[NPO] Fronteiras (A Renomear)

Bem, obrigado por estarem lendo mais uma fic minha que não tem fim XD

Mentira, essa fic é uma história minha, original, que pode parecer um pouco confusa, mas não se enganem, eu não cometi nenhum erro entre um capítulo e outro (pelo menos, daqueles que eu já escrevi =P) Bem, como o nome da fic diz, ela mexe com Fronteiras, mas vocês devem descobrir que tipo de fronteiras se trata.

Antes que eu me esqueça, a fic é para maiores de 14, pois contém cenas de violência e discussões mais adultas. Outras restrições são: Heterossexualidade, bissexualidade, nudez parcial, palavras de baixo calão e insinuação de sexo (Não se preocupem, Mods, não tem nada explícito, apenas sugestivo).

Espero que vocês gostem, enjoy!

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Jason acordou no meio da noite com um grande susto. Ele havia acabado de cair em cima de sua cama, pois estava flutuando alguns metros acima do chão.

Ele se levantou da cama, lutando para livrar seu pé que havia se enroscado no lençol quando o mesmo levantou com a força da batida, correu até o banheiro de sua suite, escorregando no tapete e quase caindo pela segunda vez. Trancou a porta e levantou a tampa do vaso sanitário, se abaixando e vomitando praticamente todo o banquete que havia sido servido em sua festa de dezesseis anos.

Jason sabia que quando chegasse a hora, seu corpo sofreria pelas transformações, mas nunca imaginou que a dor que sentiria em seu abdômen seria tão intensa a ponto de fazê-lo vomitar, aliás, ele não achava que sentiria dor em seu abdômen, afinal, o que tinha haver telepatia e telecinesia com a barriga?

Jason deu descarga, limpando o vaso e, cuidadosa e lentamente, ele se dirigiu à pia, girou a torneira e a água tão desejada começou a escorrer. Ele fechou suas mãos em concha e as encheu com a água fresca, depois jogando-a em seu rosto, sem se importar com o piso, que ficava mais molhado cada vez que ele repetia os movimentos com as mãos.

Ele se olhou no espelho, estava perfeitamente normal, apesar de ter chegado a “hora da mudança”. Mas o que Jason esperava, se transformar em uma espécie de monstro mutante e sair por ai destruindo toda a cidade? Claro que não, ou então grande parte dos amigos idiotas de seus pais seriam monstros. Ele continuava com a mesma aparência daquela mesma noite, a “grande noite” como dizia seu pai.

Os mesmos olhos cinzas, os mesmos cabelos pretos levemente arrepiados em um topete, o mesmo Jason que estava esperando que esse dia nunca chegasse.

“Dezesseis”, ele pensou. “O dia em que eu me torno mais uma aberração”, continuou.

Ele fechou a torneira e destrancou a porta do banheiro, abriu-a e caminhou com a cabeça baixa, coçando-a, como se estivesse pensando. Jason abriu a porta do seu quarto que mais parecia um apartamento completo e se deparou com uma claridade que era estranha considerando a hora.

O corredor da mansão de seus pais ainda estava com todas as luzes de todos os lustres de cristal acesas, e a sua imensa sala de estar, que era ainda maior que seu quarto, estava totalmente iluminada pela gigante televisão de tela plana que ia de parede a parede. Jason olhou para saber o que estava passando e se deparou com Michael Jackson em seu show da turnê pelos Estados Unidos.

Jason desceu as escadas de mogno e se deparou com os pais ainda vestidos com os mesmos trajes da festa que tinham dado em comemoração ao seu aniversário. Jason, entretanto, só estava vestido porque não havia tirado sua boxer branca para dormir. Jason não tinha vergonha de seu corpo, pelo contrário, ele se achava muito bonito, bem, não só ele, mas Jason realmente não podia reclamar de seu físico.

Tinha pernas grossas e, devido à idade, já não eram peladas. A parte superior também havia sido muito bem trabalhada, pois Jason tinha um abdômen bem definido, assim como seus braços e tronco, quem não o conhecia podia dizer que ele passou a vida toda em uma academia, mas a verdade é que Jason tinha muita sorte, e a genética havia sido muito generosa com ele, fazendo com que tivesse as melhores qualidades dos pais, como os cabelos negros e lisos de sua mãe e os olhos cinzas puros de seu pai.

- Jason, querido, o que faz acordado a essa hora? E com essas roupas, ou melhor, sem roupas? - Repreendeu a mãe.

- Desculpe, eu acordei com dor na barriga, eu acho que começou.

Seu pai se levantou e arrumou o terno azul marinho que havia mandado fazer justamente para o aniversário de Jason.

- Meu garoto finalmente se tornou um homem! - Exclamou ele com um grande sorriso, abrindo os braços.

Jason o abraçou e seu pai desfez abraço depois de quase o matar sufocado.

- Estou tão orgulhosa - disse a mãe. - Você sempre teve tanto potencial... Mas nos diga, que poderes você tem?

- Apenas os de sempre, telepatia e telecinesia. - Respondeu ele indiferente.

- Bem, é uma coisa muito boa, você tem dois poderes, isso é muito raro, mesmo entre nós.

- Você diz nós como se ser rico é especial, muita gente é rica nesse mundo.

O pai riu com o comentário de Jason.

- Isso é verdade, mas nós não somos especiais por sermos ricos, e sim por descender de...

- De uma família da realeza, sim, eu sei, você me contou essa história um milhão de vezes nos últimos dezesseis anos, mas acontece que agora estamos vivendo em uma democracia e sangue real não tem mais uma importância governamental, nós só sustentamos um título, pai.

- Mas isso nos torna especiais, essa é a nossa diferença, cada pessoa tem uma diferença que a torna especial, e a nossa é o nosso sangue.

- Tá bom, tá bom, agora deixa eu ir beber alguma coisa que cair cinco metros no meio da noite não é nada legal, mesmo que você aterrisse numa king size.

Jason caminhou até a cozinha e pediu uma água gelada, sentou-se no balcão e um copo com água e três cubos de gelo apareceu em sua frente. Jason bebeu tudo em dois goles e depositou o copo na mesa, dizendo obrigado e levantando-se. O copo desapareceu da mesma forma que surgiu e Jason voltou pra cama, esperando que o dia terminasse logo para que ele pudesse voltar à rotina comum.


Jason acordou na manhã seguinte se sentindo muito melhor. Não sentia mais nenhuma dor e ele estava largado na cama, do jeito que tinha ido dormir, o que era um bom sinal. Ele se levantou e se vestiu, colocando uma calça jeans azul escuro, uma camisa cinza de gola V e um colete preto aberto, calçou os tênis All Star pretos e desceu para tomar café com os pais.

- Bom dia, querido. Dormiu bem? - Perguntou a mãe. Jason respondeu que sim com a cabeça.

- Ótimo, parece que você não vai ter muitos problemas com seus poderes, normalmente a primeira noite é um inferno! - Disse o pai, de bom humor.

Jason deu uma risada seca e se sentou esperando o café aparecer, um segundo depois, ele via em sua frente mais um banquete, pães doces, sucos, geleias, pães de queijo, tiras de bacon, e muito mais. Ele pegou algumas tiras de bacon e duas torradas, fazendo um sanduíche e também se serviu com suco de uva, depois comeu algumas panquecas e pães de queijo, bebeu mais suco e se levantou, fazendo a comida desaparecer.

- Já vai pra escola, querido?

- Já, mãe, hoje eu tenho prova e se eu não estiver na sala às dez horas em ponto, eu sou reprovado - Jason sorriu, mostrando que estava brincando.

- Tá bem, vá logo - disse a mãe com uma cara desconfiada claramente falsa.

Jason subiu, voltando para seu quarto. Colocou o relógio de prata e o colar também prata, com o formato de um lobo. Pegou a mochila e as chaves e desceu correndo, indo direto para a garagem.

Ele correu para seu novo conversível prata e entrou no carro em um pulo, sem nem mesmo abrir a porta, ele começou a bater no volante com um grande sorriso.

- Agora sim, finalmente uma coisa boa em fazer dezesseis!

Jason ligou o carro e saiu da garagem, indo direto para a escola, ouvindo suas músicas preferidas.

“Isso sim é viver”, pensou.

Não demorou muito e Jason já estava na escola, ele ficou um pouco desapontado por ter chegado tão rápido, mas ele poderia sair depois...

Jason decidiu tentar usar seus poderes, então fechou seus olhos e se concentrou, alguns segundos depois, estava flutuando acima do carro, ele abriu os olhos e começou a sorrir.

- É, até que isso não é tão ruim quanto eu pensei, eu posso me acostumar.

Ele estendeu o braço na direção do carro e as chaves vieram flutuando para suas mãos.

- Definitivamente, eu adoro isso!

Jason riu para si mesmo, mas então lembrou da prova e literalmente voou para a escola, fazendo vários de seus colegas exclamarem alguma coisa que ele não parava para ouvir.

Jason parou no corredor onde ficava seu armário e então aterrissou. Logo em seguida, seus amigos apareceram fazendo a festa.

- Olha lá o nosso pequeno Jason, já está dominando seus poderes! - Disse um deles um segundo antes de lançar uma rajada de luz verde saída de seus olhos em cima de Jason, que simplesmente estendeu o braço direito e fez o raio desviar, como se um campo de força invisível estivesse o protegendo.

- Muito lento, Lincoln! Mas eu não sou.

Jason dirigiu o olhar diretamente para o amigo que começou a flutuar e ficou preso de cabeça pra baixo no teto.

- Muito engraçado, Jason, agora me tira daqui!

- Foi você quem pediu - avisou Jason um segundo antes de Lincoln cair no chão, fazendo muito barulho, todos começaram a rir.

- Ah, agora você vai ver, não é só porque agora você tem poderes que você pode me vencer!

- Eu discordo, e você também. “Ah, tomara que ele não faça isso de novo, que vergonha”.

Lincoln ficou sem fala.

- Então nosso menininho tem dois poderes - falou uma voz que fez Jason abrir um sorriso.

Um garoto foi passando por entre seus outros amigos e finalmente entrou no campo de visão de Jason.

- Peter!

O garoto correu com os braços abertos para Jason, e quando o mesmo foi abraçá-lo, Peter o prendeu em uma chave de braço, bagunçando os cabelos de Jason, que tentava inutilmente se libertar.

Peter era maior que Jason e também era mais forte, tinha cabelos loiros, que deixava em um topete igual ao de Jason, e olhos azuis. Ele estava vestido com uma calça jeans preta com um cinto de fivela prata, camisa branca justa e sua costumeira jaqueta de couro preta, juntamente com seus tênis que Jason insistia em chamar de botas.

- Hoje nós aprendemos que, mesmo com poderes super poderosos, meu maninho aqui ainda não sabe resistir aos meus poderes de irmão mais velho!

- Peter, me solta! - Jason empurrou Peter e o mesmo voou para o outro lado do corredor. - Peter, desculpa, eu acho que ainda não sei controlar direito.

- Só acha? - Respondeu Peter, se levantando, fazendo todos rirem. - Tudo bem, maninho, desde que você não me faça voar até o outro lado de Boston, está tudo bem. Agora vamos, circulando todo mundo, o nosso menininho precisa ficar sozinho para pegar os materiais!
Assim que Peter disse isso, todos foram embora, deixando os dois sozinhos.

- Finalmente, porque vocês tem que me zoar assim todo dia? - Jason deu um soco de leve no ombro de Peter, que foi para trás com a força de Jason.

- Porque é divertido, e porque você é o menor de todos do grupo, maninho.

- Isso não é justo. E para de ficar dizendo o tempo todo nosso menininho, eu pertenço a uma única pessoa.

- Sério, e quem seria a pessoa infeliz?

- Duvido muito que você seja infeliz, principalmente comigo.

Jason se certificou de que não tinha ninguém no corredor e deu um breve beijo em Peter. Eles se separaram e Jason fez um carinho no rosto de Peter, com um grande sorriso no rosto.

- É, você tem razão, eu não sou assim tão infeliz. - Peter sorriu e beijou Jason uma segunda vez. - Vem, a gente vai se atrasar pra aula.

Jason abriu o armário e pegou alguns livros, colocou-os na mochila e apertou a mão de Peter, então os dois começaram a caminhar para a sala, antes de ficarem visíveis pela janela da porta, se separaram, então entraram na sala, onde seus amigos estavam se divertindo.

Jason se sentou do lado de Lincoln e Peter sentou a seu lado. Lincoln começou a falar alguma coisa, mas Jason não ouviu, pois foi surpreendido por Clove, que o agarrou pelo pescoço, por trás.

- Oi, meu lindo!

Jason levantou a cabeça e viu a garota com seus cabelos ruivos cacheados e seus olhos verdes que se destacavam em sua pele branca como a neve.

- Oi, bruxinha! - Jason adorava dizer que Clove era uma bruxa, porque todos diziam que as pessoas que podiam fazer “magia” eram ruivos, mas o verdadeiro poder de Clove era o controle sobre a água.

- Ei, já disse que não sou bruxa, eu apenas controlo a água, isso não é magia!

- Mas você com certeza fez alguma magia pra eu me apaixonar.

Clove se abaixou e eles se beijaram, mas o beijo não durou muito, já que o professor entrou na sala, fazendo todos se sentarem e ficarem quietos, se preparando para a prova.

O professor ditou as regras e os alunos pegaram seus school screen, respondendo as perguntas que foram enviadas para a rede da escola. Pouco mais de meia hora depois, Jason estava enviando a prova para o school screen do professor, para que ele pudesse corrigir seu teste. O professor analisou as respostas com um sorriso satisfeito.

- Muito bem, sr. Shadow, como sempre, tirou a nota máxima, está dispensado, mas você ainda não deve sair da escola, acho que não sou obrigado a lembrá-lo disso.

- Claro que não, sr. Cooler, obrigado. - Jason fez um pequeno gesto com a cabeça e pegou sua mochila no chão, virando para Peter e piscando discretamente o olho para ele antes de sair da sala em silêncio.

Jason ficou sentado em um banco na divisa de um prédio e outro. O sol brilhava no céu, e o jardim que estava florindo atrás dele causava uma estranha sensação de paz interior para ele, tanto que Jason decidiu se deitar e aproveitar o sol.

Ele não sabia exatamente o que tinha acontecido, mas a próxima coisa que lembrava era de levar um susto, ouvindo a voz de Peter.

- Ei, maninho, tá na hora de acordar - disse ele de um jeito doce e gentil. Jason abriu os olhos e despencou, caindo nos fortes braços de Peter, que envolveram seu corpo até o momento em que foi colocado no chão.

- Você não devia me acordar assim - respondeu Jason esfregando os olhos. - Só você saiu?

- É, eu estava indo te procurar na cantina, mas dai eu vi você. Ai. Flutuando.

- É, isso já tá virando rotina, mas, pelo menos, toda vez que isso acontece, tem algo que eu adoro pra amortecer a queda.

Jason se aproximou de Peter e selou um beijo, algo entre o doce e o molhado, uma sensação que só tinha com Peter, mesmo beijando Clove diversas vezes ao dia. Peter prolongou o beijo mais do que Jason imaginara, o que foi uma agradável surpresa, ele adorava quando Peter fazia essas pequenas surpresas do dia-a-dia.

- Eles vão liberar a gente no almoço, quer fazer alguma coisa hoje? - Perguntou Peter depois que eles se separaram.

- Claro, com você eu faço tudo! Vamos até um restaurante e vamos comer alguma coisa, eu fiquei sabendo que vai ter uma inauguração de um perto do Boston Common, que tal?

- Mas o Boston Common fica meio longe daqui, e eu vim de metrô hoje.

- É por isso que eu sou o seu namorado. - Disse Jason estendendo as chaves do carro para que Peter pudesse vê-las.

- Tá bom, e para de se achar, ou você esqueceu que você é o namorado do cara mais legal da escola, e não o contrário?

Jason fez uma careta e ficou fazendo um som de deboche, se aproximando de Peter e dando mais um beijo nele.

- Eu te amo, sabia?

- É claro que me ama! Afinal, eu sou todinho seu.

- Tá esquecendo da Clove, é?

- Claro que não, eu também gosto muito dela, mas não é a mesma coisa com você, você é mais... Especial...

Tobie Desative sua assinatura por favor. Mais atenção a assinatura para evitar perder todos os vales ^^

Tobie_black escreveu:Cara, Cara, Cara!
Adorei a história, muito original, não é mais um daquelas Fanfics que só de ler o primeiro parágrafo você sabe que será igual á todos os outros...

Nesse primeiro capítulo vc conseguiu apresentar os personagens muito bem e falar do que o Jason fala. Gostei bastante.

O único erro ao meu ver, que dificulta a leitura é você repetir ´´Jason`` umas 500 vezes, os pronomes estão aí para isso.

De resto, gostei muito, foge bastante do comum ^^

Parabéns, saiba que adquiriu um fã fiel, até o próximo capítulo ^^

Bye Bye!

Haha, obrigado ^^

Essa é uma fic minha que eu to tentando criar já faz um tempão, e eu já tinha começado a escrever, mas então, veio uma outra ideia e eu recomecei tudo do zero, dai, agora eu to escrevendo, pouco a pouco, e parece que tá dando certo, vamos ver no que dá

E repetir Jason o tempo todo foi proposital, eu fiz isso pra deixar na cabeça da pessoa quem ele é e qual o nome dele, assim, não tem como esquecer =P