Uma Phanpy para azarar

O trio continuava da mesma forma que vinham seguindo jornada desde quando pisaram na rota um, brigando. Aquilo não surpreendia nos novos colegas, por quê nenhum dava atenção a discussão que se seguia, Lysander estava disperso por pisar em uma mansão e Pia agia como só ela mesma sabia.

A noite caia lentamente e conforme a Lua descia ruídos de rochas colidindo podiam ser até vistos, devido a intensidade dos mesmos.

Todos os cinco, incluindo seus parceiros monstros surpreenderam-se quando duas das colinas da construção, aquelas que se assemelhavam ao porte feminino, criavam vida e começavam a andar, passo por passo iam, perdendo a parte rochosa, descamando até ficar somente o espírito feminino, ali a olhá-los.

- Isso é errado. Isso é tudo errado. Chega de tanta briga, a vida é muito curta para tanto arrependimento e vocês IRÃO se arrepender. – Disseram as duas de forma uníssona, ecoando uma a outra, que eram também, idênticas. – Vão ser separados, só voltarão a se ver quando conseguirem ver as coisas como realmente são.

As damas então viraram-se, separando Tyrant e Lysander de Sally, Amy e Pia, cada qual com seu respectivo Pokémon, então as duas bateram palmas e todos piscaram juntos.

Quando Tyrant e Lysander ganharam o luxo da visão notaram que estavam em um calabouço, água gotejava de algum local e chocava-se contra uma poça, apesar de seus olhos abertos podiam notar apenas a grade de prisão atrás deles, tudo estava negro. Começaram a ouvir algo diferente de água, uma voz.

- Olá! – Então tochas eram acessas por toda a extensão do local, revelando um túnel e uma pessoa no final dele e aquilo era a única saída.

As garotas deram sorte quando se teleportaram, estavam agora num divino quarto, maior do que tudo que já haviam visto, vários vestidos longos, lindos e distintos haviam sido espalhados no chão. Viam-se numa cama de plumas que as estufava de sono, uma música calma, instrumental tocava ao fundo, mas uma coisa estava errada. Ao olhar através de uma janela estava um homem vestido com roupões de velhinhas, ele virou-se e começou a falar.

- Olá... Não tenham medo, iremos brincar.

Elas tentaram fugir do homem por uma porta adjacente a elas, mas quando levantaram-se perceberam que estavam com os pés acorrentados umas às outras.

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OFF: Bem vindos a minha versão distorcida de gente rica.
Matt, separe seu post em duas partes e narre como Lysander e como Pia, por favor.

OFF: Não fiquem assustados com os Pokémon, eles não serão tão fortes e nem saberão TM’s, Egg Moves ou Tutores.

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Os homens desconsideravam a opção de resolver aquela situação em grupo, queriam passar por cima um do outro e suceder sozinho na missão de abandonar a propriedade estranha.

Lysander socava seu novo companheiro, demandando uma atitude do jovem, que retrucava em outras palavras rudes o que lhe fora dito. Não notavam que a entidade caminhava em passos ocultos até eles, chegando perto.

Continuavam a discutir e aquilo irritava severamente a criatura, que com aquilo não via nenhuma alternativa sequer vir ao claro e mostrar-se, interrompendo tamanha futilidade e dando continuidade a assuntos mais importantes para ela, como se eles ainda viverão.

A entidade finalmente deixava seus passos serem ouvidos, fazendo com que a confusa dupla virasse até o final do túnel, notando uma mulher de cabelos em tons de roxo, com uma saia branca babada com a mesma cor das madeixas, calçando botas negras, pontiagudas. Ao ser notada, começava a falar.

- Finalmente as duas maricas calaram a boca! – Lysander tentou responder a mulher, mas ao tentar fazer isso ela apontou o dedo indicador a ele, fazendo com que ele se quietasse novamente. – Calado, seu merda. Me escutem bem... Se vocês quiserem sair vivos daqui me matem antes. – Estalou os dedos, gerando uma flama negra, deixando claro sua particularidade. – Ah, não podem, eu já morri.

A fantasma riu, deixando que as labaredas escurecidas tocassem o que parecia – para eles – água, mas aquilo era surreal. O líquido consumia-se em fogo, sendo revelado ser álcool. Deixando as laterais da caverna em combustão absoluta, diminuindo o já reduto espaço de uma futura luta. A criatura fantástica agora abria suas mãos, liberando dois raios que por vez distorciam-se até assumir a forma de duas criaturas distintas.


O primeiro assemelhava-se a um amonite em um tom claro de azul, com presas afiadas e tentáculos dançantes, sua concha era repleta de espinhos totalmente aguçados, podendo destroçar desavisados.

O segundo mimetizava uma tartaruga marinha, de porte gigante, com um fervoroso corpo azul marinho e um casco quase indestrutível o ser desafiava a maioria dos seus devoradores em potencial, transformando-os no jantar.

A mulher ria da cara de desespero que conseguira plantar em Lysander Lestrange e Tyrant Torres, que aparentemente teriam de ralar muito para conseguir sair de lá – com vida.

Pia, a garota de cabelo cor de rosa guiava cegamente suas novas amigas ao homem vestido de camisola para enfim oferecer ao mesmo um belo vestido púrpura, cintilante.

O homem não demonstrava reação, respirando baixo e deixando a insana ostentar a roupa em sua face até que se cansasse. Após dois minutos e de forma inexplicável o homem entra em um acesso de fúria descontrolável.

Abaixou-se pegando a corrente que juntava as três e a rompendo usando as mãos nuas, separando Amy das demais, alojando-a em uma cadeira de balanço e dizendo:

- Doce alma, descanse muito, você precisa. – Então caminhou até Sally e Ostrea, segurando a segunda pelo pescoço, estrangulando-a sem qualquer esforço aparente e de forma serena. – Nunca dirija uma única maldita palavra a mim, imunda. – Então com toda a cólera suportada pelo corpo de um ser claramente não humano a criatura arremessava-a contra a parede, levando Sally junto.

As duas chocaram-se contra a construção, causando um buraco na parede, mesmo que a dor não fosse adequada ao estrago feito. Pia como sempre tentava visualizar o lado bom e notara que as correntes haviam rompido.

O humanoide vestido em camisola caminhava lentamente, demonstrando novamente calma, até as duas, que agora separadas corriam uma para cada lado, mas não por muito tempo. O monstro olhou primeiro para a mais máscula, que corria logicamente mais rápido e pensou: “Caia!” E aquilo foi o que aconteceu, Sally escorregou e chocou-se no chão, perto de sua prima, que tentou levantar-se e ajuda-la, mas a seu contra gosto uma força negra a empurrava a cadeira novamente. Agora aquela criatura poderia lidar especialmente com sua imunda. Correu atrás dela, dando-a esse luxo de ser perseguida por um ser puro.

Finalmente o homem havia segurado Pia pelos cabelos, trazendo uma dolosa praga até perto de seu corpo, acariciando sua pele macia para finalmente dar-lhe um tapa mais que certeiro na maça do rosto, fazendo-a rodopiar e bater a cabeça na parede, causando a queda de um filete de sangue não tão reduto pela testa até o nariz, onde gotejava até o chão de vez em quando.

Entre risos o homem falava pela primeira vez com as visitantes.

- Desculpem-me por isso, sou Charles, não suporto... Hummm... Mulheres da noite. A quietinha da cadeira não precisa provar nada, mas vocês duas têm muito a mostrar, então recomponham-se feito boas moçar e lutem.

O homem estalava os dedos da mão direita e da parede perto de Pia saiam duas figuras monstruosas, como se nunca tivessem existido até agora.


O primeiro era um humanoide como seu mestre, com garras albinas bastante afiadas e um cocar de certa espécie de pluma vermelha, que também enrodilhava o pescoço da criatura como concluía a formação de uma cauda.

O segundo era um canino feroz e bruto, com chifres tão afinados quando as garras do seu parceiro e dentes com igual periculosidade. Negro como a morte e com alguns adornos em forma de caveira.

As garotas estavam em problemas graves, precisavam escapar daquela situação e de Charles, que parecia mais mortal que os dois assassinos que ele conjurara juntos.