Resumindo:
>> Luch comprou uma passagem de ônibus Lavaridge > Mountrock = -Pk$300
>> Luci comprou uma passagem de ônibus Lavaridge > Mountrock = -Pk$300
>> Yuri comprou uma passagem de ônibus Lavaridge > Mountrock = -Pk$300
— Vamos pessoal, são quase 14:30 hrs! O próximo ônibus sai às 14:55 hrs, e ainda precisamos passar na bilheteria. Estão com o dinheiro que seus pais deixaram para esses momentos? — Comentei apressadamente, olhando o relógio de minha Pokédex e fechando, enquanto caminhávamos pelas ruas de Lavaridge segurando nossas pesadas mochilas. Yuri estava esforçando-se bastante para não cair para trás com o peso da mochila e parecia tão cansado que nem conseguia falar nada. Já Luci, fazia uma cara de uma maratonista em fim de prova, inclinando seu corpo para frente e mantendo um passo firme para ficar ao meu lado — Por que não vamos de noite ou amanhã, Luch? Essa cidade "Motoca" é muito longe? Lá vendem motos ou o que? — Comentava a garota, vermelha e suada. Não pude deixar de rir com a sua pergunta, enquanto o irmão sacudia a cabeça negativamente.
— É Mountorck na verdade, Luci... E não é tão longe não, mas o ônibus segue por caminhos bastante perigosos e eu prefiro que façamos o trajeto todo o maior tempo possível durante o dia, sabe? Não que eu não confie no motorista, mas... — Dizia de forma sem graça, mas com bastante cautela para não assustá-los e fazer com que desistissem da viagem. Entretanto, a reação da menina parecia contrária. Seu olhar de cansaço deu lugar a um sorriso de desafio e obstinação — Então, eu irei na janela! Seus medrosos! A bilheteria está logo ali! — Disse a garota, correndo para lá na minha frente e saltitando para tentar comprar uma passagem, o que era em vão.
Yuri andou um pouco mais rápido e ficou do meu lado, segurando nas alças da mochila. Estava cabisbaixo e logo entendi que deveria estar com medo do que eu falei. Como eu era estúpido às vezes... Respirei fundo e passei a mão em sua cabeça sorrindo — Vai ficar tudo bem, Yuri. Nunca vi um acidente com esses ônibus modernos... Vamos chegar logo logo... — Comentei com o garoto e sorri, mas para a minha surpresa ele até pareceu surpreso com o que eu dizia, olhando para mim — Não, não Luch! Eu sei que não vamos ter esse problema aqui... Eu li no Rotoomgle que as chances de acidente em estradas de Hoenn são de cerca de 0.03% e durante o dia caem para 0.001%, isso nos últimos 40 anos! É incrível! — Comentou ele se empolgando um pouco em poder comentar sobre os dados, mas logo voltando ao estado anterior [color=#002c62]— Estou assim não por isso, mas eu tenho medo de não ser um bom treinador... Tenho medo e quero desistir antes mesmo de começar! — Desabafou o garoto, com bastante tristeza.
— Yuri, não há como ter certeza de nada, mas a gente sempre vai pra cima dos desafios pensando em resolvê-los. Não é justo isso? Se você não tentar, não consegue. Se tentar, as chances aumentam. Se tentar MUITO, aumentam mais ainda e assim por diante — Comecei a comentar com o garoto, olhando para o ar, com as mãos atrás da minha cabeça. Eu encarava as nuvens. — Nosso futuro é como nuvens... Eles são disformes e vão se moldando conforme a gente vive. Nossa vida é como um vento forte que transforma as nuvens em algo novo e surpreendente... E a gente sempre vê o que quer na nuvem, não é? — Perguntei para ele, dando um sorrisinho. Nesse instante Yuri já começou com uma explicação científica sobre o caso, mas antes que ele estragasse minha lição de moral clichê, o cortei
— Só entenda que algumas pessoas vêem coisas boas nas nuvens e outros coisas ruins. Quando mostramos para alguém o que vimos, às vezes conseguimos convencê-las sobre nosso ponto de vista. É a mesma coisa aqui. Veja coisas boas no seu futuro, mesmo que pareça disforme e outros poderão ver também. Cada vez mais você mesmo irá acreditar nas coisas boas... — Finalizei com um longo sorriso e Yuri apenas concordou com a cabeça, mas tinha trocado a tristeza pela dúvida e isso já era alguma coisa. Era preciso deixar ele digerir aquilo. Quando dei por mim, entretanto, Luci encontrava-se enrascada com a moça da bilheteria que não venderia uma passagem para uma criança dessa idade. Consegui chegar a tempo de tirar a garota, pendurada na cabine e sorri para a moça da bilheteria, tentando ser amigável.
— Desculpa, desculpa! Ela só está empolgada! Mas eu comprarei a passagem de todos eles... — E antes de ser questionado sobre a papelada, já apresentei os termos de responsabilidade, entregando-os junto do dinheiro. A atendente anotou tudo, scanneou algumas coisas e conferiu minha Pokédex, liberando os três para a área de embarque, dizendo que o ônibus sairia muito em breve. Corremos um pouco, mas alcançamos o ônibus, deixando nossa bagagem na parte de baixo e seguindo para nossos assentos. Depois de cerca de dois minutos, o ônibus deixou a rodoviária e fomos aproveitando um breve tour pela cidadde que não tivemos tempo de explorar direito. Em algum momento voltaria com mais calma para cá... Mas agora... Rumo à Mountorkc!