Re: #003? - Na trilha do ouro.

por **Cunha** Dom maio 10 2020, 16:13

Eu ouvia atentamente todos os ponderamentos de Marconi e dos demais. Antes de pensar em levantar algum ponto, no entanto, quando Cadu mencionou não saber como procurar as informações que precisávamos que pensei num absurdo que me forçou a admitir: Essa quarentena ta acabando comigo. Eu quase o encorajei a tentar sob o argumento de que adoraria sair no soco com um policial. Mas isso... Isso não ta certo, né? Foco, Daisuke. Que inferno. Você não quer complicar as coisas a esse nível, certo? Além do mais, vai ganhar o que com isso? Tá com tanta vontade de fazer merda assim, meu filho?

Enfim, depois de me entender com as vozes da minha cabeça, eu tentava formular um ponto sensato para progredirmos, o que me leva a outra questão trabalhosa.

- Bem, eu não acho que o CesarTC colocaria esse tipo de coisa no site deles, mas vale a pena tentar por conta dos veículos de comunicação. Procure sobre pacientes com câncer em Mountrock também, pode ser que encontre alguma coisa... - E então voltava a pensar. Se, de fato, o governo estivesse mexendo os pauzinhos e tirando os pacientes graves de lá e os deixando sem tratamento... Isso não seria realmente fácil de achar. Censura e omissão de informação acontecem com frequência, principalmente quando se tem "motivos de força maior" no meio.

Eu acho que poderíamos procurar em sub canais de informação, mas, dessa forma, ficaríamos sujeitos a Fake News e até a teorias da conspiração. Não era realmente saudável, então, naquele momento, fiz tudo o que podia para ajudar a passar o tempo: Peguei meu celular e comecei a procurar pelas notícias também, nos mesmos moldes que Cadu através do Pookle. Primeiro buscando pelo próprio CesarTC, e, em seguida, por pacientes com câncer em Mountrock, buscava por notícias mais recentes da cidade, e tudo o mais que pudesse nos dar uma pista, mesmo que mínima, para encontrar alguma coisa.

Torcia para ter sorte.

por **Victoria** Dom maio 10 2020, 20:42

Para a surpresa de todos ali, não foi nada difícil achar alguma informação pertinente. Antes mesmo do anúncio da quarentena feita pela emissora de Rubins, já havia notícias que relacionavam o Corsola Vírus com o Cesar TC. Pois bem; a primeira a ser achava fora por Cadu, que apenas pesquisou o nome da instituição com um "+ Corsola Vírus" no campo de busca:
- Oh, parece que o local está sendo usado para sequenciar o genoma do vírus - Dito isso, coçou a cabeça, pensando sobre o que acabara de dizer - Eu não sei o que isso significa... na verdade, não faço ideia, mas parece importante.

Marconi nesse momento olha um pouco desconsertado; se estavam usando o local só para pesquisas, é de se esperar que apenas os laboratórios fossem usados mesmo. Não precisariam dos dormitórios, né?! Ok, ao menos isso fazia sentido para o rapaz; iria comentar, é claro, se não fosse a próxima notícia que Cadu emendou no informativo:
- Quando eu procuro por câncer... eu acho uma taxa de mortalidade de pessoas em tratamento... - E ao dizer isso parou. Cadu não era uma pessoa que segurava muito as informações que tinha; não por mal, mas por não ver necessidade. Depois do episódio no hospital, ele sentia que deveria ao menos ter um pudor ao falar isso, então avisou - ... e ela cresceu. E não parece ser por câncer não...

Marconi então levou a mão ao rosto e desistiu de comentar. Na tela de celular de Daisuke?! A mesma notícia. Um crescimento de 400% da mortalidade das pessoas em tratamento de câncer, grande parte das fatalidades por parada cárdio-respiratória. O site oficial do Cesar TC?! Nem estava no ar. Não por algum fato conspiratório, mas por governo não contratar bons programadores e nem publicitários, deixando seus web-sites obsoletos. Ele caia de quando em quando mesmo. Cadu tentou avisar isso à Kathryne, mas ainda não sabia se era hora de mudar de assunto, e queria saber o que Daisuke teria encontrado.

A única coisa a mais que Daisuke encontrou era uma notícia do sucesso de Mountrock (notícia de hoje, mais cedo) em decifrar o genoma do tal vírus, que Cadu indicou estarem tentando fazer naquele local. Ademais, viu que nas notícias antigas, a cidade estava auxiliando Mu Island no tratamento antes mesmo de ter algum caso confirmado; um caso clássico de capital injetando capital para tentar conter uma pandemia incontrolável e ajudar uma metrópole importante para seu continente.

Acho que é isso... O garoto podia guardar seu celular e... ei, espera ai! Uma notícia sobre Cursola Vírus surgia como recomendação; algoritmos do Pookle são assim. Logo mais o garoto poderia clickar nela e descobrir que o vírus tinha uma mutação já conhecida em Galar, que pode não ter lá muita relação com o surto de Hoenn, mas poderia servir como base para descobrir uma cura ou algo assim.

PROGRESSO CUNHA:

PROGRESSO SLEEPY:

por **Cunha** Dom maio 10 2020, 22:38

A medida que Cadu ia achando as noticias e as comentava, eu ficava quieto e absorvia tudo o que ele tinha para dizer, vendo, aos poucos, nossas suspeitas irem por água abaixo. No entanto, assim que Cadu comentava sobre a mortalidade em pacientes com câncer, eu via a notícia no meu celular. Uma taxa dessas aumentar 400%? Okay, eu sei que pacientes com câncer ficam com sua imunidade mais baixa e tendem a ter quadros mais graves com a doença, mas esse número é meio... Absurdo? Eu até tentei dizer alguma coisa, mas que diabos eu falaria?

Eu nem tenho moral para levantar uma suspeita dessa. Eu mal entendo as matérias do médio. Eu não quis virar lutador por ser bom em matemática e literatura kantoniana... Ta mais pro contrário, na verdade. Eu dava um suspiro antes de comentar sobre as outras notícias que havia encontrado no meu celular.

- Bem... No mais, Mountrock provavelmente já devia ter previsto que o vírus chegaria aqui e começou a investir capital em entender o vírus quando ele começou a dar os primeiros sinais em Mu Island... - Dizia, meio desanimado, no entanto, quando eu vi outra notícia falando sobre o Cursola Vírus, eu dei um pulo do colchão. - Ô caralho! - Gritava, exalando surpresa. - Esse vírus também tem uma variação em Galar... Metade da minha sociedade tava lá! Será que eles tão bem? - E começava a enviar mensagens para o grupo. Quer dizer, eu tentava. Não que eu fosse ser respondido, não é? Primeiro que eu mal conheço as pessoas por lá, e, segundo, que quase nenhum treinador usa a droga do celular, todo mundo fica naquele Pokénav Plus que não tem um aplicativo compatível com o meu celular...

Depois de ter me tocado disso, eu sentei no colchão novamente e dei mais um suspiro. Não teria porque me estressar com isso. Certamente não seria respondido e apenas perderia os cabelos por nada. Eu fiquei tão frustrado com aquilo, que resolvi que iria dormir.

- É gente... Eu acho que nossas suspeitas acabaram. No fim das contas, não é nada além de uns cientistas fazendo o trabalho deles... - Eu dizia, meio desanimado. Na verdade, eu amaria tomar um banho por agora para relaxar, mas eu havia deixado minha toalha, sabonete e afins tudo no Centro Pokémon. Eu havia ganhado uma escova de dentes, para salvar o dia. Mas tirando os itens de treinador mesmo, eu não estava com nada além deles e da roupa do corpo. Nem mesmo a roupa que usei pra correr mais cedo! Havia lavado ela durante o banho e deixado pendurada numa cadeira no meu quarto. Argh, que droga.

Eu dava mais um suspiro e prosseguia.

- Bem, gente. Agora que a síndrome do scooby doo passou, acho que vou caçar uma toalha por aqui para tomar um banho. Eles devem ter um conjunto de toalhas limpas em algum lugar desse prédio, né? - Dizia, enquanto levantava do colchão e ia até a porta, em seguida, parava por um instante. - Ei, Kath. Pode ir comigo? Acho que com ajuda acaba sendo mais rápido.

por **Sleepy** Dom maio 10 2020, 23:06

A taxa de mortalidade aumentou em 400% e aquilo era uma informação no mínimo preocupante. Talvez explicasse o jeito que aquele terceiro andar estava vazio, mas apenas um talvez. Mas não era apenas aquela notícia ruim que Cadu descobrira, eu ouvia atentamente tudo o que ele falava e então descubro que houve um sucesso no sequenciamento dos genes desse Corsola Vírus. Apenas dava um suspiro e comentava.

- Talvez esse aumento na mortalidade explique o porquê os quartos estão vazios. É um método de tratamento caro e mesmo assim a mortalidade continua a subir, então eles devem ter cancelado ou pelo menos reduzido. - Já a notícia do Corsola Vírus me fazia tirar um belo de um sorriso no rosto: - Então as pesquisas do vírus estão avançando, se continuar assim, logo estaremos livres. Espero eu. Na verdade se fosse na minha própria casa, acho que eu não me importaria muito de ficar em quarentena. - Terminava com uma leve brincadeira, que de fato tinha um fundo de verdade, se eu ainda estivesse em casa, a quarentena mal ia me impactar: - Bem, acho que não temos mais o que discutir sobre isso, vou tentar dormir.

Eu ia tentar fechar meus olhos mas Daisuke me chamava porque esqueceu a toalha dele e então me chamava para ir atrás de uma. Sair andando no meio da noite, apenas de pijama, por que não? Apenas acenei positivamente enquanto eu pensava que isso era a deixa perfeita para uma certa coisa: dar mais uma olhada naquele terceiro andar. Então, dei voz a essa ideia quando sai do quarto, estava sussurrando bem baixinho, não queria que nem Cadu nem Daniel fossem juntos, se não esse plano ia ser arruinado.

- Eu to com vontade de ir até aquele terceiro andar mais uma vez. E você deu a deixa perfeita para isso. Vamos? - Aquilo foi mais uma pergunta retórica, pois eu já me encontrava subindo as escadas, sem a resposta do ruivo.

por **Cunha** Seg maio 11 2020, 00:13

Eu nunca cansava de me surpreender. Kath havia, quase que magicamente, entendido minhas intenções. Sem muito pestanejar, fui direto ao ponto.

- Bem, não é como se eu fosse simplesmente aceitar aquilo que a gente leu. Não estando aqui. - Dizia, enquanto acompanhava a loira ao subir as escadas junto dela, rumando o terceiro andar.

por **Victoria** Seg maio 11 2020, 00:21

É mais que óbvio para Marconi que Kathryne e Daisuke não engoliriam aquilo. Quando ambos saíram do quarto, o homem já havia entendido; ainda assim não quis se meter. Apenas deu uma assobiada boba e disse, como quem queria apenas implicar:
- Lá vai o casal - E ao dizer isso, olhou para Cadu, esperando que sua dupla também os zuasse. Infelizmente não ocorreu, e o garoto mais novo apenas ficou rodeando páginas no seu Notebook.

Lá vai o casal mesmo; tanto foram que estavam até em sincronia. Ambos tinham o mesmo desejo; o da trip Scooby Doo. Vocês acham que me enganam?! É claro que não. Ainda era muito cedo para dormir e talvez o banho de Daisuke leve... tempo demais?! Ao menos para Cadu e Marconi, seria muito mais tempo ausente do que um banho levaria.

Não que eu tenha como prever isso, né?! Pode ser que eles só subam e olhem. Pois bem; subiram até o segundo andar e acharam um corredor de luzes apagadas, porém com quase todos os quartos acessos. Não havia lá muita circulação de pessoas e a maioria estava em seus respectivos quartos. Imaginando que nada fariam lá, subiriam até o terceiro andar. Na primeira volta da escada já poderiam ver a diferença; ao contrário dos halls em questão, esse já estava acesso e... bem acesso! As LEDs que iluminavam a passagem estavam a todo o brilho, invadindo as íris de nossos protagonistas com certa violência. Levaria um certo tempo para acostumar com aquela luminosidade e quando se acostumasse...

Bem, quando se acostumassem não veriam mais que uma maca parada com um paciente que... pera, já viram aquela pessoa antes?! Ei, aquele é o Eduardo, eu tenho quase certeza que sim. Bem, o rapaz dormia sob o leito sem muitos problemas. A cama-de-rodinhas estava muito mal posicionada, mas certamente não ficaria ali muito tempo; como diabos o rapaz dormiria bem de baixo daquela luz toda?!

PROGRESSO CUNHA:

PROGRESSO SLEEPY:

por **Cunha** Seg maio 11 2020, 14:35

Quando subia as escadas, eu pude ver que boa parte da animação do local se devia ao torneio. Ninguém estava no pique de arriscar se aglomerar do lado de fora do seus quartos, deixando um corredor fantasma a espreita das luzes de seus quartos. Honestamente?! Não liguei muito. Inclusive, faria o mesmo se não estivesse tão curioso. Não tentei comentar nada com Kath, só queria subir até o terceiro andar o mais rápido possível, e, a medida que ia subindo, via uma luz forte do local, extremamente forte, ainda para olhos sensíveis que a pouco se acostumavam com a luminosidade de um corredor escuro.

Quando abri me acostumei com a luz e consegui chegar até o terceiro andar, me dei conta de que todo o andar ainda parecia estar funcionando. Os LED's estavam acesos e era como se aquele andar do hospital não tivesse parado de funcionar, mesmo durante agora durante a noite e mesmo sem ter pacientes... Ou que eu achava que estivesse sem antes de ter chegado por lá. Quando olhei para frente das escadas, eu vi... Pera, aquele é o Eduardo?! Que que ele ta fazendo aqui?!

- Ei, Kath. Aquele não é o Eduardo? Da batalha de mais cedo? O que será que ele ta fazendo aqui? - Perguntava para a loira, visivelmente curioso. Provavelmente eu não teria respostas, então buscava alguma coisa no corredor para que pudesse balançar o corpo daquele cara sem tocar nele, afinal, a gente ta numa pandemia, né? Segurança em primeiro lugar. Pro caso de não achar nada, eu pegaria uma outra máscara do meu bolso e a seguraria com os quatro dedos e o polegar formando uma pinça, e, então, cutucaria o rosto do homem com a parte dos meus dedos protegida pela máscara. - Ei, seu velho irritante. Acorda, porra. Que que você ta fazendo aqui bundão?! - Dizia, falando baixo enquanto dava cutucadas relativamente fortes, na intenção de despertá-lo de uma vez.

por **Sleepy** Seg maio 11 2020, 18:25

O segundo andar não era de muito interesse meu, eram basicamente mais quartos ali, nada fora do normal. Mas ao chegar no terceiro andar, esse fora do normal começava a dar as caras. O corredor que antes parecia abandonado e silencioso, estava com luzes por toda a parte, luzes que foram capazes de fazer meus olhos arderem, e essas luzes só serviam pra eu querer perguntar mais ainda: que merda que tava acontecendo ali?

Quando eu consegui enxergar melhor, dava para ver o andar repleto de LEDs por toda a parte, ou seja, o óbvio a se pensar é que esse lugar está funcionando e o que faziam aqui não foi cancelado, o que servia apenas para me deixar curiosa. Eu iria tentar dar uma olhada pela porta de um dos quartos daquele andar, ver se eu acho alguma cena no mínimo interessante, até que Daisuke me chamava a atenção, havia alguém em uma maca, eu como sou ruim em lembrar de rostos, demorei um pouco para reconhecer que era Eduardo, que eu enfrentei na primeira batalha, precisei do comentário de Daisuke para isso. Mas o que ele estava fazendo ali? Dormindo? É um lugar bem estranho pra isso, sei que aqueles colchões não são as coisas mais confortáveis, mas com certeza são melhores que uma maca no meio do corredor. Apenas dei voz a uma de minhas hipóteses.

- Será que meio que "apagaram" ele por estar andando por aqui sem permissão? Mas mesmo se fosse isso, acho que não deixariam ele no meio do corredor. - Eu estava começando a ficar com medo e com uma sensação de que não deveria estar aqui, mas fui eu que tomei a iniciativa de vir até aqui, então não fugirei. Faria o seguinte: - Eu vou ir um pouco mais a fundo aqui no corredor, mas não muito longe. Vou tentar ver se tem alguém chegando ou até mesmo quem sabe ver se tem alguma coisa acontecendo dentro dos quartos.

E era o que eu fazia, eu começava a andar em direção ao lado esquerdo do corredor. Eu me virava para trás com frequência, pois também tinha medo de alguma coisa acontecer com Daisuke. Mas assim que eu visse a porta de um quarto eu me aproximaria silenciosamente dela e tentaria "absorver" o máximo de informações. Afinal de contas, as portas são transparentes? Isso facilitaria a minha vida.

por **Victoria** Seg maio 11 2020, 20:58

Já lhes adianto... não, as portas não eram transparentes. Mas mesmo que fosse; Kathryne não conseguiu chegar nem próxima dos fundos. Logo Daisuke pegou uma nova máscara, cobriu as mãos e cutucou Eduardo para que acordasse logo. Bem, não precisou de muito! Seu próprio chamado, somado as luzes e com a adição do toque já davam um belo de um susto no rapaz, que acordava daquele sono com um pequeno pulo. Num instante só ficara sentado! Sua pressão até abaixou, de tão rápido que se ergueu, mas logo entendeu a situação e voltou a deitar.

Agora deitado, porém acordado, olhou em volta e relembrou a realidade; separou o sonho do real e se colocou a falar... ou ao menos, tentou. Inclinou sua cabeça para o lado, caçou o rosto que daria visual à voz de Daisuke e depois explorou a sala atrás de Kathryne, quando os achou, sentou na maca e abriu a boca:
- O q-
E mais nada falou. Uma tosse irritadíssima tomou o rapaz! Não havia um segundo de paz; tossiu tanto que já perdia o ritmo respiratório e esboçava falta de ar. Diante dos olhos de Daisuke e de Kathryne... um ataque de asma! Num só instante o rapaz ficou pálido, pediu ajuda e estendeu uma das mãos para o garoto, enquanto a outra levava a boca, tentando tapar a inevitável tosse.

Ok, ok, Eduardo não estava muito colorido naquela altura do campeonato, mas agora ficou ainda mais pálido; desistindo de cessar a força de seus diafragmas, deitou mais uma vez, virou-se a esquerda e tentou gritar com o resto de fôlego que tinha:
- De... n - E parou por ai, tossindo mais um pouco e tentando retomar o ai - I.. se.
Ele não precisava chamá-la, Denise já havia ouvido a crise e corria do fundo do corredor que Kathryne nunca chegou, atravessava nossos dois treinadores e ia direto ao Eduardo, carregando em suas mãos um respirador:
- Desculpa Edu, eu só fui buscar o Respirador novo. Desculpa, desculpa, vou voltar a te empurrar pro quarto - E segurou as barras da maca e levou-o em direção ao espaço-barrado daquele andar.

Se lembram do espaço barrado?! Aquele com uma faixa preta que indicava proibição?! Pois bem, fora pra lá que Eduardo fora levado. Em instantes a moça sumia; ignoraria mais uma vez nossos treinadores?! Ah não! Dessa vez uma outra médica (ou melhor, a que viram outrora com um Beldun) voltaria ao menos para dar um esporro:
- O que vocês estão fazendo aqui?! - Disse uma voz, que saia da exata mesma porta que Denise e Eduardo entraram - De manhã eu entendi que estavam perdidos... mas e agora?! Vocês tão fazendo o que aqui? Querem pegar doença também?

PROGRESSO CUNHA:

PROGRESSO SLEEPY:

por **Sleepy** Ter maio 12 2020, 01:21

Obviamente as portas não eram transparentes, porque elas seriam? Não tive sucesso ao achar alguma coisa por ali, mas Daisuke teve sucesso ao acordar Eduardo, se é que se pode chamar de sucesso, porque o coitado que estava deitado começou a tossir demais, o que me fez pensar: estaria ele infectado? Isso me preocupava, tanto que quando eu voltei para perto de Daisuke, na verdade nem perto era, eu estava a alguns metros de distância, o suficiente para que ele conseguisse me ouvir.

- Acho que ele deve estar pensando que você tentou atacá-lo, acho que eu pensaria o mesmo, hehe. - Dava um risinho torto e bem na hora que eu pensava em falar mais alguma coisa, uma médica chegava e simplesmente levava Eduardo. Se ele estiver infectado e também sendo tratado ali, as coisas pareciam ficar mais estranhas, pois isso significava que não tratavam mais câncer ali.

Enquanto eu pensava no que aquilo poderia significar, uma outra médica saía do quarto e vinha para dar broncas na gente e parece que ela nos reconhecia, eu não me lembro dela, mas pelo fato dela lembrar de mim eu presumia que era aquela que encontramos na primeira ida a esse misterioso andar. Sobre a bronca, bem, ela era completamente merecida, dois moleques andando por uma possível sala de quarentena e um deles, no caso eu, vestindo pijamas.

- Umm... me desculpe, ficamos realmente curiosos. Mas antes que a gente vá embora, eu só quero perguntar algumas coisas: O Eduardo, tá infectado com o Corsola Vírus? E se ele estiver, e vocês tratando ele aqui nesse andar, quer dizer que não tem mais tratamento de câncer por aqui. E se não tem mais tratamento de câncer, então porque o Beldum? Ele tem mais alguma função que eu não conheça? - Eu conseguia proferir essas perguntas de uma maneira fluída e sem gaguejadas, mas quando eu terminava eu olhava para o chão, tímida, esperando mais esporros como "Nada disso é da sua conta menina!", mas acho que até um esporro seria lucro comparado ao fato de que ela poderia simplesmente se virar e ir embora.

Depois disso eu dava um toque em Daisuke: - Então, o Eduardo provavelmente tava com o vírus. Eu correria pra me lavar agora mesmo. - Dizia ainda mantendo distância do ruivo.

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