[EVENTO] COBAIA DE ARCEUS II: O INIMIGO AGORA É OUTRO

Quando Lian viu os olhos ded Karemachena lhe fuzilando, ele imediatamente falou:
- Não olha pra mim, não faço ideia do que ta rolando.

Sua fala bastante clara saia enquanto ele andava na direção que o cientista apontava. Ele e Ali começaram a seguir, fazendo Cif achar que era sua única opção. Karemachena fez o mesmo?! Não sei ao certo. O que importa é que, a medida que se aproximavam, nossos personagens viam MAIS PERSONAGENS. Alguns, Ali reconhecia de cara: eram os 4 que ficaram na ilha consigo. Outras três novas figuras apareciam no olhar, mas era muitíssimo difícil enxergar algo bem definido com toda aquela luz verde esquisita.

Todos estavam meio 'duende verde', ou 'hulk', ou qualquer coisa nesse sentido.

Enfim, o que dava pra ver era que todos estavam amarrados pelas pernas e pelas mãos, conectados uns aos outros por um sistema de múltiplas cordas de sisal. O curioso era que aquela 'costura' parecia um trabalho até artístico: entre uma pessoa ou outra, havia uma segunda corda em transversal, que dava um nó cego e ia direto para uma terceira corda. A teia se formava até que o centro ficasse bem definido, deixando que os prisioneiros ficassem - inevitavelmente - em círculo. Haviam três vagas: duas em conjunto, na esquerda, e uma mais solitária, a direita, parecendo um bocado improvisada e torta. Todos os amarrados - sem exceção - estavam nus.

Fora ainda com a mão indicativa que o cientista falou:
- Podem ir ocupando seus lugares, os meus assistentes vão ajudar vocês a se amarrarem - O sorriso esquisito ia de orelha a orelha, mais uma vez. Talvez aquela luz verde piorava tudo, mas aquele cientista devia ter próximo de 150 anos.

Ele já ia se encaminhar em direção ao enorme palco de madeira montado no extremo-oposto do farol, mas foi interrompido por Lian, que deu um chute na areia molhada e fez uma concha voar em direção às costas do cientista:
- Nem fudendo, maluco - E revirou os olhos - Só me da o que é meu ou você vai ver o que eu sou capaz!
- Hmmm, quem é você mesmo? - Respondeu de imediato, dando de ombros - Que seja. Acho que não importa né?! A gente só precisa de mais dois mesmo - E estalou os dedos.

Quando assim o fez, um barulho motorizado ressoou do topo do farol e algo voou até ele, fazendo um grunhido muito semelhante a um avião. Não deu pra ver direito, visto que tudo acontecera rápido demais; Lian foi arrastado e Ali correu para tentar ajudá-lo, mas estava tendo bastante dificuldade para lhe alcançar...

O tom vermelho e plasmático anunciou que o garoto liberara um de seus pokémons, enquanto Ali se metia numa outra encrenca com outra criatura. Tudo isso acontecia pelas costas de Karemachena, que não conseguia entender muito bem o que diabos estava acontecendo, ouvindo apenas gritos e sons completamente esquisitos.

Ao correr na direção de Ali e Lian, duas coisas aconteceram: a primeira, era a negação do cientista, que com um estalar de línguas e um balançar de cabeças negativo, bradou "Escolha errada, Karemachena" e deu as costas, caminhando lentamente em direção ao farol. A segunda das coisas era um pouquinho mais estranha, visto que Karen passou a enxergar (e entender) o que era aquela coisa que atacara Lian.

Claro, entender na medida do possível, já que sua gestalt não irá fechar só com peças desconhecidas. Em linhas gerais, era uma mistura de um Revavroom com um Yanmega. O que isso significava? Sim, que pegaram o motor do homem que Lian representa e fizeram um pokémon helicóptero com ele.

Fora no caminho desta confusão que ouvira passos relativamente lentos em sua direção, além de um assobio tenebroso, que aos poucos foi ganhando um contorno perante a luz esverdeada. Já próximo-demais, era possível ver seu semblante, suas mãos, seu rabo e sua... saia? Sim... sua saia.


Já num outro cenário, tendo sido deixado para trás (ou ficado para trás de propósito, não sei), Arthur finalmente saia de sua esfera. Era uma das poucas vezes que passara por essa experiência, então ainda estava um pouco desnorteado. Como é um pokémon alolano, tinha uma vibe muito praieira, por isso usava o mar para localizar Norte, Sul, Leste e Oeste. Quando foi usar esta bendita tática, reparou que estava numa ilha e ficou ainda mais desorientado: começou a olhar em volta um pouco perdido e acabou ficando meio-cego ao encarar a luz verde do farol.

Ainda um pouquinho confuso, ouviu a voz de sua treinadora, que falava algo sobre seu coco entre os dentes, enquanto ia com Cif "resolver outro problema". Arthur então balançou a cabeça, tentou se recompor mais uma vez e deu tapinhas no próprio rosto. Só depois disso começou a ver de fato onde estava e, por consequência, ficou horrorizado. Decidiu, por fim, seguir sua treinadora, deixando que o cientista fosse me paz e que Deus lhe acompanhasse, mas quando virou-se 180º para assim fazer, um instinto que o símio NUNCA havia experienciado apitou.

Arthur ficou completamente eufórico, num episódio de mania insuportável para si. De imediato, quis correr, mas quando assim começou, sentiu seu coração acelerar demais. Por um longo momento, ele se questionou: eu corro para lutar ou eu corro para fugir?! Na dúvida, paralisou, sentindo uma enorme angústia e uma culpa por estar ali, parado.

Mais cedo ou mais tarde, ele entenderia porque diabos isso aconteceu, porque bem diante dos seus olhos, algo surgia, caminhando lentamente e jogando para o alto algo redondo, oco e duro...

... algo que Passimian reconheceria a quilômetros de distância. Algo que Arthur sabia que era seu...

E o Mr. Mime bipolar larga seu pequeno balde e vai, bem devagar, caminhando até o campo de batalha. Estava com medo de tropeçar?! Sim senhor, mas mais medo ainda era daquela batalha: certamente ia apanhar. Olhou aquele monstro roxo-com-vermelho e simplesmente bambeou por completo, tanto é que, no seu último passo, tropeçou.

Não chegou a cair no chão, conseguiu a firmeza de volta no próximo passo, mas inevitavelmente teve que apoiar em Passimian e foi no toque que percebeu: seu pelo estava COMPLETAMENTE OURIÇADO. Não era medo, não era receio, era ódio. Não sei ao certo se o ódio é um bom motivador, mas julgo que até este momento, Arthur não o conhecia muito bem. Era livre, leve e solto e, raramente, movia-se por raiva ou vigança, mas hoje? Hoje as coisas vão ser diferentes.

O símio estava tão incomodado que sua ansiedade quase lhe fez passar na frente, queimar largada e atacar primeiro de todos. Mewphox, reparando esse movimento insaciável de Passimian, se ajeitou para efetuar logo seu Shadow Ball, na esperança de tirar um inimigo de vez. Não conseguiu, visto que Cif resistiu àquilo. Bem? Não, mas fora suficientemente forte para aguentar. Em resposta, ergueu um Light Screen necessário, evitando danos futuros.

O problema é que, enquanto a película se formava, Passimian correu em disparate, deixando um pequeno buraco no Light Screen (ok, Carlinhos consertou isso logo em seguida, mas é bom deixar isso marcado) e indo na direção de seu coco. Quando chegou bem próximo, percebeu que o maldito do Passilax era bem lerdinho, não conseguindo fugir de Arthur.

O nosso símio (original) aproveitou essa lerdeza, olhou bem nos olhos no inimigo e rosnou. Sim, Arthur rosnou. Eu sinto que ninguém nunca viu isso; um macaco não costuma rosnar. Um pouco amedrontado com isso, a aberração engoliu a seco, sendo possível ver o movimento mecânico de sua garganta. Assustado, tentou a única coisa que poderia TALVEZ lhe salvar: arremessar o coco longe. Talvez assim, Arthur fosse atrás dele, né? NÉ? NÉ?!

Ele então posicionou o Excocobur nas mãos, ergueu os braços acima da cabeça e se preparou para o arremesso. Quando estava prestes a fazer um lançamento, ouviu-se um "TUC". Sim, esse foi o barulho do Brick Break sendo efetuado. O engraçado é que Arthur, tendo mirado bem na cabeça da criatura, acabou por acertar seu próprio coco com o ataque, lhe jogando inevitavelmente para baixo com muita força. O coco então bateu na cabeça de Passilax e, por conta da força, apenas teve sua trajetória levemente alterada. Fora pousar apenas no chão, quer dizer, fora ENTERRADO NO CHÃO.



Campo: Uma ilha relativamente grande, mas que ainda é possível ver os contornos do mar. Pessoas ao redor observantes e caos bem próximo. Light Screen aliado 1/5

Log de Batalha:
Turno 01: Mewphox Shadow Ball (-40 | CIF 08) (MENTAL HERB ROUBADA) > CIF Light Screen > Arthur Brick Break (-138 | Passilax K.O)
Turno 02: ---

Ao lado do coco, jazia um corpo amassado. Talvez, pela quantidade de informação naquele chão, ninguém olhou pro lado nos últimos segundos, mas de imediato algo surgiu caminhando devagar, substituindo o Passilax

Duas saias, mas apenas um rabo! Era um pouco estranho pra Arthur ver seu coco no chão e, ao mesmo tempo, ouvir sua treinadora dizer que o Excocobur estava com a raposa-rato-roxo, tanto é, que não aceitou a priori. De início, viu seu coco no chão, botou as mãos nele com pressa e tentou retirá-lo com pouco cuidado, puxando para cima. Não conseguiu; é claro que não. A fruta estava muito que bem encaixada no terreno onde pousara e foi ai que Arthur tomou uma distância grande para ver melhor onde era aquilo.

Uma pedra. Uma bendita pedra pontuda, cujo no ápice do pontiagudo há um coco.

Como iria tirar de lá?! Bem, certamente com calma e determinação, talvez com um pouco de tempo e cuidado, que não era possível agora, afinal de contas TINHA UMA BATALHA ACONTECENDO.

Quer dizer, um massacre, porque o Conkeldurr foi completamente focado enquanto Arthur ficava resolvendo problemas particulares. Era até um pouquinho engraçado ver que Mewphox e Mafoor pararam para brigar um tiquinho, e o lutador-fantasma quis muito comprar essa bendita briga, afinal de contas, era ele que estava bancando as ofensas. Para se acalmar, o psíquico-ígneo pegou do bolso de sua saia a erva branca que outrora roubou de Carlinhos, botou próxima do nariz e deu uma fungada muito boa, deixando que a paz reinasse naquele grupo.

Quando a fragrância acabou, jogou a pena fora e mirou diretamente em Urien, tirando dele o seu "coco flamejante". O lutador não pareceu se importar tanto, mas Arthur sentiu TANTO ÓDIO de ver um "coco flamejante" ser roubado de seu dono, que comprou as dores (que não existiam) de seu colega e acertou uma belíssima lapada na cabeça de Mewphox, enterrando outro coco. Dessa vez na areia? Sim, dessa vez na areia, mas não foi cuidadoso de forma proposital, fora apenas uma coincidência.

Na segunda rodada, os ânimos já estavam mais calmos (ao menos para Marfoo e Passimian), então tudo ocorreu "normalmente", ou melhor, como uma batalha tende a ter...



Campo: Uma ilha relativamente grande, mas que ainda é possível ver os contornos do mar. Pessoas ao redor observantes e caos bem próximo. Light Screen aliado 1/5

Log de Batalha:
Turno 01: Marfoo Taunt (Mewphox Mental Herb Consumida) > Mewphox Psychic (-24 com Light Screen | Urien 80) (Flame Orb Roubada) > Arthur Knock Off (- 49 | Mewphox 43) (Flame Orb Perdido)
Turno 02: Marfoo Brick Break (-18 | Urien 60) (Light Screen Retirado) > Mewphox Psychic (-36 | Urien 24) > Arthur Knock Off (-33 | Mewphox 10) > Conkeldurr Bulk Up (+1 Def | Atk)

Essa rodada foi resumido num BUÁ BUÁ BUÁ. Primeiro que Mewphox ficou extremamente triste por não poder dar um nocaute no amigão grandão ali, que subiu um protect para chorar. Marfoo, já antecipando isso, estava lá com suas chamas bem chamativa em Arthur, que estava com tanta raiva que não viu o Burn lhe impactar em (quase) nada. Derrubou o robô que, ao invés de desmontar, começou a chorar uma espécie de líquido rosa.

Chorou, chorou, chorou. As poças começaram a se formar e, delas, parte do robô que outrora foi soterrado com o coco começaram a montar uma quarta quimera. O bicho era rosa e malemolente, como um Ditto, mas não tinha nada de Ditto: era uma estrutura metálica, porém líquida, tal qual mercúrio consegue ser. Isso tudo em tom rosado, vê se pode! Tão mágico que aposto que é uma fadinha...




Campo: Uma ilha relativamente grande, mas que ainda é possível ver os contornos do mar. Pessoas ao redor observantes e caos bem próximo.

Log de Batalha:
Turno 01: Conkeldurr Protect > Marfoo Will-o-Wisp Arthur > Mewphox Psychic (-40 | Passimian 102) > Passimian Knock Off (-16 | Mewphox K.O)
Pós Turno: Burn (-9 | Passimian 93)