Ficha - Froste

Descrição física: Não há nada de verdadeiramente atrativo em Froste, seus traços são ordinários mesmo em seus pormenores. É esguio, não tão alto, mas magro de modo que seus contornos musculares não sejam visíveis. Tem a pele clara, de bronze suave, que adiciona um tom ameno de café a seu aspecto pálido. Os olhos são estreitos de um cerúleo sereno, o nariz é aquilino, a boca é de contornos grosseiros e sem vida. Tem cabelo castanho liso sempre despenteado, veste-se de maneira desleixada, optando por roupas largas que permitam esconder a maior parte do corpo. Não usa adereços ou adornos de quaisquer tipo.


Personalidade: Froste é distraído, tropeça com frequência e raramente se apega aos detalhes de uma paisagem ou retrato, passa a maior parte do tempo imerso em cenários imaginário e pensamentos sobre si memso, ora profundos, ora devaneios confusos. Oscila entre a realidade externa e suas construções internas, muitas vezes da por encerrado um diálogo em sua mente sem ter respondido seu interlocutor. Embora distraído, quando se consegue sua atenção torna-se um interlocutor receptivo e, em certos casos, eloquente.

É preguiçoso. Não se empenha em tarefas impostas, nem em atividades diárias comuns, age com presteza e seriedade somente em situações que lhe aticem o interesse. Se questiona assiduamente sobre o porquê de ter abandonado o conforto de seu lar em prol de uma jornada perigosa e imprevisível. É sorridente, transparente e gentil, evita a mentira e a injúria, é naturalmente ingênuo. No geral, opta pelo caminho mais fácil.



Biografia: Há toda sorte de histórias espalhadas pelo mundo, há aquelas em que a glória reveste as páginas e evidencia façanhas de heróis virtuosos, há outras em que um trauma profunda se esconde sob um conjunto de desventuras, há a comédia que diverte através das peripécias de um palhaço qualquer e há, no limbo silencioso, as histórias ordinárias, carregadas de tédio cotidiano, sem o carisma necessário para tornar um protagonista amado ou odiado, o enredo comum sobre uma existência sem brilho.

Assim introduzo Froste, desajeitado, preguiçoso e monótono, nascido em Pallet Town, filho de um criador a serviço do professor Oak e de uma cozinheira. O período da infância fora tranquilp, sem a opulência de uma família abastada nem a miséria de um desafortunado, vivera confortavelmente em um lar simples em que nada faltava ou excedia, numa constância que permaneceria por longos anos, ou, verdade seja dita, pela vida inteira, se assim desejasse.

Froste não era dado a brincadeiras ou agitação, passava a maior parte do tempo deitado na relva ou debruçado sobre um livro qualquer, o que, suspeitavam os adultos, contribuiu para cultivo de um temperamento ameno e de sua nítida introspecção. Aos dez anos, diferente das demais crianças, permaneceu em casa e não quis seguir em jornada, a vida de treinador não o interessava.

Viveu assim até a adolescência, não desenvolveu talento que o distinguisse, era inapto para quaisquer esportes e mediano nos demais aspectos da vida estudantil. Estava condenado a mediocridade perpétua.

Não houve um evento específico que lhe fez mudar de ideia e partir. Sem desejo de se provar ou conhecer novos lugares, nada que transcendesse sua maneira de pensar. Seguiu em direção ao laboratório do professor Oak a passos descuidados. Se pudesse conjecturar a respeito de seu possível início de jornada, diria que a centelha para sua decisão parte única e exclusivamente de um sentimento: o tédio.