Ficha - Yolitta Buff

Descrição física: Yolitta possui as medidas padrões para uma menina de sua idade, apesar de ser um pouco mais baixinha que o normal. Além disso, não é considerada "bela" pelos demais; talvez seja a confusão rebelde que é seu cabelo ruivo, seu óculos fundo-de-garrafa ou seus dentes proeminentes, o que lhe gerou a alcunha maldosa de "Yolitta, Cara-de-Ratatta" pelas crianças da região.

Está sempre com arranhões pela pele branca e com as roupas sujas (que consistem em uma jardineira verde por cima de uma camisa branca e botas bem gastas), seja pelas encrencas onde se mete ou pela natural poeira cósmica de Fallarbor.


Personalidade: Desde muito cedo, Yolitta aprendeu a arte da trapaça para escapar das enrascadas em que se mete. Ela mente com facilidade e sempre está planejando passar a perna em quem se mete em seu caminho; e geralmente falha no processo. É conhecida como uma "garota-problema" em Fallarbor.

Apesar de Yolitta jamais admitir, muito desse comportamento provém de uma tentativa de chamar a atenção e ser reconhecida. Também há muita insegurança em torno de sua aparência "revolta".


Biografia: Yolitta não teve um começo fácil, isso é algo em que muitos concordam.

A única memória que tem dos pais, o senhor e senhora Buff, é de quando tinha quatro anos. Numa noite, eles acordaram a menina abruptamente de seu sono e a deixaram no Centro Pokémon de Fallarbor, informando a enfermeira de plantão que precisavam fazer uma viagem urgente à Rustboro. Mesmo alertando-os de que aquele era um hospital para Pokémon, ela cedeu. Da porta de vidro do saguão, as lágrimas nos olhos de Yolitta embaçaram a última imagem que teve dos pais partindo naquele ônibus, apressados, sem sequer olharem para trás. O casal nunca mais deu notícias.

Yolitta, claro, sentiu-se abandonada. Infelizmente, esta não seria sua única experiência com rejeição. Tornou-se um alvo fácil de provocação pelas crianças devido sua aparência, e ela revidou sua frustração em todos. Envolvia-se em brigas, enganava os adultos e pregava peças pela cidade. Até aqueles que se compadeciam pela menina abandonada passaram a vê-la como uma "pestinha" e se afastaram.

Uma das trapaças favoritas de Yolitta consistia em furtar as amostras de meteorito do Laboratório do Professor Cosmo e vendê-las por um preço altíssimo aos turistas desavisados que chegavam na cidade. Geralmente, ela acabava sendo descoberta, levava uma bronca e era obrigada a devolver o dinheiro.

Um momento decisivo em sua história veio da vez em que foi ridicularizada por uma Coordenadora que visitava a cidade para o Contest Hall. Yolitta tentou enganá-la com Fitas de Concurso falsas, e a resposta veio da Sneasel da Coordenadora: o Pokémon Garra Afiada usou um golpe de gelo no solo, fazendo Yolitta escorregar e virar motivo de riso das pessoas em volta. Envergonhada, a menina trapaceira quis desafiá-la para um combate... mas percebeu que sequer tinha um Pokémon. A Coordenadora respondeu que aceitaria o desafio, sim, mas dentro de sua especialidade: em um Concurso. Entretanto, ela não queria uma vitória fácil:

— Arranje um Pokémon, vire uma Coordenadora e me enfrente daqui a um ano na minha região natal, Johto.

Sem outras opções, Yolitta saiu derrotada e com o orgulho ferido. Mais tarde naquele dia, iria descobrir que a Coordenadora tinha sido a grande vencedora do dia no Contest Hall.

Estava decidido. Yolitta não tinha mais tempo a perder naquela cidade entulhada de poeira, com todas aqueles que a julgavam. Depois de dar seu jeito para surrupiar uma Pokébola vazia de um Treinador viajante desavisado no Centro Pokémon, tratou de se enfiar em Meteor Falls para caçar seu primeiro companheiro de viagem. Depois de sair cheia de machucados e correr dos Pokémons perigosos, Yolitta conseguiu capturar um Baltoy que dormia preguiçosamente. Não era a melhor das opções, mas ela havia dado um primeiro passo; era o que importava.

Com uma pequena mala pronta, Yolitta partiu da Cidade de Fallarbor com muitas esperanças e um passado problemático para trás. Não há promessa de que ela deixará a vida de trapaças de lado em sua jornada, mas é inevitável que ela cresça, expanda seus horizontes e descubra mais sobre si mesma.