— ...JAMAIS! E eu só entro em argumentações na presença do meu advogado, então infelizmente teremos que adiar o tribunal. — Largou um sorriso debochadinho, a palma se apoiando na ponta do nariz do moreno, ao qual deu um leve empurrãozinho. — VAI NESSA! Bora, pode mandar aí a sua novela pastelão, que depois da das 3, tem que vir a das 4... ou algo assim. — Bom, não exatamente, mas acho que você entendeu o ponto. E a INTIMAÇÃO também, eu imagino... Então, me deixa ouvir enquanto a senhorita aqui joga o lenço em um desses lixos de rua que estavam próximos.
— ...ISSO! Water, aliás. Em... Sinnoh... — Admitiu, bem devagar, balançando a cabeça em negativa. — ...fui uma vez pra lá e já consegui meter os pés pelas mãos na região, vê se pode? — Um riso sem jeito com o comentário a respeito de usar/virar coisas, os ombros encolhendo com delicadeza no processo. — Top-Model? Talvez na outra vida, vá... — Agora, sobre a máscara... Não comentou nada. Em realidade, já a tinha; E, ao mesmo tempo, não tinha certeza se queria mostrar pra alguém. Não entenda errado: É, sim, verdade que havia mandado até FOTO pra uma e outra bonita, mas veja bem: Não o fizera para ninguém que estivesse ali na frente, bem ao alcance para que pudesse tentar fazê-la botar. E valia a pena mencionar, não pretendendo fazê-lo?
Na dúvida, deixou baixo.
— Ah, é? Mas você não vivia falando da Winona? — Ou será que tinha perdido alguma coisa ou misturado umas memórias esquisitas? Quer dizer, não era exatamente impossível, considerando que a cabeça andava um belo turbilhão nos últimos tempos... — O que é que um pesquisador faz... além de pesquisar? — Ponderou, mas franziu levemente o cenho, suave, com a própria pergunta. Não podia dizer que tinha sido a mais elaborada delas, é verdade! — Você vai aproveitar a fazenda pra isso, então? Me parece um pouco algo que requer ficar demais em um mesmo lugar, mas eu não entendo os pormenores, então.. — Pausa. — ...Que que é um Musharna Verde? É Shiny? — Mas por que diabos um Shiny teria uma lenda? Que bagulho específico...
Não posso dizer, porém, que a narrativa seguinte foi algo muito... Sabe? A cabeça pendeu para o lado, uma breve confusão escapando pelo olhar a cada palavra que saltava da boca do unoviano e era quase que instantaneamente refutava e duvidada pelo próprio. Não só isso, mas ele também tinha um "quê" a mais de animação que, de certa forma, era um pouco suspeito - o tipo de criança boba, ou de que simplesmente comeu um "pouco" de açúcar demais.
...só que foi no meio dela que, enfim, entendeu de verdade.
Ou imaginou que sim.
— ...Você tá fumando? — A pergunta veio suave, num sopro discreto que nem bem entendeu. É fato que já fazia um tempo bem razoável desde a última vez que haviam se batido, mas... Tinha perdido tanta coisa assim? — Peraí, peraí... — Balançou a cabeça, tentando espantar alguns pensamentos e organizar outros. Os orbes acinzentados se focaram nos alheios por um momento - e foi quando ele fez o beicinho que as mãos avançaram para tomar o rosto do rapaz para si, aprisionando-o com delicadeza entre as palmas. As pupilas vasculharam cada um dos traços com cautela, uma leve preocupação muda, tentando decifrar o que é de novo que se escondia dentro daquela cacholinha que ainda não tivera a oportunidade de redescobrir. — ...Ei. — Os ombros se encolheram, bem suaves. Inspirou, respirou... — ... ...Você sabe que não pode ficar botando pra dentro tudo que vê pela frente, não sabe? É perigoso. — Foram as palavras que encontrou pra dizer, em baixo tom, um dos polegares afagando a maçã da bochecha do rapaz com discrição.
...O que é que podia dizer?
Digam careta, mas normalmente era quem tinha que ficar com a cabeça em cima dos ombros em praticamente qualquer situação - principalmente quando ela envolvia Karinna, de alguma forma. Pode parecer bobeira, mas acho que é necessário entender que aquele era o tipo de comportamento que não exatamente esperava de Drac e, com a ideia na mesa de que ele estava se colocando em situações que sequer conseguia distinguir realidade e fantasia, bem, não posso te falar que o fato não fazia correr um incômodo meio angustiado pela espinha, um nó que afagava a garganta em um flerte tóxico e nocivo.
Tinha perdido alguma coisa?
... ... ...ou simplesmente, realmente fazia tanto tempo assim?
— ...ISSO! Water, aliás. Em... Sinnoh... — Admitiu, bem devagar, balançando a cabeça em negativa. — ...fui uma vez pra lá e já consegui meter os pés pelas mãos na região, vê se pode? — Um riso sem jeito com o comentário a respeito de usar/virar coisas, os ombros encolhendo com delicadeza no processo. — Top-Model? Talvez na outra vida, vá... — Agora, sobre a máscara... Não comentou nada. Em realidade, já a tinha; E, ao mesmo tempo, não tinha certeza se queria mostrar pra alguém. Não entenda errado: É, sim, verdade que havia mandado até FOTO pra uma e outra bonita, mas veja bem: Não o fizera para ninguém que estivesse ali na frente, bem ao alcance para que pudesse tentar fazê-la botar. E valia a pena mencionar, não pretendendo fazê-lo?
Na dúvida, deixou baixo.
— Ah, é? Mas você não vivia falando da Winona? — Ou será que tinha perdido alguma coisa ou misturado umas memórias esquisitas? Quer dizer, não era exatamente impossível, considerando que a cabeça andava um belo turbilhão nos últimos tempos... — O que é que um pesquisador faz... além de pesquisar? — Ponderou, mas franziu levemente o cenho, suave, com a própria pergunta. Não podia dizer que tinha sido a mais elaborada delas, é verdade! — Você vai aproveitar a fazenda pra isso, então? Me parece um pouco algo que requer ficar demais em um mesmo lugar, mas eu não entendo os pormenores, então.. — Pausa. — ...Que que é um Musharna Verde? É Shiny? — Mas por que diabos um Shiny teria uma lenda? Que bagulho específico...
Não posso dizer, porém, que a narrativa seguinte foi algo muito... Sabe? A cabeça pendeu para o lado, uma breve confusão escapando pelo olhar a cada palavra que saltava da boca do unoviano e era quase que instantaneamente refutava e duvidada pelo próprio. Não só isso, mas ele também tinha um "quê" a mais de animação que, de certa forma, era um pouco suspeito - o tipo de criança boba, ou de que simplesmente comeu um "pouco" de açúcar demais.
...só que foi no meio dela que, enfim, entendeu de verdade.
Ou imaginou que sim.
— ...Você tá fumando? — A pergunta veio suave, num sopro discreto que nem bem entendeu. É fato que já fazia um tempo bem razoável desde a última vez que haviam se batido, mas... Tinha perdido tanta coisa assim? — Peraí, peraí... — Balançou a cabeça, tentando espantar alguns pensamentos e organizar outros. Os orbes acinzentados se focaram nos alheios por um momento - e foi quando ele fez o beicinho que as mãos avançaram para tomar o rosto do rapaz para si, aprisionando-o com delicadeza entre as palmas. As pupilas vasculharam cada um dos traços com cautela, uma leve preocupação muda, tentando decifrar o que é de novo que se escondia dentro daquela cacholinha que ainda não tivera a oportunidade de redescobrir. — ...Ei. — Os ombros se encolheram, bem suaves. Inspirou, respirou... — ... ...Você sabe que não pode ficar botando pra dentro tudo que vê pela frente, não sabe? É perigoso. — Foram as palavras que encontrou pra dizer, em baixo tom, um dos polegares afagando a maçã da bochecha do rapaz com discrição.
...O que é que podia dizer?
Digam careta, mas normalmente era quem tinha que ficar com a cabeça em cima dos ombros em praticamente qualquer situação - principalmente quando ela envolvia Karinna, de alguma forma. Pode parecer bobeira, mas acho que é necessário entender que aquele era o tipo de comportamento que não exatamente esperava de Drac e, com a ideia na mesa de que ele estava se colocando em situações que sequer conseguia distinguir realidade e fantasia, bem, não posso te falar que o fato não fazia correr um incômodo meio angustiado pela espinha, um nó que afagava a garganta em um flerte tóxico e nocivo.
Tinha perdido alguma coisa?
... ... ...ou simplesmente, realmente fazia tanto tempo assim?