E junto com um novo físico, a evolução de Balder trouxera mais poder, aparentemente, o pokemon que antes recebera quatro golpes para ficar no vermelho, recebeu um último ataque do novo Poliwag e caiu, desacordado, parado e, finalmente, calado. Soltei o ar pela boca demonstrando alívio, aproveitei o silêncio por um tempo, me joguei no chão e deitei, fiquei ali, de olhos fechados, por cinco minutos, brigando comigo mesma para não dormir, mas devo dizer que não conseguiria nem se me permitisse, pois logo depois desse tempo que me dei de descanso, Gin veio ao meu encontro e, com sua baba desregulada, deixou um pingo da saliva cair em mim. Abri os olhos e levantei rápido, no susto, como se tivesse acabado de acordar:
- Eu dormi? Por quanto tempo? - Perguntei, com ciência de que ninguém iria me responder, então olhei na tela do celular - Ah, cinco minutos só.
Peguei as pokebolas de Balder e Frillish que estavam no bolso esquerdo do meu short e apontei para meus dois companheiros, elogiei-os pela batalha e me desculpei pelo mal-humor e cansaço, para variar, a fantasma não me respondeu, mas Poliwhril levantou o polegar direito em resposta positiva a minhas desculpas. Sem mais nenhuma cerimônia, voltei-os para pokebola, agora, sentada no chão, a minha frente, restava eu, um Gligar nocauteado, Gloom e Teddiursa, este último por sinal, parecia o mais perdido de todos ali e o que mais me preocupava nessa situação toda. Eu já sabia o que fazer com Gin e o morcego agitado, mas esse filhote de urso? O que será que ele quer? Eu não acho justo larga-lo nessa floresta, com o caçador ainda solto, sem uma família aparente, solitário, longe da manada, mas será que devo tirar essa liberdade dele? Puxei-o para mais perto, com delicadeza nas mãos, e comecei a acaricia-lo no topo da cabeça, enquanto pensava na situação, com a outra mão, peguei da bolsa, que outrora, quando deitei, joguei no chão, logo ao meu lado, três esferas vazias, uma, sem dúvidas e sem perguntas, jogaria em cima de Gligar, e assim fiz, arremessei, com o botão central ativado. Sobraram então duas esferas na minha mão, encarei Gin bem nos olhos e sorri docemente, mostrando-a uma das minhas pokebolas e convidando-a com o olhar, não tentando seduzi-la ou manipulá-la, mas demonstrando o quanto seria bem vinda.
- Quer vir comigo? - Falei, largando uma das duas esferas vazias no chão, com o botão central também ativado, tentando capturá-la sem muito problema.
Para minha surpresa, quando fiz isso, o filhote de urso, que mais parecia um ursinho de pelúcia, agarrou minha mão que acariciava-o, mordeu de leve meus dedos e cheirou, tentando, da forma dele, retribuir o carinho, assim resolvi minha
gestalt inicial: Eu queria que os três viessem comigo. Com a terceira esfera vazia, capturei, com toda a delicadeza, o filhote de ursinho que parecia muito contente com minha companhia, ou assim eu interpretava.
OFF: Então, eu atualizei as personalidades dos meus pokemons e dei um nome a Frillish, pode att a box pra mim? <3 <3 <3
balder :
Balder tem um sério problema: Sua autoestima. Como quase todas as pessoas com problemas assim, tem uma tendência a andar sempre inclinado, olhando para baixo e sem falar muita coisa, gosta apenas de ouvir e não confia no próprio potencial quase nunca, palavras de encorajamento podem até ser úteis momentaneamente, mas ele não consegue levar elogios para o restante dos dias. Mesmo mantendo-se com essa postura, após sua primeira evolução, com a mudança de físico para algo mais robusto, Balder concluiu que poderia ser forte, tinha a capacidade de lutar e crescer, e nesse ponto, parou de se preocupar tanto antes de uma batalha, de descrer de sua habilidade em campo e confiar mais em si. Por mais que ainda esteja longe de ser um exemplo de confiança, sua melhora foi significativa no aspecto de desenvoltura em batalhas, mesmo ainda se achando chato, problemático e se estranhando por ter uma cor mais forte que o normal.
Agora, Balder acredita no potencial do treino e da experiência, e acha que assim, poderá ser alguém bem mais útil no futuro, mas por enquanto, não vê nenhuma capacidade física, nem mental, de ser um ótimo pokemon. Valoriza mais suas vitórias, não julga apenas como pura sorte, além de alterar-se totalmente quando ganha, principalmente quando da o golpe final, se sente bem com isso, se anima, pula, vibra e alegra-se por estar crescendo.
frillish/Freya :
Como todo bom fantasma, Freya sabe, não só seduzir, mas também como ser mais fria do que qualquer ser existente, vivo ou não, não há como ser mais sem-sal do que essa aqui, que além de não entender os sentimentos humanos, não tenta nem sequer representar ou refletir eles, apenas se cala e observa, as únicas expressões que a diverte, intriga e interessa é o susto e o medo, obviamente não o dela, pois Freya não os tem.
Costuma, com sua voz fina, suavizar uma canção e guiar, o que parece ser um alvo, até si, e pregar a peça, brinca com a vítima, deixando-a aterrorizada e em dúvida da realidade, o máximo que pode, até no fim, se mostrar, seu terror é totalmente psicológico, ela não descerá do salto jamais para assustar alguém, caretas e deselegâncias não são seu estilo e sim a sedução, é uma grande apreciadora da beleza e elegância, principalmente feminina, adora observar e tenta usar dos artifícios que mais gosta para seduzir e assustar, sejam os dois verbos juntos, ou separados. Demora se adaptar aos ambientes estranhos e as pessoas, pois tem uma socialização horrível em todos os aspectos, porém seu silencio, pode ser sua maior qualidade.
Vili :
Vili é de toda, uma cadela sonsa, desatenta e perdida, tanto nos pensamentos quanto no mundo material, não saberia olhar para os dois lados para atravessar, muito menos ouvir alguém quando está com fome ou sono, seus pensamentos mais profundos são caracterizados por “preciso” e “quero”, nunca nada filosófico ou afinado, está sempre olhando para o lado errado e, se Winnie não pedir, usará seu faro apenas para achar comida.
A única coisa que Furfrou conseguiu aprender, de útil, por conta do ambiente externo, foi que seu pelo é anormal, mas não de forma ruim, é com ele que ganha atenção, carinho, atenção, biscoitos e, mais uma vez, atenção, e por isso, quando repara que é o assunto, se orgulha do seu corte elegante que tem, de seu pelo e a pouca frequência de sua espécie nos continentes que Winnie frequenta, para encher o peito, empinar o rabinho e andar em um salto imaginário, nas pontas dos dedos, aumentando-se toda, mostrando uma imagem de elegante e fina que está longe de ser. Ao contrário de Balder, Vili tem sua autoestima alta demais, entra em um papel teatral apenas para chamar atenção e ser vista, e é disso que mais gosta: Visualização. Quando mais pessoas a virem, mais feliz e orgulhosa de si ela fica. Se acha a pokemon mais linda do universo, e a cada elogio que recebe, tem mais certeza disso.