Missão Possível - Protocolo Fantasma

 
Ambipom foi rápida, lançando Thunder Wave direto nas antenas de Farigiraf. A descarga elétrica se espalhou, e antes que a máquina tivesse chance de reagir, Farigiraf amplificou a onda com seu Psychic. O resultado? Um estrondo seguido de uma explosão de circuitos. A máquina estava acabada, mas a paz não durou nem um segundo. Gardevoir surgiu do nada, lançando um Future Sight que eu sabia que ia causar um estrago total. O lugar estava virando uma zona completa, e não tínhamos tempo a perder. Sem perder o foco, saímos correndo pelos corredores, Lucario liderando o caminho com sua aura nos guiando. Ben, com aquela expressão de quem achava que tinha o controle, mal sabia que ele estava sendo levado pela maré que nós estávamos criando.

Quando finalmente chegamos à porta de metal, senti um arrepio na espinha. Essa era a última barreira entre nós e o que quer que estivéssemos procurando. Tentei abrir a porta. Claro, porque as coisas não podiam ser fáceis. Possivelmente estaria trancado. Puxava o Z ring no pulso e assobiaria para Ambipom.  Breakneck Blitz como se fosse um Giga Impacto nessa porta!

A bagunça estava feita, mas quem se importa? Afinal, pra quem já está no meio da merda, o que é um pum a mais? Arrombaria a porta, pegaria o jovem e puxaria para fora. Lucario ainda na forma mega sinalizava o senso e perigo. Sua aura expandia-se continuamente como se fosse um sensor de perigo, um ninja sensorial, pegando a presença de cada um. No final, o depoimento deste seria o suficiente para fechar o prédio, prender os responsáveis e, sobretudo, livrar os Pokémon da manipulação inconveniente deste povo.

 
Quando entramos na sala, a atmosfera pesada me atingiu como um soco. Havia várias celas espalhadas pelo local, cada uma delas abrigando pessoas em diferentes estados de fragilidade. Foi então que vi Ben correr em direção a uma das celas, onde um rapaz estava encolhido no canto, com um olhar vazio. Esse devia ser Ryan, o amigo que ele estava procurando. E também, foi o último capturado que conseguiu levar a organização a cogitar esta investigação e nos elencar como força tarefa de resgate. E vamos de “O resgate do soldado Ryan”. Mas acho que não tinha soldado aqui, né? ACHO, SÒ ACHO. O reencontro foi bem “mamãozinho com açúcar”, mas não tínhamos tempo para comemorar.

Mais ao fundo, em outra sala, vi o que realmente estava acontecendo ali: Pokémon capturados e manipulados pela corporação, seus olhos vazios e sem vida. Asami estava em estado de alerta total, sua Gardevoir concentrada, usando Teleport para tentar salvar o máximo de Pokémon que podia. Mas a preocupação dela era clara — o Future Sight estava prestes a se materializar, e o caos que isso poderia causar era imprevisível.

-Tenha cuidado! - gritei, enquanto corria em direção às celas. Sem tempo, irmão! Asami é mais capacitada do que eu, então, tenho que confiar na moça bonita.

Ela acenou com a cabeça, mas eu sabia que a situação estava no limite. O tempo estava contra nós. FUTURE SIGHT ESTARIA.

Enquanto eu corria entre as celas, mcoração apertou, mas eu sabia que não podia hesitar. Com um chute, arrombei a primeira cela, peguei alguém, coloquei o apoio como braço passando pelo meu ombro e corria.

- Vamos sair daqui! disse, quase em um grito de urro, ajudando a se levantar e seguir.

De cela em cela, eu ia liberando as pessoas, algumas tão frágeis que mal podiam andar. Estava determinado a tirar todos dali antes que o Future Sight de Gardevoir destruísse o lugar. As palavras "quem sabe quanto tempo durou este cativeiro" passaram pela minha mente. Lucario ajudava mais uma pessoa, enquanto mantinha sua atenção e aura e força concentrada. O rapaz atingiu outro nível de meditação ali. Ambipom corria na frente, pronta para usar um Giga Impact se for necessário abrir caminho. Era a minha inicial, uma Pokémon poderosa, embora o seu corpo escondesse essa força, afinal, quem iria achar que uma macaca magrela não quebraria tudo pela frente com seu golpe normal? Eu seria um do iludidos :slow:

 A explosão nos lançou para fora do prédio como se fôssemos bonecos de pano, e por um momento, tudo o que eu conseguia ouvir era um zumbido agudo que preenchia minha cabeça. Era também um pouco da vibe Power Ranger, com explosão no fundo e tudo mais.Não havia ferimentos graves, nem sangue, mas a dor muscular anunciaria sua chegada com uma intensidade que eu sabia que me derrubaria mais tarde. Ao olhar para trás, o prédio em ruínas e a fumaça densa me lembravam do quão perto estivemos de não sair dali.

Gardevoir apareceu ao meu lado, carregando alguns dos Pokémon que conseguiu salvar, mas Asami... Ela não estava ali. O medo gelado tomou conta de mim, mas não podia deixar transparecer. Eu olhei ao redor, tentando encontrá-la, mas nada. Peguei o Pokénav falso com mãos trêmulas e liguei, caminhando pela área devastada, forçando-me a manter a calma enquanto o pânico ameaçava me engolir.

Meus olhos começaram a marejar, mas eu os mantive firmes, endurecendo minha expressão na tentativa desesperada de tomar uma decisão lógica em meio ao caos. Era como se a dor e a angústia estivessem tentando romper a máscara de força que eu vestia. Ouvi Farigiraf choramingando ao fundo, o som atravessando meus nervos como uma faca. Gardevoir parecia em choque, imóvel e incapaz de processar o que estava acontecendo. (só não abra um buraco negro em seu coração ali)

Liberei Mawile, Ambipom e Lucario, a esperança depositada neles para encontrar Asami nos escombros. Lucario se concentrou, sua aura tentando detectar qualquer sinal de vida, enquanto Ambipom, com sua agilidade característica, se movia pelos destroços em busca de pistas. Mawile, com sua força física, começou a mover os destroços mais pesados, abrindo caminho na busca desesperada.

Eu estava ali, no meio daquela destruição, esperando que o Pokénav me desse alguma indicação, qualquer coisa que pudesse me levar até ela. A voz em minha cabeça repetia: "Porra! Não é possível. Não é possível."  Eu não conseguia aceitar a ideia de que Asami poderia estar ali, enterrada nos escombros.

 
Lucario desapareceu no mesmo instante em que Gardevoir usou o Teleport. Fiquei parado ali, meu coração pesado como chumbo, cada segundo que passava parecia uma eternidade. A espera foi angustiante, e o silêncio ao meu redor era ensurdecedor. Eu não conseguia pensar em mais nada além de Asami, presa em algum lugar sob aquele monte de escombros. A incerteza era torturante, e eu me forcei a manter a postura, mas por dentro estava desmoronando. E já pensava no que faria com tanta gente resgatada, junto de seus pokémon.

Então, finalmente, Lucario reapareceu. Meus olhos imediatamente focaram nele e em quem ele trazia. Asami   com um corte profundo na cabeça, o sangue escorrendo, e um Glimmora aninhado em seus braços, como se fosse um pequeno tesouro. Ajoelhei-me ao lado deles sem hesitar, puxando Asami para um abraço apertado. O alívio misturado com o medo fazia meu coração bater mais rápido, e por um momento, todo o resto desapareceu. Ela repousou a cabeça no meu peito, os olhos semicerrados, cansada, mas viva. PORRA, É ISSO! BOA. BOA.

Ela murmurou, uma pequena brincadeira na voz, relembrando como eu havia falado seu nome mais cedo, sem querer. A maneira como ela pronunciou meu nome verdadeiro, como se fosse um segredo entre nós, me fez sorrir, mesmo que fosse por um segundo. Retribuir com uma provocação, como fizera antes, parecia fora de questão agora. Eu só estava feliz que ela estava ali, segura em meus braços. Qualquer morte seria bem complicada, mas com uma colega que se aproximou tanto em pouco tempo seria pior, confesso.

Enquanto o horizonte começava a se tingir de laranja com o amanhecer (toque meu), o som dos helicópteros dos Rangers cortou o ar. Olhei para cima e vi as aeronaves se aproximando, seus motores batendo forte. O socorro estava chegando, e com ele, uma chance de colocar um ponto final em toda essa loucura. Eu segurei Asami mais firme, sentindo o peso da missão finalmente começar a diminuir. Ela estava a salvo, e nós estávamos juntos para enfrentar o que viesse a seguir. Não importava o que ainda estivesse por vir, fiquei levemente corado ao perceber que exerci preocupação demais, mas de certo era um número que estaria na minha lista de amizade. Quem sabe depois a gente não sai de verdade para comer algo em um barzinho ou um dogão de esquina? :slow: