha muitos! Perder quem amava, ficar só... Essas coisas que estes heróis de cinema têm. Medos nobres que deixavam todos impactados. Mas é que neste sonho, os sentimentos não são escolhidos. Algumas cenas podem ser estranhas e causar sensações diferentes. Neste momento, o que Ayzen identificava era curiosidade. E por curiosidade ele caminhava pelos corredores desconhecidos daquela construção. Seu coração batia forte no mundo real, enquanto o semblante do herói continuava sem mudança no mundo dos sonhos.

O vulto que se apresentava freava o menino. Seus olhos encaravam o pano esvoaçante com mais curiosidade. Medo de fantasma? Não era a cara do nosso guerreiro. Ayzen tentou ver a face, e surpresa foi a dele quando ouvia a voz. Não fora a máscara dicotômica que acelerou o coração do rapaz, foi a voz. Ele tentou se mover. Tentou ser corajoso. Não precisou mais do que um pensamento para espantar o medo ao redor e falar.

- Ayzen Kitshomo. E não faço a mínima ideia do que eu esteja fazendo aqui. - pelo menos o jovem era sincero. Mantinha-se coberto de uma aura estranha... Realmente não fazia ideia do que estava fazendo ali, apenas seguia os caminhos com realidade distorcida até chegar ali, diante dos trapos de panos esvoaçantes, que de muito lembrava um demônio.


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[Música se mantém]

Sim, a voz! Ela é grave e ecoa pelas paredes de pedra. É tão fantasmagórica quanto a criatura que a emite. Assim, é uma voz que vem do todo, e ao mesmo tempo do nada... Digo, não parece vir exatamente daquela criatura e sim do "além", mas decerto a voz emite as exatas palavras que a criatura deseja.

– Perturbando, é o que fazes e eu lhe digo. – pontuou com secura – Não há viva alma que tenha vindo até aqui com outro propósito, senão livrar este reino de nosso poder. Vindes de outro mundo, bem sabemos. – o manto esvoaçante tremulava de um lado a outro, de parede a parede, sem nunca encostar em nada – Mas não temeis. Não estou aqui para impedir-lhe. Deves conhecer a verdadeira face dos novos senhores deste reino, para que regresses ao teu mundo ciente do que lhes aguarda. Se conseguires...

Ao mover-se, o fantasma ocasionalmente entrava em ângulos de luz que faziam refletir fios muitíssimos finos, estes que se conectavam com o breu do vazio acima da figura, perdendo-se em um espaço invisível no teto alto do corredor. As cordas ditavam os movimentos do fantoche que, por sua vez, tinha força suficiente para transmitir seu deleite em receber um visitante e submetê-lo a sorte do desconhecido.

– Tua passagem não haverá de ser fácil, pois cinco trancas lacram a tua passagem, detrás de mim. Provais teu valor e sabedoria, alimenta a porta com conhecimento do teu mundo, e então os caminhos se abrirão com facilidade. Falhe em alguma questão e, talvez, só talvez, adiante desejará não tê-lo feito, pois difíceis serão teus caminhos até nós...

Os braços do fantasma abriam-se, mais chamas se erguiam pelo caminho atrás dele revelando um corredor sem desvios, sem caminhos laterais, mas que terminava num curto lance de escadas e, ao fim delas, uma imensa porta de madeira. Mesmo de longe deu para ver a criatura alada que abriu uma extensa envergadura de asas, protegendo a porta - bem podia ser um Talonflame, a julgar pela silhueta [imagem ilustrativa].

Com Rubis, Safiras e Esmeraldas fui ornada
E por muitos mares rodeada.
Aninho titãs de curto pavio,
Que deram o yin-yang de meu feitio.


Diga-me, ó invocador: que Região do teu mundo sou?
– questionava, sério.


Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

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Ayzen poderia dar meia volta e ir embora. O rapaz não tinha motivo para continuar ali, mesmo na passividade do ser estranho e esvoaçante. Os olhos do menino loiro se endireitavam para tentar perceber os fios que enrolavam o corpo do espectro. Algo o mexia, movimentava, e Ayzen mal prestou atenção no que ele falava, tentando saber quem era. Não via nada! Ele apenas ficava confuso e observava o estranho fantoche em sua frente, que de nada tinha de querido, mas deixaria passar se fosse responder o enigma.

Eu adoraria entrar no meio e gritar “HOENN” de toda a altura para tirar a cara de confusão do nosso herói. Inevitavelmente, sua mão direita pousava em sua nuca, enquanto a esquerda pendia com o pesado escudo. Ayzen não sabia o que era. Ele não sabia das referências. Mas sabia de uma coisa: Os Regis! Se fosse qualquer outro personagem, eu diria que Ayzen era um pesquisador esforçado. Inteligente? Nem tanto. Responsável? Ele fica meses sem ir no laboratório. Mas quando vai, entrega-se de corpo e alma. Oak sabia quem ele estava aceitando. Ser playboy, filantropo e ranger não era pra quem poderia... Tempo era limitado!

- Eu..- o menino ia pedir mais uma dica, mas logo teve um movimento epifânico. Uma descrava de dopamina surgia em seu corpo, dando aquela sensação gostosa de ter achado um tesouro incrível - Hoenn! - sussurrou o rapaz e depois em um sorriso falou mais alto, convencido. - É a região de Hoenn!


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[Música se mantém]
Não foi a marionete quem disse se a resposta estava certa ou errada, mas foi sim a própria porta. Primeiro ouviu-se um leve estalido metálico, depois o som de correntes deslizando por alguns segundos, e então a própria ave diante da porta baixou alguns centímetros das asas, se preparando para fechá-las.

– Pois muito que bem. – o espectro fez uma reverência curta com a cabeça, o que enfatizava um pouco mais das linhas que o prendiam ali; ao mesmo tempo, um coração verde surgia sobre a cabeça de Ayzen, girava ali mesmo no ar e sumia como se fosse uma bolha de sabão estourando, "puff"!

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– Sigamos, então... – retomava o fantoche.
"Podem gritar, cantar, tocar.
Som nunca  lhe atingirá.
Quer amigo ou aliado tente,
À prova de som será."


De que habilidade (trait) Pokémon eu falo?
– a marionete esperaria sua resposta pelo tempo que Ayzen precisasse. Mas, me dando a liberdade de narrador, irei aqui introduzir mais algumas das questões que se seguiriam, quer acerte ou erre a(s) anterior(es):

"Se me olhar com atenção
Ao me ver bocejar,
Em profundo sono,
Logo, logo, tu  cairá."


Qual movimento Pokémon eu estaria a usar?
– seria sua terceira pergunta.

"Até dois tipos pode ter,
Só depende de onde veio.
Parece vir do conto de uma Fada,
Posto que veste um Pastel Veil."


Quem é este Pokémon?
– a quarta pergunta encontraria Ayzen, independente de ter acertado ou errado as demais.


Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

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Ayzen sorria com sua boca larga diante da vitória, ainda mais com o coração fofo que surgiu, como se estivesse em um videogame. Não seria a primeira vez que o rapaz sonharia com isso! A ave de mármore se mexendo no canto dava a impressão de que estava tudo bem. E estava! Ayzen se viu pronto para seguir, embora nem ele soubesse para quê seguir por ali. Mas era o caminho que tinha! Mesmo assim, havia mais questionamentos, e aquele pedaço de pano com linhas parecia disposto a mais perguntas.

Diferente da primeira, as perguntas que se seguiram não foram tão difíceis assim. Veja só, Ayzen é treinador Pokémon há mais de 5 anos, ranger condecorado, e está estudando pra caralho pra ser um bom pesquisador Pokémon. Conhecimento do mundo Pokémon era o que não faltava. Embora tivesse cara de atleta, ela estava se tornando um bom nerd, na medida do possível.

- Soundproof.
- Yawn
- Ponyta

As respostas saiam e com muito orgulho. O menino sorria em seu sonho e se via entusiasmado. Ainda tinha aquele sentimento de “mente vazia”, mas ele nem sabia ou lembrava que era um sonho mesmo!

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[Música se mantém]

Seguindo cada uma das respostas de Ayzen, o som da porta e o movimento da ave sobre ela confirmavam que ele dizia exatamente o que precisava ser dito. Ou seja, eram as respostas certas! Para a primeira delas, um ícone de cogumelo verde veio rodopiar sobre sua cabeça antes de explodir feito bolha, igual o anterior:
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Com a terceira resposta, o ícone que veio foi de uma estrela amarela e brilhante.

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O quarto ícone que acompanhou a resposta era, nítidamente uma espada reluzente e elegante, que denotava força. E, diferente de todos os demais ícones, este flutuou com leveza e se alojou na bainha às costas de Ayzen, encaixando no suporte como se sempre o pertencesse. Ali transformou-se numa espada de verdade!

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– És realmente destemido, invocador. – uma leve nota de preocupação surgia na voz ecoante da marionete; suas mãos agora se cruzavam diante do corpo, como se estivesse refletindo, e ele também não se movia mais com tanta fluidez para lá e para cá – Vamos à sua última provação, então. Perceba que:

"Não importa a armadilha que o pegue,
Fugir de um selvagem sempre consegue.
Corra, teleporte, fuja,
Assim que o perigo surja."


Que habilidade (trait) é esta que,
Eu recomendo,
Deverias ter para escapar daqui
Enquanto há tempo... ?
– a última pergunta em si vinha nesse tom misterioso de enigma, mas era genuína e bem pontuada, de modo que seria aquela que daria a passagem definitiva para Ayzen continuar.


Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

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Uma ameaça velada para o jovem herói. Ayzen não tinha sentimento de medo, embora, em suas funções cognitivas habituais, possivelmente teria. Afinal, um bicho que voa, com movimentos sobrenaturais e uma voz intimidadora poderia causar certa preocupação em nosso ranger. Não neste sonho! O menino estava aéreo, divertindo-se, e ouso dizer que nem sonho ele sabia que era. Não sabia usar a lógica e seu conhecimento prévio do mundo real ali. Foi nesta inocência que ele tocava a espada em suas costas e sorria bobamente. Mais que o normal!

Mas ainda não havia possibilidade de seguir. Ele encarava o caminho e para ele era uma questão de honra passar ali. Suspirou fundo, ergueu a voz e pensou em voz alta. - Armadilha... fugir de selvagens...- sua mão ia até o queixo e ficava pensativo. - Fugir... Run.. Run away... RUN AWAY!- gritou finalmente, revelando a última mensagem do enigma. Mas óbvio que não fugiria.

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– Sabia resposta, nobre herói. Não posso dizer o mesmo de tua decisão. – pontuava o espectro ao fim dos enigmas, indicando que Ayzen tinha vencido mais aquele desafio. Naquele momento, era a face chorosa de sua máscara que entrava em destaque.

A porta fez um último som de destrancar. A ave fechou por completo suas asas. O último ícone a saltar e sumir sobre a cabeça do rapaz foi um cubo amarelo com uma interrogação em seu centro:

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– Prossigais. Até brev... – a voz da marionete foi se tornando cada vez mais distante até "morrer" no ar.

Um vento constante vinha por trás de Ayzen, compelindo-o a andar para frente, na direção da porta. Este mesmo vento levou adiante o longo tecido que correspondia ao corpo do espectro. Kitshomo pode ver de relance a face sorridente da máscara lhe encarar por alguns minutos, antes daquela massa de tecido negro e puído simplesmente sumir para dentro da porta, que agora estava completamente aberta.

Agora, definitivamente, não havia como voltar, pois a porta principal de entrada trancava-se sozinha. O restante do corredor, enfim, era iluminado por mais alguns pares de candelabros, cuja chama agora tremulava na mesma direção do vento, para frente.

Quando Ayzen se aproximasse da nova porta, um letreiro com letras douradas se mostraria com ênfase acima do portal, nele diria: Palco das Escolhas. Ao entrar, contudo, ele se depararia no topo de uma arquibancada, numa sala completamente vazia exceto pelo arco de pedra em seu centro, onde um véu, cujo pano era muito similar ao "corpo" do fantoche, tremulava de modo fantasmagórico, mesmo sem que o vento o atingisse. [imagem ilustrativa]

[Toque esta para a mudança de cenário]

Uma névoa cor de rosa cercaria nosso herói, o envolvendo num vórtex do qual não conseguiria escapar, mas que duraria apenas alguns segundos. E então, uma vez que a névoa parasse de rodopiar e começasse a se dissipar, eis que Ayzen se encontraria examente na mesma sala, na mesma posição.

Agora, porém, não existia mais porta atrás de si. Os degraus das arquibancadas estavam tomados de bonecos de madeira de tipos diversos. No centro da sala, sobre o palco e próxima do véu fantasmagórico agora estava uma garota. Vestia-se de negro e vermelho, com sapatos também vermelhos; seu semblante era a mais pura tristeza e, ao erguer o rosto para encarar o recém chegado aventureiro, ela revelava uma face com traços que poderiam lembrar os da irmã de nosso protagonista - caso ele lembre que possui uma [imagem ilustrativa].

– CORTEM-LHE A CABEÇA! – esbravejava a outra figura não-boneca daquela sala: uma mulher de cabeça avantajada, muito maior que o próprio corpo [imagem ilustrativa]. Esta, encontrava-se ao pé do palco, apontando com severidade para a garota loira lá em cima.

Estava óbvio que se tratava de algum tipo de julgamento, principalmente ao notar que a loira, a ré, tinha mãos e pés amarrados com pesadas cordas. Mas, não era só a cabeçuda quem julgava. Encontravam-se ao lado dela um homem minúsculo e velho, com uma pequena coroa sobre a cabeça, bem como um garotinho de pouca idade, com os olhos marejados de lágrimas e um chapéu alto, torto sobre a cabeleira ruiva [imagem ilustrativa].

– O QUE ESTÁ ESPERANDO?! – agora o grito da julgadora era direcionado claramente a Ayzen, lá no topo da arquibancada...

Striaton City – Manhã | 18ºC – Ayzen

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