Re: #003? - Na trilha do ouro.

por **Sleepy** Qua 27 maio 2020, 16:22

E a gente trocava histórias, eu cheguei a esboçar um risinho quando Daisuke falou do seu treino infantil de Muay Thai. Eu não tinha muito o que responder até que ele me abraçava em resposta ao beijo na bochecha, pelo ritmo da conversa, acho que posso descartar as teorias de que o ruivo está apaixonado por mim. Isso era apenas uma amizade bem fraternal, e por mim, que continue assim mesmo, eu estava amando aquilo. Respondia o comentário de Daisuke:

- Eu nunca cheguei a ver o tal do Professor Birch, sei que ele é famoso, mas eu cheguei lá e ele não tava, hehe. Hey, quando Tohjo estiver completamente pronta, você vai ficar "integralmente" por lá? Quer dizer, é de onde você veio né? - Antes que a conversa continuasse, Daisuke fazia um comentário bem interessante sobre o Eevee. Faz sentido ele me ver como uma mãe, mais do que como uma amiga, afinal eu vi o nascimento dele, então eu mudava a minha interação com ele. - Q-quer dizer, acho que eu não sei como eu posso agir como uma mãe. Mas não custa tentar. - Então voltava o olhar para o Eevee que estava em meu colo: - Hey, pequeno, umm... como você se sente?? - O Eevee estava completamente distraído até eu perceber que ele acabou tirando uma soneca. Apenas o voltei para a pokébola. - Bem, não foi dessa vez, hehe.

Daisuke contava a sua história, que era o que me fazia pensar no terror que os habitantes de Tohjo sentiram naquela inundação e depois na tristeza de deixar suas casas para trás e até mesmo entes queridos.

- Eu não consigo nem imaginar o que você ou os outros habitantes de Tohjo sentiram naquele momento. Mas, hey, me fale um pouco sobre a sua amiga, se você quiser. - Enquanto ele não falava eu comentava um pouco sobre Hoenn: - Eu mesma não conheço muito a região, quer dizer, eu viajava mais com a minha mãe, ela já chegou a levar eu, que tinha uns sete anos na época, para Meteor Falls. Mas depois que ela se foi, eu só ia para Sootopolis em férias e Mauville quando meu pai tinha alguma conferência por lá.

por **Cunha** Qua 27 maio 2020, 16:42

Admito que estava difícil não ficar cabisbaixo. Quando perguntado sobre ficar em Tohjo, eu apertei o cordão no meu pescoço, com a foto do meu irmão e dos meus amigos. Não tardei em responder a loira, ainda que obstante.

- Não... Ao menos não por enquanto. Ainda tenho alguns assuntos pendentes em Hoenn. - Dizia, agora tirando o cordão do pescoço e o envolvendo em minha mão direita. - Eu vim de lá, mas sou Hoeniano. Nativo de Petalbug mesmo... - Interrompi minha fala. Adoraria dizer que estava em casa, mas... Era mentira. Eu não sentia que tinha uma, para ser honesto. Eu nunca... Eu já tinha sentido. Mas não era o caso.

Após a interação desajeitada de Kath com seu Pokémon, eu ria.

- Com o tempo, você vai pegando o jeito. Quer dizer, é o que dizem. Minha Pidgey saiu a pouco de um ovo, e também não tenho o menor jeito com ela. Ela é muito... Apática. Por assim dizer. - E ria de forma desajeitada, endireitando a postura de novo. Quando questionado sobre minha amiga, eu abria o pingente que continha duas fotos: Uma comigo e Lisanna nas minhas costas, ao lado de Elfman com Mirajane nas costas dele, e no meio da gente, a avó dos três. Na outra, uma foto velha, com meus pais abraçados e meu irmão ao lado do meu pai, enquanto eu estava na frente dele, com ele tendo sua mão na minha cabeça. Era bizarra sua semelhança comigo, a única diferença era que eu parecia um pouco mais velho que ele e tinha o cabelo cortado. - É ela aqui nas minhas costas. Lisanna é minha melhor amiga. Ela ta sempre... Tentando me ajudar. Crescemos juntos, e, bem... Nunca conheci alguém que me entendesse melhor. - Dizia rindo saudoso a foto. Em seguida, apontava para os outros dois na foto. - Esses são os irmãos mais velhos dela, Elfman e Mira. A Mira é casca-grossa e a mais velha dentre os três, já o Elfman... É um esquisitão. Ele é muito engenhoso e inteligente, mas metia a gente em cada furada... Ah! Também é superprotetor. Quando éramos mais novos, ele não me deixava chegar perto da Lis enquanto ele tava perto. - E ria. A situação em que isso mudara era muito engraçada e eu me lembrava quase sempre que falava dele, em seguida, virava para a garota. - Ah, quer dizer então que a gente ia para um terreno conhecido para ti, né? Que bom, mal posso esperar para ter uma guia nas cachoeiras. - Dizia em tom de brincadeira enquanto ria de canto.

por **Sleepy** Qua 27 maio 2020, 17:07

OFF: chocando Magnemite

Espero que com o tempo eu realmente pegue o jeito, acabei me sentindo ignorada pelo Eevee. Acho que na verdade, vou tentar tirar um tempo com esses meus pokémon novos, e pensar que pouco tempo atrás era apenas Zen e eu. Falando em pokémon novo, a outra incubadora começava a brilhar e então o ovo rachar, dessa vez era o meu não-psíquico, o pequeno Magnemite que ao sair do ovo ele já ficava olhando para se situar, vendo isso eu chamei a atenção dele.

- Hey, hey. Bem, eu sou sua treinadora, não tenha medo, não vou te machucar. - O metálico então flutuava e me analisava da cabeça aos pés e então ficava parado em frente a mim, olhando nos meus olhos: - Hey quer ficar um pouquinho na pokébola ou não? - Eu mostrava a pokébola para ele e ele se aproximava do orbe bicolor e então o tocava com o seu braço de imã e voltava a me olhar: - Olha, acho que isso é um sim. Logo mais eu vou conhecer vocês todos direito. - E então eu voltava para a conversa com Daisuke.

- Você realmente teve muitos amigos. Eu também costumava ter bastante amigos, mas depois que eu perdi a minha mãe, eu me fechei. Acabei afastando eles de mim. - Dava um suspiro antes de continuar: - Mas depois eu conheci a garota que eu posso chamar de melhor amiga, Margaretha, quer dizer, acho que eu a vejo mais como uma irmã mais velha. - Dizia mostrando a foto da garota loira, um pouco mais alta do que eu, mas ela estava longe de ser magra, o corpo dela era bem definido: - Tem gente que pensa que somos irmãs de verdade. Mas bem, eu tive sorte dela ser filha de colegas do meu pai e conhecê-la em uma das minhas muitas viagens a Mauville.

por **Cunha** Qua 27 maio 2020, 17:59

Assim que o Magnemite de Kath chocava, eu observava sua interação com o pequeno e começava a me perguntar quanto tempo faltava para que o meu chocasse também. Estava ansioso, claro. Mas sabia que não seria tão de imediato, ainda não tinha muito tempo com o ovo em mãos, e, se eu não tivesse achado uma máquina de storage, da qual até agora não sei como encontrei, ainda estaria nessa treta, mas muito menos adiantado. Suspirei e ouvi o que ela tinha a dizer.

- Não foi assim... Acho que fiz amigos justamente por não ter nenhum. - E ria com a mão na nuca. - Quer dizer, o primeiro contato, foi... Estranho, eu diria. Mas com o tempo ficamos amigos. - E ouvia seu desabafo sobre sua mãe, nesse momento eu olhava para a foto em que estava com meu irmão. Eu sabia o quão doloroso era perder um membro da família. Em seguida, olhava para ela. - Sei bem como é... Fui embora de Hoenn por conta do que aconteceu com meu irmão. Sinto muito pela sua mãe. - Em seguida, olhava a foto da amiga de Kath, uma tal de Margaretha. - Realmente, ela lembra um pouco você. Mas eu não acho que seja questão de sorte. As vezes, os vínculos são criados de forma inusitadas. Por exemplo, tem gente que não importa o quanto se esbarre ou o quanto conviva, nunca vai conseguir criar vínculo. E terão vezes que só de se esbarrar com alguém você consegue criar um laço com a pessoa. - Em seguida, coloca a mão no seu ombro e a olhava. - Como foi com a gente. Sequer teve contexto, não é? E agora somos amigos. - E ria do que havia dito.

por **Sleepy** Qua 27 maio 2020, 18:14

Parece que Daisuke estava certo mesmo, a gente faz as nossas amizades sem contexto nenhum. Conheci Margaretha porque os pais dela a mandaram para chamar o meu pai e bem, ele não estava lá e acabamos jogando conversa fora. E Daisuke? Talvez não foi tão aleatório, mas éramos dois novatos que mal tiveram chances na Battle Tower e apenas conversamos. A diferença era que eu estava animada e ele mais pra baixo, o que honestamente, eu esperava que fosse o contrário.

- Achei que eu já tinha te contado sobre a minha mãe, mas eu acho que já lidei com isso, apesar de eu sentir falta dela. Queria que ela estivesse para me ver como treinadora. - Suspirava e tentava mudar de assunto antes que a conversa ficasse pesada demais: - Pois é, acho que a gente faz amizades nos momentos mais inesperados. Foi tipo dois dias atrás, mas foi legal quando nos conhecemos em Mu Island. Achei legal que era você que tava pra baixo com as derrotas e eu que tava animada, mesmo tendo perdido. Nunca imaginaria que passaríamos pelo que passamos. Bem, umm... obrigada. Acho que é só isso que tenho a dizer.

por **Cunha** Qua 27 maio 2020, 18:24

- Ei, não tem que agradecer. Esses dois dias foram legais. - E a empurrava de leve, de forma amistosa. - Além do mais, somos amigos. Se precisar de ajuda em algum momento, você já tem o meu número. - Em seguida me levantava para esticar um pouco. - Ai, cara. Que falta fazer uma caminhada, me sinto preguiçoso o resto do dia quando não o faço. - Comentava com a loira. - Desculpa, eu acabo sendo narcisista de mais quando falo de mim, e da rotina em geral. - E falava esfregando a mão esquerda na nuca.

Bem, era ridícula a frequência e a minha semi obsessão com os exercícios, de qualquer forma. Todo santo dia eu fazia uma caminhada matinal e um exercício auxiliar que mudava dependendo do dia, podia alternar entre agachamentos, flexões, abdominais, enfim, era até meio vergonhoso fazer isso em Mu Island, quase não tinham pessoas circulando pela cidade as 5 da manhã e todo mundo que andava por lá esse horário, me olhava torto...

por **Sleepy** Qua 27 maio 2020, 19:00

- Claro que eu tenho que agradecer. Se não fosse você, eu acho que os dias não seriam tão legais. Ou talvez, seriam, quem sabe? - Dava um risinho enquanto fazia uma breve brincadeira com o ruivo. Então ele ressaltava a necessidade de se exercitar e eu acho que até eu mesma precisava disso, então comentei:

- Olha só, já foi todo mundo embora do pátio? O que acha da gente se exercitar aqui mesmo. Acho que eu também tô precisando. - Eu obviamente não seria tão ágil quanto o ruivo, minha disposição física não era tão boa, mas não era ruim, minha fase depressiva, a minha mais baixa fase, logo após a minha mãe morrer, eu basicamente vegetava, mas acho que estaria melhor. Já começaria me alongando e esperaria o ruivo se juntar a mim.

por **Cunha** Qua 27 maio 2020, 19:19

OFF: Mano, a gente chegou no nível de dar voltas no pátio AUWRNERUFNGUERGN

- Ah, poxa vida. Você ainda não tem certeza se sou boa companhia? - Dizia simulando aparente tristeza, e, em seguida, Kath me chamava para uma série de exercício. E, meu deus, acho que meu histórico de atleta gritaria comigo se eu não aceitasse. Ainda meio pensativo a respeito, afinal, a gente tava no pátio de um hospital. O mico ia ser muito grande, mas acho que não tinha ninguém vendo, então não tem importância... Né?

- Simbora então. - Estendia a mão para a loira se levantar do banco, enquanto começava a andar em círculos pelo pátio ao lado de Kath. - Aliás, quanto a Tohjo, já pensou para onde exatamente você vai? Tem algumas cidades maiores que sempre precisam de um amparo maior, inicialmente. - Dizia na intenção de ajudá-la ou simplesmente ouvir sua ideia.

por **Sleepy** Qua 27 maio 2020, 19:35

- É claro que você é uma boa companhia. É só evitar de fazer besteiras como a que você fez lá no terceiro andar - Acho que ele sabia que eu estava apreciando a companhia dele, eu não me expressava tão mal e nem ele era tão burro a ponto de que não consiga entender isso. Bem, enquanto isso eu dava voltas no pátio. Não tinha porque recusar, até porque ~~infla páginas~~, um exercício físico é sempre bom de vez em quando. O ruivo comentava sobre Tohjo enquanto isso.

- Eu não conheço muito sobre Kanto e Johto, mas eu sempre achei a cidade de Olivine interessante. Talvez eu vá pra lá. Mas eu irei com algum membro da Requiem, ou seja, uma boa oportunidade pra conhecer a minha sociedade. Mas fora Olivine, acho que não tenho nenhuma preferência. - Então eu parava a minha caminhada, um pouco ofegante, exatamente como eu esperava, eu cansaria antes dele: - Bem, acho que eu cansei e você? Qualquer coisa fico te assistindo, hehe. - Quando eu falei isso eu pensei que deve ser bem desconfortável ter alguém assistindo essas voltas no pátio, então usei essa frase pra brincar com o ruivo.

por **Cunha** Qua 27 maio 2020, 19:41

Enquanto Kath me farpava eu simplesmente fingia demência sobre seu comentário e continuava a caminhar ao seu lado, enquanto ela falava sobre seu interesse em ir com alguém da sociedade, em especial, para ir para Olivine, e, após finalizar o comentário, ela parava um pouco para respirar.

- Por mim tudo bem, vamos no seu ritmo. - Dizia ao parar também, em seguida, falava a respeito da minha ida. - Eu não tenho certeza com quem vou, tem alguns membros interessados em irem para Pallet, talvez eu esbarre com eles, mas tudo que eu quero é ajudar a cidade que me ajudou a crescer, e, depois, volto para Hoenn, resolver minhas pendências. - Em seguida, sussurrava bem baixo. - Mt. Pyre que me aguarde...

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