Pokémon Mythology RPG
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[Whistle] – Lilycove City –

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— ...JAMAIS! E eu só entro em argumentações na presença do meu advogado, então infelizmente teremos que adiar o tribunal. — Largou um sorriso debochadinho, a palma se apoiando na ponta do nariz do moreno, ao qual deu um leve empurrãozinho. — VAI NESSA! Bora, pode mandar aí a sua novela pastelão, que depois da das 3, tem que vir a das 4... ou algo assim. — Bom, não exatamente, mas acho que você entendeu o ponto. E a INTIMAÇÃO também, eu imagino... Então, me deixa ouvir enquanto a senhorita aqui joga o lenço em um desses lixos de rua que estavam próximos.

— ...ISSO! Water, aliás. Em... Sinnoh... — Admitiu, bem devagar, balançando a cabeça em negativa. — ...fui uma vez pra lá e já consegui meter os pés pelas mãos na região, vê se pode? — Um riso sem jeito com o comentário a respeito de usar/virar coisas, os ombros encolhendo com delicadeza no processo. Top-Model? Talvez na outra vida, vá... — Agora, sobre a máscara... Não comentou nada. Em realidade, já a tinha; E, ao mesmo tempo, não tinha certeza se queria mostrar pra alguém. Não entenda errado: É, sim, verdade que havia mandado até FOTO pra uma e outra bonita, mas veja bem: Não o fizera para ninguém que estivesse ali na frente, bem ao alcance para que pudesse tentar fazê-la botar. E valia a pena mencionar, não pretendendo fazê-lo?

Na dúvida, deixou baixo.

— Ah, é? Mas você não vivia falando da Winona? — Ou será que tinha perdido alguma coisa ou misturado umas memórias esquisitas? Quer dizer, não era exatamente impossível, considerando que a cabeça andava um belo turbilhão nos últimos tempos... — O que é que um pesquisador faz... além de pesquisar? — Ponderou, mas franziu levemente o cenho, suave, com a própria pergunta. Não podia dizer que tinha sido a mais elaborada delas, é verdade! — Você vai aproveitar a fazenda pra isso, então? Me parece um pouco algo que requer ficar demais em um mesmo lugar, mas eu não entendo os pormenores, então.. — Pausa. — ...Que que é um Musharna Verde? É Shiny? — Mas por que diabos um Shiny teria uma lenda? Que bagulho específico...

Não posso dizer, porém, que a narrativa seguinte foi algo muito... Sabe? A cabeça pendeu para o lado, uma breve confusão escapando pelo olhar a cada palavra que saltava da boca do unoviano e era quase que instantaneamente refutava e duvidada pelo próprio. Não só isso, mas ele também tinha um "quê" a mais de animação que, de certa forma, era um pouco suspeito - o tipo de criança boba, ou de que simplesmente comeu um "pouco" de açúcar demais.

...só que foi no meio dela que, enfim, entendeu de verdade.
Ou imaginou que sim.

— ...Você tá fumando? — A pergunta veio suave, num sopro discreto que nem bem entendeu. É fato que já fazia um tempo bem razoável desde a última vez que haviam se batido, mas... Tinha perdido tanta coisa assim? — Peraí, peraí... — Balançou a cabeça, tentando espantar alguns pensamentos e organizar outros. Os orbes acinzentados se focaram nos alheios por um momento - e foi quando ele fez o beicinho que as mãos avançaram para tomar o rosto do rapaz para si, aprisionando-o com delicadeza entre as palmas. As pupilas vasculharam cada um dos traços com cautela, uma leve preocupação muda, tentando decifrar o que é de novo que se escondia dentro daquela cacholinha que ainda não tivera a oportunidade de redescobrir. — ...Ei. — Os ombros se encolheram, bem suaves. Inspirou, respirou... — ... ...Você sabe que não pode ficar botando pra dentro tudo que vê pela frente, não sabe? É perigoso. — Foram as palavras que encontrou pra dizer, em baixo tom, um dos polegares afagando a maçã da bochecha do rapaz com discrição.

...O que é que podia dizer?

Digam careta, mas normalmente era quem tinha que ficar com a cabeça em cima dos ombros em praticamente qualquer situação - principalmente quando ela envolvia Karinna, de alguma forma. Pode parecer bobeira, mas acho que é necessário entender que aquele era o tipo de comportamento que não exatamente esperava de Drac e, com a ideia na mesa de que ele estava se colocando em situações que sequer conseguia distinguir realidade e fantasia, bem, não posso te falar que o fato não fazia correr um incômodo meio angustiado pela espinha, um nó que afagava a garganta em um flerte tóxico e nocivo.

Tinha perdido alguma coisa?

... ... ...ou simplesmente, realmente fazia tanto tempo assim?

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Depois de vários acontecimentos entre eles uma vomitada na cara e logo depois um belo banho vindo de uma máquina de lavar roupa o Jovem Luch podia contemplar a evolução do seu pequeno em um poderoso pokémon ninja que alegravam o encontro daqueles dois velhos amigos.
E falar nesse encontro ambos começa a colocar o papo em dia e posso dizer que desse papo acabou surgindo uns temas bem interessantes que me deixou bem curioso, mas voltado para nossos dois jovens ambos continua conversado e falando das suas últimas experiências, então o telefone de ambos começa a tocar.

Telefone da Natalie escreveu:

Olá Natalie Chase
Não precisa se preocupar quem está do outro lado da linhas
Eu sei tudo sobre você e que nesse momento está conversado com seu amigo Luch e que também conheço ele desde aquele incidente
Sei que es uma Gestora de uma certa organização e tenho dados que se for colocando na rede pode deixa seus dias bem chatos
Por isso espero você e seu amigo às 23 horas atrás do Ferro Velho de Lilycove



Telefone do Luch escreveu:

Olá Luch
Posso lhe referir como um és membro dos Renegade Sons?
Bem eu lhe conheço deste, desse incidente e gostei de você
Não precisa se preocupar em saber quem eu sou
Posso lhe dizer que nesse momento você está com sua amiga Natalie que também estou falando pelo telefone com ela.
Traga ela às 23 horas para trás do Ferro Velho de Lilycove e talvez você saberia que eu sou.



E Agora?





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Progresso da Rota Natalie :


Progresso da Rota Luch :

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Enquanto eu falava e Natalie retrucava ou concordava ou desviava o assunto, eu podia ir traçando seus pensamentos... Estaria eu correto em minhas análises ou completamente equivocado? Bem... Ela parecia esconder coisas, coisas bobas e coisas importantes. Ela parecia ter algumas vergonhas, algumas dúvidas, algumas preocupações. Estas últimas, principalmente após minhas longas falas sobre aventuras e desventuras que havia passado nesse tempo — Winona era a mais próxima treinadora de voadores que eu tinha, mas então passei a viver pelo mundo e descobrir mais e mais... Então, não sei mais... Eu acho que gosto de Pesquisar e... Pesquisar mais, porque é isso que os Pesquisadores fazem. Às vezes se metem em confusão também, provavelmente! E bem, sobre a Fazenda, talvez eu deixe de ser um Criador, sabe? É complicado ter que cuidar de um lugar quando se tem um mundão para explorar!  — Disse, olhando com um olhar perdido na direção do horizonte, além de um sorriso bobo no rosto.

Nesse instante, imagino que Natalie estava me analisando de alguma forma, pois pelo pouco que pude notar, ela estava com o rosto tombado para o lado, analítica. Nossos olhos se cruzaram novamente, logo depois. E... paramos ali. Eu não tinha muito o que dizer, mas tudo bem, porque foi ela que tratou de perguntar "no seco" para mim sobre um possível hábito de fumar — Tsc, então... — Comecei, colocando as mãos para trás da cabeça, apoiando a própria nela. Dei uma risadinha em seguida, antes de continuar  — Muito tempo sozinho na Fazenda, muitas ervas interessantes plantadas. A gente junta tudo com o tédio e temos um Pesquisador de Ervas! Hahahaha! Ah, é quase como um "pegue todos se puder", mas no meu caso é fume todas as ervas, se puder... Cada uma tem seu efeito e é interessante, viu? — Disse para Natalie, descruzando os braços, descendo um deles para tocar o rosto da jovem, enquanto dou um novo sorriso, dessa vez de serenidade...  — Você fica muito linda preocupada, sabia...?

Com meus olhos de pálpebras levemente pendentes, num misto de sono e despreocupação, pensei em me aproximar de Naty para um abraço. Talvez também um beijo? Bem, eu até me mexi alguns centímetros, para frente e para baixo, dada a diferença de alturas. Contudo, antes de uma aproximação total, fui interrompido pelo BERRO do Rotom Phone que entrou na minha frente, com a tela apontada para mim e um sorriso debochado, para mostrar uma mensagem que gelou a minha espinha...

...Renegade Sons? Aqui?

Eu já era branco, mas talvez Natalie conseguisse notar em mim que poderia existir os tais 50 tons de branco quando o momento permitia...

A jovem também tinha recebido uma mensagem e minha mente passou um milhão de informações num milésimo de segundo. Eles teriam falado algo para ela? Eu já contei sobre meu passado para Naty, mas sabe-se lá o que esses caras podem aprontar. Eles gostam de mexer com a cabeça das pessoas. Não eram confiáveis... Nada era confiável ali...

— Eu... Eu... E-Eu... É, você... O que você vai fazer essa noite? — Terminei, questionando Naty... Precisava acertar minha cabeça para entender o que faria...



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— Sinceramente, justíssimo. — Um balanço afirmativo de cabeça, junto com um pequeno riso curto, foi com o que recebeu o "pesquisar e... pesquisar mais". — ...Você vai deixar? — A surpresa despontou inevitável, as sobrancelhas erguendo com suavidade no processo. — Mas não seria um lugar bom pra poder organizar as pesquisas? Você quer realmente focar só no ramo de pesquisador, então? — Já havia passado por aquela época... E, naquela altura, não tinha mais tanta paciência de ficar só debruçada em várias informações. Quer dizer - gostava do campo, entende? Tinha um bom motivo para não ser apegada à Inteligência Rocket, é o que quero dizer.

E também o era para não gostar muito da ideia de ficar fora de si, pois sabia exatamente o tipo de coisa que espreitava até para os espertos - imagine, então, pra quem fica bobo por aí?

— ...Luch... — Começou, um suspiro suave em resposta ao jeito mais-que-despojado do unoviano. — Você sabe que não pode fazer essas coisas assim. É literalmente perigoso! Se você tiver um treco do nada e não tiver ninguém pra t-... — Claro, o princeso não parecia levar à sério absolutamente nada do que dizia, considerando o jeito que foi MERAMENTE interrompida pelo toque e o elogio repentinos. Entretanto, foi o suficiente para calá-la: Não por VITÓRIA sobre o assunto, mas os ombros encolheram com suavidade enquanto ponderava que, bem, logo depois de uma viagem longa talvez não fosse o melhor momento.

Também não posso evitar mencionar o breve rubor que passeou pelas bochechas, ou o jeito que os orbes se desviaram de leve, tímidos, para as ondinhas no mar próximo. Inscrita no meio de toda aquela gentileza, afinal, havia uma história. E, apesar das estranhas circunstâncias em que haviam ambos se metido, era um carinho delicado que não vinha fora de hora...

Mesmo que tenha sido interrompido (e parou mais coisas do que a própria ruiva percebeu que estariam pra acontecer, é verdade) pelos berros de um rotom-celular maluco que quase foi mandado pra Nárnia pelo verdadeiro. Você tem muita, muita sorte que ele se conteve no último segundo.

— SUICUNE DO CÉU! — Foi a exclamação imediata, os pés recuando uns dois passos pela gritaria violenta do eletrônico, a mão instantaneamente indo em direção ao peito naquele sustinho besta. — Esse bagulho é escandaloso assim mesmo? Que isso, é quase um jumpscare! — Reclamou - uma reclamação que se dissolveu na maresia quando, assim que bateu o olhar no rosto do moreno novamente, percebeu que tinha alguma coisa errada. Era difícil não, considerando que ele quem parecia a ponto de vomitar, de uma hora pra outra...

Quando o próprio Pokénav vibrou em um momento tão acidentalmente coincidente, não pôde ignorá-lo. Não era tão tecnológico quanto aquela ABOMINAÇÃO que tentava replicar seu Bombrilzinho, mas era por isso mesmo que gostava dele - mesmo que não parecesse ser o caso quando, assim que os orbes acinzentados passearam pela mensagem enviada, o vestígio do sorriso de outrora simplesmente desapareceu.

Eu não sei te explicar ao certo o ódio borbulhante que pulsou por cada uma das veias quando leu aquela merda. É claro: Considerando que nunca tivera tido nenhum problema sério durante nenhum dos encontros com Drac, óbvio que o universo agora estava tentando equilibrar as coisas quando finalmente tinham um momento pra se rever outra vez. Mas, de todas as bostas que podiam rolar, desde puladas entre multiversos ou só alguma ameaça interplanetária, com toda a certeza chantagem não era algo que estava esperando estar sobre a mesa.

Foi com um clap mais violento que devia que bateu e fechou o Pokénav, apertando-o por alguns segundos e respirando brevemente para evitar arremessá-lo longe, enfiando-o no bolso antes que mudasse de ideia. A expressão se manteve séria e, enquanto o rapaz gaguejava sobre sabe-se lá o quê, Chase teve a presença de espírito que, felizmente, ele próprio não havia tido:

Agarrou o Rotom Phone flutuante para que pudesse, ela mesma, se situar a respeito da contraparte que ele havia recebido.

— ... ...Renegade? — Disse, devagar, os olhos fixos na tela por alguns intantes. A pausa se estendeu em silêncio, as engrenagens girando na cabeça na maior paciência do mundo - ao contrário do que faria caso pusesse as mãos na garganta dessa filha da puta. Arrombada do caralho, arrombado, sei lá, tá achando que é quem pra ameaçar alguém? — ... ...São aqueles que você...? — Perguntou, sem muita vontade de explicitar, a atenção subindo mais uma vez na direção do companheiro. Seria mais fácil falar de Meo-Mey, mas não podia fazê-lo com ela simplesmente NA SUA CABEÇA. Era um pouco insensível, sabe?

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Estava tão atônito que nem me importei com o estado do Rotom-Phone, afinal eles eram bem resistentes e eu tinha preocupações BEM maiores no momento. Eu não sabia o que Naty tinha recebido em seu PokéNav, mas certamente, ou não era nada demais, ou ela tinha bem mais controle emocional do que eu. E julgando pelo que veio a seguir, eu acho que vou ficar com a segunda opção. Não tinha muita habilidade de disfarçar, então eu evitava encarar demais a ruiva e apenas troquei olhares depois que a ouvi falar da minha antiga gangue. Então, provavelmente o que eu achava que ela tinha recebido, ela recebeu. Antes de falar qualquer coisa, assenti com a cabeça, silenciosamente e, mais uma vez, respirei fundo.

— Erm... Sim! Exatamente isso... Eu não sei o porquê disso agora, depois de tanto tempo.... Talvez me viram em Unova e me seguiram até aqui de novo, mas isso significa que estão me seguindo por bastante tempo. O que é no mínimo, digamos... Embaraçoso... Eu não queria te arrastar para um problema desses... Eu acho que é melhor eu ir sozinho encontrar esse tal aí... — Comecei a dizer, tentando achar uma forma ideal de abordar o assunto. Eu nem precisava ter tanto cuidado, não sei porque me senti tão culpado e... Sujo? Eu... — Sabe, Naty...? É por isso que eu estou pensando em deixar de ser Criador. Eu não sinto como se estivesse me redimindo com o passado como deveria. Eu deveria estar impedindo que mais pessoas se metam no caminho que eu me meti. De certa forma é até bom passar por um problema desses, para eu não esquecer que tudo tem suas consequências...

Disse e sacudi a cabeça negativamente, levando uma mão até o rosto. Eu estava com raiva, mas acho que eu não sei reagir muito bem a esse sentimento. Não consigo sentir a raiva que desejava, mas também não consigo ficar de boa. No meio disso tudo, a ansiedade me consumia internamente e eu nem demonstrava isso. Era como uma implosão... Se a questão era só comigo, talvez fosse realmente melhor deixar Natalie fora disso. O tal chantagista parecia estar em bons termos comigo e talvez não surtasse se ela não fosse no encontro. Se algo de ruim acontecesse, pelo menos que fosse só comigo... Mas enfim... Eu acho que fiquei pensativo demais e calado por muito tempo também porque Mey saltou da cabeça de Naty direto para a minha e ficou "amassando pãozinho" nos meus cabelos, insistentemente. Peguei então ela no colo e a deixei em meus braços, como um bebê. A encarei, como encarei naquela fatídica noite. Depois, encarei Natalie mais uma vez — Eles só devem estar atrás de mim mesmo, então fique em segurança no Centro Pokémon, eu vou encontrar ele. Ou eles... Qualquer cosia você chama o Tyrant, Karen e o Daisuke. Eles são Ranger, então vão saber como agir numa situação dessas....



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"Eu deveria estar impedindo que mais pessoas se metam no caminho que eu me meti."

Era uma frase simples, que não dizia muita coisa. Mesmo assim, seja lá qual fosse o motivo, foi a responsável por fazer com que o estômago revirasse, uma sensação esquisita que se arrastava em temor inquieto pelo pescoço - não perguntou a respeito pois, acima de tudo, não acreditou que queria ouvir o que mais existia por trás daquele pensamento; pelo menos não ali, não agora. Com tantas coisas a serem consideradas, o melhor que podia fazer era deixar os lobos descansarem enquanto eles ainda não tentava atacar a jugular.

Então, assistiu. Observou cada conclusão que pulava da garganta do especialista, a maneira como banhou Meo-Mey com um sentimento mudo, antigo, que de certa forma também reconhecia - ainda que com suas ressalvas e modificações. Vislumbrou o estresse latente que pulsava através dos trejeitos, da pouca reação, e a cabeça balançou em negativa, discreta, com a "sugestão" do rapaz. Enquanto ele se distraía com a "filhote" nos braços, a ruiva tratou de ligar o GPS no Rotom Phone e enviar a localização do objeto na própria conversa, logo antes de bloqueá-lo e o deslizar para um dos bolsos da calça do unoviano.

— ...Você tá de piada, né? — Revirou os olhos, antes de trocar um breve olhar com o Bombril. — Você realmente tá olhando na minha cara e mandando um "fica em segurança no CP"? — Debochou. Qual é, tinha acabado de cumprimentá-la como ENCRENCA EM DOBRO e agora queria que ficasse sentada em um sofázinho aleatório do ladinho da Enfermeira Joy?

Veja, Drac não era bom lidando com aquele tipo de situação. E dizia isso com o pouco que já pudera ver: Sempre que o clima pesava um pouco mais que fosse, o moreno sempre fazia o possível pra sair de escanteio do assunto - o que não era uma coisa boa pra se lidar com problemas. Muito menos do tipo daquele, que claramente envolvia uma chantagem. E... Além disso, não tava muito afim de esperar pra ver se ele descobria ou não a sua parte da mensagem, se o deixasse ir sozinho.

— ...o que a gente vai fazer é o seguinte. — Disse, puxando a mochila e revirando o bolso exterior pra poder pegar a chave do quarto que tinha reservado no Centro Pokémon, estendendo-a para o moreno e fechando a mochila mais uma vez. — Você vai pro quarto. Toma um banho e relaxa a cabeça. — Isso. Com calma, sem pressa, é o que tinha que fazer. — ...eu vou levar alguma coisa pra você comer. E a gente discute isso melhor, ok? — Sem Rangers. NÃO PODIA envolvê-los, ESPECIALMENTE os mais próximos.

Não negocie com terroristas.
Mas, eu sou a terrorista aqui.

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Dois amigos ou algo a mais, ou a menos de forma inocente trocavam algumas palavras e relembravam coisas do passado e aventuras grandiosas, mas fantasmas do passado voltaram para relembra de assuntos e de momentos que para o nosso jovem desejava apaga por toda a eternidade.
Bem uma situação complicada com o nosso jovem Luch que se sentia culpado por tudo e logo queria proteger sua tão preciosa amiga e, por outro lado, Natalie já queria mostra para quem estavam por trás disso tudo com quantos paus se faz uma canoa.
Diante do debate entre os dois acabou que no fim ambos foram quarto reservado no Centro Pokémon e assim o jovem acaba indo toma aquela ducha para tenta colocar os pensamentos em dias e logo o jovem acabou ficando uma em baixo do chuveiro. O tempo foi passado o silêncio tomando conta e o clima estava daquele jeito meio complicado e claro cheio de perguntas e uma sensação que talvez alguém estivessem observados de longe em todos os momentos até mesmo na hora de comer alguma coisa(se alguém realmente consegue comer nessa situação) até que o relógio na parede marcar 20:30.
Era o momento da decisão ir ao local ou não? Ir sozinho ou ambos ir junto?





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No início eu estava preocupado, então passei a ficar entristecido e por fim envergonhado. Quando a situação aperta, parece que eu não sei lidar com absolutamente NADA. E suspeito que Natalie notava isso, mas não conseguia entender o que ela realmente pensava dessa conclusão e isso me embrulhava o estômago de uma forma indescritível! Por que essas coisas tem que acontecer quando a gente está num dos melhores momentos em meses?! Minha boca e garganta estavam secas, eu tentava falar, mas a voz saía com esforço — É diferente... Uma coisa é enfrentarmos Pokémon Lendários e perigosos, com poderes inimagináveis. Outra coisa são humanos... A maldade das pessoas é a coisa mais terrível que há no mundo... — Comentei, me calando em seguida, de olhos baixos... Só os ergueria de novo quando Natalie falasse comigo mais uma vez.

A garota tinha uma ideia que parecia boa, pelo menos por enquanto. Ela me deu a chave do quarto do Centro Pokémon para que eu tomasse um banho. Depois, ela levaria algo para eu comer. Certamente não teria fome... Ou vontade... Mas não faria uma desfeita para ela, afinal estava fazendo tudo por mim ali... Sendo assim, concordei e a abracei. Peguei a chave e realmente fui para o Centro, apesar de não querer me separar dela. Talvez estivesse apenas envergonhado demais ainda, então seja por isso que aceitei. Mas enfim... Tomei um longo banho morno, deixando a cabeça ser bombardeada pela ducha para ver se levava os pensamentos embora. Spoiler: Não levou.

Saí do quarto então e fiquei sentado na cama... Ainda faltava um pouco para irmos ao encontro do tal chantageador. Contudo, estranhava que Natalie ainda não tinha voltado... Será que algo tinha acontecido? Peguei o Rotom Phone e digitei uma mensagem para ela, mas não enviei... E se estivesse sendo paranoico e perturbando? Melhor esperar um pouco mais...


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A maldade das pessoas de fato o é, meu querido.
E como, oh, como queria ser capaz de dizer que, ainda assim, estava tudo bem.

Um sorriso simples desenhou no rosto com o concordar mudo do rapaz diante do plano rapidamente traçado - um que perdurou somente enquanto ele não deu as costas e se afastou, é verdade, mas não era algo que poderia simplesmente evitar em uma situação daquelas. Os ombros caíram, a cabeça se movimentou brevemente aos arredores, os orbes acinzentados vasculhando cuidadosamente cada centímetro quadrado daquele lugar em busca de qualquer figura que parecesse suspeita...

Considerando que estavam ainda no meio do porto, não era uma busca muito frutífera.

— ...Filhos da puta. — Rosnou em um sussurro engasgado, os dedos se apoiando na tampa do eletrodoméstico e pressionando-a com certa irritação. — A gente vai ter trabalho hoje, Bombril. — Segredou ao aquático, ajeitando a mochila nas costas enquanto os pés pisavam firme para outro lado. — ...e algo me diz que não vai ser bonito, não. — Balançou a cabeça, o barulho de estática crescendo em torno dos ouvidos quando as faíscas elétricas se agitaram sobre o fantasma.

Aqui, devo te dizer que demorou um pouco mais do que devia. Não só em busca de alguma coisa para que pudesse levar, pois realmente não foi só o que fizera. Tirou algum tempo razoável naquela solidão temporária para que pudesse ponderar a respeito de quem diabos poderia estar por trás de uma conexão entre Rockets e Renegade mas, por mais que quisesse, não teria como adivinhar e sequer se lembrava de qualquer ocasião que explicitasse uma junção de ambos. A conclusão mais óbvia era a de que talvez tivessem visto alguma coisa na época do Dream World, mas era difícil imaginar quando havia ficado tão pouco no continente e, não obstante, sequer estivera junto de Valassa.

Pensou em mandar mensagem para Karinna mas, no fim das contas, não o fez. Não queria atrapalhar uma das poucas folgas de "gente normal" da irmã pois, entre ambas, poder curtir algo/alguém sem ter que se preocupar com o mundo caindo sobre a cabeça era algo extremamente raro - não se sentia no direito de roubar a preciosidade dela, principalmente para entregar de bandeja a preocupação de que existia uma pessoa, talvez várias, que pudesse simplesmente vazar com sua identidade na corporação sem mais nem menos. Tinha plena consciência do problema que isso causaria, afinal, só estava lá dentro por causa da própria Bley e, querendo ou não, ela sabia muito bem dessa questão.

...Era uma sinuca de bico.
Que tinha que resolver sozinha.
E, do jeito mais patético do mundo, enquanto tentava não pôr o unoviano à par da situação.

Foi por isso, meus senhores, que demorou a voltar. Além disso, é claro, ainda teve que passar em uma padaria pra comprar um croissant, duas garrafinhas pet de suco e dois sonhos, então sim, ainda levou um tempinho a mais graças à fila, escolha e etc. A única parte boa é que podia JUSTAMENTE dar a desculpa baseado no fato, então não se preocupou muito a respeito quando finalmente parou na porta do seu quartinho. Os dedos bateram na porta, suaves, e testou a maçaneta - ABERTA!!!

Escorregou a cabeça pra dentro.
Quando bateu o olho no rapaz na cama, acomodou o resto do corpo antes de fechar a porta.

— Ei! Tava uma lotação enorme, nem te conto... — Um riso sem jeito; Se aproximou sem pressa, sentando na cama com perninha de índio e estendendo a sacola para o rapaz. — Aqui, comprei umas coisas. Come alguma coisa, deve ter sido uma viagem longa. — Pediu, primeiramente. Acima de tudo, precisava da companhia do moreno - e na melhor forma possível, pois sinceramente, não sabia o que esperaria pelos dois.

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O banho não me deixou muito melhor, apenas limpo. Ainda enrolado em um roupão, eu sentei na cama e fui apenas deixando o tempo passar. Era como se o corpo pesasse uma tonelada... Será possível que com tanta facilidade conseguiam me derrubar assim? Mey dormia no travesseiro da direita da cama, mas às vezes abria o olho para espiar como eu estava. Já eu, tentava me controlar para não levantar e vasculhar a mochila, inutilmente, em busca de alguma erva que pudesse queimar. Eu não havia trazido nenhuma e agora entendia que tinha sido uma péssima escolha. Que maldição! Estiquei a mão para frente e ela não parava quieta. Tremores... Provavelmente estava em uma das minhas crises de ansiedade e não tardaria a ficar com falta de ar também... Porém, algo aconteceu.

Com um ranger leve de ferrolho, a porta do quarto se abriu e uma cabeça ruiva surgiu. A forma como Natalie entrou conseguiu me arrancar um esboço de sorriso e isso, por enquanto, era tudo o que precisava — Você demorou... — Disse, baixinho... E para tal, claro, Naty tinha uma explicação muito boa para se justificar. Para a qual, concordei com a cabeça — Eu realmente não estou com fome... Mas eu vou tentar fazer algo descer, por você... Obrigado por ter feito isso por mim, apesar da fila e do incômodo... — Sorri, pegando um pedaço do croissant e colocando na boca. Mastigava enquanto abria uma das garrafas, para beber um gole e ajudar a descer. Por enquanto seria isso... Antes tínhamos coisas mais importantes para resolver.

—  Desculpe sugerir que ficasse esperando... Eu não queria que se envolvesse com problemas do meu passado assim. Eu mesmo não queria estar envolvido... Mas acho que temos que fazer isso juntos, né? Então... Como vai ser? Iremos ou não até ele? Pode ser uma armadilha... — Comentei, ficando pensativo em seguida. Realmente poderia ser uma armadilha, mas qual seria a intenção de fazerem isso? Se sabem tão bem de nós, então sabem que Naty sabe de QUASE tudo que ocorreu em Unova comigo. Só não é possível que ela saiba sobre as sombras que já rondaram meu coração, mas isso ninguém saberia, nem mesmo um ex-colega da Renegade. Se é que podemos chamá-lo assim... Enfim, precisávamos decidir o que fazer. Minha opção era que fôssemos sim. Juntos.




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