Pokémon Mythology RPG
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Ato 05 — Nostalgia.

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OFF S2 :


A fúria de Karinna era um contraste muito interessante junto da calmaria que era Nico. Imagine ver o símbolo mais clássico da cultura taoista mas ao invés do clássico preto e branco que representavam o Ying e Yang, era um tom ardente de vermelho e um límpido azul que bailavam um com o outro.

Diante da dupla o Tiozinho observava com a paciência de um buda ou quem sabe um aposentado que já não tinha lá muito o que fazer agora que havia completado seu dever para com a comunidade. Um conjunto de chás quentes eram servidos aos jovens que tinham muitas semelhanças e talvez por isso viviam em atrito um com o outro.

- Posso emprestar algumas iscas e as varas de pescar sem problemas jovens. Aqueles Slowpokes que molharam vocês eram bem diferentes dos normais que costumam aparecer por aqui. Bom, vocês já devem saber do projeto da Sienna Co.

Uma jovem em torno de seus 13 anos de idade aparece com algumas toalhas secas a pedido do tiozinho, ela possuía madeixas castanhas claras bem arrumadas e levou a mão até a boca como se quisesse dizer: Que sacrilégio! Como alguém fez isso com seus cabelos? A jovem logo saiu de cena e voltou com um secador de cabelo para que Karinna não tivesse que sofrer mais. O tio seguiu sua fala.

-Obrigado Cindy. Onde eu estava...lembrei! Sienna Co.! Aqueles pokemons devem fazer parte daqueles que ficaram perdidos na região. Pensando melhor, não sei se as iscas comuns de Slowpoke vão funcionar neles já que podem ter gostos diferentes, mas não custa tentar. Como o loirinho disse antes: eu “manjo” de pesca e conheço um local apropriado para fazermos essa armadilha. Terminem de se enxugar e podemos ir.

-Tio o Jantar já está para sair. Vou reforçar a comida e depois vocês podem ir lá, já sabe né? Se acha um Slowpoke traz para mim.

-Claro Cindy.


Charmeleon, Nuka e Cindy brincavam uns com os outros enquanto os adultos seguiram com o planejamento estratégico. Já secos e devidamente  alimentados e motivados a proteger a cidade dos males da nação, prestes a estender seus poderes às estrelas, Nico, Karinna e o Tiozinho seguiam no buguizinho praieiro espaçoso (Char e Nuka cabiam na parte de trás) de cor amarela gritante em direção a praia onde iriam trazer a justiça terrena para os infratores do lago.

- Então...Vocês são namorados? Irmãos?

Como sempre, um tiozinho tem que fazer aquelas perguntas constrangedoras que não levam a lugar algum xD

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nostalgia

Sendo bem sincera, era de extrema graça assistir uma das quatrocentas e cinquenta barreiras de Nicholas ser levemente derrubada, mesmo que momentaneamente. Apesar de irritada e em modo de raiva agudo, não pude deixar de dar uma leve risada quando lembrei do garoto esboçando um leve sorriso com minhas tentativas, efusivas e forçadas, de tentar arrancar um sorriso de seu rosto à força. De qualquer maneira, minha única preocupação no momento era me vingar daqueles malditos aquáticos, responsáveis por arruinar as madeixas que tanto lutei para desembaraçar.

Puxei Nicholas pelo braço, somente para o adolescente se desvencilhar rapidamente. Finquei os pés no chão, voltando meu olhar fuzilante para trás e sendo surpreendida pelo loiro, que segurou meus ombros e me deu uma leve chacoalhada. Não era novidade que meu humor ia de zero a cem em um milésimo de segundo, mas como o rapaz em menos de cinco minutos de conversa percebera essa característica tão intrínseca a mim? Será mesmo que minhas explosões são tão... Explosivas assim?

— Tá. Tá. Tá. Tá. — respondi várias vezes em um tom de voz baixo, porém extremamente debochado enquanto consentia com a cabeça — Se eu quiser posso mergulhar e descer a porrada neles. — resmunguei quase inaudível, finalmente parando de implicância e fitando as janelas cerúleas do garoto que fixavam-s nas minhas — ... — não quis dar o braço a torcer e concordar com Nicholas, mas com meu humor irritadiço diminuindo consideravelmente conforme minha cabeça esfriava, consenti — Tudo bem. Eu também tenho uma aquática que pode ajudar. — bufei, repetindo o gesto que o loiro havia feito comigo há alguns minutos, levando meus dígitos até sua testa e dando um leve peteleco — E eu não sou resmungona nada, garoto chato. — me desvencilhei de seus braços, dando uma leve risada — E não fOI O REGIROCK QUE FEZ OS ZUMBIS, FOI O SIGILYPH! NÃO PUDE NEM TERMINAR MINHA HISTÓRIA POR CAUSA DESSES BICHOS! — reclamei, empurrando de leve o ombro do loiro, que agora me acompanhava na direção que o senhor indicara — Resmungona é a senhora sua mãe.

Não demorou muito para que alcançássemos o simplório casebre de madeira. Não queria ser rude, mas se tem algo que aprendi em minhas jornadas, é que se não se deve comer algo oferecido por estranhos. Nuka, assim que sentiu o cheiro, quis se esbaldar na comida; bastou um olhar sério na direção da dracônica para que ela, mesmo sob protesto, acatasse minhas ordens. Recusei gentilmente a comida, seguindo para o banheiro e trocando minhas roupas: agora vestia meu característico vestido branco de alças finas, bem como os saltos antes mencionados. Não sei o que tinha na cabeça para decidir usá-los nessa rota, mas fazer o quê?

— Obrigada, Cindy. — sorri para a criança que fora apresentada, pegando o secador oferecido — Muita gentileza de vocês. — caminhei até o banheiro e permaneci ali por uns belos trinta minutos para secar minhas madeixas — SEM ME OLHAR DE RABO DE OLHO COM RAIVA, NICHOLAS! JÁ VIU O TAMANHO DO MEU CABELO? DEMORA! — o lavabo possuía uma leve abertura de onde pude ver a impaciência do loiro tornar-se quase que palpável; não sei se por isso ou pela obrigação de jogar conversa fora com o senhor já que eu não estava presente — SENHOR, PODE PUXAR ASSUNTO, ELE ADORA CONVERSAR!

Após quarenta minutos secando e desembaraçando as madeixas, saí do lavabo com um sorriso provocativo estampado no rosto. Tinha certeza absoluta que Nicholas já estava de saco cheio de fazer sala: um adolescente mal humorado como esse obrigado a conversar como adulto? Ha! Castigo por ter me feito perder no arremesso de pedrinhas.

— Agora sim. — respirei fundo, me espreguiçando no processo — Vamos, Nuka? — a pequena brincava com Charmeleon e Cindy de boneca, o que achava uma gracinha; segurei todos meus pertences, colocando o secador em cima da mesa — Vamos procurá-los. Estou doida para abraçar os dois aquáticos.

Caminhei junto com o loiro até um pequeno bugre super simpático que o senhor nos oferecera. A parte ruim era descobrir como nos livraríamos do pobre homem para que eu pudesse me vingar de verdade dos Slowpokes, mas isso poderia esperar. Coloquei meus pertences junto dos monstrinhos nas parte de trás, aproveitando para acariciá-los enquanto não dávamos partida.

— Namorados, moço? — revirei os olhos, empurrando Nicholas para que chegasse para o lado e me desse mais espaço — Eu tenho cara de papa-anjo pro senhor? — dei uma gargalhada tão alta que poderia ser escutada de Lavender — Imagina namorar essa peste. Coitada dessa garota. Uma guerreira. — apertei as bochechas do loiro, que mais uma vez afastava minhas mãos em repressão — Ele tá mais para um irmão mais novo insuportável de chato mesmo.

Egg escreveu:

Eevee — 19/40
Spiritomb — 05/40



SWARM

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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 WCU65Ru
Awards :

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Por Arceus. Naquele ínfimo instante em que calcorreavam do píer até o casebre, o louro constatou o que — ao menos para ele — era o óbvio: a especialista era, de fato, maluca. Comparava-a em seu consciente para uma Ferrari cor-de-rosa: ia de zero a cem no primeiro evento intempestivo. E não matutou acerca disso depois do peteleco, fê-lo no momento em que a loura começou a bramir a real figura por trás da transformação de algum humano em zumbi — nem ao menos sentira o empurrão dado por Karinna.

Respirou fundo.

A dupla calcorreou até o singelo casebre que fora oferecido pelo velho pescador próximo às águas. O odor viajava pelo ar e invadia as narinas tanto do kantoniano quanto de seu inicial; o ígneo pensou em avançar junto com o monstrinho dracônico da especialista psíquica. Por educação — ou mesmo desconfiança por um homem estranho subitamente oferecer algum abrigo —, Nico pigarreou, e nesse pequeno sinal, Charmeleon interpretava muito bem as entrelinhas, recusando educadamente. Acariciou a sua barriga depois de alguns sanduíches que Karinna oferecera outrora.

Nicholas se dirigiu até o banheiro, tomando a toalha que lhe fora oferecida e alguma roupa reserva que levou consigo: uma camisa preta sem estampa, uma calça de sarja de coloração verde-escuro e um tênis casual de mesma cor da peça que cobria o seu dorso. Passou a mão sobre as douradas madeixas que escorriam por sua testa, desgrenhando seu cabelo como sempre usa usualmente. Devidamente trocado, abriu uma pequena fresta na porta, chamando seu inicial com o intuito de entrar no cômodo — e Charmeleon o fez. Agachou-se, murmurando audível apenas ao pequeno lagarto:

— Olha aqui, antes de chegar pra falar com qualquer pessoa, você só vai se eu deixar, entendeu? Agora por culpa sua, eu vou ter que aguentar essa perturbada o caminho inteiro, porque se eu sair do lado dela, essa doente vai acabar se matando por causa de algum surto — o ígneo grunhia baixo tentando justificar a aproximação, ensaiando um sussurro em que cantava, simulando a melodia sem-par que Karinna entoou habilmente; Nicholas balançou a cabeça negativamente. — Sem desculpa, e da próxima, eu saco você do time e você volta lá pro Birch. Considere isso um aviso.

O lagarto saía do cômodo, engolindo em seco com os olhos, quiçá com pinceladas pávidas em seu semblante. Nico pigarreou, sentando-se em algum sofá com sua expressão um pouco mais aberta para que os residentes não levantassem más impressões acerca dele. Enquanto aguardava, seu pequeno parecia esquecer momentaneamente da bronca e passava a se divertir com Nuka e Cindy, uma aprazível garota que ostentava sedosos fios dourados com algumas bonecas; a cena era deveras agradável a todos os presentes — sejam os louros por ver suas inocentes criaturas perfilando toda sua cândida aura ou os responsáveis pela menina.

Tic-tac.

O soído onomatopaico que retumbava nos ouvidos do treinador já passava a incomodar. Nicholas até entendia o tempo necessário para que não houvesse nenhum fio embaraçado ou nó nas madeixas que outrora ostentavam um brilho ímpar. Contudo, o que realmente importunou o treinador foi quando, do outro banheiro, a especialista passa a bramir em alto e bom de que o kantoniano não deveria fitá-la com o canto dos olhos, volvendo a ressaltar a demora em cuidar de seu cabelo. Sem uma única e ínfima pausa, gritou de novo para que o senhor puxasse algum assunto — ora, será que ela estava realmente empenhada em tirar a pouca paciência que ousava em jazer no louro?

Nicholas respirou fundo, volvendo seus olhos para Charmeleon, fuzilando-o com o olhar. O ígneo coçou a sua nuca, mirando suas palmas para o teto — como se dissesse “me desculpa, eu não tenho culpa de nada”. O louro respirou fundo mais uma vez. Com discrição, apontou para o réptil e depois para o cômodo em que Karinna jazia, passando o indicador em seu pescoço; o pequeno, assim como dantes, engoliu em seco, volvendo a brincar com suas mais novas amigas.

E durante todo aquele tempo em que a loura aprontava-se para sair, teve de utilizar de seu pokénav para entreter-se dos mais variados tipos: ora algumas fases com o tradicional Tetris — rapidamente se cansou, e devido ao seu costume de jogos, conseguia chegar às fases mais avançadas com habilidade sem-par —, ora lendo algumas notícias do mundo ou sobre seu time do coração, o São Pawniard, comandado pelo treinador Fernão De Niz.

Foram longos e tortuosos quarenta minutos até que Karinna, agora trajando um alvo vestido de alças finas que realçava ainda mais sua angelical beleza — em contraste com o seu temperamento, como mostrado há pouco tempo — chamando Nuka para que fossem à caça das criaturinhas que lançaram seus ataques sobre a dupla de treinadores. Assim que esteve tudo pronto, colocou sua mochila sobre suas costas, sinalizando para que Charmeleon deixasse a boneca e o acompanhasse.

Do lado de fora, um buggy de cor amarela mostarda aguardava que os dois adentrassem para saírem na expedição. Os dois monstrinhos acomodavam-se na parte de trás, e pouco mais ao lado, o louro ficou na parte da janela, apoiando o seu cotovelo sobre a lataria do carro — em um lugar em que ele não fosse arremessado ou acometido pela inércia em momentos de freadas ou partida — com a mão esquerda repousando entre os lisos fios dourados. Os orbes cerúleos buscavam fitar o céu azul da noite branda de Lavender.

E quem disse que ele o faria? Afinal, o senhor lançava uma indagação que, assim que os tímpanos de Nicholas processaram, o mesmo ergueu suas sobrancelhas em completa discordância de qualquer um dos laços que foi citado por ele. Até ensaiou uma resposta, sendo interrompido de prontidão por não apenas um estímulo vindo da perna esquerda da especialista — que era devolvido na mesma medida —, como uma risada mais alta que um Boomburst evocado por um Exploud.

Torceu o cenho, levando os dedos aos ouvidos para amenizar todo aquele soído. E mais provocações eram disparadas por Karinna, que por algum tempo, apertou a bochecha do kantoniano. Com o dorso da mão livre, deu um leve toque no braço da especialista, rechaçando todo e qualquer contato físico provocativo que partisse da mesma.

O caminho estava livre para uma resposta à altura, e Nico sentiu essa brecha — não podia perdê-la, não é?

Sorriu, convencido, os orbes cerúleos dirigiam-se ao banco da frente, onde jazia o motorista — o treinador estava sentado justo atrás do banco do motorista.

— Quem gosta de gente louca é psiquiatra, senhor, eu não — respondeu, apenas olhando de relance para Karinna em tom provocativo. — E digo mais: pra aguentar essa transtornada aqui, tem que ser duas vezes pior, e se descobrirem alguém pior que essa louca, pode trazer o Prêmio Nobel.

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Aquela noite traria muito a mistérios a serem desvendados, mas o maior deles era se Nico e Karinna iriam seguir juntos se batalharem um contra o outro até o final. Aquela dupla era digna de estrelar seu próprio filme pela sinergia ímpar e singular que tinham e por onde passavam os outros percebiam isso.

- Hahahahaha! Perdão pela gafe jovens, mas vocês são tão bem humorados que até pensei que eram irmãos. Bom, em breve vamos chegar a uma área de preservação e eu só vou poder ir com vocês até a entrada. O Bug não passa depois de um certo ponto e eu não sou muito bom em caçar pokemons então devo acabar mais atrapalhando do que ajudando vocês se seguir junto.

O tiozinho não queria acabar atrapalhando (Ou quem sabe participar) dá caçada por vendeta contra os rosados e para isso dava um desculpa simples. Não negou iscas para a dupla seguir seus planos e uma vez chegando ao local passou seu número é se colocou à disposição caso precisassem de um teto para passarem a noite após sua aventura.

O quarteto chegou a entrada e poucos metros a frente perceberam um ponto rosado e branco balançando em meio a um arbusto. Opeito de Karinna inflou com energia ao realizar que sua vingança se concretizaria em breve enquanto Nico levou a mão a testa já se preparando para um momento clássico do antigo seriado corrida maluca, onde Penélope cor de rosa iria disparando na direção de problemas e os membros da quadrilha da morte precisavam desvíar de seu percurso original para salva-la.

E foi quando..uma segunda cauda rosada apareceu. As duas movimentaram em sincronia tal qual um relógio suíço. Uma vez para a esquerda e outra para a direta e assim sucessivamente até que pararam. Apenas uma cerca Relativamente fácil de ser vencida (2 metros) estava entre a dupla e sua vingança.

O mais curioso é que enquanto interagiam, viram duas figuras exóticas sobre a cerca. Ao sacarem a pokedex para descobrir novas informações dois nomes de uma região distinta eram ditos. A dupla pokemon fugiu para o berço seguro e proteção da mãe terra gaia seguindo na mesma direção dos Slowpokes. Talvez o som tecnológico do aparelho identificador fosse deveras desagradável para pokemons de outra região. Quem sabe?

Off da Alegria :

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nostalgia

— Não me empurra, Nicholas. Você é mais forte que eu! — acariciei meu joelho esquerdo, alvo do empurrão que o rapaz deu com seu próprio quando exigi por mais espaço — ... — abri um leve sorriso e ergui a cabeça em confiança quando percebi a alta risada que ecoou das cordas vocais do loiro; demorou, mas havia conseguido arrancar a primeira — E ainda te fiz rir e você nem percebeu. — pisquei como se dissesse que havia vencido aquela "batalha" sem que ele soubesse, mandando um beijinho debochado no ar — E eu não sou louca, você que é um chato insuportável. — empurrei Nicholas mais um vez, dessa vez quase perdendo o equilíbrio e caindo para fora do Bugre; por sorte, Nuka me segurou, balançando a cabeça negativamente algumas vezes — TÁ VENDO? VOCÊ QUASE ME MATOU!

Até que estava sendo um pouco divertido ver essa implicância toda entre nós dois. Não era como se fôssemos matar um ao outro, mas sentia falta de conhecer alguém que não se importa em chamar minha atenção ou brigar comigo sem qualquer tipo de filtro; a maioria das pessoas, talvez por conhecer meu temperamento e minha triste história, tendem a pisar em ovos em qualquer coisa que seja relacionada à minha pessoa. Não sei se é porque o loiro não me conhece direito, mas algo me diz que ele é estúpido assim com todo mundo. Cruzei os braços, irritadiça, mas logo abrindo um sorriso de orelha a orelha quando o senhor disse que não nos acompanharia a partir de certo ponto. Ha! Poderia ter minha vingança concretizada em paz.

— Poxa, que pena. — pisquei novamente para Nicholas enquanto respondia o senhor com um semblante triste estampado no rosto — Chegamos, então?

O local era exatamente o que se esperava de uma área verde não muito explorada por humanos. Abraçada por árvores de alta copa e arbustos volumosos, se movimentar por ali seria um tanto quanto complicado, mas não impossível. Assim que desci e coloquei meus pés em terra firme, pude observar, além de uma grande cerca de metal, uma pequenina cauda cor-de-rosa balançar de um lado para o outro em meio às folhas de um arbusto. Consegui sentir o sangue ferver quase que de imediato e, sem sequer me despedir do senhor, corri até a divisória metálica que me separava da doce vingança, socando-a algumas vezes até perceber que não conseguiria derrubá-la à força.

— Que inferno. — chutei o arame, voltando minha atenção para o loiro, que certamente me julgava com seu olhar — Vem, Nicholas! Me dá pézinho aqui pra pular. — revirei os olhos, agora estalando os dedos para Nuka — Vem, filha. Me ajuda a subir e passar pro outro lado.

Era a melhor das ideias? Claro que não, mas em que universo minha cabeça repleta de raiva estava pensando direito?

Só esperava não me estabacar no chão.

Egg escreveu:

Eevee — 20/40
Spiritomb — 06/40



SWARM

_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 WCU65Ru
Awards :

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O membro 'Karinna' realizou a seguinte ação: Lançar dados


#1 '[SWARM] Alola-Lavend' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 Crabrawler

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#2 'Ability' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 FG0CDwE

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#3 'Egg Move' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 Ka4h3wx

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#4 'Shiny' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 XCeitOo

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Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 B6gINSq

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— Será que você não consegue ficar sem falar nada por míseros cinco minutos? — inquiriu, franzindo o cenho depois do beijinho desdenhoso lançado pela especialista.

Em uma tentativa espalhafatosa de devolver aquele empurrão de outrora, viu o corpo da loura sendo jogado para a parte de trás do automóvel, sendo necessário que seu monstrinho utilizasse de sua excepcional força física para que Karinna não estatelasse contra o tapete de areia sobre o qual o buggy andava. Disparou mais uma reclamação, e Nicholas dirigia seus olhares de relance para o seu inicial, que engolia em seco, dando um sorriso sem graça para seu mestre.

Bufou, descendendo sua mão das madeixas à testa e massageando as têmporas. “Mas por Arceus, como essa maluca diz ter visto um Regirock, um Sigilyph criando zumbis e ainda tá viva? A julgar pelo jeito que ela se comporta, já era pra estar no caixão faz tempo”, pensou.

Era engraçado como o destino titereava a vida do louro. Se outrora tinha de cuidar de Emma por esta ser inocente e ingênua em demasia, colocando sua vida em risco por descuidos tolos, Karinna era um caso à parte: caso desgrudasse da especialista em psíquicos, quiçá a mesma estaria jogando inúmeros pedregulhos até mesmo contra uma divindade. Seu lado emocional colérico gritava muito mais alto que qualquer razão jazida em seu consciente. Nicholas tinha de ser o guardião de mais uma vida — de novo —, ao menos pensara.

Seguiram a breve viagem no veículo excêntrico apesar dos pesares. Karinna cruzava os seus braços e fechava o semblante, apenas para que o louro volvesse a massagear suas têmporas. “Puta que pariu, onde foi que o Charmeleon amarrou meu Ponyta?”, praguejava, enquanto a especialista abria um grande sorriso ao ressoar em seu consciente de que não prosseguiria viagem com os dois. A loura respondia-o ironicamente, dando uma piscadela ao kantoniano que esbugalhava as pálpebras, temeroso: teria de cuidar sozinho da garota com uns parafusos a menos.

Chegaram, sem muitas cerimônias. Os dois desceram do pequeno veículo, e apenas o treinador ouvia as últimas palavras do senhor. Agradeceu a gentileza do mesmo, recolhendo algumas iscas para si e anotando o contato do mesmo para caso desse merda — se depender de Karinna, é lógico que vai terminar nisso. Volveu-se na direção para onde a especialista açodara, e por instinto, os orbes cerúleos repousaram em algumas silhuetas ainda disformes — seja pela falta de luz ou pela posição em que observavam os humanos de cima da cerca. A garota cerrara o punho e estava prestes a desferir o primeiro golpe contra a barreira metálica.

Nico abriu a boca, ensaiando alguma repreensão à atitude desmedida da garota, mas não deu tempo. Veio o primeiro golpe, que foi o suficiente para afugentar os dois espécimes que os observavam ao longe; seguiram-se ainda mais ataques. Era necessária uma sequência para constatar de que não seria possível obstruir aquela cerca à força — muito difícil de se perceber, não? Um cenho franzido e descontente julgava a especialista, seguido de uma inspiração profunda por seu chamado espalhafatoso.

Quem tinha de aturá-la era a pobre Nuka, que entrelaçava seus dedos com as palmas voltadas ao céu para dar algum apoio e pular o obstáculo que se impunha entre a dupla e os Slowpokes.

— Valeu, moço — despedia-se Nicholas, dando alguns passos titubeantes à frente. — A gente vai ficar bem... eu acho.

Os aquáticos balançavam seus dois rabinhos para lá e para cá em harmonia ímpar, como se estivessem aguardando qualquer inimigo se achegar — ou quiçá eram distraídos mesmo, como o seu semblante os denunciava. O louro deu alguns passos à frente, e prestes à Karinna pular a cerca, passou os dois braços por detrás de sua cintura, erguendo levemente o corpo da especialista para colocá-la ao chão. Balançava a sua cabeça em movimento horizontal — negação, óbvio.

— Você é louca de fazer todo esse barulho prestes a entrar numa floresta, caralho? — indagou, indignado. — E ainda tinha mais uns pokémons em cima dessa cerca que saíram depois que você socou a cerca igual uma demente. Se eles fossem um pouco mais bravos, você teria ido pro saco, imbecil — bufou, olhando de relance para o céu e repousando a mão direita sobre a sua própria cintura; o membro livre gesticulava. — Aqueles Slowpokes que tacaram água na gente não tem nada a ver com esses daí, são os de Galar, que vieram com a Sienna. Vê se não descontrola com os bichinhos, pelo amor de Arceus — andou um pouco mais para o lado, recolhendo Charmeleon para sua esfera bicolor. Ergueu os dois braços, alcançando o topo da barreira artificial. Forçando seu corpo para cima, conseguiu ascender, com sucesso, sentando-se sobre a cerca, oferecendo a mão direita para ajudar Karinna a subir e se segurando a outra. — Agora, vamo, e em silêncio.

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O membro 'Nico'' realizou a seguinte ação: Lançar dados


#1 '[SWARM] Alola-Lavend' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 Rockruff

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#2 'Ability' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 9MUSLVQ

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#3 'Egg Move' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 Lrn2hZC

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#4 'Shiny' :
Ato 05 — Nostalgia. - Página 2 XCeitOo

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Karinna era uma pessoa abençoada com boa saúde, talentos e disposição. Quem sabia o resultado dessa combinação era aqueles que o acompanhavam e tinham ótimas histórias para contar depois. Com sua primeira investida contra a grade, os Slowpokes entraram no arbusto. Com as seguintes, uma dupla inusitada apareceu sob uma arvore logo atrás da cerca desgostosa com o que via.

Um Crabrawler levemente menor que o comum montado em uma simpática Rockruff que tinha um belo pêlo lustroso.

Logo que pousaram com sucesso e sem ferimentos no solo dento do parque florestal, Nuka teve seu sentido draconico acionado para proteger sua dona dos perigos e possibilidades de ameaças. Quando o Crabrawler inspirou o ar para preparar sua técnica, a dragona retirou Karinna do lado da grade. Por poucos segundos um desastre (para as madeixas) não se repetiu. Um forte jato de bolhas enlameou o piso onde outrora estava Karinna.

A pequena loba de montaria dava um sorriso e olhava atentamente aos movimentos do trio enquanto acompanhava a brincadeira de mal gosto de seu amigo protetor. A pequena fez uma careta para Nico mostrando a língua e se mandou dali levando Crabrawler consigo antes que a fúria derrubadora de grades caísse sobre os dois.

Nuka colocou sua dona no chão seco e fazia um olhar que Nico entendia. Talvez só Nico pudesse entender, inclusive. Os olhos do Pokémon diziam claramente: Karinna é desse jeito e isso é parte da grandeza dela. Só vamos seguir o fluxo que tudo vai ficar bem...eu acho.

A equipe loira + Nuka conseguiram transpor a dificuldade inicial e seguiram o conselho do loiro em continuar furtivos pela floresta. Na verdade, nem andaram 5 metros quando duas caudas rosadas apareceram naquele mesmo arbusto de antes balançando para um lado depois o outro despreocupadas com a vida, em um movimento duplo as caudas giraram no próprio eixo em 180 graus e davam lugar a um par de cabeças rosadas que encavam ao trio com suas bocas abertas. Que coisa não? A natureza lenta dos pokemons os fez ignorar os acontecimentos recentes e continuar naquele local agradável onde uma brisa do lago refrescava a dupla vez ou outra. O que os treinadores fariam a seguir?

Progresso :

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nostalgia

Queria mentir e poder dizer que, em sua totalidade, Nicholas era exatamente igual a mim. Somos parecidos em diversas coisas e isso é facilmente distinguível se colocados ao lado de terceiros, mas meu julgamento inicial não poderia estar mais enganado. A cada minuto que se passava eu percebia que o loiro, apesar de mais jovem, possuía um único traço de personalidade que sempre almejei ter em meu íntimo: ser calculista. Agir com o ímpeto da espontaneidade está longe de ser adequado para minha individualidade explosiva e consigo nomear pelo menos quatro diferentes porquês; longos e difíceis foram os problemas que acarretei para mim mesma por possuir um pavio tão curso que, na menor das alterações de humor, dá ignição ao trator emotivo que tudo sai carregando em sua frente.

Com essa situação não poderia ser diferente. A raiva acumulada dos aquáticos que molharam meus cabelos estava presente, mesmo após ter passado uma hora inteira do acontecido. A necessidade de extravasá-la era gigante, levando a atos inconsequentes como escalar a grade sem qualquer preparação ou noção de meu entorno. Inclusive, esqueci completamente que estava de vestido e só fui lembrar disso quando senti Nicholas pegar em minha cintura e descer meu corpo até o chão novamente. Fechei a cara quase que de imediato, dando um leve empurrão no garoto enquanto ele me insultava de quarenta coisas diferentes e me comia no esporro.

— Para de me xingar, caralho. Imbecil é você! Adolescente tarado, doente! — inflei as bochechas, cruzando os braços e revirando os olhos — Que aparecessem trinta, eu consigo derrubar tudo sozinha. Posso ser estabanada, mas meus Pokémon são muito bem treinados. Posso te garantir que derrubam todos os seus com uma porrada. — provoquei, ajeitando minhas madeixas para frente do ombro direito — POIS AGORA VOU FICAR CALADA E NÃO VOU FALAR MAIS UMA PALAVRA! — Nuka saltava sozinha por cima da cerca e, mesmo contrariada, eu aceitava a ajuda de Nicholas para fazer o mesmo — Não vou dar mais um pio e aí quero ver você aguentar andar com uma muda por aí.

Desci pelo outro lado e, assim que iria agradecer o loiro, deixei que uma única sílaba do fraco "obrigado" fugisse de minhas cordas vocais, com o restante preso pelos lábios ao me lembrar imediatamente do voto de silêncio que havia feito. Cruzei os braços e foi então que percebi que dois dos monstrinhos invasores tentaram nos pregar uma peça. Respirei fundo e estava pronta para soltar um belo de um palavrão, mas mais uma vez fuzilei Nicholas com o olhar e me mantive calada.

De boca fechada, braços cruzados e irritadiças bochechas infladas que invejariam qualquer Jigglypuff, caminhei ao lado do loiro até alcançarmos o pequeno arbusto. Ali, os dois rabinhos cor-de-rosa dançavam, tirando até mesmo um pouco da raiva que sentia pela espécie Galariana, já que sua sincronia era perfeita e acalentava meu coração. Uma gracinha. Com um leve salto em câmera lenta — ora, os pequenos não são famosos por sua velocidade, né? — revelaram-se dois Slowpoke de Kanto, exatamente como Nicholas previu. Suspirei, retornando Nuka para sua esfera bicolor e liberando Musubi e Gyoza, o Alolan Raichu e a Starmie.

— ... — eu precisava dar os comandos, o que significava quEBRAR O VOTO DE SILÊNCIO IDIOTA QUE FIZ — VOU FALAR SÓ AGORA PORQUE É NECESSÁRIO, ESCUTOU, IMBECIL!? DEPOIS VOLTO A FICAR MUDA! — direcionei as palavras à Nicholas, revirando os olhos e voltando minha atenção para o Slowpoke da direita — Vamos lá, Gyoza, Thunderbolt e Psychic! Musubi, duplo Thunder Wave e Thunderbolt! Filho, você que ainda é um bebê, tente ficar atrás de sua irmã mais velha se ele tentar atacar de volta, tudo bem?

Se os dois fossem capazes de derrubar o monstrinho cor-de-rosa, eu lançaria uma das Friend Ball que possuía na bolsa em cima dele. Se tivesse sorte, a capturaria seria um sucesso em poucos segundos de batalha. Dedos cruzados.

Egg escreveu:

Eevee — 21/40
Spiritomb — 07/40



SWARM

_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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