Pokémon Mythology RPG
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002 - QUAERERE

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Quaerere



Tyrant ria sem graça e mudava de assunto, se levantando da cadeira com seus Pokémon e se afastando. Honestamente pensei em fazer o mesmo. Estava confusa com o ocorrido e...

- Só eu que estou ouvindo essa música? - Perguntei. - Hahaha... - Ri, também meio sem graça.

Arthue me encarava com os braços cruzados. Fazia cara feia e batia seu pé no chão, impacientemente. Percival continuava dando pequenos pulos. Suspirei e segurei ele nos braços, me levantando também.

- O-ok. Melhor irmos para o Centro Pokémon então, para... Você me dar... Um presente? - Queria ter falado a frase como uma afirmação, mas acabou saindo de minha boca muito mais como uma dúvida.

Meu cérebro estava me torturando, voltando a fita daquela cena mais algumas vezes na minha cabeça. Se Percival não estivesse ali na mesa, o que teria acontecido...?

O que você estava pensando, Karen...?


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20% de bônus de experiência - Especialista Lutador II
15% de bônus de experiência em batalhas - Aprendiz de Líder de Ginásio B (Lutador)


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O Arthur não faz parte da Virtuum :

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O que era para ser uma simples parada em uma sorveteria para se deliciarem com o refrescante doce rapidamente escalava para algo mais, por momentos eles simplesmente deixaram seus corpos agir sem muito pensar no que estava a acontecer. Afinal, provavelmente, era algo novo para ambos que nunca tinham experienciado com qualquer outra pessoa e que chegava até a ser difícil de ser interpretado, se é que poderia haver uma interpretação daquilo... Talvez seja algo que realmente só pudesse ser sentido e partilhado com alguém bem especial.

Felizmente, ou não tanto feliz quanto isso, Percival interveio no momento perfeito para parar aquilo que poderia vir a ser uma das formas mais básicas de exprimir aquilo que ambos estavam a sentir naquele momento. Apesar de tudo, aquilo não parecia muito certo para ambos, pelo menos não agora, ainda era muito cedo para algo como aquilo acontecer. Uma pena para os leitores... Mas que se não for eu a narrar esse momento eu vou ficar chateado.

O clima era um pouco estranho já que ambos não sabiam bem o que dizer perante aquilo, era algo tão novo e estranho que eles nem sabiam bem como reagir, pelo que Tyrant rapidamente se levanta da cadeira vendo que já todos haviam terminado o seu sorvete e que poderiam então voltar ao centro pokémon onde o ranger prometera um presente à moça. Karen também tentou disfarçar tudo mas as coisas não pareciam tão simples de fingir para ela que chegara até a soluçar ao responder ao rapaz. A chama havia sido acendida...

Bastou pagarem para logo saírem do estabelecimento e estarem de volta à praça de alimentação. O dia estava mais claro, bem era óbvio já que com o passar das horas o sol também havia ascendido e daí também um pouco mais de calor mas ele pareciam realmente mais... Colorido? Brilhante? Tudo parecia ter ganho um pouco mais de vida! O caminho de volta não deveria ser complicado, ainda mais sendo guiados por um ranger que deveria ter alguma formação em orientação e devia ter ficado com uma noção básica do caminho de retorno ao centro pokémon.

Enquanto faziam o caminho de volta em uma das ruas que mal tiveram tempo para observar com atenção devido às constantes interrupções e contratempos, Tyrant reparava em uma loja em particular... Era uma floricultura que tinha diversas espécies de flores de diferentes cores. Era uma pequena loja que mal tinha espaço no seu interior, são um balcão onde a dona deveria manter a papelada e o dinheiro por trás, mas de resto eram apenas flores e outras plantas que decoravam tanto o interior da loja quanto o seu exterior. A dona estava sentada em um pequeno banco no exterior da loja cantarolando uma canção enquanto "arrumava" algumas flores para fazer lindos ramos. Será que isso lhe dava alguma ideia...?

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OFF:
+3 de happiness pros pokémon


Última edição por Rin Chevalier em Dom Jun 07 2020, 19:37, editado 1 vez(es)

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VIRTUUM :

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Passando o tempo


Caminhamos para fora daquela sorveteria, enquanto isso acontecia eu ficava pensando no que havia acontecido e cheguei a conclusão de que realmente havia algum afrodisíaco naquele sorvete, pelo menos não afetou meus pokémon, deve ser algo feito propriamente para humanos. Conforme passava pelas ruas da cidade, comecei a notar partes que não consegui devido à correria de algumas horas atrás, entre as lojas notei que havia uma floricultura na qual a vendedora parecia preparar alguns buquês.

-Huh...

Parei um pouco, o pequeno Eevee desceu de meu ombro ao chão e começou a encarar as flores junto comigo... Espera, por que eu estava encarando aquelas flores?  Eu... Eu não estava pensando em nada a mais, estava? Ah, claro, já entendi, aquele afrodisíaco do sorvete ainda estava fazendo efeito e de algum modo o meu corpo começava a se mover em direção à loja -U-Um momento... Já volto... - disse a Karen ao começar a me movimentar. Cupid puxou minha calça, então parei por um momento para pegá-la em meus braços, porém ela subiu em meu ombro do mesmo modo que Eevee fazia, o que ela queria com isso? Bem, continuei me movendo até chegar na lojista.

-O-Olá... Eu gostaria de uma... Huh - qual flor escolher? Já sei -Eu gostaria de uma flor de amarílis, se possível.

Ora, não demorei em adquirir a flor e retornei para perto de Karen. Suspirei. Estendi a mão... Pelo menos era o que eu pensei que faria... Senti algo mexendo em minha mochila, foi aí que notei que Cupid não estava mais em meu ombro, logo o pokémon ovo saiu de minha mochila toda contente, e bem mais que o normal, não parecia ser aquela tsundere de sempre. Ela subiu no ombro do braço em que eu segurava a flor e olhou para baixo, vendo-a. Cupid sorriu e pulou em minha mão, pegando a flor e indo ao chão, se doeu ela não demonstrou, apenas continuou dando risadas enquanto abraçava a flor. Não entendi tanta alegria, mas entendi o que aconteceria a seguir.

-Cupid?

Ela começou a brilhar, um brilho bem conhecido que a fazia tomar uma forma nova, agora tendo sua cabeça separada de seu corpo por um pescoço e ganhando asas, além de seus bracinhos e pés se tornarem mais longos. Sim, Cupid havia evoluído sem nunca antes ter batalhado, uma característica dos pokémons bebê. Ela permaneceu abraçado com sua flor, levantando voo e parando à minha frente.

002 - QUAERERE - Página 9 Togetic

Diferente da tsundere que era em sua infância, Togepi... quer dizer, Togetic abraçou-me, talvez ela tivesse considerado aquela flor um presente para ela... Um presente que a fez crescer. Bem, não tinha como fazer mais nada, não é? Por menos que eu quisesse admitir, aquilo havia sido uma forma de me sentir constrangido na frente da garota... Além de que eu começava a sentir minha mochila mais leve... Não queria pensar no que pudesse ter acontecido. A verdade ra que ela havia comido 5 Joke Lollipops, tomado 3 Carbos e, por fim, o Colorful Shake que eu carregava comigo, eu realmente estava sem doces já que ela acabou com todos.

-Desculpe por isso - disse a Karen -Acho que... Podemos continuar pro Centro Pokémon? - Era o que podíamos fazer enquanto Cupid abraçava sua nova flor.

Cupid Moveset :


Karen & Arthur




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Quaerere



Estávamos andando (eu particularmente com pressa) para fora da sorveteria. Arthur me acompanhava enquanto Percy estava em meus braços. Tyrant parecia bastante pensante, e eu espero muito que ele não tenha reparado no que tentei fazer, praticamente de forma inconsciente... Ai, que mico... Espera, desde quando me importo com o que ele pensa de mim...?

Suspirei.

Por alguma razão, passamos justamente por uma floricultura. Eu não saberia dizer o porquê, mas senti algo estranho quando pensei na ideia de receber uma flor. Coloquei a mão na cabeça. Deve ser algum efeito do sorvete, ainda...

Para minha surpresa (ou não), Tyrant foi atrás de uma... Flor. Eu esperava que fosse para um de seus Pokémon, mas após pegar ela, ele veio andando em minha direção e... Ele estava estendendo ela para mim?!

Meu coração batia mais rápido e eu fiquei sem reação por um minuto. Não sei o motivo dele ter ficado bem mais ousado de repente... Espero que seja o sorvete, e não alguma coisa que ele entendeu erroneamente!

- Obrigada... - Disse, estendendo a mão para pegar a flor.

Mas, antes mesmo que eu pudesse aceitar o presente, Cupid pegou a flor e abraçou ela. Em menos de minutos, Cupid... Se transformou em um bichinho que eu não sabia o nome, e que era bem... Estranho, eu diria.

- O que foi isso? - Indaguei, confusa.

Seria isso o que chamam de evolução?

Espera, isso não importa. Por que eu estou relativamente chateada por não ter recebido a flor...?

Balancei a cabeça novamente.

- Tudo bem. Melhor irmos para o Centro Pokémon logo, mesmo... - Será que eu tinha intolerância à lactose?


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O Arthur não faz parte da Virtuum :

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E após os inusitados acontecimentos mais uma vez provocados por Togepi e mais uma vez os pokémon dos meus narrandos serem usados para destruir o meu plot vocês chegam no PokéCenter.

:ragekirby:

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VIRTUUM :

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Passando o tempo


De maneira repentina, Cupid acabara evoluindo e surpreendendo não só a mim, seu treinador, mas também a Karen que parecia confusa com tudo aquilo. "O que foi isso?" Pelo visto, ela também não conhecia sobre a evolução dos pokémons, então resolvi explicar a ela -A Cupid evoluiu, passou de Togepi para Togetic. Isso acontece quando algum requisito é alcançado, a da Togepi, por exemplo, é felicidade - e como ela ganhou felicidade para isso? Aposto que foi efeito do sorvete afrodisíaco.

Continuamos. O caminho até o centro pokémon se mostrou não ter mais nada que chamasse a nossa atenção, pelo menos era algo a menos para despertar desejos e ações involuntárias em mim. Eevee subiu em meu ombro enquanto Cupid nos acompanhava movendo-se usando seu mais novo par de asas. Enfim, chegamos.

-Ufa, pensei que ia acontecer alguma coisa pra atrasar a gente. Vamos entrar - entramos -Espere um pouquinho aqui, vou lá buscar aquilo que eu te prometi - apontei para os PCs enquanto falava. Fui em direção a eles acompanhado de meus pokémons e utilizei um dos que estavam vazios(obviamente). Acessando o storage, retirei o ovo de Heracross para dar de presente a Karen, junto da própria Heracross, colocando um pokémon no lugar, seria algo rápido e logo isso seria desfeito, era apenas para apresentar uma à outra. Quando pronto, retornei à garota.

-Karen, é... Eu queria te dar esse presente como boas-vindas à Virtuum. Eu sei que é mais um ovo, mas... É do tipo lutador que eu te falei, dessa aqui - peguei a pokébola de Heracross e a lancei revelando o pokémon assim que ela saiu da pokébola -Essa é a Heracross, um tipo inseto e lutador, ela também foi o pokémon que me deram quando me tornei um Ranger, apesar de eles não fazerem mais isso. Se você aceitar... O ovo é seu.

Não sabia se um inseto de um metro e meio assustaria Karen, principalmente por quase ser do tamanho dela. Na verdade, nem tanto assim, o que dava essa altura a ela era seu chifre. Bem, estendi os braços segurando o ovo a Karen, esperava que ela aceitasse o presente... E que não tivesse a impressão errada.

Karen & Arthur




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Quaerere




Minha cabeça estava começando a voltar para seu "lugar", e a cada momento eu sentia mais vergonha sobre o que havia feito... Acompanhada de Arthur e Percy nos braços, andamos até chegar.

Onde? No Centro Pokémon que eu havia estado ainda hoje, mas mais cedo. Assim que chegamos, Tyrant me pediu para esperar um pouco, apontando para algumas máquinas que existiam ali.

- Tudo bem. - Falei.

Arthur, olhava ao seu redor e observava o interior do Centro Pokémon. Com um dedo em seu queixo, questionava porquê havia voltado. Já Percy apenas balançava suas perninhas para frente e para trás com sua cara de "que saco", seguro em meus braços.

Pouco tempo depois, ele voltou. Em suas mãos tinha mais um ovo. Me perguntei se seria para mim; honestamente, parece que todos por aqui gostam de oferecer ovos como presente, por algum motivo.

Quando ele disse que realmente era um ovo para mim, não consegui ficar surpresa. O terceiro ovo em dois dias, Karen. E se Tyrant soubesse que você surta por não saber bem como se cuida de um ovo Pokémon...? Entretanto, algo me saltou os ouvidos quando ele falou.

- Tipo Lutador?- Indaguei, mais animada.

Será que seria um belo Pokémon? Ou algo fofinho?! Eu começava a ficar ansiosa! Para responder minhas expectativas, ele lançou a mesma espécime do ovo, um Heracross! A silhueta do Pokémon era lentamente revelada por uma luz carmesim, que aos poucos se dissipava e dava lugar ao... Belo... Fofo... Pokémon?

HERACROSS (VISÃO DA KAREN) :


- Meu Arceus.

Se não fosse por Percy em meus braços, eu provavelmente me jogaria em alguém no Centro Pokémon e abraçaria essa pessoa, assustada. Mas apenas fiquei imóvel, pensando em como AQUILO era um Pokémon e não uma arma biológica para extermínio de Karemachenas.

Respirei fundo.

- Que... Bonitinho...- Falei, sem graça.

Eu não sei mentir sobre presentes. A ideia de ter... Aquilo? No time não me animava. Mas... Eu precisava. Precisava de Pokémon Lutadores. Vamos, Karen! Seja forte!  Me aproximei de Arthur e estendi Percival para ele. O símio entendeu a mensagem e segurou o Pokémon em suas mãos. Em seguida, me aproximo um pouco de Tyrant.

- Eu aceito ele, Ty. Muito obrigada.- Disse, sorrindo da forma mais natural possível. Estendi minha mão para segurar o ovo.- Obrigada por me aceitar na... Virtuum, não é...?- Acho que era esse o nome da pirâmide reversa.

Guardei o ovo em minha bolsa. Ela era bem espaçosa, pois conseguiu comportar a cápsula de Mabel e o ovo que Tyrant me deu. Olhei para Tyrant novamente, encarando-o profundamente em seus olhos.

Eu não conhecia ele direito ainda. Na verdade, faziam horas apenas que eu tinha encontrado o rapaz. Mesmo assim, pude sentir que ele era uma boa pessoa. E não digo isso por ter me dado um presente, mas sim pela forma como aceitou me ajudar. E, bem, ele é quase um policial, não é? Não tem como ser uma má pessoa sendo um ajudante de Pokémon e um treinador tão carinhoso com seus bichinhos.

- Bem... Eu como iniciante não tenho nada interessante para te dar como retribuição pela ajuda, mas... Tem aquilo que te prometi. - Assim que disse isso, andei em sua direção. Aproximei meu rosto do dele e, antes que o menino pudesse fazer algum movimento, beijei sua bochecha. Me afastei em seguida, meio vermelha, provavelmente. - Obrigada por tudo hoje, Ty.

Dessa vez, sem efeitos de sorvetes ou coisas do gênero.


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Próxima Parada: Tohjo


O que Karen sentiu quando viu Heracross? Eu não sabia, não consegui perceber exatamente, mas parece que o inseto havia notado, tanto que cruzou seus braços e virou o rosto. É, ela não havia gostado muito da reação da treinadora e talvez aquilo pudesse afetar o relacionamento ainda não existente entre as duas. Apesar disso, Karen ainda se esforçou em demonstrar que o presente a havia agradado.

-Fico... Fico feliz que tenha gostado - apesar de Heracross não ter acreditado nisso -E eu que agradeço por você ter aceitado entrar na Virtuum - em seguia ela guardou seu ovo na mochila junto com o outro que havia ganhado, então voltamos a... a nos encarar. Karen me olhava nos olhos e se aproximava, ela foi bem rápido e não me deu tempo de reagir, apenas senti um beijo... na bochecha, fiquei parando vendo-a se afastar com seu rosto vermelho, provavelmente da mesma cor do meu.

Aquilo foi tão... Repentino. Ela me agradeceu por tudo aquele dia. Minha reação? Virei de costas, envergonhado, não sei por quanto tempo ficaria daquele jeito, mas sei que minha visão estava indo em direção à televisão e lá passava uma notícia que... Bem... Não sabia o que falar sobre...

-Força Voluntária... Tohjo?

Sim, a notícia falava sobre como as águas haviam recuado de Kanto e Johto e que havia uma organização pedindo a ajuda de voluntários para reconstruir as regiões da maneira que pudesse. A única coisa que eu pude pensar com aquilo era em reviver meu lar, reconstruir a casa de meus pais e ajudar a levantar a minha região mais uma vez. Enquanto pensava, lágrimas escorriam em meu rosto, não sabia o sentimento que sentia naquele exato momento, mas eu sabia que era algo verdadeiro, tão verdadeiro que me fazia soluçar em meio ao choro. O que as pessoas em volta e Karen estariam pensando? Não sei.

-Me... Me desculpe... V-v-v-você não precisava ver isso... - disse ainda de costas. Cupid e Eevee, preocupados, me "abraçavam" na tentativa de me confortar, eles não entendia, não é mesmo? Afinal, nasceram depois que tudo aquilo aconteceu. Usei a camisa para secar as lágrimas e me virei para Karen mais uma vez -Eu também agradeço por hoje... Faz muito tempo que... Faz muito tempo que não consigo passar um dia com outra pessoa. Agora... Eu acho que tenho que ir ajudar a reconstruir Saffron, reconstruir minha casa.

Força Voluntária




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Quaerere




Estava meio sem graça, e acredito que Tyrant também. O menino se virou, dando as costas para mim, e começou a olhar alguma coisa na tevê. Quando pude perceber, ele estava chorando. Bastante. Em seguida, ele falou sobre... Reconstruir Saffron? Sua casa?! Espera, não podia ser...

- Ah meu Arceus. - Repeti, me aproximando mais da televisão.

O noticiário era claro. Não poderia ser mais; Força Voluntária Tohjo.

Eu não acreditava...

Olhei ao meu redor. Tudo parecia passar mais lentamente. As palavras de Tyrant ecoavam em minha cabeça.

Saffron.

Minha casa.

Meu pai sempre foi um homem sério e durão. Quando... Aquilo aconteceu, ele me disse "Apenas choram os que tem opções. Os que não tem, lutam! " e na época, eu fingi entender. Eu queria chorar, mas não podia. Eu sentia saudades da minha terra, mas não pensei que poderia voltar a ser o que era. Não me passou pela cabeça que eu um dia teria chance de voltar para viver lá. Ou apenas para visitar. Era triste, mas como algo sem volta, fiz questão de tentar superar rapidamente.

Mas uma lágrima escorria em meu rosto também.

Me aproximei de Tyrant e abracei ele.

- Eu...- Minha voz estava embargada, e por um minuto falhou.  - Eu também sou de Saffron. - E consegui dizer apenas isso, naquele momento.

Meus olhos ardiam, e lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos, percorrendo minhas bochechas. Eu não sabia muito o que deveria fazer... Como eu poderia ajudar? De que forma? Eu tinha capacidade para isso?

De uma hora para outra, meu dia e minha jornada tinham recebido um novo sentido; um que eu não imaginava que pudesse existir.

Senti um abraço na lateral do meu corpo, que agarrava tanto a mim quanto Tyrant. Os pelos macios indicavam quem era o sujeito que tinha dado o abraço; Arthur. Não sei o porque, mas ele nos agarrava, para nos confortar.

- O-obrigada, Arthur. - Disse.

Minha tentativa era de confortar Tyrant, mas eu não tinha forças para fazer aquilo... Já Arthur, que inocentemente não entendia a situação, parecia mais preparado para a situação. Me afastei do rapaz por um minuto.

- E como...- Enxuguei minhas lágrimas com a manga do meu casaco. - Como podemos ajudar nisso, Ty...?

Eu não sabia se o menino conseguiria me responder, mas queria que soubesse. Se existisse alguma forma de ajudar na reconstrução da minha cidade... Eu faria o possível para ajudar.


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Próxima Parada: Tohjo


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Reconstruir minha casa... ajudar minha cidade... Dar esperança a quem pede por esperança... Era isso que me motivava a querer fazer alguma coisa por meu lar... Nosso lar. Karen, em meio ao choro, disse-me que também era de Saffron enquanto me abraçava, aquela notícia realmente mexeu com ela assim como mexeu comigo, naquele momento parecíamos mais duas crianças chorando enquanto éramos confortados por nossos pokémons.

-Obrigado... Obrigado, todos vocês... - envolvi meus braços neles, queria confortar quem me confortava.

Apesar de ter secado as lágrimas, elas não paravam de cair, tentei controlar meu choro com a respiração para responder à pergunta dela -N-Não sei... - apontei para a TV, lá eles nos dariam as respostas. Por meio da notícia, ficamos sabendo que poderíamos ir para qualquer transporte das cidades de Hoenn que eles nos levariam para a área de partida de graça junto de uma equipe de pokémons que poderíamos levar para ajudar nos trabalhos do local. Essa era a resposta para nossa dúvida. Mais uma vez, sequei as lágrimas.

-Acho que... Acho que é assim que nós ajudamos... Eles... Devem dizer mais quando chegarmos - suspirei -Karen... Acha que... Podemos fazer isso juntos?

Esperei pela resposta dela. Eu ajudaria como pudesse, mesmo que tivesse que fazê-lo sozinho, mas uma ajuda sempre seria bem-vinda. Após resolvermos nossos problemas, ouvi meu PokéNav apitando, era uma mensagem de um dos assistentes do laboratório falando que iria enviar meus ovos para chocarem, já estava na hora e eles não conseguiriam mais segurá-los naquela forma.

-Eu... Eu já volto.

Mais uma vez, fui aos computadores e fui recolhendo ovos que iam saindo, eram uns 8 no total? Perdi as contas depois de alguns. Contando novamente, eram oito e pouco a pouco eles foram chocando. Gligar, Sneasel, Fomantis, Flabébé, Skiddo, Bunnelby, Zorua e Zubat, todos eles nasceram de uma vez bem diante de mim. Já havia visto o milagre da vida várias vezes antes, mas não em tanta quantidade. Eram tantos... Dei as boas-vindas ao mundo a cada um deles, abracei um por um e fiquei bem feliz, mas... Agora eles precisavam descansar depois do tempo que passaram por sua formação até o nascimento, eram bebês e havia a necessidade de serem tratados como tal. Quando terminei, devolvi os oito para o laboratório. Novamente, falei com Karen.

-Desculpe, eu tive que... Bem, você viu, não é? - O pequeno Eevee em meu ombro e Cupid pareciam bem felizes de verem novos pokémons nascendo assim como eles meses atrás -Então... Eu já decidi, vou ajudar a reconstruir Saffron. Você... Vem comigo?

Força Voluntária




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