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uch nasceu na Cidade de Nimbasa, em Unova. Filho único de pais bastante jovens, acabou aprendendo a "se virar" por conta própria com as tarefas domésticas ainda muito cedo, já que na maior parte do dia ficava sozinho em seu apartamento. Sem uma supervisão constante e com uma curiosidade imensa, Luch logo descobriu que podia desbravar o pequeno mundo ao seu redor com certa liberdade e passava os dias no Parque-Ginásio, aproveitando o clima extremamente lúdico de Nimbasa. Sua diversão particular era tentar "zerar" todos os fliperamas da
Game Zone local, mas não demorou muito até que sentisse falta de amizades humanas, além do contato com as máquinas. Foi nesse momento que tudo desandou.
Luch cresceu naquele lugar e por isso tornou-se conhecido entre outros jovens que passavam o dia pelo Parque, apesar de ainda se manter quase sempre solitário. Um dia contudo, foi convidado por alguns garotos mais velhos a unir-se ao grupo deles, convite que seu desejo por novas experiências não deixou que recusasse. Aparentemente, o grupo não passava de uma turminha delinquente, mesmo que soassem tão ingênuos quanto qualquer adolescente. Reuniam-se para brincadeiras estúpidas, que julgavam ser subversivas e o maior problema não passava de uma dura policial ao roubar chocolate de alguma mercearia. Entretanto, Luch encontrava-se viciado no que acreditava ser uma diversão e como todo vício, não parou por aí...
Uma das jovens de seu grupo, Brooklyn, lhe ofereceu o "passo adiante", lhe convidando para ingressar nas fileiras dos
Renegade Sons, uma gangue de inconsequentes com ares de culto, que diziam ser os Filhos de Giratina. Um papo de louco para mentes sensatas, mas que soou como doce melodia nos ouvidos de um adolescente rebelde. Sendo assim, é óbvio que o rapaz aceitou o convite e logo se viu envolvido profundamente em seus rituais de iniciação. O primeiro deles, aceitável... Uma pequena tatuagem que representasse sua liberdade. Afinal, se Brooklyn podia ter uma gigante nas costas, por que não uma minúscula em seu pescoço? Pois esse foi o primeiro pequeno passo para a sua grande queda.
Sem ter como voltar atrás, Luch acabou se envolvendo em algo que não esperava. Lá pelos supostos últimos passos da "conversão", as tarefas passaram de "pintura corporal" para vandalismo e agressão... Uma das inúmeras missões era a inexplicável obrigação de maltratar Pokémon. Na vez do time de Luch, essa ação inconsequente fora direcionada para uma Persian e seus filhotes recém-nascidos, em algum beco da cidade. Porém, antes tarde do que nunca, o jovem Drac resolveu acordar para a realidade e debandou-se daquela gangue, não sem antes resgatar uma filhote de Meowth e de quebra, denunciar todos os membros conhecidos para a polícia local. Não é surpresa portanto que sua vida tenha acabado por lá. Entre ameaças e a vergonha, a única solução foi partir de Nimbasa e também de Unova. Seus pais, decepcionados, e o próprio Luch, despedaçado, mudaram-se enfim para Hoenn, onde uma nova história poderia ser contada. Caberia agora decidir se esta era uma história de redenção ou não.
Depois de muito refletir sobre o que faria para reverter a sensação de culpa em seu peito, resolveu seguir em jornada com Meo-Mey sendo sua Pokémon inicial. Contudo, seus primeiros meses de jornada foram duros, pensando até mesmo em desistir em alguns momentos. Um dos motivos de continuar foi ter servido de exemplo positivo para dois jovens treinadores, a quem tutorou durante algumas semanas. Depois disso, acabou se unindo a um grupo de treinadores com pensamentos e visão de mundo bastante semelhantes aos seus, onde acabou vivendo amores e construindo fortes amizades.