Pokémon Mythology RPG
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Sabe quando tudo para de funcionar por um momento, nada parece certo e é como se você tivesse tido uma falha crítica no seu cérebro, que se perdeu num mar de aleatoriedade? Sim, uma tela azul. E senti que tinha levado uma dessas assim que Karinna ela pegava suas coisas e me ofertava o boné, evitando até mesmo olhar para mim. Eu demorei um tempo para entender que ela havia lidado tão mal, com... bem, um convite para um sorvete. SIM EU SEI QUE FOI COMPLETAMENTE INAPROPRIADO, E QUE EU DEVERIA TER DITO QUALQUER OUTRA COISA, MAS QUAL É!

O beijo foi perfeito, impecável, nunca tinha encaixado tão bem e sei lá, sequer me passou a possibilidade na cabeça que Karinna, logo Karinna, a própria senhora da confiança, se imaginasse beijando mal. Eu juro, a ironia e o contraste foram tantos, que eu só não ri por ter ficado... em choque? Eu inclinei a cabeça momentaneamente para entender o que caralho tava acontecendo. Tentei reagir o mais rápido que consegui, e isso deve ter levado uns 8 segundos assim que ela havia me direcionado a pergunta se o beijo havia sido ruim.

Com um sorriso, eu levantei do banco, peguei o boné de sua mão e colocava na cabeça da loira. Novamente, eu a puxava para perto, pegando-a pela cintura e passando uma mexa de seu cabelo para trás de sua orelha, uma vez mais. - Essa não é a Karinna falando, né? - Perguntava, e completava em seguida. - Porque tanto eu quanto a Karinna sabemos que o beijo foi perfeito. - Dizia me perdendo nos olhos da garota, e então desviei o olhar para me justificar, esboçando ter ficado meio sem graça. - Ta, eu reconheço, foi incrivelmente idiota ter chamado pra um sorvete ali, mas... é só que... eu fiquei sem palavras mesmo. Foi incrível. - Falei, completamente sem graça. - Me desculpa.

OKAY. Agora eu vou pontuar aqui o seguinte: fiquei perfeitamente e completamente ofendido com ela ter achado que sou uma pessoa tão rasa e pífia que a condenaria, a ponto de perder completamente o interesse na pessoa que ela é, só pelo fato de um beijo não ter sido tão bom assim, o que obviamente não foi o caso também. Porra, qual é, eu gosto dela, não é como se meu único interesse em Bley se restringisse em beijar sua boca. É...

...bem mais que isso. Muito mais.

Enfim, afastei os pensamentos e me mantive fixo nos olhos de Bley. Eu queria beijá-la, mas... não era o momento. Eu queria ouvi-la, queria saber porque ela havia pensado daquela forma. Queria saber, principalmente, de onde veio toda essa insegurança, mas eu acho que sequer tenho o direito de saber, então apenas minha atinha ao seu rosto e a ouviria, de bom grado.

Aventura no parque ft. Karinna

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By: KB lindo & perfeito <3


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Era difícil entender muito bem o que havia acontecido. Infelizmente, pelo meu consciente ser extremamente danificado e já estar setado para me fazer mal e auto-sabotar, tudo que consegui fazer foi me culpar e me culpar e me culpar.

Por sorte, eu consegui perguntar para Daisuke se tinha sido, de fato, tão ruim assim. Acredito que essa tenha sido uma daquelas perguntas que mudam o rumo de tudo, sabe? Se eu não tivesse buscado coragem dentro a minha raiva e minha frustração para tirar a limpo, sem sombra de dúvidas eu ficaria irritada o resto do festival, estragando tudo de verdade no final das contas. O Ranger levantou do banco, pegando o boné estendido e colocando-o de volta na minha cabeça, todo torto. Não me aguentei e dei uma leve risada, mas logo Daisuke prontamente me puxou pela cintura para mais perto dele.

— Hm... que conversa fiada. Mais um soco para sua conta. — brinquei, mas não disfarçando o sorriso que abriu e o alívio que eu senti quando ele disse que foi perfeito. ufa. — ... — tornei a fitá-lo nos olhos, aproveitando para passar meus braços mais uma vez por cima de seus ombros — Foi mesmo. Você não merece, mas tenho que admitir. — dei uma leve risada, cerrando os olhos brevemente e roubando um selinho do ruivo no processo — Tá tudo bem. É que eu fiquei um pouco nervosa. — sabe quando eu admitiria pra ele que eu nunca tinha beijado de verdade??????? nunCA, NEM NO MEU LEITO DE MORTE E OLHA QUE JÁ TIVE ALGUNS DURANTE ESSA VIDA — Não sei o porquê. — dei a cabeça sobre a sua clavícula — Acho que... Tô feliz, sei lá.

Ah, apesar do breve surto, eu tava, né? Não custava nada dar essa amaciada no ego de Daisuke. Mas que foi estranho, foi. Bem parecido com quando eu limpei a mão na calça dele de brincadeira e ficou todo nervoso. Hm, talvez eu tenha que descobrir sozinha, já que claramente ele não quer falar o que aconteceu de verdade. Bem capaz dele não saber também, mas isso eu duvido muito... Daisuke é todo regrado, lutador, deve conhecer bastante como sua mente e seu corpo funcionam. Por hora, decidi deixar para lá, mas queria investigar mais depois.

— Vamos lá tomar o seu sorvete. — revirei os olhos, erguendo a cabeça e dando um leve beijo no seu rosto; me afastei, abaixando os braços pegando o boné na minha cabeça, colocando-o de volta com a aba para trás na de Daisuke — Ah, deixa eu te falar o que eu ia pedir. — comecei a caminhar reto, estendendo a mão direita para que o ruivo entrelaçasse nossos dedos uma vez mais — Eu acho que minha mão vai precisar de fisioterapia... Mas eu queria aproveitar para treinar também. — ergui a mão esquerda, observando os pontos — Você acha que dá para me ensinar? Quero que seja igual aqueles animes que o mestre ensina a leiga e depois apanha para ela, sabe? — gargalhei, abaixando a mão e deitando a cabeça sobre o braço esquerdo de Daisuke enquanto caminhávamos — É que... Eu preciso ter o movimento dessa mão de volta. Preciso de verdade. — suspirei, voltando meu olhar para o céu — Eu sou... — tive que, infelizmente, me corrigir — Eu era muito boa no violino, sabia? Pode perguntar pra Natalie. — conseguia sentir meus olhos marejarem um pouco; a lembrança de que fui punida pelo desgraçado do Arceus logo na única coisa que sou boa no mundo era como um soco no estômago — Mas... — levantei a cabeça — O que acha? Posso até te pagar, se quiser.

Pedir as coisas pros outros é muito, muito, muito ruim. Não sei se tenho medo da rejeição ou o orgulho que não deixa, mas sempre fui receosa demais nesse aspecto em particular. Mas, assim, já que eu precisava mexer a mão direitinho para possivelmente recuperar o movimento dos dedos, por que não emendar logo em um treino também?


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- Especialista II Psychic;
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- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Vergonha, hormônios, paixão, luxúria, temor, castidade, martírio - uma carta.

Só, tudo, e mais; Tudo iniciado e orquestrado por conta de uma única carta extremamente bem colocada na melhor posição possível por Madame Tshilaba - e, ironicamente, era justamente a temerosa moça de fios dourados a responsável por selecioná-la dentre as tantas outras do místico baralho da cartomante. Era de um jeito torto, receoso, carinhoso e inquieto que os dois jovens desenvolviam aquela interação nova, aquarelada com sentimentos alienígenas e banhada de estranha gentileza que se mesclava à uma vergonha adolescente que há muito não invadia os corações de ambos os treinadores.

Uma situação curiosa, com certeza.

Enfim, não é disso que queremos falar agora - afinal, que graça tem se tentar dissecar o âmago de uma emoção que malmente começou a florescer? Voltemos nossa atenção ao caminho vazio escolhido pelos companheiros para que seguissem, passando por gatos pingados aqui e ali que traziam a mínima agitação àquela parte do festival. Infeliz ou felizmente, veja como quiser, mas não encontraram nada interessante no começo do caminho - o que pelo menos garantiu que pudessem curtir algum momento sozinhos, solitários, sem a necessidade de ancorar num banco qualquer enquanto esperavam o tempo passar.

É aqui que a pacificidade da narrativa se interrompe: E é difícil dizer se o ruivo havia entrado na frente durante uma olhada mais prolongada em sua acompanhante ou se o responsável pelo ponto caótico desse momento também tomou a iniciativa de cortar o seu caminho mas, de uma maneira meio bruta e com bastante desajeito, uma montanha de músculos simplesmente trombou com tudo contra o corpo de Fernandez, o peitoral se chocando praticamente na cara do ranger, tamanha a altura (e largura!) do monstro que brotou no meio do seu caminho. O sujeito, um pouco mal encarado, afastou o pescoço para trás, encarando o baixinho treinador como se tivesse simplesmente tropeçado numa pulga.

— Que que isso?! — O homem falou, a voz áspera arranhando a garganta enquanto falava, o pomo de adão se movimentando com exagero descabido. — Qual que é a tua, ô baixinho? — Perguntou o maluco de dois metros e pouco, jogando a cabeça pra frente e crescendo pra cima de Daisuke. — TU TÁ DOIDÃO, TÁ? QUER ENCARAR, É? — Gritou, como se fosse um treinador enraivecido. — AQUI É XANDÃO, Ô ZÉ. TÁ ACHANDO QUE PEITA, TÁ? TU TÁ?! — Foi o que disse, as sobrancelhas franzidas ao ponto de quase se tornarem uma só.

...Então...
E aí, galera? Qual vai ser?

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Ainda de mãos dadas com Daisuke, caminhávamos em passos lentos em uma direção qualquer. Sinceramente, onde estávamos indo era a menor das minhas preocupações, já que a maior parte do tempo eu passava olhando para ele. Como que pode, aquele garoto que morreu de medo de mim na época da Battle Tower agora estar aqui, de mãos dadas comigo e eu estar me derretendo toda por dentro por causa dele? De verdade, nunca vou deixar essa pergunta morrer porque é... Inesperado demais. Meu consciente, ao voltar àquela cena de meses atrás, trazia também o restante das memórias até o presente, essas em sua maioria, por falta de uma palavra melhor, devastadoras. É triste demais pensar que não me permiti ser feliz por muito, muito tempo. E talvez se não fosse por Tshilaba, ainda estaria lutando comigo mesma contra esse sentimento que, ai, é bom demais sentir.

— Hm, Daisuke, cuidad-

Mínimos foram os segundos que tive para tentar avisar que um cara, que estava mais para um ARMÁRIO de tão grande, estava vindo na nossa direção. Para ser mais específica, diretamente contra o Ranger. E, é... Não deu muito certo. O cara trombava contra o ruivo e EU SABIA! EU SABIA QUE ESTAVA TUDO MUITO TRANQUILO! Estranhamente tranquilo. Sei que estávamos em um parque e que tudo aqui é risada e diversão, mas em que universo vou achar que, justamente quando estou feliz, Arceus iria me deixar em paz? Algo tinha que dar errado.

E, bom, dessa vez não foi diferente. Uma trombada que claramente poderia não dar em nada, se tornava uma bola de neve gigantesca diante dos meus olhos. Como estávamos de mãos dadas, acabou que sofri um pouco do impacto também, mas nada demais. O problema é que o homem, forte e gigantesco, decidia bater de frente com o Ranger. Ha, estou bem ciente de que ele pode se defender sozinho e muito provavelmente surrar esse homem até ele ficar do tamanho de um Joltik, mas o sangue começou a ferver dentro de mim quando ele começou a gritar. COMO ASSIM GRITAR!!!!!!!!!!?

— olHA AQUI! — minha expressão se fechava ainda mais ao ver que o homem simplesmente CRESCIA para cima do Ranger, me enfurecendo ao extremo, o que fazia com que meu punho direito se cerrasse direto na direção do rosto do homem — EU VOU TE ARREBENTAR SÓ QUEM PODE GRITAR COM ELE SOU EU!

Como sempre, minha fúria escalando de zero à cem em milésimos de segundos. Pela primeira vez o Ranger veria isso pessoalmente e, bom, nunca é algo bom de se presenciar, né? Mas tava na hora dele ver onde amarrou o seu burro. Aliás, não fazia ideia se um soco meu faria qualquer diferença, para ser bem sincera. Um homem daquele tamanho, mais alto e mais forte que Daisuke, que por sua vez já é mais alto e bem mais forte do que eu (não que eu tenha reparado). Difícil, né? Era justamente por isso que queria treinar, queria saber o que fazer em uma situação como essa, já que já vi diversas lutadoras menores fazerem um grande estrago. Talvez tenha algo a ver com a velocidade, não estou muito certa. De qualquer maneira, eu estava tão cega de raiva que também não prestei atenção no que Daisuke iria fazer ou se disse alguma coisa.

Tudo que sei é que se esse homem-armário revidasse, aí sim, ha, aí sim Daisuke conheceria a Karinna surtada de verdade.

Veremos.


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As palavras de Bley me deixaram mais leve quase que instantaneamente, e ouvir que ela estava feliz pelo que aconteceu? Ah, aquilo sim foi incrível. Sorri de imediato perante suas palavras e diante sua aceitação para meu convite anterior, voltamos a andar e no processo, eu entrelaçava meus dedos com os da loira uma vez mais, antes de ouvir teu pedido. E AQUI MEUS AMIGOS, EU QUERO, DE VERDADE, EXPRESSAR MINHA SATISFAÇÃO. Quando Karinna pedia para que eu lhe ajudasse a treinar, com luta e tudo o mais, me senti no céu. Foi a primeira vez, de verdade, que uma garota da qual eu estava ficando, não me julgava pelo meu treino, e ela ainda queria participar. Não pude esconder o brilho imediato em meus olhos com o pedido.

Diante a piada, eu até ria um pouco, e ela explicava o porque de querer tanto voltar a mexer a mão logo. Assim que ela terminava de se explicar, eu soltava sua mão e a envolvia mais uma vez em meu braço direito, lhe dava um beijo em sua testa, e bem quando eu estava pronto para dizer algo, ela oferecia pagar para que eu a ajudasse. Eu resisti ao forte impulso de suspirar. Por que? Bem, porque Karinna deixa claro e explícito em todos os seus comportamentos que sempre espera o pior das pessoas. Não posso simplesmente esperar que isso não recaia sobre mim também, quer dizer, a gente não conhece tanto ainda. Com o maior sorriso do mundo, eu olhava para a loira e lhe dizia. - Vamos fazer o seguinte. Você me paga parcelado. A primeira parcela é acordando cedo junto comigo pra treinar, e a última é tocando uma música pra mim no violino. O que acha? - Sorria para a loira.

Eu esperava que surtisse o efeito esperado, e até pararia para ouvir Karinna, antes de lhe pontuar algumas coisas importantes. - É, mas antes disso a gente tem que achar alguém pra dar uma olhada nesses pontos. Não da pra treinar nada se você ainda estive sob a fase de... - Parava para pensar numa frase adequada. - ...desculpa, sou horrível com palavras. Não encontro outra melhor do que remendos. - Falava sem graça. Não queria dar a impressão de que estava faltando algo nela ou algo do tipo, era só que sem os pontos, ela provavelmente ficaria com um pedaço da mão pendendo pelo corpo. Ou não, e se não, então eu poderia lhe mostrar alguma coisa. Eu soltava a mão de Karinna, para mostrar algo pra ela que pudesse ajudá-la. Era uma ferramenta simples, geralmente usada por quem toca violão para ganhar força nos dedos, e acho que se a loira começasse devagar, poderia ajudá-la. No entanto, bem quando eu pegava sua mão para lhe mostrar a estranha ferramenta, eu dava de cara num homem-poste.

Não é por nada, até que doeu. Eu balancei a cabeça algumas vezes rapidamente para me recuperar do impacto, e bem quando eu ia pedir desculpas, o homem se virava para mim, me confrontando pela trombada. Okay, quando ele começou a gritar, completamente agressivo, eu mudei de opinião. Não pediria mais desculpas. Ele provavelmente trombou comigo de propósito, é só mais um daqueles caras imbecis que estão de mal com a vida e tentam descontar sua frustração em pessoas que não tem nada a ver com eles ou seus problemas pífios. A mochila estava nas minhas costas, fechada a essa altura. Eu não conseguiria pegar meu cassetete pra evitar qualquer agressão da parte do tal do Xandão, então, eu parava para checar minhas outras opções.

No momento da trombada, eu havia me virado para trás, então, agora, Karinna se encontrava à minha esquerda. Eu poderia amenizar com diálogo e amaciá-lo aos poucos, para acalmá-lo, mas isso somente supondo que ele não fosse partir para a agressão logo de cara, se esse fosse o caso, eu poderia executar um rolamento para... na minha esquerda estava Bley, então eu não conseguiria fazer o rolamento tão bem num espaço confinado, e ainda poderia machucá-la. Para direita era seguro. Um rolamento para direita seguido de um rápido soco na dobra do joelho do cara e... adeus pros ligamentos dele. Droga. Eu sou um Ranger em outra região, não posso causar problemas desse calibre para a corporação. Seria uma agressão física muito cautelosa, com certeza poderia dar aval para tortura em caso de abrirem um processo. Eu poderia montar guarda e esperar pelo primeiro soco, procurar uma brecha e executar um ippon. Isso iria atordoá-lo por tempo suficiente para eu chamar Brave que poderia colocá-lo para dormir com o pó do sono e...

...eu não esperava que Karinna fosse tomar a dianteira de forma tão abrupta.

Sem dar qualquer indícios, a loira saltava na frente do cara e o convidava para trocarem socos. Puta que pariu. Eu fiquei preocupado por um leve momento, mas eu percebi que aquela era exatamente a distração que eu queria! Enquanto ela tecia ameaças, eu discretamente colocava Brave (Gloom) para fora de sua Pokéball, eu olhava para ele e sinalizava com o olhar para o homem alto, e imediatamente o Pokémon do tipo grama compreendeu o recado. Eu o pegava com minhas mãos e assim que Karinna terminava de falar, eu entrava no espaço entre ela e o homem, estendendo o Brave em minhas mãos com o rosto para o homem e dizia. - CALMA AÍ, GALERA. O BRAVE TEM UMA OPINIÃO DIFERENTE SOBRE O ASSUNTO OLHA! - E assim que eu terminava de falar, Brave se sacudia e liberava o Sleep Powder bem nas narinas do homem, que estava a uma distância inferior de 1 metro de mim, e quase encostava seu rosto no do Gloom nesse meio tempo.

O homem provavelmente iria dormir, mas se não fosse isso, o que mais poderia acontecer? Pelo menos, Karinna está fora da área de ação do homem, e se alguém tivesse que levar um soco, esse alguém seria eu... pelo menos, é o que queria acreditar.

Aventura no parque ft. Karinna

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Sim - é compreensível a brusca mudança de temperamento da moça, pelo menos naquele momento, dada a situação posta em mesa. Quer dizer, considerando todo o seu histórico de atrair confusão, não poderia esperar que uma aventura por um parque de diversões com alguém que gostava fosse simplesmente tranquila e relaxante, independente do quão forte a situação parecia pender pra tal possibilidade. Outra certeza que se é possível ter, inclusive, era que o homem não esperava que fosse a loirinha a que tomasse iniciativa para bater boca (e até tentar um soco!), fato explícito na surpresa de sua expressão, que pareceu desarmar por um breve instante; Entretanto, não demorou a se recuperar do sentimento, fechando a cara mais uma vez e, dessa vez, voltando o foco na direção de Karinna.

— Aaah, a magricela quer brigar, então! — A muralha falou. — ENTÃO EU ACHO QUE SÓ TEM UM JEITO DE RESOLVER ISSO, TU VAI TER QUE PEITAR O XANDÃO. — Concluiu. Isso, inclusive, ouso dizer que será antes mesmo da intromissão de Brave; Perdão, Fernandez, mas talvez toda a sua linha de raciocínio tenha demorado um pouco demais. Que infortúnio, não? — E TU SABE COMO, NÃO SABE?!

Xandão ergueu o braço, como se se preparasse para dar um tapão estalado de estourar a fuça de qualquer desafortunado que entrasse no meio do caminho. Chegou inclusive a fazer o movimento, brusco, bruto, chegando perigosamente perto da cara de Karinna e... ... ... O usou para apontar para outra direção, à esquerda de si próprio, de uma maneira quase violenta, como se estivesse socando o próprio ar.

— TU VAI TER QUE FAZER O TESTE DE FORÇA DO SUPERXANDÃO. — Sentenciou, o dedo grosso indicando o equipamento em uma barraquinha ao lado, com uma placa EXAGERADAMENTE BRILHANTE (oh, talvez fosse bem mais fácil de repará-la ao anoitecer?) piscando acima, e era difícil dizer se por preguiça de desligarem, por estarem testando as luzes ou qualquer outro motivo. — MAS NÃO VAI SER COM TEU BRACINHO MOLE, NÃO, VIU?! — Disse, exageradamente, já virando na direção da barraca e caminhando na direção de um monstrinho ENORME que aguardava BEM no balcão da tenda. — VAI SER COM TEU POKÉMON, Ô ZÉA. — ...era um feminino de Zé? — E VAI COMPETIR COM A SUPERXANDINHA AQUI. — Acrescentou, apontando na direção da companheira MUSCULOSÍSSIMA ao lado, que fez cara de má e flexionou os músculos para intimidar o casal. — E O RECORD DELA É 100, OUVIU??? É CEM, CATAPIMBA!!!!!!!! — ...por que que tem um family frien-

Enfim.

SUPERXANDINHA :


— MOOOO! — A pokémon concordou, virando de costas e dando um tapa na própria retaguarda, provocando os dois treinadores a aceitarem o desafio. Os cabelos bagunçados traziam um "quê" especial para a Xandinha, que parecia particularmente extasiada em finalmente terem algum visitante por perto - quer dizer, não exatamente visitantes, considerando que a muralha praticamente os interceptou à força, mas...

— E AÍ, XARÁ, QUAL QUE VAI SER? VAI AMARELÁ, VAI? PÓ, PÓ! — Galinhou. Diante dessa... Uh, inesperada situação, qual seria a procedência de nossos belíssimos protagonistas, que tão repentinamente foram tragados para toda essa confusão?

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Okay, talvez, e só talvez, eu tenha demorado muito. Assim que eu me colocava entre Karinna e o tal do Xandão, com Brave nas mãos, o homem fazia um movimento brusco com o braço, que quase certava meu nariz, e fazia algo inesperado: anunciava sua barraca. A quebra de expectativa foi surreal. Sério, incrivelmente surreal. O contraste fora tanto, que o Gloom não se conteve e começou a rir de imediato, comigo ainda carregando-o. Eu o colocava no chão e ficava alguns segundos em choque. Você ta me tirando que esse paspalho me acertou de propósito pra anunciar a bendita barraca dele?

Com a expressão rude e me contorcendo por dentro, eu me virava devagar pra expressão do homem de dois metros, que nos desafiava a participar do desafio de força. E aqui eu tive de parar pra respirar. Minha vontade era amassa o crânio daquela anta superdesenvolvida usando-o de martelo para bater no bendito botão de força mas... valia a pena? Tipo, sujar minhas mãos com alguém que provavelmente só estava com um dia difícil, com poucas pessoas indo até sua atração? Suspirei e tentei um comentário. - Não teria sido mais fácil, sei lá, só chamar a gente pra ir até aí? - Comentava, meio sem graça. - Tenho certeza que você arrancou um ou dois parafusos da minha cabeça na trombada. - E ria. - Além de não ter sido nada educado. E ter doído. - Falava, tentando controlar o temperamento rabugento que havia se instaurado até a mim. Me virava para Karinna e questionava se estava tudo bem. - Se machucou? - Dizia, tentando estudar rapidamente sua expressão para saber se estava tudo bem.

Em seguida, eu falava da atração, enquanto já via Brave tomando a dianteira e conversando com a Smoochum. O gramíneo era até engraçadinho, ele fazia algumas poses de fisiculturista, visivelmente imitando a Pokémon de gelo e tentando parecer com ela, de relance, eu assistia, e quando podia finalmente ver o que ele estava fazendo, eu ria. - E então, o que acha? Parece legal. E o Brave ta animado. - Falava com a loira. Caso tudo desse certo, e Bley concordasse em participar, eu tomaria a dianteira, e questionaria algo ao grande Xandão. - E então, Xandão. Como funciona essa atração? - Dizia, entonando curiosidade.

Aventura no parque ft. Karinna

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— EU V- QUÊ? — o homem chegou perto de mim, o que até mesmo me fez engolir seco com medo de tomar uma bofetada e desmontar ali mesmo... mas não era isso que acontecia — QUEEEEEEEEÊ?

Sabe quando o rosto dos personagens de desenho viram grandes pontos de interrogação? Era exatamente assim que me eu sentia. Um ponto de interrogação vermelho com uma peruquinha loira, irritada e descrente batendo os longos cílios enquanto olhava para o homem — com direito até aquela onomatopeias de quando os olhos abrem e fecham, sabe? Não sei do quê sentia mais raiva: se de mim por não ter conseguido acertar o soco ou da besta situação que nos encontrávamos agora. A revolta era tão grande que eu até me esquecia de responder o ruivo em relação aos treinos, mas isso eu poderia fazer depois que ficasse mais calma.

Mas eu ainda estava irritada. Irritada porque um dos meus quatrocentos e setenta e oito defeitos é ir de zero a cem em um segundo e demorar minutos para voltar, não importa o quão absurda a situação é. Do meu lado, Daisuke segurava Brave como se fosse fazer alguma coisa, mas o seu gramíneo somente se acabava de rir. Fechei a cara, fazendo um bico do tamanho de um Swanna e cruzando os braços quando o ruivo se virou para mim e perguntou se eu estava bem.

— NÃO ME MACHUQUEI MAS POR QUE VOCÊ NÃO DEU UM SOCÃO NA CARA DELE??? VOCÊ NÃO TEM CULPA BRAVE SEU TREINADOR QUE É MALUCO, ESSE SLEEP POWDER IA PEGAR ERA EM MIM. — bufei, pouco me importando se o homem-armário escutaria ou não; eu sabia que não era culpa do ruivo, mas eu precisava reclamar — EI XANDÃO — me virava para o homem, indo atrás dele e vendo a pequena criatura que ele chamava de super xandinha; eu até acharia graça se não estivesse vermelha de raiva — POR QUE VOCÊ FALA E TROMBA ASSIM NAS PESSOAS? ISSO NÃO SE FAZ! QUANDO EU FOR UMA LUTADORA NATA EU VOU CAÇAR ESSE CIRCO E VOCÊ VAI VER SÓ! — bati o pé irritada, como assim tudo isso foi só para que a gente fosse até a barraca dele? — EU VOU..... — eu até escutava Daisuke tentando remediar as coisas com o homem, mas Xandão não parava de gritar então eu fazia questão de falar no mesmo volume; eventualmente o ruivo me perguntava se eu não queria participar — EU ACHO ÓTIMO E TAMBÉM TÔ MEGA ANIMADA, VOU BATER E VOU QUEBRAR PRA ELE NÃO FAZER ISSO COM MAIS NINGUÉM!

Busquei a pesada esfera de pedra de Sigilyph dentro da bolsa, liberando o voador na minha frente. Xandão, então, cacarejou. C-A-C-A-R-E-J-O-U.

SÉRIO, QUE MALUQUICE É ESSA?

— AAAAAA, TERIYAKI É BOM VOCÊ BUSCAR FORÇAS LÁ NOS SEUS ANCESTRAIS QUE QUASE ME MATARAM PRA DESTRUIR ESSE NEGÓCIO!


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O membro 'Karinna' realizou a seguinte ação: Lançar dados


'Teste sua Força' :
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E Karinna estourava. Já chegava me questionando sobre o por que de eu não socar a cara do rapaz. Ora, é necessário empatia também, ainda que falte da parte dele, a gente pode conscientizá-lo do erro, e poxa, é tão ruim assim alguém querer trabalhar? Suspirei. - É só um homem querendo trabalhar, Karinna. - Mas admito, morri de vontade de socá-lo também. Eu falava com ela e logo em seguida complementava. - Claro, ele foi uma porta imbecil. Talvez merecesse o soco, mas... - Eu parava. Me dava conta no exato momento de que estava falando tudo aquilo na frente do rapaz, então eu simplesmente terminei ali. - ...eu te explico depois. - Falava com certa melancolia.

Não tardou para Karinna gritar mais. Acho que ela simplesmente havia se enfezado muito com o jeito do homem da barraca. Eu segurei pra não rir, e teria que me controlar pra não fazer piada com a esquentadinha em questão. Mas tudo bem, logo depois de eu pedir por uma explicação de Xandão, Brave observou o Sigilyph de Karinna bater a marreta no botão e marcar seus pontos. O Gloom ficava até impressionado, e me perguntava se podia ir em seguida. - Ah, eu acabei de pedir uma explicação, mas aparentemente é bem simples, né? - Falava, me agachando pra conversar com o Gloom, que assentia. - Quer tentar então? - Perguntava com naturalidade, e era respondido com Brave inflando seus pulmões e imitando uma das poses da Smoochum de Xandão. Eu ria e apenas observava o Gloom pegar impulso, se jogar pro alto e usar seus bracinhos miúdos para colidir com o botão da tenda do "Teste a sua força".

Brave era adorável e idiota. Mais idiota do que adorável já que sua autoestima elevada o fazia meter os pés pelas mãos de vez em quando. Que diabos ele tava pensando se jogando daquele jeito? Só esperava que aquilo não fosse um golpe na autoestima do Gloom...

Aventura no parque ft. Karinna

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