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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Do topo ao vale. Minha satisfação foi ao ápice ao ouvir uma risada sincera de Galvanis, deixando ali tudo nos conformes - ao menos para mim - que estava tudo bem. A própria ciência do Ranger com minha posição de parceira era o suficiente para que eu lhe apertasse as mãos e desse um sorrisinho besta, esboçando a felicidade mais nua e crua possível: a felicidade de ser respeitada sem ter que mostrar força e poder bélico para tal.

E então, um enorme pessimismo ao ouvir o som de sirenes. Sinceramente?! Eu nem ouvi direito o que a velhaca falou ao estender a bolsinha e balançar, acabei apenas emitindo um "Hãa?" meio confuso, até raciocinar que a moça queria meu dinheiro. Revirei os olhos: eu quase a matei a pouco? Sim, mas também ajudei a salvar... ao menos, na minha cabeça. Fui a primeira a gritar e avisar o Galvanis, ok?!

Não vou pagar nada a ela, e a moeda eu iria precisar.

Veja bem, achei ela muito salafrária e não sou obrigada. Então eu peguei a moeda de volta, olhei pra cara dela com o ouvido direito um pouco mais inclinado para a direção da sua boca e falei gritando, ao meio das sirenes:
- AH MOÇA DO BEBÊ É A DONA?! - Perguntei, me fazendo de sonsa - AH, TA BOM, VOU LÁ ENTÃO!! OBRIGADA PELA MOEDA!

E "sebo nas canelas"! Já corri para longe da senhora e comecei a analisar a presença de alguém com um carrinho de bebê, quando achei, corri sem nenhum escrúpulo, inevitavelmente parando na "linha de chegada" e arfando um pouco. Se eu tivesse lhe alcançado, eu perguntaria se ela "Tinha mais daquelas moedas bonitas com ela", apenas para iniciar o assunto. Caso contrário, eu contornaria a praça, pegaria minha moto e a seguiria.

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Caleidoscópio de sentimentos. Juro, chegava a me dar labirintite. Primeiro, um pedido de desculpas completamente inesperado, que me fazia arregalar os olhos inevitavelmente.
- Wow, mas desculpas pelo quê? - Perguntava em ato reflexo, quase lhe interrompendo e tendo a resposta logo em seguida - Ah... isso - Botei a mão na cabeça e cocei, tentando disfarçar o rubor das bochechas. Eu odeio ficar inteiramente rosa quando não estou em um lugar confortável, é sempre algo estupidamente notável uma Jigglypuff em formato de gente - Cara, eu não acho que seja culpa minha. Eu realmente lido com as coisas gargalhando, semana passada um amigo ficou puto comigo também e acho que ele nunca mais vai olhar na minha cara. Eu até admito que não esperava você ficar tão irritado com o plano, mas acho que a risada em si foi o que mais te incomodou, né?! E isso é culpa minha... se fosse algo que ninguém nunca reclamou comigo, mas todo mundo sempre reclama - Terminei com um "hahaha" desanimado, que não se comparava com a antiga gargalhada - Mas desculpa, eu realmente deveria segurar mais esse riso, pelo menos até saber se você estava com o mesmo sentimento que eu...

E foi ai que o "Civil" me chamou atenção. Dessa vez, com um pouco mais de frieza olhei-o de cima a baixo. Vi a bandana, a bota e relembrei sua forma de agi. Emiti um "hmmm" sonoro e pensei com meus miolos: "é, faz sentido, ele deve ser Ranger ou algo do tipo". Eu poderia dizer que isso me faria surtar, mas não o fez. Não o fez porque... bem... se fosse para temer um Ranger, eu definitivamente não falaria com Ayzen ou com meu irmão...

... sem contar que, quando ninguém me lembra, eu esqueço que sou Rocket.

Mas há algo extremamente importante para ser lembrado: eu preciso ser cuidadosa. Por um instante, minha mente viajou para a possibilidade de ser presa e eu arrepiei por completo. O pensamento ruim tomou conta do meu corpo e eu, inevitavelmente, comecei com uma taquicardia que só foi parar quando vi Galvanis terminando a interação com Kinney.

"Se eu for pega, o que eu vou falar para os meus pais?", foi a única coisa que pensei. E ai, o que?! Não atoa eu mantenho minhas missões em Hoenn e Sinnoh, longe da minha família, mas e se acontecer?! Bleh, bleh, bleh, esquece isso: você não ta fazendo nada de errado, Winnie. Fechei os olhos, balancei a cabeça tentando expulsar os pensamentos inoportunos e falei em voz alta:
- Ok - Esse ok fora tanto para mim quanto para Galvanis, que falava que Kinney estava bem - Eu não sei olhar nos olhos de Slepinir e dizer algo, eles tão sempre vazio, então essa análise não iria funcionar - Dei de ombros.

No fundo eu pensava: "torça para não ter que dizer 'eu avisei'". Não iria falar isso, de fato, mas se eu falar que concordo com a atitude de deixar Weaville fora da esfera, eu estarei mentindo.

... e ai, um palanque.

Aqui eu - simples e puramente - me apequenei. Fui me encolhendo, saindo de cena e me escondendo entre os pokémons soltos de Galvanis. O motivo?! Não era nada - operacional -, eu simplesmente odeio que chamem atenção para mim. Se Galvanis quisesse fazer um pronunciamento, ele pode fazer; nem lhe julgo, deve ser de fato o mais certo, porém eu não irei me meter. Quando ele veio até a mim novamente, me achou num banco lateral, tentando arduamente virar uma parte-do-cenário, me tornando apenas uma figurante qualquer em seu discurso. Consegui?! Provavelmente não, visto que o garoto fizera referência a mim logo no final.

Sua ideia? Era ótima. Na verdade, chuto ser a única coisa a fazer por enquanto, visto que não temos informações. Além disso, me ajudaria a sair daquela muvuca e aproveitar ares mais frescos, então apontei para a idosa-do-pidgey e disse:
- Vou até ela, boa sorte com a moça do Tyrogue - Sorri. Ele podia ser o Ranger, mas eu gostaria de ter a autonomia de decidir para que lado eu vou - Mas óh, posso ser parceira mas sou péssima em receber ordens - Fui sincera. Desde a Ilex Forest, eu realmente tenho um problema com homens mandando em mim - Não que eu seja rebelde, mas... ah, você entendeu - Dei uma risadinha e fui andando pra longe. Provavelmente Galvanis não entendeu, mas eu preferi acreditar que sim.

E ai, cheguei na velha, que já estava quase de saída. Dei um trotezinho para alcançá-la e disse:
- Ei, ei moça, vem cá, deixa eu te perguntar uma coisa antes de você ir! - Ofegante, parei na frente dela - Essa moeda aqui, o que você me diz sobre ela?! - A moeda estava de fácil acesso, principalmente pelo fato de eu tê-la mostrado agora pouco - Você tava com ela ou nem tchum?!

"Nem tchum"... parabéns Winnie, pela sua ótima capacidade para entrevistas. Que bom que você não é Ranger mesmo, em?! A vergonha que você iria ser.

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

O suspiro aliviado de Galvanis podia ser ouvido a três quilômetros de distância; tanto pelo peso que carregava em seus pulmões, quanto pela carga que liberou ao perceber que Bragui, dessa vez, não iria atuar ativamente em nada. Diferente do Ranger, eu não soltei meu ar até as coisas de fato darem certo, não queria correr o risco de comemorar antes da hora.

Com o nocaute de Tyrogue, soltei o ar. Tanto quanto o suspiro anterior, o meu pôde ser ouvido a quilômetros.

E aqui devo dizer que Togekiss não ficou contente em ser pisado por Kinney, mas não permiti que sua raiva se tornasse nada. Na-di-nha. Assim que vi sua boca se transformar em um bico, apertei o botão central da esfera e o retornei. O pokémon estava tão "entalado" de xingamentos que, quando soltasse, ia sair tudo como uma bomba. Era melhor esperar que esse ódio saia em um inimigo, e não num - suposto - aliado.

E sem Bragui no cenário, eu pude pensar melhor.

Juro que me segurei um bocado para falar que "deixamos de ser uma dupla de bosta", porque minha magoa e meu receio ainda estavam ali. Então, ao invés disso, apenas me aproximei da cena pelo contorno, tentando visualizar melhor o acontecido. O que me surpreendeu foi, inevitavelmente, a moeda que Kinney da pra Galvanis.

Minha reação não podia ser outra: retornei de imediato Araquanid para a esfera:
- Slep me deu uma igual - Disse, enquanto a luz vermelha teleportava meu pokémon para a esfera bicolor - Estava onde os Pidgeys atacaram. Não pode ser coincidência... - Dei um suspiro enquanto tirava a moeda do bolso e mostrava para Galvanis - Se cada pokémon que encostar nisso perde o controle, é melhor que você retorne Kinney por precaução.

Eu não queria ser muito seca, mas engolir sentimentos acabou me fazendo ser. Talvez isso fizesse Galvanis me achar mais responsável e - talvez - até mais forte, mas não era minha intenção. Na verdade, depois da frase, mergulhei em pensamentos vazios enquanto olhava aquela moeda. A segurei entre o polegar e o indicador e a rotacionei lentamente, tentando achar algum indicativo de onde ela é, de quando e qual o seu valor.

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

POV de Togekiss:

Parece que o alívio do "tudo deu certo no final" não cola com todo mundo. Na verdade, o olhar de Galvanis me lembrou exatamente o olhar de Luke ao ouvir minha gargalhada perante o seu momento trágico. Será que estou ficando mais... insensível?! Olhei-o e respondi sua face neutra com uma careta um pouco confusa. Depois disso, abaixei a cabeça e disquei um número
- Tô chamando a ambulância - Disse, num tom bem baixo, como uma nota de rodapé.

Após - ou durante, fica a cargo do narrador -, abri a SMS e vi uma SMS de Kathryne. A priori, eu tinha certeza de que tudo tinha dado muito errado e aquilo eram notícias ruins, mas pareciam coisas boas "até demais". Aproveitei o gap e me entreti no celular. Depois do sermão que havia tomado, eu não estava muito a vontade de fazer coisa alguma: vai que faço errado.

@Sleepy
Nossa, vontade de te matar. Pra piorar, ta tudo em clima de ENTERRO porque você desapareceu. Esses dias tava num confronto com a Lísia ela fez eu ter CERTEZA que você e o Ren tavam em perigo e virou tudo um desespero.

Inclusive, já manda ele ir falar com a líder lá. Ela ta quase se esgoelando.

Em geral ta tudo bem... na verdade acabei de fazer uma merda colossal e tomar esporro, mas eu sempre fui meio destrambelhada né. Ta por onde?!

Aproveitei que estava de cabeça baixa - completamente presa ao telefone - e mandei uma mensagem para @Natalie

... eu to começando a achar que só você me entende ):

Depois disso, ergui o rosto. Não passei mais de 40 segundos ocupada nessas mensagens e isso não foi o suficiente para fazer com que meus pensamentos ruins sumissem. O que veio em seguida foi Araquanid, que chegou até a mim com uma moeda esquisita. Peguei-a na mão e guardei-a no bolso. Logo em seguida um grito me fizera olhar para trás e ver uma perseguição.

"Dessa vez é melhor ir por terra", pensei por um instante, tentando evitar conflitos. Corri até ela e liberei novamente Bragui, torcendo para que o Togekiss tivesse "superado" o acontecimento de antes: eu não queria mais problemas.
- Bragui, Follow Me - Disse, torcendo para que o Tyrogue visse isso e largasse a ginasta e viesse até nós.

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Nada, absolutamente NADA me impediria de soltar uma imensa gargalhada e largar minha moto logo após retirá-la do descanso. Por descuido, o veículo caiu no chão, fazendo uma barulheira danada, mas eu não me importei com isso nos próximos minutos; eu apenas ri até perder o ar e ser obrigada a parar.

Desculpem o termo, mas a cena foi ridícula e risível. Bragui, todo empolgado, perdeu o controle do seu rasante e aquilo quase virou um Bravebird. Salamance, também sem muita noção de espaço, entrou na frente, o que - TALVEZ - salvou-me de acidentes piores, mas não havia espaço para a preocupação, apenas para o riso idiota.

O rugido rouco pra mim foi a gota d'água. Salamance ficou parecendo um gatinho no final das contas e aquilo foi tão ridículo que tinha uma pontada grande de fofura. Claro, a culpa era majoritariamente minha?! Sim, mas idai? Não sou eu que vou jogar esse 'jogo de culpa" para tentar me redimir. Ao invés disso, me recompus, levantei a moto de novo e deixei ela lá.

Eu preciso admitir duas coisas sobre esta moto: a peguei porque pensei que o barulho do escapamento poderia servir de algo numa segunda tentativa e eu já havia perdido o gap de correr atrás dos pássaros, então deixei-os ir e retornei-a para o modo "estacionado". Depois disso, andei lentamente até Galvanis ainda recompondo o fôlego. Tenho certeza que o rapaz tinha ouvido minha risada lá de longe, mas eu não me importei muito com isso. Na verdade, apenas retornei Bragui pra esfera, olhei para o garoto e fui bem sincera:
- Meu Deus a gente tem que treinar isso de não vamos ser uma dupla de bosta - Soltei mais uma risada descontrolada e depois tentei voltar a falar, escapulindo risos pelo nariz - Tomara que nenhum problema maior encontre a gente. Eu quase matei a moça do coração!!!

A moça do coração, o Salamance de Brave Bird e o Bragui de Recoil, eu diria. Felizmente Bragui é bem fracote em Atk e bem lentinho, então o impacto não devia ser tão grande assim... né?!

Ah é, sobre a velha, eu tenho 99% de certeza que os pokémons de Galvanis já estavam ajudando ela enquanto me olhavam com cara feia. Eu aceitei, mas Araquanid estava me representando enquanto andava até ela e imitava os pokémons do meu "parceiro" e até mimetizava o próprio Galvanis, ofertando cuidado e ajudando a levantá-la.

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Ao Rainbow Rocket eu apenas confirmei com a cabeça o fato de tê-los encontrado; diferente do que fiz com Lísia, que forçou o assunto e eu só fingi demência. Ouvi-lo dizer da minha experiência pensando que não iria lhe entediar com a minha história, que fora basicamente marchar morro acima e bater em Grunts. A dele era, definitivamente, muito mais interessante, me fazendo pontuar algo:
- Acho que a cor verde incomoda - Não era uma crítica de fato, era mais um alívio cômico.

E então, o assunto de paz veio.

E o irônico que ele terminou com um imenso caos.

Eu já estava preparada para dizer que não me sinto muito assim. Depois dos Rainbows eu fiquei seis meses completamente inerte, no Centro Pokémon de Lilycove, e lá eu aprendi que depois de um tempo, a paz começa a ser entediante. Ainda assim, doses de paz são sempre bem vindas, e eu as aproveito com um bom engradado de cerveja e risadas idiotas. As vezes com séries e filmes, mas depois de seis meses em Lilycove, acho que zerei o catálogo da Netfrix.

Mas tudo isso ficou apenas na minha cabeça, porque uns resmungos mais altos começaram a chamar minha atenção. Meus olhos se voltaram diretamente para a origem do som e meus olhos se arregalaram: "o que diabos está acontecendo aqui?". A priori, não tive reação; não por não me importar, mas sim por nunca ter visto Pidgeys urbanos serem tão violentos.

Raciocinei algo em alguns instantes e logo agi. Peguei do bolso dos shortes a esfera de Bragui - sempre de fácil acesso - e o liberei. O pokémon voador chegara já piando forte, enquanto tomava conta do espaço aéreo daquela praça.
- BRAGUI, DA UM RASANTE E TENTA EXPULSAR AQUELES PIDGEYS - Disse, mantendo os olhos nele.

Vi o pokémon ir em frente e pensei nas minhas próximas opções. Junto disso, um pedaço da minha mente me alertava: esses pidgeys devem ser de humanos e estão tentando roubar alguma coisa. Será?! Olhei em volta, procurei algo suspeito na praça e comecei a andar em direção a minha moto, me afastando um pouco do cenário. Por descuido, deixei o capacete ~~rola~~ em cima do banco, na minha cabeça eu precisava achar o culpado - porque TINHA que existir um.

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

A risada de Galvanis foi completamente inesperada, mas não direi que havia uma reação que eu esperava do rapaz: eu sabia que meu tapa e minha frase seria delicada, mas não imaginava que o impacto fosse tanto. A questão é que eu, melhor do que muitos, sei o poder que um riso tem de significar muito mais do que a pura comédia. Eu sei o que é perder uma companhia porque um riso saiu sem querer da minha boca. Além disso, eu, melhor do que ninguém, sei o que é o riso condenável, daquele que não sai pela agradabilidade da cena que se monta a sua frente, mas sim pelo desconforto psíquico gerado por um conflito interno.

... e aqui eu confirmo: Galvanis realmente ama o mundo. Ele pode negar para mim quantas vezes quiser, mas tenho uma política no meu âmago, que é a de que tudo aquilo que importa é quisto em certo ponto ou de certa maneira. O ódio só é possível se você tiver um afeto muito grande e todo o afeto, em certa instância, deriva da paixão.

Então, ainda que Galvanis negasse, para mim ele era apaixonado pelo mundo, caso contrário, não teria dado esta gargalhada tão gostosa de ouvir. Foi justamente por isso que ri com ele, por saber que aquilo podia condenar nossa relação para o resto da rota, mas também por entender que esta condenação podia muito bem ser um marco que nos uniria para o resto da vida. Nosso riso só parou quando nos acalmamos e retornamos aos assuntos mais... palpáveis?! Não sei, não há nada de palpável em sociedades, mas é uma instituição mais reconhecida do que amores e paixões... né?!

Foi ali que tomei o fôlego, limpei o lacrimejar dos olhos e fui sincera:
- Ah eu sou da Requiem, mas acho que só tenho mais dois colegas da sociedade que seguem fortes, a maioria tirou um bocado de férias depois dessas tretas do Monte Silver - Dei uma suspirada - Na verdade até eu tirei um pouco. Fiquei uns seis meses fora de cena.

Aproveitei a pausa nessa nossa conversa - até para a retomada do conforto - e peguei o celular que estava no bolso dos shorts. Deii uma olhada na tela e dei um sorriso inevitável ao ver Natalie me mandar uma excelente foto:

@Shianny

Meu deus você também foi arrebatada pelos líderes de ginásio simpáticos e convidativos?
Mas to pra te dizer que minha moto HUMILHA sua mascarazinha, em????

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 08

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[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Um homem passara com um folheto de uma festa e eu imediatamente peguei com as duas mãos. Para quem não tem o que fazer, tudo que vier é lucro, não é?! Ta certo que eu posso acabar cometendo o mesmo erro de antes: beber demais e não ter condições de dirigir moto alguma para fazer uma merda de um exame, mas fazer o quê, né?!

Meu ex namorado já me chamou de alcoolatra e eu sempre neguei, mas isso ter TER que fazer algo sem uma gota de alcool no meu corpo tem complicado a minha vida... eu começo a achar que o Matthew estava levemente certo. LEVEMENTE SÓ, OK?! Mas além do que, com tanta coisa que aconteceu, quem me culparia por depender de álcool pra viver?!

Espero que não você.

Enfim, enfim, sofrimentos a parte, agradeci pelo folheto, sorri e acenei para o outro velho que surgiu na rua. Tudo isso enquanto eu dava meus dois centavos para Galvanis:
- Ah, nossa... Salandit. Tenho um amigo que é fissurado por sua Salazzle - Imediatamente a imagem de Luke e um arrepio me tomou a espinha. Não tínhamos acabado muito bem, então isso também me assombrou um pouco - Mas eu pensei em algo... - Dei uma pausa longa, como se esperasse "permissão" para falar - Esses mons de Hisui eles não tiveram que evoluir com o risco da caça humana por pokémons. Se pararmos pra pensar, essa pode ser uma forma boa de se evitar predadores, mas não uma captura forçada... sabe?! Quando o Goomy explodiu, minha amiga só jogou a esfera nele e pronto. Beep e cabou. Essa nova forma de se destruir habitats pela ação humana é meio nova para os pokémons de Hisui, então talvez ele tenha evoluído assim só pra afastar pokémons mesmo, porque com a gente não funcionou muito... eu não cheguei nem perto de me machucar. O pior mesmo foi o susto. Ele era bem fraco... se você parar pra pensar, se toda a batalha que ele entrar ele vai explodir, acho que isso significa que ele nunca ganhará uma experiência de batalha de fato e vai crescer muito devagar... Sei lá, tenho certeza que estou errada ao falar isso, mas parece uma adaptação de sobrevivência... ruim?! Não acho um termo melhor. Eu preferia não me adaptar assim...

Óbvio que não posso nomear certas coisas de "ruins" e "boas" só porque eu não gostei, mas deixemos de lado o moralismo e vamos pontuar mesmo assim: há certas necessidades de sobrevivência que talvez não sejam tão bacanas de se ter. A de Freya, por exemplo, é uma. Sei que Frillish tem essa tendência a predar almas de forma até torturante, mas ela precisava mesmo ser a baleia-orca dos pokémons? Estremeci...

... por um lado, é tão confortável por a culpa em tudo que eu faço em Freya, né?! Me desliguei um pouquinho da realidade quando Araquanid e Leona me chamaram a atenção. Aqui eu digo que fui tão repetitiva quanto Slep outrora: apenas mimetizei a ideia de Galvanis e confirmei com a cabeça, dando validação ao vestido. O engraçado é que minha araquinídea não só fez o que Gal sugeriu, como também OBEDECEU COMO SE FOSSE UMA ORDEM. Eu juro, ela fez aquilo de imediato, não como um hobby, mas como se fosse uma obrigação. Começou a secretar uma teia que inicialmente era bastante malemolente, mas depois foi ficando mais rígida. Deixava que o tecido se formasse e dava à Leona o direito de o manipular.

Ficariam ali por um tempo, enquanto isso, eu abria um sorriso que já preparava o terreno para uma piada:
- Já que você não quer se botar em muito problema antes de Howlett estar bem adaptada a equipe, acho melhor eu ir indo embora... - Sim, a risada denunciou isso como uma piada-com-um-fundo-de-verdade - A única coisa que eu atraio é problema, viu?!

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 06

[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Repentinamente eu recebi um bocado de informações sobre Sneasels e Weavilles. Minha reação?! Olhá-lo com olhos bastante brilhosos e ouví-lo com os ouvidos bastante abertos. O sorriso no rosto mimetizava a alegria e o entusiasmo de Galvanis ao falar daquilo, me fazendo perceber duas coisas: ou ele ama estudar, ou ele ama Weavilles e Sneasels. Chuto, por baixo, que o segundo se sobressaia ao primeiro, visto que ele se tornou aprendiz do Pryce e não um pesquisador.

Por um instante, vi nos olhos e no entusiasmo de Galvanis o Ayzen. Eles não eram parecidos; ao menos, não pelo pouco que vi Galvanis falar. Ainda assim, o entusiasmo pelo entendimento e por uma boa conversa era algo raro de se ter em um mundo nômade-pokémon, então toda a vez que eu me ver tendo longas conversas e mais aprofundadas, eu vou lembrar de Ayzen.

... inclusive, saudades dele.

Isso inclusive serviu para me fazer sair um pouco de Jellicent e Araquanid para levar minha mente para outro exemplo: os Goomys. Eu, ouvindo Galvanis, tive vontade de perguntar sua opinião; não só por achar relevante, mas também por querer prolongar a conversa:
- Cara, eu encontrei um Goomy em Hisui... - Era uma mentira, na verdade quem encontrou foi a Natalie, mas eu também lhe vi, então é só uma semi-mentira - E ele EXPLODIU assim que tocamos nele. O guia falou que os Goomys de Hisui evoluem com propriedades metálicas e não soube explicar direito NADA. A gente ficou se perguntando por muitas horas se essa explosão dele é um troço genético que vai passar pra prole e é algo super usual entre os Goomys de Hisui ou se é algo... dele?! Será que faria sentido um Goomy ter uma linha evolutiva que seja plausível explodir?

Eu SEMPRE, ênfase no SEMPRE, tive uma relação conturbada com o golpe Explosion. Em geral, é um golpe que não ensinaria para nenhum pokémon meu, mas como toda regra, há uma exceção: Fafnir, meu Claydol, se recusa a esquecer esse golpe. Quer dizer, mesmo eu tirando-o do moveset, ele fica por ai explodindo sem mais nem menos, se machucando e depois recompondo os cacos de barro. É, no mínimo, estranho, e percebo que não é só ele: Katakuri já havia me falado de um Claydol que explode como um kamikaze no Shimmer Desert. É como se fosse algo da... espécie?!
- Porque diabos um pokémon se explodiria, sabe?! - Falei em voz alta, como se fosse o resultado de todo um processo mental meio sem sentido.

E foi durante essa discussão que Araquanid se fez presente. Era um pouco engraçado como a aranha não sabia muito bem por onde começar e finalmente expressava algum sentimento em sua face estática; o sentimento de confusão. Primeiro olhou para Galvanis, que lhe saudou, depois para Kinney e tentou lhe mimetizar, saudando com uma das garras. Quando olhou para Ciri, tentou respondê-la com outra mimetização, porém era impossível balançar uma cauda que não tinha...

... foi até meio patético, já que a aranha levantou o segmento posterior como se esta fosse sua "cauda", e balançou justamente a glândula que libera a teia. Já quando viu Leona, deu completa tela azul, sem saber como diabos mimetizar um vestido. Depois de um tempo parada e olhando-a sem muita reação, balançou a cabeça em positivo e foi comer.

Eu olhei aquilo e fiquei com uma enorme interrogação no meio da testa.
- Que porra foi essa... - Falei, em tom baixo, mas era possível ouvir minha confusão - Ai Galvanis, não faz pergunta difícil... - Olhei para ele com o olhar já mais alto e um sorriso meio amarelo. Era brincadeira, de fato, mas tinha um fundo de verdade - Sei lá, toda vez que fico meio sem saber onde vir, paro em Johto. É meu continente natal, meu lugar de conforto. Eu precisava tirar minha carteira de motorista e acho que decidi vir pra cá fazer isso... não sei. Você sabe o que ta fazendo aqui?

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 05

[EVENTO] Se mentira tem perna curta uma centopeia é sem mentiras????? EM????

Sabe como uma mísera fala muda um bocado de coisa dentro de você?! Quando Galvanis falou sobre "sobrevivência", era nítida a minha boca formando um "o" e meus olhos arregalando. Eu não consegui deixar meus pensamentos dentro da minha própria cabeça e acabei murmurando algo baixo, sem o intuito de prolongar a informação:
- Ooh, será que ela então precisa? - Indaguei a mim mesma, pensando principalmente em Freya e suas tentativas de comer almas.

Faria sentido, não é?! Mas isso não é algo que a PokeDex ensina. Galvanis prosseguiu com a explicação e eu levantei uma hipótese:
- Será que essa é uma característica comum da comunidade de Sneasels e Weaville? Do tipo que eles levam por ancestralidades e ancestralidades? - Pensei com meus miolinhos, afinal, se Howlett e Kinney tiveram a mesma história, mesmo isoladas geograficamente, talvez fosse um pouco sobre... "instinto"? Não sei. Achei curioso, talvez seja algo sobre abandono e solitude de pokémons Darks que a PokeDex também não ensina.

No mais, liberei Araquanid naquele cenário. A araquinídea pousa próxima de Gardevoir, mas fica extremamente inerte, como se estivesse brincando de mímica. Pela falta de reação, não seu muito como fazer com sua chegada, então apenas apontei para a monstrinha e apresentei:
- Essa é Sleipnir

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