[Diário de Akishisa Renan #1 - Rota 29] Uma nova jornada paralela

Assim que saí do laboratório do Profº Elm, eu segui diretamente para a Rota 29. Estava tão animado e ansioso que mal tive tempo para visitar o Centro de Descanso que tinha em New Bark Town, que minha mãe tinha comentado para eu ir. Mentalmente, eu pedi desculpas por não obedecer as vontades de minha mãe, mas eu achava que ela não iria ficar brava por isso.

A Rota 29 era uma rota composta basicamente por várias árvores e ervas altas, ao norte da rota, havia uma passagem para a Rota 46, ao leste nos levava de volta a New Bark Town e a Oeste, nos levava ao nosso próximo destino: Cherrygrove City. Quando Cyndaquil e eu demos o primeiro passo na Rota, eu tive um estranho sentimento de Deja vú, como se eu já tivesse passado por aquele lugar antes. Mas ignorei esse sentimento e continuei a caminhar pelo local.

O energético e animado Cyndaquil, agora estava sobre o meu ombro esquerdo, apenas apreciando a paisagem conforme eu ia andando. Aproveitando esse pacífico momento, eu resolvi me apresentar formalmente a ele:

- Cyndaquil, a partir de agora, serei seu novo treinador. Meu nome é Akihisa e o meu sonho é tornar-se o maior treinador de Johto, só que para isso, eu preciso de sua ajuda. O que acha disso? De ser o primeiro pokémon de um futuro Campeão Pokémon?

- Quillll! - Gritava animado meu pokémon, parecendo me apoiar em qualquer que fosse minha decisão.

- Muito Obrigado, Cyndaquil! Prometo retribuir esse carinho, te tornando o meu mais forte pokémon, ou melhor, o pokémon mais forte da região. - Dizia animado e confiante.

Com as devidas apresentações feitas, eu segui adiante na Rota 29, a procura da minha primeira aventura junto a Cyndaquil.

Eu continuava a caminhar na direção do som para verificar o que poderia ser aquele barulho de pancadas. Ao me aproximar de uma árvore, eu noto que o barulho vem de um pokémon marrom com um círculo branco em sua barriga, com uma longa cauda e orelhas. Como não tinha visto aquele pokémon antes, eu apontei minha pokedéx para buscar algumas informações a respeito. O mesmo estava numa pequena clareira entre duas árvores, onde havia uma pequena brecha que a luz do sol penetrava, e estava extremamente irritado com alguma coisa. Por este motivo, ele constantemente ficava batendo a sua cauda em uma das árvores, como se ele quisesse derrubar algo de cima dela.

Eu fiquei observando aquela situação por algum tempo, tentando descobrir a razão por trás daquela cena toda, até que meu Cyndaquil desceu de meu ombro e lentamente seguia na direção do pokémon. Preocupa que a irritação dele transformasse em hostilidade quando ele notasse meu pokémon indo na sua direção, eu rapidamente me viro para Cyndaquil e digo;

- Cyndaquil, espere um momento! Não se aproxime dele! - Dizia num tom baixo e preocupado.

Cansado de ficar apenas observando e não poder ajudar o pequeno pokémon marrom, eu tento me chamar sua atenção e me comunicar com ele:

- Com licença! Você precisa de alguma ajuda amiguinho! - Dizia num tom de voz calmo e suave, para não assustá-lo ou intimidá-lo.

A minha pokedéx revelava que o pokémon a minha frente era um Sentret, um pokémon caracterizado pela sua longa cauda e por gritar bem alto quando avistasse um inimigo. Felizmente, quando ele notara Cyndaquil e eu próximos a ele, ele não gritou, mas sim compreendera a nossa boa intenção e começara a tentar nos explicar o porquê de tanta revolta e irritação.

Aparentemente, no alto da árvore em que ele estava batendo sua cauda havia um objeto que ele queria, e como ele não conseguia chegar até lá, ele simplesmente fica batendo e batendo na árvore, tentando derrubar o objeto de lá. Curioso pelo que poderia ser, eu olhei para o topo de árvore e notei um objeto redondo e pequeno, de coloração vermelha e com alguns detalhes brancos e amarelo. Era muito semelhante a um Ovo pokémons, mas não tinha certeza ainda do que se tratava.

De qualquer forma, no momento em que eu iria sugerir a Cyndaquil para tentar ajudar Sentret, o mesmo deu uma pancada mais forte na árvore e o objeto no alto começou a balançar, então depois de uma outra pancada de mesma força, o objeto redondo despencou do alto e começou a cair em nossa direção.

......................Pow!!

- QUILLLLL!!!

Cyndaquil tivera o azar de estar no exato local onde o objeto caíra, pois sua cabeça "amortecera" o impacto do objeto que parou próximo a meus pés.

- Cyndaquil, você está bem!? - Disse preocupado a meu pokémon.

- Quilll.....

Felizmente, não ocorrera nada de mal com ele. Ele apenas fora atingido e estava agora com uma "temporária" dor de cabeça. Então, com um leve suspiro de alívio, eu me agachei e peguei o objeto em formato de ovo e comecei a analisá-lo melhor. Ele tinha as mesmas características de um ovo de pokémon, porém não parecia ser um legítimo. Enfim, esse objeto não era meu, e sim de Sentret, pois ele o tinha visto primeiro e por isso, ele tinha todo o direito de ficar com ele. Por isso, eu me aproximei dele com o objeto na mão e estendi na sua direção:

- Pronto amiguinho! Aqui está.... - Disse para Sentret, entregando-lhe o "ovo".

Eu continuava com meu braço estendido na direção de Sentret, devolvendo-lhe o "ovo" que pertencia a ele. Entretanto, parecia que ele estava um pouco desconfiado de mim e dessa atitude gentil demais, porém este era a minha sincera inteção. Eu não o culpava por isso, pois sempre é suspeito se um sujeito ou criatura ser gentil demais contigo. Por este motivo, meu Cyndaquil começou a tentar convencê-lo que minha intenção era boa:

- Quill! Quillll! Cyndaquill.

Vendo toda aquela cena por nossa parte, e quase convencido de minha atitude, ele pega lentamente o "ovo" da minha mão e solta um pequeno "Sentret?", como se estivesse perguntando se era isso que eu realmente queria fazer. Então, com uma aceno de cabeça, eu confirmei sua pergunta.

Aliviado de suas suspeitas, e muito animado com seu objeto de volta, ele começara a pular e gritar de alegria. Aquela felicidade toda de Sentret me contagiara e me deixara feliz também, deixando um sorriso longo no meu rosto. Vendo que estava tudo resolvido, eu peguei meu Cyndaquil e coloquei-o de volta em meu ombro, com a intenção de continuar minha caminhada; porém, neste momento, Sentret correm em minha frente e começa a fazer alguns gestos e gritos estranhos, enquanto nos olhava com um olhar confiante e forte. Além disso, ele não nos deixava partir, pois se eu desse um passo para o lado, ele nos seguia novamente e entrava em nossa frente. Parecia que ele não deixaria Cyndaquil e eu, enquanto não o derrotasse.

- Bem, Cyndaquil...o que acha? Parece que ele está nos desafiando para nossa primeira batalha pokémon... E parece que uma boa chance de nos entrosar e de mostramos o quanto nós podemos ser fortes juntos. Quer tentar?

- Quiiiiil! - Gritou Cyndaquil confiante, e saltando do meu ombro para a minha frente, acendendo as chamas de suas costas.

- Okay, Sentret! Aceito seu desafio! - Disse com olhos animados para minha primeira batalha.