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[CONTO] Jaete
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[CONTO] Jaete
por Jaete Ter Ago 17 2021, 21:45
Sumário Semanal
Contos do Jaete
Última edição por Jaete em Sex Dez 31 2021, 01:35, editado 3 vez(es)
- Jaete
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Re: [CONTO] Jaete
por Jaete Ter Ago 17 2021, 21:48
Semana 1 — 15/08/2021 ~ 21/08/2021
O minerador ensanguentado
Eu sou um minerador. Eu moro em Fallarbor. Eu odeio as cinzas vulcânicas, mas nasci aqui e nunca tive muita perspectiva de vida. Portanto, nunca consegui sair daqui, pois nunca minerei nada de grande valor como ouro ou diamante. Meu nome é Mick, por sinal. Sou um homem de meia idade, com 38 anos, cabelos negros mas cortados na máquina bem baixinho. Sou quase um careca, se você quiser imaginar assim. Também tenho uma barba bem cheia, mas não muito comprida. Tenho por volta de 1,80m de altura e me considero bem forte. Bem, eu preciso ser, pra poder perfurar as pedras com minha picareta todo santo dia.
Bem, este é mais um dia de trabalho. Estou me dirigindo para aquela caverna escura logo abaixo de Fallarbor, a famosa Meteor Falls. Enquanto passava pelas ruas da minha cidade troquei uma ideia com um dos vizinhos, um senhorzinho bem idoso.
— Você ficou sabendo? Jane sumiu. Ela foi vista indo em direção à Meteor Falls mas ninguém teve mais notícias, nem mesmo o marido dela. Por sinal, ele também sumiu. O que será que aconteceu?
Era algo realmente intrigante o que o senhor tinha me dito. Conversei um pouco mais, apenas para ser educado e voltei a seguir meu caminho. Um outro vizinho, um garotinho, no entanto, havia me parado no meio do meu trajeto. Ele parecia um pouco preocupado, então resolvi dar uma atenção para ele. Talvez eu pudesse ajudar.
— Meu pai e meu tio foram em direção a caverna, mas eles são lenhadores! Devem estar do lado de fora, cortando arvores... Já deviam ter voltado... Você pode ir ver pra mim?
Eu tenho um coração mole, isso é fato. Eu simplesmente não pude recusar em ajudar o garotinho. Posso deixar minha busca por ouro pra mais tarde. Em tantos anos que eu minero, nunca encontrei nada muito significativo pra mudar minha vida por completo... Não vai ser por causa de um pequeno desvio no meu caminho que as coisas vão mudar tanto.
Eu então me dirigi até o matagal que circundava a montanha que hospeda as cavernas e cachoeiras. Ali, encontrei um lenhador. Deve ser um dos parentes do garoto, pensei. Me aproximei dele e ele parecia um pouco apreensivo. Ele era um homem barbudo e forte, assim como eu, mas um pouco mais baixinho e com cabelos acobreados, claros e cacheados. Ele tinha um Machop ao lado dele, este que também parecia um pouco receoso com alguma coisa. Não era comigo, eu acho... Eu espero...
— Meu irmão foi investigar uns gemidos e sons esquisitos na caverna e ainda não voltou. Eu não posso deixar nossas coisas aqui, você pode ir atrás dele por mim? Aqui, eu te empresto essa lanterna. Por favor!
Novamente, meu coração mole me impediu de dizer não àquele homem. Eu aceitei a lanterna e me coloquei na caverna. Não que eu não tivesse uma comigo, ela estava na minha mochila, mas ao menos eu poderia economizar algum combustível. Eu fui adentrando na escuridão, auxiliado pela lanterna emprestada do lenhador e, aos poucos, fui vendo uma figura se formando na minha frente. Era ninguém menos que o outro lenhador que estava sumido. Ele estava sentado numa pedra, um pouco cabisbaixo, mas logo abriu um sorriso ao me ver. Agora eu podia também ouvir os tais gemidos que eles falavam, pareciam ser uma voz humana chorando.
— Ei! Amigo! Que bom que você apareceu... Eu entrei pra investigar esse som, mas minha visão é péssima e está meio escuro. Como você tem essa lanterna... Talvez você possa ir investigar? Aqui, eu te empresto essa faca. Quem sabe você não pode acabar precisando? Sua picareta não vai servir num combate rápido!
Eu... Aceitei a faca. Um pouco relutante, devo adicionar. Por que eu precisaria de algo assim? Não pretendo matar ninguém. Não pretendo nem mesmo ferir alguém, então ela não me será util, mas o lenhador insistiu pra que eu levasse, pra que eu ficasse mais seguro, então resolvi aceitar para não fazer uma desfeita. Comecei a me embrenhar pelas entranhas da caverna, ouvindo tanto sons de cachoeira quanto sons de uma mulher chorando. Eu segui por diversos caminhos. Em um deles, encontrei umas marcações estranhas na parede, pareciam até mesmo Unowns que escreviam algo mas, não eram. Em um outro, encontrei uma ossada. Parecia humana... Isso está ficando muito estranho. Por fim, no ultimo caminho que visitei, eu esbarrei com alguém que estava voltando. Um homem forte, também barbudo, mais ou menos da mesma altura que eu. O homem parecia estar vindo com muita pressa, como se estivesse correndo, mas sem correr. Ele estava com uma lanterna na mão, uma faca na outra e... Sangue?! Em suas roupas?! Por... Por que? Eu precisava questioná-lo sobre isso!
— Amigo, o que estava fazendo? Por que está com essa faca? Por que tem sangue nas suas roupas?
Ele ficou me encarando e não disse nada, por um tempo.
— Ei, eu estou falando com você!
Ele continuou me encarando.
— Eu não fiz nada de errado. — Ele retrucou.
O homem era bastante forte. Ele estava com uma mochila e uma picareta nas costas, assim como eu. Deve ser um outro minerador, como eu não o conheço? Talvez seja um forasteiro... De toda forma, ele parece ser tão forte quanto eu e as chances de qualquer um dos dois se machucar numa luta são bem altas. Decidi não arriscar. Seja lá o que ele tenha feito, decidi que era melhor não comprar briga com ele. Eu dei espaço pra que ele pudesse passar pelo tunel e ele foi embora, sem fazer nada comigo e sem eu fazer nada com ele. Então, continuei meu caminho, indo atrás do choro. Andando por mais um tempinho, logo pude encontrar a origem de tudo isso. Avistei uma mulher, deitada no chão e um pouco ensanguentada. Ela estava viva, mas machucada. Eu me aproximei e perguntei a ela o que aconteceu.
— Eu... Eu vim aqui para me matar. Não quero mais viver, meu marido me enganou! Ele minerou ouro e escondeu isso de mim! Depois, me largou por outra! Não vejo mais motivos pra estar aqui. Ei... Essa faca... Você... Pode me ajudar? Me mate, por favor...
Eu jamais faria isso! Eu sequer bateria numa mulher com uma flor, ainda mais matá-la! Não! Impossível! Eu dei um passo pra trás e neguei com a cabeça, logo em seguida falei para ela que iria buscar ajuda, pra tirar ela dali em segurança. Eu não poderia carregá-la sozinho apesar de ser bem forte, pois não sou médico. Ela está ferida, certamente deve haver um jeito certo de movê-la sem piorar seu estado, mas eu não tenho esse conhecimento. Sou um cara simples, uso meus braços pra ganhar a vida. Não posso me dar ao luxo de tentar ajudar e atrapalhar mais. Ela começou a gritar comigo e me chamou de covarde, ela pegou um pouco do sangue que escorria dela e jogou em mim! Por Arceus! Eu só estou tentando ajudar!
De toda forma, essa rudeza dela não me impediu de ir buscar ajuda. Eu me coloquei a caminhar novamente, mas agora em passos rápidos e longos, pois eu não tenho tempo a perder! Eu preciso ajudar essa moça, ou ela pode morrer mesmo nessa caverna escura. Então, com rapidez, fui me direcionando para a saída da caverna. No entanto... Eu me esbarrei com alguém que estava indo mais a fundo, enquanto eu estava saindo. A pessoa olhou para mim e ficou um pouco atônita comigo. Por que? Não fiz nada de errado. Ela começou a me encher de perguntas...
— Amigo, o que estava fazendo? Por que está com essa faca? Por que tem sangue nas suas roupas?
Bem, este é mais um dia de trabalho. Estou me dirigindo para aquela caverna escura logo abaixo de Fallarbor, a famosa Meteor Falls. Enquanto passava pelas ruas da minha cidade troquei uma ideia com um dos vizinhos, um senhorzinho bem idoso.
— Você ficou sabendo? Jane sumiu. Ela foi vista indo em direção à Meteor Falls mas ninguém teve mais notícias, nem mesmo o marido dela. Por sinal, ele também sumiu. O que será que aconteceu?
Era algo realmente intrigante o que o senhor tinha me dito. Conversei um pouco mais, apenas para ser educado e voltei a seguir meu caminho. Um outro vizinho, um garotinho, no entanto, havia me parado no meio do meu trajeto. Ele parecia um pouco preocupado, então resolvi dar uma atenção para ele. Talvez eu pudesse ajudar.
— Meu pai e meu tio foram em direção a caverna, mas eles são lenhadores! Devem estar do lado de fora, cortando arvores... Já deviam ter voltado... Você pode ir ver pra mim?
Eu tenho um coração mole, isso é fato. Eu simplesmente não pude recusar em ajudar o garotinho. Posso deixar minha busca por ouro pra mais tarde. Em tantos anos que eu minero, nunca encontrei nada muito significativo pra mudar minha vida por completo... Não vai ser por causa de um pequeno desvio no meu caminho que as coisas vão mudar tanto.
Eu então me dirigi até o matagal que circundava a montanha que hospeda as cavernas e cachoeiras. Ali, encontrei um lenhador. Deve ser um dos parentes do garoto, pensei. Me aproximei dele e ele parecia um pouco apreensivo. Ele era um homem barbudo e forte, assim como eu, mas um pouco mais baixinho e com cabelos acobreados, claros e cacheados. Ele tinha um Machop ao lado dele, este que também parecia um pouco receoso com alguma coisa. Não era comigo, eu acho... Eu espero...
— Meu irmão foi investigar uns gemidos e sons esquisitos na caverna e ainda não voltou. Eu não posso deixar nossas coisas aqui, você pode ir atrás dele por mim? Aqui, eu te empresto essa lanterna. Por favor!
Novamente, meu coração mole me impediu de dizer não àquele homem. Eu aceitei a lanterna e me coloquei na caverna. Não que eu não tivesse uma comigo, ela estava na minha mochila, mas ao menos eu poderia economizar algum combustível. Eu fui adentrando na escuridão, auxiliado pela lanterna emprestada do lenhador e, aos poucos, fui vendo uma figura se formando na minha frente. Era ninguém menos que o outro lenhador que estava sumido. Ele estava sentado numa pedra, um pouco cabisbaixo, mas logo abriu um sorriso ao me ver. Agora eu podia também ouvir os tais gemidos que eles falavam, pareciam ser uma voz humana chorando.
— Ei! Amigo! Que bom que você apareceu... Eu entrei pra investigar esse som, mas minha visão é péssima e está meio escuro. Como você tem essa lanterna... Talvez você possa ir investigar? Aqui, eu te empresto essa faca. Quem sabe você não pode acabar precisando? Sua picareta não vai servir num combate rápido!
Eu... Aceitei a faca. Um pouco relutante, devo adicionar. Por que eu precisaria de algo assim? Não pretendo matar ninguém. Não pretendo nem mesmo ferir alguém, então ela não me será util, mas o lenhador insistiu pra que eu levasse, pra que eu ficasse mais seguro, então resolvi aceitar para não fazer uma desfeita. Comecei a me embrenhar pelas entranhas da caverna, ouvindo tanto sons de cachoeira quanto sons de uma mulher chorando. Eu segui por diversos caminhos. Em um deles, encontrei umas marcações estranhas na parede, pareciam até mesmo Unowns que escreviam algo mas, não eram. Em um outro, encontrei uma ossada. Parecia humana... Isso está ficando muito estranho. Por fim, no ultimo caminho que visitei, eu esbarrei com alguém que estava voltando. Um homem forte, também barbudo, mais ou menos da mesma altura que eu. O homem parecia estar vindo com muita pressa, como se estivesse correndo, mas sem correr. Ele estava com uma lanterna na mão, uma faca na outra e... Sangue?! Em suas roupas?! Por... Por que? Eu precisava questioná-lo sobre isso!
— Amigo, o que estava fazendo? Por que está com essa faca? Por que tem sangue nas suas roupas?
Ele ficou me encarando e não disse nada, por um tempo.
— Ei, eu estou falando com você!
Ele continuou me encarando.
— Eu não fiz nada de errado. — Ele retrucou.
O homem era bastante forte. Ele estava com uma mochila e uma picareta nas costas, assim como eu. Deve ser um outro minerador, como eu não o conheço? Talvez seja um forasteiro... De toda forma, ele parece ser tão forte quanto eu e as chances de qualquer um dos dois se machucar numa luta são bem altas. Decidi não arriscar. Seja lá o que ele tenha feito, decidi que era melhor não comprar briga com ele. Eu dei espaço pra que ele pudesse passar pelo tunel e ele foi embora, sem fazer nada comigo e sem eu fazer nada com ele. Então, continuei meu caminho, indo atrás do choro. Andando por mais um tempinho, logo pude encontrar a origem de tudo isso. Avistei uma mulher, deitada no chão e um pouco ensanguentada. Ela estava viva, mas machucada. Eu me aproximei e perguntei a ela o que aconteceu.
— Eu... Eu vim aqui para me matar. Não quero mais viver, meu marido me enganou! Ele minerou ouro e escondeu isso de mim! Depois, me largou por outra! Não vejo mais motivos pra estar aqui. Ei... Essa faca... Você... Pode me ajudar? Me mate, por favor...
Eu jamais faria isso! Eu sequer bateria numa mulher com uma flor, ainda mais matá-la! Não! Impossível! Eu dei um passo pra trás e neguei com a cabeça, logo em seguida falei para ela que iria buscar ajuda, pra tirar ela dali em segurança. Eu não poderia carregá-la sozinho apesar de ser bem forte, pois não sou médico. Ela está ferida, certamente deve haver um jeito certo de movê-la sem piorar seu estado, mas eu não tenho esse conhecimento. Sou um cara simples, uso meus braços pra ganhar a vida. Não posso me dar ao luxo de tentar ajudar e atrapalhar mais. Ela começou a gritar comigo e me chamou de covarde, ela pegou um pouco do sangue que escorria dela e jogou em mim! Por Arceus! Eu só estou tentando ajudar!
De toda forma, essa rudeza dela não me impediu de ir buscar ajuda. Eu me coloquei a caminhar novamente, mas agora em passos rápidos e longos, pois eu não tenho tempo a perder! Eu preciso ajudar essa moça, ou ela pode morrer mesmo nessa caverna escura. Então, com rapidez, fui me direcionando para a saída da caverna. No entanto... Eu me esbarrei com alguém que estava indo mais a fundo, enquanto eu estava saindo. A pessoa olhou para mim e ficou um pouco atônita comigo. Por que? Não fiz nada de errado. Ela começou a me encher de perguntas...
— Amigo, o que estava fazendo? Por que está com essa faca? Por que tem sangue nas suas roupas?
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Re: [CONTO] Jaete
por Red Ter Ago 17 2021, 21:48
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Re: [CONTO] Jaete
por Jaete Sáb Ago 28 2021, 22:24
SEMANA 2 — 22/08/2021 ~ 28/08/2021
O rato e a abelha
Um ratinho elétrico, com listras escuras nas costas, um rabo em formato de raio, bochechas vermelhas e a ponta das orelhas pretas está correndo e pulando alegremente pelas florestas de Kanto. Não se sabe exatamente para onde ele vai ou o que vai fazer, ele apenas corre e pula. Não demora muito e ele se encontra com um abelhão, com dois ferrões esbranquiçados, olhos bastante vermelhos e grandes e asas bem finas de inseto.
Eles começam a conversar. Beedrill pergunta o que o Pikachu está fazendo. O ratinho responde, dizendo que estava apenas indo a outro lugar. O abelhudo, um pouco curioso, pergunta se também pode ir a esse "outro lugar". Pikachu prontamente responde que sim! Então, o Beedrill se coloca a voar baixinho, perto do rato e eles seguem viagem para esse outro lugar que o pequenino estava tão ávido por chegar. Durante o caminho eles conversam e se conhecem um pouco melhor.
No entanto, antes que pudessem chegar ao outro lugar, uma tempestade fortíssima começa a rugir com seus ventos fortes e o som da água batendo nas folhas das arvores, bem como os trovões que cortam os céus com o mesmo poder que aquele jovem Pikachu poderá ter um dia. Beedrill está todo molhado e não consegue voar com a mesma força de antes e pede para Pikachu para que eles possam ir se abrigar da chuva. O ratinho concorda e eles encontram uma pequena caverna, apenas o suficiente para entrarem e não se molharem mais, sem nenhum tipo de profundidade.
O inseto estava encarando Pikachu fixamente com aqueles olhos escarlate com milhares de divisórias quase microscópicas enquanto estava afiando seus ferrões e o rato elétrico estranhou isso, perguntando a ele o motivo dessa ação. Teve como resposta apenas que ele precisava fazer isso regularmente, pra manter-se sempre em sua melhor forma. Pikachu não ficou muito contente com essa resposta, mas nada fez. Beedrill, por outro lado, continuava afiando os ferrões e se aproximando do elétrico. Então um grande trovão estourou a entrada da caverna, fazendo um enorme barulho e assustando qualquer um que estivesse perto.
Beedrill estava agora caído no chão da caverna. Diversas faíscas elétricas circulavam aleatoriamente por seu corpo. Ele não tinha forças pra se levantar, apenas olhou para Pikachu, que retribuía o olhar, mas de uma forma ameaçadora. O inseto não podia acreditar no que via, as bochechas do amarelinho pequenino estavam faiscando. O trovão não havia sido disparado pela natureza e sim pelo rato amarelo. Houve um pequeno confronto verbal entre eles, enquanto Beedrill queria saber o motivo daquilo tudo, Pikachu era um tanto quanto enigmático em suas respostas. Logo ele disparou outro choque.
No fim, Pikachu contou tudo. Estava se vingando dos Beedrills que fizeram mal a ele a muito tempo. Mas o inseto caído alegou nunca ter feito nada contra ninguém, mas o elétrico disse que isso não importava, que todos os zangões iriam pagar. O olhar no rosto daquele rato estava furioso, era como se ele tivesse sofrido demais e agora havia se tornado alguém totalmente diferente do que devia ser. Ele cerrou os punhos e deu outra descarga elétrica no inseto, que se debatia, mas não desmaiava. Era como se o Pikachu soubesse exatamente quanta carga desferir pra que não causasse um desmaio ou mesmo morte, pra que aquilo pudesse se estender o quanto ele quisesse. Depois de um tempo indeterminado, o elétrico saiu da caverna em meio à chuva e o Beedrill lá ficou.
Tempos depois, em um outro dia, um ratinho elétrico, com listras escuras nas costas, um rabo em formato de raio, bochechas vermelhas e a ponta das orelhas pretas está correndo e pulando alegremente pelas florestas de Kanto. Não se sabe exatamente para onde ele vai ou o que vai fazer, ele apenas corre e pula. Não demora muito e ele se encontra com um abelhão, com dois ferrões esbranquiçados, olhos bastante vermelhos e grandes e asas bem finas de inseto...
Eles começam a conversar. Beedrill pergunta o que o Pikachu está fazendo. O ratinho responde, dizendo que estava apenas indo a outro lugar. O abelhudo, um pouco curioso, pergunta se também pode ir a esse "outro lugar". Pikachu prontamente responde que sim! Então, o Beedrill se coloca a voar baixinho, perto do rato e eles seguem viagem para esse outro lugar que o pequenino estava tão ávido por chegar. Durante o caminho eles conversam e se conhecem um pouco melhor.
No entanto, antes que pudessem chegar ao outro lugar, uma tempestade fortíssima começa a rugir com seus ventos fortes e o som da água batendo nas folhas das arvores, bem como os trovões que cortam os céus com o mesmo poder que aquele jovem Pikachu poderá ter um dia. Beedrill está todo molhado e não consegue voar com a mesma força de antes e pede para Pikachu para que eles possam ir se abrigar da chuva. O ratinho concorda e eles encontram uma pequena caverna, apenas o suficiente para entrarem e não se molharem mais, sem nenhum tipo de profundidade.
O inseto estava encarando Pikachu fixamente com aqueles olhos escarlate com milhares de divisórias quase microscópicas enquanto estava afiando seus ferrões e o rato elétrico estranhou isso, perguntando a ele o motivo dessa ação. Teve como resposta apenas que ele precisava fazer isso regularmente, pra manter-se sempre em sua melhor forma. Pikachu não ficou muito contente com essa resposta, mas nada fez. Beedrill, por outro lado, continuava afiando os ferrões e se aproximando do elétrico. Então um grande trovão estourou a entrada da caverna, fazendo um enorme barulho e assustando qualquer um que estivesse perto.
Beedrill estava agora caído no chão da caverna. Diversas faíscas elétricas circulavam aleatoriamente por seu corpo. Ele não tinha forças pra se levantar, apenas olhou para Pikachu, que retribuía o olhar, mas de uma forma ameaçadora. O inseto não podia acreditar no que via, as bochechas do amarelinho pequenino estavam faiscando. O trovão não havia sido disparado pela natureza e sim pelo rato amarelo. Houve um pequeno confronto verbal entre eles, enquanto Beedrill queria saber o motivo daquilo tudo, Pikachu era um tanto quanto enigmático em suas respostas. Logo ele disparou outro choque.
No fim, Pikachu contou tudo. Estava se vingando dos Beedrills que fizeram mal a ele a muito tempo. Mas o inseto caído alegou nunca ter feito nada contra ninguém, mas o elétrico disse que isso não importava, que todos os zangões iriam pagar. O olhar no rosto daquele rato estava furioso, era como se ele tivesse sofrido demais e agora havia se tornado alguém totalmente diferente do que devia ser. Ele cerrou os punhos e deu outra descarga elétrica no inseto, que se debatia, mas não desmaiava. Era como se o Pikachu soubesse exatamente quanta carga desferir pra que não causasse um desmaio ou mesmo morte, pra que aquilo pudesse se estender o quanto ele quisesse. Depois de um tempo indeterminado, o elétrico saiu da caverna em meio à chuva e o Beedrill lá ficou.
Tempos depois, em um outro dia, um ratinho elétrico, com listras escuras nas costas, um rabo em formato de raio, bochechas vermelhas e a ponta das orelhas pretas está correndo e pulando alegremente pelas florestas de Kanto. Não se sabe exatamente para onde ele vai ou o que vai fazer, ele apenas corre e pula. Não demora muito e ele se encontra com um abelhão, com dois ferrões esbranquiçados, olhos bastante vermelhos e grandes e asas bem finas de inseto...
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Re: [CONTO] Jaete
por Red Sáb Ago 28 2021, 22:24
O membro 'Jaete' realizou a seguinte ação: Lançar Dados
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Re: [CONTO] Jaete
por Rin Chevalier Seg Ago 30 2021, 17:26
No passado sofria, agora sou fria. - Chuka, Pi
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Re: [CONTO] Jaete
por Jaete Sex Dez 31 2021, 01:33
Semana 20 — 26/12/2021 ~ 01/01/2022
Origem: Cassandra.
Eu sinto cheiro de muitas coisas. Terra molhada. Os sapatos do meu treinador, que são de um tecido estranho. Os cabelos dele, com o cheiro daquela coisa que faz bolhas que ele sempre passa. E... Fogo. Ele tinha pedido pra eu usar um lança-chamas em uma casinha de madeira. Eu amo meu treinador, ele cuida bem de mim, mas ele faz muito mal as outras pessoas e outros Pokémon. As vezes ele me bate mas é só quando eu faço besteira, eu juro. Então eu sempre obedeço pra que ele fique feliz. A casa está queimando...
Eu não sabia que tinha pessoas dentro. Comecei a ouvir gritos. Algumas pessoas conseguiram sair, com as roupas em chamas, causadas por mim. Mas a estrutura desabou rapidamente. Nem todos conseguiram se salvar. Eu... Eu fiz certo, não fiz? Ele pediu, eu fiz. Depois de tudo, a chuva começou a cair com mais força e o meu fogo se apagou. Só sobrou escombros. Haviam algumas pessoas embaixo deles, mas eu não quis olhar. Me sentei, olhando pro alto, vendo a chuva cair. Meu treinador fez um carinho na minha cabeça. É bom, mas é difícil sentir as mãos dele, está sempre de luvas. Sempre de preto. Sempre com um chapéu estranho. Sempre com o R no peito.
Ele decidiu que eu não servia mais. Tinha conseguido um outro Pokémon. Eu nunca cheguei a vê-lo. Meu treinador dizia que gostava das minhas cores, do laranja dos meus pelos e as listras pretas. Dizia que eu tinha uma boa baforada de fogo. Então eu não entendo... Por que ele me deixou na floresta? Ele disse que nunca mais iríamos nos ver e que eu deveria seguir com a minha vida, sozinha. Eu não consegui. Apenas deitei e aguardei... Aguardei pelo momento onde tudo aquilo iria acabar. E acabou.
Ou foi o que eu pensava. Quando dei por mim, eu estava tão leve... Não sentia meus musculos se movendo e meus pelos não sentiam mais a brisa. Eu tenho uma língua muito maior agora. E eu consigo voar. Sendo assim, voei até um lago. Ao olhar para ele, percebi que havia me tornado um fantasma. Por que? Eu achei que poderia apenas partir. Não tenho mais o que fazer aqui. Eu só queria partir. Então eu voei ainda mais, sem rumo. Vaguei e vaguei...
Eu não sei quanto tempo se passou, já perdi as contas. Já estou bem acostumada com o novo corpo. Algumas limitações que eu tinha antes não existem mais. Mas isso não importa. O que importa é... Aquele garoto. Ele tinha uma aura extremamente sombria. Só que eu ainda conseguia ver uma esperança nele. Ele parece estar seguindo o mesmo caminho do meu treinador... Quer dizer... Antigo treinador. Mas ele está no começo, posso sentir. Eu preciso alertá-lo.
Confesso que... Eu não escolhi um bom método. Resolvi mostrá-lo tudo o que poderia acontecer na vida dele por meio de sonhos. Ele é muito teimoso, começou a evitar de dormir. Vivia tomando um líquido feito pra humanos que mantinha ele acordado. Só dormia quando estava em estado de extrema exaustão. Eu senti muita pena dele. Não era pra ser assim. Só queria avisá-lo. Uma vez, consegui me comunicar com ele por palavras. Ele desmaiou de exaustão mas acabou tendo um sonho lúcido. Senti que havia uma terceira pessoa nos observando. Uma fêmea humana. Ela podia me ver, tenho certeza. Não eram todos que podiam me ver. Os batimentos cardíacos do rapaz dos pelos roxos no topo da cabeça aumentaram bastante quando ele a viu e a circulação do sangue dele na região das bochechas aumentou, tornando-as levemente ruborizadas. Imagino o que isso possa significar...
Eu... Eu ainda sou um Pokémon. Um diferente, agora. A fêmea sabia disso. O rapaz pensava que eu era apenas uma assombração qualquer. Ela deu uma Pokébola pro rapaz. É... Eu me lembro desse dispositivo. Mas esse jovem não parecia querer usar. Sinto um conflito muito grande na mente dele. Simplesmente não consegue confiar. Depois daquela conversa, ele começou a ser alguém... Melhor. Mas ainda sinto um rancor muito forte. Temo que isso possa causar problemas. Vou me manter perto dele, por precaução.
A inundação. Água, vento, trovões. O que causou isso? Droga, a árvore! Mestre! Não! Sua cabeça está sangrando... Ajuda! Alguém! Fêmea... Barco... Perfeito! Um grande alívio... Uma viagem tranquila... O rapaz acordou, ainda bem. Está desnorteado. Tira suas dúvidas com a fêmea que controla o barco. Olha para mim. Puxa aquela Pokébola... Eu... Terei um mestre novamente... Eu espero que eu não esteja cometendo um erro e que eu acabe na mesma situação de quando eu ainda podia soprar fogo... Isso faz tanto tempo... Ainda sei lutar? Poderei proteger esse jovem? Ele sente medo. Por favor, não sinta. Eu estou aqui com você... "V."
Eu não sabia que tinha pessoas dentro. Comecei a ouvir gritos. Algumas pessoas conseguiram sair, com as roupas em chamas, causadas por mim. Mas a estrutura desabou rapidamente. Nem todos conseguiram se salvar. Eu... Eu fiz certo, não fiz? Ele pediu, eu fiz. Depois de tudo, a chuva começou a cair com mais força e o meu fogo se apagou. Só sobrou escombros. Haviam algumas pessoas embaixo deles, mas eu não quis olhar. Me sentei, olhando pro alto, vendo a chuva cair. Meu treinador fez um carinho na minha cabeça. É bom, mas é difícil sentir as mãos dele, está sempre de luvas. Sempre de preto. Sempre com um chapéu estranho. Sempre com o R no peito.
Ele decidiu que eu não servia mais. Tinha conseguido um outro Pokémon. Eu nunca cheguei a vê-lo. Meu treinador dizia que gostava das minhas cores, do laranja dos meus pelos e as listras pretas. Dizia que eu tinha uma boa baforada de fogo. Então eu não entendo... Por que ele me deixou na floresta? Ele disse que nunca mais iríamos nos ver e que eu deveria seguir com a minha vida, sozinha. Eu não consegui. Apenas deitei e aguardei... Aguardei pelo momento onde tudo aquilo iria acabar. E acabou.
Ou foi o que eu pensava. Quando dei por mim, eu estava tão leve... Não sentia meus musculos se movendo e meus pelos não sentiam mais a brisa. Eu tenho uma língua muito maior agora. E eu consigo voar. Sendo assim, voei até um lago. Ao olhar para ele, percebi que havia me tornado um fantasma. Por que? Eu achei que poderia apenas partir. Não tenho mais o que fazer aqui. Eu só queria partir. Então eu voei ainda mais, sem rumo. Vaguei e vaguei...
Eu não sei quanto tempo se passou, já perdi as contas. Já estou bem acostumada com o novo corpo. Algumas limitações que eu tinha antes não existem mais. Mas isso não importa. O que importa é... Aquele garoto. Ele tinha uma aura extremamente sombria. Só que eu ainda conseguia ver uma esperança nele. Ele parece estar seguindo o mesmo caminho do meu treinador... Quer dizer... Antigo treinador. Mas ele está no começo, posso sentir. Eu preciso alertá-lo.
Confesso que... Eu não escolhi um bom método. Resolvi mostrá-lo tudo o que poderia acontecer na vida dele por meio de sonhos. Ele é muito teimoso, começou a evitar de dormir. Vivia tomando um líquido feito pra humanos que mantinha ele acordado. Só dormia quando estava em estado de extrema exaustão. Eu senti muita pena dele. Não era pra ser assim. Só queria avisá-lo. Uma vez, consegui me comunicar com ele por palavras. Ele desmaiou de exaustão mas acabou tendo um sonho lúcido. Senti que havia uma terceira pessoa nos observando. Uma fêmea humana. Ela podia me ver, tenho certeza. Não eram todos que podiam me ver. Os batimentos cardíacos do rapaz dos pelos roxos no topo da cabeça aumentaram bastante quando ele a viu e a circulação do sangue dele na região das bochechas aumentou, tornando-as levemente ruborizadas. Imagino o que isso possa significar...
Eu... Eu ainda sou um Pokémon. Um diferente, agora. A fêmea sabia disso. O rapaz pensava que eu era apenas uma assombração qualquer. Ela deu uma Pokébola pro rapaz. É... Eu me lembro desse dispositivo. Mas esse jovem não parecia querer usar. Sinto um conflito muito grande na mente dele. Simplesmente não consegue confiar. Depois daquela conversa, ele começou a ser alguém... Melhor. Mas ainda sinto um rancor muito forte. Temo que isso possa causar problemas. Vou me manter perto dele, por precaução.
...
A inundação. Água, vento, trovões. O que causou isso? Droga, a árvore! Mestre! Não! Sua cabeça está sangrando... Ajuda! Alguém! Fêmea... Barco... Perfeito! Um grande alívio... Uma viagem tranquila... O rapaz acordou, ainda bem. Está desnorteado. Tira suas dúvidas com a fêmea que controla o barco. Olha para mim. Puxa aquela Pokébola... Eu... Terei um mestre novamente... Eu espero que eu não esteja cometendo um erro e que eu acabe na mesma situação de quando eu ainda podia soprar fogo... Isso faz tanto tempo... Ainda sei lutar? Poderei proteger esse jovem? Ele sente medo. Por favor, não sinta. Eu estou aqui com você... "V."
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Re: [CONTO] Jaete
por Red Sex Dez 31 2021, 01:33
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