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SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN

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Shimmer Ruins
The Dungeon
Ali estava eu em uma situação que eu não esperava encontrar na vida. Lutando contra dois zumbis? O que era isso? Um filme? Heh, eu podia até dizer que estava agindo como uma protagonista de um filme, juntando coragem no meio de uma situação tão sombria como essa, mas não era exatamente o que acontecia. Essa coragem não era natural de mim, eu só estava me segurando para não surtar, eu posso dizer que apesar de inexperiente, eu já vi algumas coisas minimamente sinistras na minha jornada, mas isso era simplesmente novo.

E surpreendentemente, Ren aparentemente era o primeiro a ceder mentalmente. Eu conseguia notar que o garoto estava sem forças, ele segurava em minha mão, momentos depois ele não conseguia se manter mais de pé, chegando a se segurar em minhas pernas. Tal gesto chegava a me assustar, pois eu acabei pensando que fosse alguma outra coisa que me tocou, algum outro inimigo, mas ao olhar para baixo e ver o menino de cabelos rosados, um suspiro de alívio saía de mim. Ren precisava de ajuda, mas eu também precisava. Acho que ao invés de forçar eu mesma a manter uma "firmeza mental" eu deveria compartilhar de tal firmeza com Ren, de alguma maneira. Pensaria nisso quando o problema que estamos enfrentando estivesse resolvido.

E falando no tal problema, acho que não seria um problema compartilhar a tal "firmeza mental" com Ren. Eu estava vendo inimigos putrefatos diante de meus olhos, mas tais inimigos não mostravam uma resistência tão forte. Esse era um momento em que eu poderia ser mais sensata e pensar que é apenas o começo de muitas tribulações que estão por vir, mas agora eu só queria me agarrar em cada pequeno fiapo de esperança e determinação, era o que precisávamos para Ren, nossos Pokémon e eu aguentarem as tais tribulações, a tal "firmeza mental" que mencionei.

- Vocês duas estão indo muito bem. - Eu dizia me referindo as duas combatentes que estavam dando o seu melhor para eliminar os inimigos mortos-vivos, com um deles, o Krokorok já sendo nocauteado: - Eldritch, prossiga com o Superpower, duas vezes se for necessário no Cacturne. Eu acredito em você. - "Eu acredito em você", uma frase um tanto clichê para se dizer a um Pokémon, mas isso representava exatamente o que eu sentia naquele exato momento e somado ao fato de que a Malamar não era muito experiente em batalhas, logo encorajamento não é demais em uma situação como essa.

- Ren, a gente consegue... - Falando em encorajamento, eu tratava de falar com Ren, quem mais precisava de tal coisa, mas antes que eu pudesse continuar eu era interrompida por coisas estranhas. Primeiro, a tempestade de areia invocada pelo morto vivo que já fora nocauteado, tinha um brilho dourado estranho e então uma voz, que comandava os cadáveres. Heh, claro que era óbvio que não éramos bem-vindos aqui. Não conseguia deduzir muito bem a quem ou ao que aquela voz pertencia, mas não me preocuparia com isso.

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BY MAHIRO

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❁ lost under the surface





Shimmer Ruins


O silêncio nunca dura muito. Por mais que você tente mantê-lo, impedi-lo de sumir, nunca dá certo. As vozes sempre voltam. Sempre desprezíveis e debochadas, gargalhando, ordenando, confundindo. Seus lábios invisíveis constantemente em movimento, sussurrando seu ácido veneno, a língua bifurcada parecendo saborizar o desespero que sente no ar.

Me deixem quieto, porra.

Elas falavam em meus ouvidos, minando o que quer que tivesse sobrado da minha consciência. Eu podia sentir cada sílaba puxando de mim memórias, ideias, sonhos, histórias. Não parecia mais importar quem estivesse na minha frente, o que estavam fazendo, ou qualquer outra coisa. Era como se uma tempestade de areia tivesse surgido ali no meio, tirando minha visão, minha vontade, meu tudo.

... Talvez não fosse uma má ideia simplesmente render-me àquilo. Se eu me tornasse vazio, afinal, a escuridão não teria nada mais para agarrar. Finalmente ficaria livre. Livre como os pássaros. Como uma pena solta, perdida ao ar, apenas flutuando, sem vida nem sentido.

Uma pena.

Outra voz. Meu cérebro já estava pronto para entregar as rédeas de meu corpo, desistir de lutar. Mas isso foi antes de processar o que ouvia. Uma sonoridade familiar. Uma imagem surgiu na minha cabeça. Com os olhos cerrados, consegui ver uma turva cabeleira loira aparecer em minha mente. Senti algo roçar em minha perna também. Um aperto reconfortante, que logo subiu ao meu cabelo, pousando sobre meus olhos.

Laylah.

Lentamente, abri os olhos. Fui acometido por uma real tempestade de areia, que me fez voltar a fechar as pálpebras. Mas tentei novamente. Eu precisava. Sentia algo quente ao meu lado, apoiando minha cabeça. Pulsava rapidamente, como um coração desesperado. Abri os olhos. Katheryne.

"A gente consegue".

...

A angústia me faz esquecer que, às vezes, as vozes também podem fazer bem. Podem cantar, orientar. Vozes também podedm encantar. Não acho que seja exagero dizer que fora aquela voz quem me levara inteiro até ali, afinal. Com isso, resolvi expelir um pouco de minha própria voz. Incentivar o seu uso, ainda que tímido e baixo. Como que em um debate, as vozes em minha cabeça encontrariam uma resposta gritante, pensante.

Hyper Voice.

Vozes. Você ainda consegue ouvir minha voz? Por que eu definitivamente nunca vou esquecer de sua voz me assombrando à noite, pai.

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SHIMMER RUINS DUNGEON



Trilha sonora aqui

Palavras eram ditas e incentivos eram dados. Ren reagia, tendo um pouco da sua sanidade recuperada depois de quase perdê-la completamente, enquanto Kath, mesmo não entendo seu ato como uma expressão de coragem, segue firme com seus medos e receios de perda da mesma sanidade que seu parceiro sente se esvair pouco a pouco. E no campo de batalha, uma nova expressão de sentimentos se alinhavam em direção à conclusão!

Tanto Eldritch quanto Laylah respondiam ao grito de incentivo da garota, e como parte do efeito de seu movimento psíquico, a grande molusco controversa partia para cima do último sobrevivente, o Cacturne zumbificado que ainda permanecia firme. O golpe, apesar de ser de um tipo diferente de sua natureza, era super efetivo contra a planta pútrida, levando-a ao mesmo destino que o lagarto anterior: o desaparecimento nas mesmas areias que os circundam! (Cacturne -49, vanish) Fim do combate, aos poucos a tempestade de areia se esvai e em um grito ecoante e sinistro, os dois arqueólogos controlados pela força sobrenatural literalmente explodem, deixando para trás apenas resquícios de suas carcaças e alguns objetos.

Mesmo com a vitória, os Pokémon dos especialistas ainda tinham que lidar com o grave envenenamento que os acometia. (Eldritch -12 / Laylah -18) Com tudo acalmado, a passagem para a sala seguinte estava liberada, para além do grande portão aberto com o desenho da ave. Porém, havia algumas coisas para serem analisadas ali naquela sala. Próximo dos restos dos dois arqueólogos, que agora reduziram a apenas dois crânios entre farrapos e pó de osso misturado a areia, encontravam-se alguns doces misteriosamente deixados ali. Além dos petiscos, havia um relógio de bolso adornado de prata, adornado com asas e folhas de louro. Caso abrissem o objeto, veriam que a tela está rachada e o mecanismo não funcionando. Mas na parte contrária ao espelho do relógio havia uma fotografia em preto e branco, retratando dois homens, um mais jovem e outro mais velho, ambos trajando roupas de arqueólogos exploradores. O mais novo apoiava o braço direito sobre o ombro esquerdo do mais velho, enquanto apoiava sua mão direita em sua própria cintura. Ele tem o rosto arredondado, sem barba, e um sorriso aberto. Já o mais velho estava sentado, apoiando as mãos sobre uma bengala. Seu semblante era mais sério e orgulhoso, possuía um par de óculos redondos e pequenos na altura do nariz e ostentava um belo bigode. Ao lado do relógio, havia um pequeno caderno com capa de couro, bem desgastado. A capa era trabalhada com um tipo de símbolo ou brasão que os jovens desconheciam. Caso pegassem o objeto e abrissem, viriam logo na primeira capa os seguintes dizeres: “Este pequeno diário de expedição pertence ao Dr. Jacob Schutzel enquanto líder da expedição às ruínas do antigo império perdido de Oirar't”, dizia a pequena nota escrita em tinta escura. Boa parte das páginas estavam preenchidas e continham informações que poderiam, ou não, ajudar os jovens exploradores!        






Krokorok:
Morto-vivo
Cacturne:
Morto-vivo
Hold Item 1:
~x~
Hold Item 2:
~x~
Trait 1:
Intimidate
Trait 2:
Sand Veil

lv35 Krokorok


0/87
lv35 Cacturne


0/94
SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 KrokorokSHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 Cacturne
SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 MalamarSHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 Sylveon
lv31 Eldritch


64/94
lv46 Laylah


78/143
Trait 1:
Contrary
Trait 2:
Pixilate
Hold Item 1:
Power Belt
Hold Item 2:
Power Lens
Eldritch:
Bdl Psn -12 / Atk +1
Laylah:
Bdl Psn -18 / Atk -1

Campo: Salão de pedra rústica, coberto por areia
Sandstorm 3/5
Trick Room 3/5
Reflect 4/5          





Battle Log :

Hora da Exp! escreveu:
- Eldritch recebeu 6941 pontos de Exp por vitória contra Arqueólogos Zumbi! Upou para o Lv. 33 [367/4179], +4 Happ e +2 Def por Power Belt! [1941/2500]
- Laylay recebeu 8481 pontos de Exp por vitória contra Arqueólogos Zumbi! Upou para o Lv. 47 [2675/10749] e +3 Sp. Atk por Power Lens! [981/2500]


Progresso da Rota - Sleepy :

Progresso da Rota - Ren :

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Shimmer Ruins
The Dungeon
A minha respiração pesava nesses momentos finais, eu não acho que podia perder aquela batalha, mas o que me preocupava eram os instantes depois que o combate fosse encerrado. Quem sabe subjugar esses cadáveres ativasse algum mecanismo aqui? Isso tudo é uma armadilha? Não é como se tivéssemos a escolha de simplesmente ignorar esses cadáveres. Eu olhava Eldritch golpeando o Cacturne decrépito, o golpe final da batalha, e então alternava meu olhar para os arredores... algo iria acontecer.

E então um grito sinistro me deixava trêmula e algo que acontecia logo depois me assustava mais ainda: os cadáveres dos arqueólogos simplesmente explodiam. Eu me agachava e me encolhia no chão, enquanto Eldritch se protegia com seus tentáculos. Quando o barulho cessava eu ficava de pé novamente, tratava de verificar se não havia me sujado com a tal explosão e então ia diretamente para a minha Malamar, ela precisava de cuidados, afinal acabou de ser envenenada na batalha contra os mortos vivos.

- Parabéns, você foi ótima. - Tratava de aplicar um Full Heal e duas Potion na lula psíquica. Aquele momento me fazia sorrir no meio de toda aquela situação desesperadora, porque a Malamar estava adorando ser cuidada desse jeito, como se fosse um pokémon filhote, exceto que ela é enorme. - Querida, descanse, você merece. - Eu dava um suspiro antes de pensar no que fazer depois e então lembrava, eu tinha que ver como Ren estava.

- Hey, você tá bem? A gente acabou de ver o tipo de coisa que não se esquece tão facilmente assim e não por um motivo bom. - Eu tinha um tom um tanto despreocupado na voz, estávamos em um momento de paz e calma, por mais efêmero que seja esse momento, eu tinha que aproveitar para limpar a minha mente: - Hey, vem cá. - Eu abria os braços na direção de Ren e então ia para perto dele. Eu o abraçava. Não sou boa nisso, além da nossa diferença de altura, eu não parava de mexer meus braços, tentando segurar o menino de várias maneiras diferentes. Heh, lembro que foi desse jeito quando eu abracei Lariel e Yoshiro. Enfim, espero que isso não incomode o garoto.

- Hmm... aqueles cadáveres deixaram coisas. Não sei o que são, mas podem ser úteis. Quem sabe um diário para saber como eles morreram e então saber dos perigos desse lugar. - Eu ia na direção dos restos mortais de um jeito bem despreocupado. Acho que simples cadáveres não me assustavam mais depois de tudo o que eu vi. Na verdade, o fato dos cadáveres não se mexerem era confortante.

A primeira coisa que eu notava eram doces, que eu não sei como foram parar ali. Amo doces, mas aquilo me fazia contorcer o rosto de nojo, certamente não é higiênico. Um relógio de bolso que não funcionava a muito tempo, mas ao pegar o tal relógio, algo escorregava dele, uma foto. - Eles estavam aqui há quanto tempo... - Eu indagava em voz alta, fitando a foto em preto e branco, parece que expedições nesse lugar existiam desde muitos anos atrás. Tch, esses homens pareciam tão ambiciosos nessa foto e olha como eles terminaram. Não, não vou deixar esse tipo de pensamento entrar em minha cabeça, eu apenas largava a foto.

- Ren, vem comigo, eu achei uma coisa bem importante. - Exatamente o que eu queria encontrar. Um caderno com uma capa que seria bem bonita se não fossem os castigos do tempo, um brasão que eu não conhecia, talvez até de uma organização que deixou de existir faz anos. Mas os dizeres da capa eram a indicação de que eu encontrei ouro. Diário de expedição. Tratava de verificar se ainda estava legível, se estivesse, quem sabe eu pudesse encontrar respostas, eu precisava de respostas.

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❁ lost under the surface





Shimmer Ruins


Eu encostei minha nuca no chão. Talvez em algum outro momento, ficasse preocupado em sujar-me com a areia. Agora? Ah, grãos de sílica deifnitivamente são a última coisa passando pela minha cabeça — não literalmente. Meus ouvidos doíam. As vozes tinham parado, por enquanto, mas era como se eu ainda sentisse aquela tão famosa dor-fantasma a pulsar em meus canais auriculares. Depois de passar tanto tempo a ouvi-las, repentinamente tê-las arrancadas de mim era... estranho, para dizer o mínimo.

Gritos, sussurros, silêncio. Depois de ouvi-los todos em uma sequência interminável, eles todos começam a misturar-se.

Ah, o que eu não daria para apenas me perder em uma história, sumir de minha realidade. Música, livros, comida e teatro: as melhores formas de ocupar a cabeça com fantasia e alegria. O pão e circo nunca falha, afinal. Fossem zumbis se deteriorando, gritos se esvaindo ou ossos explodindo, meu cérebro já não era capaz de processá-los como fenômenos palpáveis.

No entanto, eu definitivamente fui capaz de registrar o toque. O abraço de Katheryne foi uma surpresa, de fato, mas definitivamente uma agradável. Antes mesmo que eu pudesse pensar, meus braços já estavam envolvendo-na em resposta. — Eu... — Não acho que bem seja um estado em que eu possa ser encontrado já há um bom tempo. Mas ainda assim, ser abraçado parecia ajudar um pouco. — Não sei. Mas obrigado.

Fechei os olhos, focando apenas na estranha sensação de segurança que me era passada. Eu tinha noção, lá no fundo, de que não era real, que não iria durar; mas ignorei. O importante era sentir e viver o momento.

...

Eu respirei fundo. Com um sinal com a mão, chamei Laylah para um abraço também. A pobrezinha estava fazendo o seu melhor por mim, não hesitando em lançar-se frente a qualquer coisa, sempre me lembrando física e psicologicamente dos laços que nos unem. Depois de agradecê-la, apliquei na vulpina alguns remédios e ofereci um doce. Glicose é sempre uma boa para ajudar em surtos de ansiedade ou traumas no geral.

Inspirei profundamente mais uma vez, procurando evitar os grãos de areia. Tentei usar um pouco do meu cérebro. Estava perdido no deserto. Eu e Kath havíamos encontrado alguma espécie de ruína. As coisas ali eram...estranhas. Certo, nada tão fora do comum. Em qualquer trama de fantasia ou ficção, na verdade, era um plot relativamente comum. A única diferença é que eu não pretendo beijar a menina loira ao meu lado.

Como que querendo ressaltar minhas turvas ideias, a especialista em psíquicos chamou minha atenção para algo que havia encontrado ali.

Um livro.

Bem, ela realmente sabia como chamar minha atenção. Foi quase que natural: quando eu vi, meu corpo agia sozinho, dando largos passos para dar uma olhada naquela caderneta. Realidade ou ficção, no final, tudo parecia ser ditado por letras manchadas no papel. Se o Destino realmente existisse, eu iria mostrá-lo umas boas críticas sobre a história que ele escrevia em minha vida.

Rapidamente percorri os olhos por sobre a foto e relógio quebrados, apenas para registrá-los minimamente. Meu foco estava centrado naquele amontoado de páginas. Não me importava mais com o restante: para um buraco negro de motivação e inquietude, qualquer palavra rimada ou contada basta.

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usando aquela barrinha de rage alguma coisa pra tirar poison da menina
usando 1 super potion na sylveon tbm

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SHIMMER RUINS DUNGEON



Trilha sonora aqui

O abraço acalmava e ao mesmo tempo encorajava. Ren estava passando por momentos bem atribulados, e encontrou na figura de Kath um apoio inesperado. Até mesmo para a loira! Ela sabia que não era a maior autoridade em abraços, mas só o esforço e intenção do gesto como forma de apoio a um emocionalmente necessitado já valia a tentativa. Podia não ser coma mais altruísta das intenções também, já que racionalmente falando, estar em ruínas abandonadas com perigos de outro mundo e ainda ter que lidar com um ser humano em colapso de sanidade era um dos piores cenários possíveis para a situação. Além do pequeno gesto, eles haviam encontrado pistas para tentar compreender o que estaria acontecendo nesse mar de escombros e areia.

O relógio era deixado de lado, uma relíquia pertencente a pessoas gananciosas demais para compreender a situação que estavam se enfiando. Mas aquele pequeno caderno de anotações em capa de couro, este sim poderia ter o seu valor. Eldritch e Laylah, as corajosas defensoras, tinham seus ferimentos e condições estabilizadas e retornavam para as suas esferas a fim de terem um descanso que fosse, qualquer cochilo era merecido. O jovem casal de especialistas, então, inicia sua investigação sobre a caderneta, folheando as páginas com todo o cuidado para não danificarem ou prejudicarem as frágeis páginas escritas à mão, em uma letra um tanto quanto garranchada, mas compreensível.

O conteúdo é o que se segue:

“Março de 1941, 19. Eu, Dr. Jacob Schutzel, junto a meu sobrinho, Nataniel Schutzel, após anos de pesquisas e comparação de dados, datas, registros e lendas em sua maioria em tradição oral, chegamos enfim ao possível local onde, no passado, situava-se a Sagrada Capital do Antigo Império Oirar't. A arquitetura presente nas primeiras evidências confirmam nossas hipóteses. A equipe está temerosa quanto às tempestades de areia, mas nem a ira do próprio Arceus nos impedirá!”


“Março de 1941, 26. Nataniel trouxe a mim uma evidência intrigante. Pedaços de cerâmica com partes gravadas. Eram hieróglifos! A mesma escrita encontrada na tumba do primeiro alto-rei, cem anos atrás! Sinto que estamos no caminho correto dessa vez!”


“Abril de 1941, 20. As escavações seguem com os percalços sob controle. As paredes de todo o salão central estão cobertas por hieróglifos. Estes recontam uma antiga história, sobre a ascensão e queda da Sacro-Capital. Ainda faltam cerca de setenta por cento da cobertura lateral a serem reveladas. Mal posso esperar!”


“Maio de 1941, 7. Não acredito que os boçais da universidade querem reduzir os custos! Não importa, ei de usar todas as minhas riquezas para ir a fundo nessa história! Já é possível desvendar parte da história contada nas paredes, e a escrita Unown fortemente utilizada é mais uma pista sobre o poder do império!”


“Julho de 1941, 4. Finalmente! Encontramos algo formidável! Uma câmara ainda maior do que a que estávamos anteriormente, altamente preservada! As duas estátuas guardando o grande portão do Deus Sol indicam aquilo que me inquietava: estamos nos aposentos de um membro da realeza! Eis uma tradução livre do que encontramos até então: Assim permeia a linhagem de Amon’thep, O Sol do Deserto, que os sagrados dias sejam eternos! Que o rio da vida siga por entre os seus e alimente seus campos! Que a luz amplie sua visão e guarde a sabedoria de Khufu, seu filho, Chay-Era, sua filha, e Hath-Set, seu pad…”. Não há uma palavra que defina “genro” ou “nora” na antiga língua, portanto os cônjuges da realeza eram tratados por filhos do monarca, bem como pelo chefe das famílias. Ainda me resta decifrar a posição de Hath-Set. Seria patrono? Padrinho? sacerdote?”


O caminho que se segue além do campo de batalha anterior ficava mais estreito e proporcionalmente mais escuro. As paredes ainda continham desenhos e escritas na língua Unown por toda a sua extensão, porém algumas das tochas estavam quebradas ou ausentes. Os jovens deveriam, agora, fazer uso de alguma fonte de iluminação artificial para seguir.          





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Shimmer Ruins
The Dungeon
Antes de realmente inspecionar os diários, eu ia mais uma vez para os doces misteriosamente abandonados ali. Por mais que não seja algo higiênico, era um tanto que óbvio que aqueles petiscos foram deixados ali recentemente. Como? Não tenho ideia, mas ao notar as fotos em preto e branco eu já deduzia que os doces não eram do mesmo tempo dos exploradores. O fato de ser estranho era o que me convencia a pegar os doces.

Depois desse pequeno dilema estar resolvido era hora do que importava. Possivelmente saber o que levou ao fim desses dois exploradores, o que certamente seria uma informação útil. Mesmo que eu não encontrasse nada relacionado a perdição dos aventureiros, ainda tinha certeza de que encontraria algo útil. Afinal, comparado com o conhecimento quase zero que eu tinha desse lugar, qualquer pequena informação, por mais irrelevante que pareça. Delicadamente, junto a Ren, eu tocava nas páginas daquelas cadernetas, com medo delas se desfazerem em minhas mãos. A escrita era legível, mesmo sendo a tinta depois de muitos anos.

"Antigo Império Oirar't" eu realmente nunca li sobre algo do tipo. Quer dizer, eu sabia sobre a existência de um povo no deserto que se foi há muito tempo. Mas é a primeira vez que tenho um nome e também o fato de ser chamado de império, o que dava a entender que era uma civilização bem grandiosa. E isso me intrigava, impérios não somem do dia pra noite. Continuava minha leitura, bastante calma e concentrada a ponto de chegar até a esquecer a presença de Ren. Com delicadeza, folheava as páginas, depois da menção do império, não achava muita coisa importante até chegar em uma última página.

- Então isso é... - Eu indagava enquanto lia aquela página. Os aposentos da realeza. - Suponho que os dois exploradores morreram aqui mesmo, por algum tipo de armadilha, afinal aqui são os aposentos reais, deve ser um dos locais mais protegidos daqui. Só que para nós, a armadilha no caso foram os próprios corpos dos exploradores. - Eu compartilhava minhas ideias com Ren: - Hmm... filho, filha e o que mais? - Agora minha mente já pulava para uma outra dúvida. Tentava decifrar qual seria a posição daquela última pessoa mencionada.

- Pelo contexto deve se tratar de algum tipo de grau parentesco, mas eu não tenho ideia do que pode ser. Heh, padrasto me veio à mente mas certamente não encaixa com o contexto de uma civilização antiga. O que você acha Ren? - Enquanto eu esperava a resposta do menino de cabelos rosados eu olhava para frente para ver o caminho que nos esperava:

- Acho que descobri algo. Enquanto estivermos indo por onde tem escrita de Unown nas paredes, estaremos indo pelo caminho certo. Só que mesmo assim não sei o que encontrar. - Dava um suspiro e voltava a olhar para Ren, fixamente nos olhos: - Estou pronta quando você estiver. - Dava a deixa para Ren dizer quando deveríamos continuar. A escuridão não seria um problema, tínhamos os nossos Rotom Phones que eram capazes de iluminar e caso os mesmos falhassem, Ren era um treinador de fadas, que em sua maioria são criaturas da luz... eu acho.




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❁ lost under the surface





Shimmer Ruins


Datas, nomes, lugares e conceitos. Tudo era devorado vorazmente pelos meus olhos, famintos por palavras que poderiam vir a saciá-los de uma outra realidade. Minhas mãos cuidadosamente deixavam suas digitais sobre as muito provavelmente frágeis páginas, tateando, sentindo a textura. Consigo escutar as palavras reverberando sem parar dentro de minha cabeça. Em algum momento, me senti inspirando com intensidade, puxando a caderneta um pouco mais para perto de mim, uma mania bizarra de leitor.

A inconsciente sobrecarga dos meus sentidos talvez seja capaz de mostrar que aquele livro de fato é real.

Que qualquer coisa é real.

Expedições, impérios, pesquisas, hieróglifos, Unown. O enredo era de uma escavação de desbravação dos povos passados. Uma tomada científica daquilo que queria saber quando fui até a líder de ginásio de Mountrock, questionar acerca da população da Antiga Hoenn. De fato, havia uma civilização relativamente avançada no deserto durante os tempos antigos.

Eu... Eu acho que já ouvi histórias parecidas?

Veja bem, depois de conhecer muitos contos e mitos, a história e as lendas de uma cultura, você começa a notar padrões. Algumas palavras-chave, que para outros poderiam passar despercebidas. Então, por mais que eu definitivamente não conheça as tendências do Antigo Império de Oirar't, de uma coisa eu estou certo: de acordo com aquele texto e as crenças daquele povo, estávamos prestes a adentrar um outro mundo. Seria ele mais real que o meu próprio?

Eu... Não sei. Talvez patrono? Como um orientador, um guia em uma jornada? — respondi brevemente, vendo que Kath havia se demorado nesse trecho específico. Na verdade, minha preocupação se dava em sua próxima sugestão. Olhei para o caminho escuro que ela estava apontando, e engoli em seco. Os livros conversaram comigo, e eu os ouvi. — Hum... Certo, só... Espere um pouco.

Novamente, sentei no chão, tirando a mochila das costas mais uma vez. Abri alguns bolsos, revirei algumas coisas, até achar minha sacola de berries. De lá, tirei uma única Oran Berry, e então coloquei a mesma no chão. Em seguida, puxei pote plástico qualquer, e estendi a mão. — Água, por favor. Se tiver mais uma Oran Berry também, melhor ainda.

Organizei os três itens em frente ao portão entalhado, deixando-os à disposição. — O texto falou sobre os dias permanecerem eternos, mencionando o rio da vida. Em muitas sociedades antigas, a morte era tratada como um passo sagrado para o pós-vida. Deveriam ser feitas ricas oferendas aos deuses ou aos antepassados, e então os mortos seriam levados para seu destino, sempre atravessando ou seguindo o curso de um rio. Acredito que nós estejamos entrando no submundo. Logo, acho que é importante deixarmos nossa oferenda. Quem sabe isso não evite nós acabarmos igual aqueles dois lá atrás.

Voltei para buscar o relógio que deixei para trás, lembro que tinha detalhes em prata. Preciosidades costumavam ser parte essencial de uma oferenda também, aqueles dois na foto provavelmente já ficaram um bom tempo sem seus ritos de honra fúnebre. Depois disso, saquei uma Poké Ball, e junto de Clefable, fiz uma reverência à porta. Nada melhor que um alienígena para entrar em outro mundo. — Pronto. Agora podemos ir. Hoku, acha que consegue ir utilizando seu Cosmic Power para nos trazer a luz dos astros ao mundo dos mortos?

E assim mesmo, de um jeito nem um pouco lento e sinistro, dei continuidade à desbravação.

SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 109 83 - Day Care
SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 775 08 - Day Care

enfim o fim de ano

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SHIMMER RUINS DUNGEON



Trilha sonora aqui

Cada um dos dois tinham as suas perspectivas quanto ao que estava acontecendo. Kath tentava entender o que havia acontecido com os arqueólogos, o que os matou e o que os teria trazido de volta naquela forma decrépita. Já Ren interpretava as inscrições como sendo parte de uma orientação para o mundo inferior, mundo dos mortos ou seja lá o que fosse o lar do pós-vida deste antigo império das areias. A berry, o pouco d’água e o relógio eram colocados como oferendas para favorecê-los uma boa passagem para o “outro mundo”. Se fosse realmente aquilo ou não, ainda não dava para saber. O que restava era seguir para dentro da escuridão, agora contornada pela luz da Clefable recém liberada.

Descendo uma curta escadaria menos trabalhada que a primeira, eles avançam por um túnel também coberto por inscrições em linguagem antiga. Há muita areia e poeira, mas diferente do mostrado anteriormente, não há restos mortais de nenhuma criatura, seja humana ou Pokémon. Avançando, o caminho começa novamente a se abrir, terminando em câmaras mais amplas e altas. Ali, há três possibilidades de caminho: esquerda, direita ou seguir em frente, no centro. Mesmo com Cosmic Power da fada, é muito difícil ver algo além, restando a decisão sobre qual caminho tomar.          





Progresso da Rota - Sleepy :

Progresso da Rota - Ren :

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Shimmer Ruins
The Dungeon
OFF: Resolvi colocar personalidade na Starmie, porque eu achei que tinha colocado, mas na verdade não.

Personalidade - Alya :


Wow, simplesmente wow. Fiquei surpresa com uma análise tão precisa por parte de Ren no meio das circunstâncias em que estamos. Eu fiquei ponderando para mim mesma enquanto Ren falava sobre como povos antigos viam a morte. Como uma passagem para o pós-vida, claro, é justo inferir que a morte ainda era dolorosa para os que permaneciam vivos mesmo nos tempos antigos, mas mesmo assim é óbvio que a visão em relação a morte mudou nos tempos mais modernos. Até deixei um pouco desse meu pensamento vazar:

- E pensar que no mundo moderno não se vê mais a morte como uma passagem, um rito. Claro, isso se deve ao fato da humanidade ter alcançado respostas a questões que não tinham respostas concebíveis naqueles tempos. Mas também digo que é porque a expectativa de vida nos dias de hoje é mais longa, a preocupação por uma vida longa ser cortada ao meio é maior... quer dizer... acabei pensando muito alto, hehe. - Eu queria começar uma conversa com Ren sobre o assunto, mas percebi que talvez não era a melhor situação para tal, que no fim parecia meio desconfortável, então tentava desviar o foco.

Eu também pensava em deixar uma oferenda e logo colocava mais uma de Oran Berries junto com o que Ren já tinha colocado, afinal seria uma boa ideia ter uma oferenda oferecida por mim mesma com minhas próprias mãos. Vai que seja lá que força que estiver observando esse lugar me visse como indigna ou algo do tipo. Enfim, eu acabei seguindo a ideia de Ren e trouxe um pokémon para auxiliar na escolta e o tal Pokémon no caso era também um ser de "outro mundo": Alya, a Starmie.

- Alya, nos guie e nos proteja por favor. - Me confortava ver Alya girando a estrela de suas costas em um aparente gesto de concordância e então liderando o caminho. Ainda acho que não sou uma treinadora boa o suficiente para Starmie, mas eu não tenho como saber como ela se sente. Esse tipo de relação é bem complicada.

Descendo pela escadaria, ao final da mesma, nos deparávamos com algo que parecia ser um clichê de filme: os caminhos se dividiam. Aquilo era um problema ainda mais porque era difícil, na verdade impossível, de ver o que tinha em cada caminho, então teríamos que tomar uma escolha às cegas, o que não é ideal. Droga, como eu queria que Venger estivesse comigo agora, ele não precisa da visão para desbravar a escuridão.

- Sigh, como eu queria ter trazido meu Swoobat. - Suspirava para Ren enquanto fitava, pensativa, tentava formular alguma lógica em onde não existia lógica. Apenas três caminhos aparentemente idêntico. Mas eu daria meus "dois centavos" para Ren: - Sinto que não é uma boa ideia ir pelo caminho do meio. Isso porque parece que é um caminho óbvio. Só que mesmo se descartarmos esse caminho ficamos com dois e eu não acho que se separar seja uma boa ideia. - Ficava um tempo em silêncio e depois perguntava para Ren: - O que você acha?




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SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 2 FF3OUQS

BY MAHIRO

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