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A caverna dos sonhos e desilusões

Off:

- É... Muito obrigado professor.

Thomas observou o osso que recebeu do pesquisador e pareceu intrigado. Digo, se havia recebido aquilo ele servia para alguma coisa certo? Bem narrador, eu e você sabemos que sim, mas aquele jovem ainda estava descobrindo certas coisas do universo Pokémon. O treinador girou o osso em seu próprio eixo tentando entender mais sobre o item chegando a conclusão de que devia ser relacionado a um Marowak talvez? Ah, sei lá, eu também pensaria isso se não tivesse acesso a internet. Tomara que ele descubra logo que ganhou um dinheirão.

Paula recebia o contato do pesquisador e agradecia pela oportunidade de trabalhar com ele, mesmo que rapidamente. A jovem não podia ter recebido melhor presente e agora ainda conhecia o Pokémon de Chevi. O inseto esquisito se materializava em frente da dupla, um belo espécime, porém bastante curioso. Thomas não aguentou a curiosidade e sacou sua Pokédex para descobrir um pouco do monstro até então desconhecido.

Pokédex escreveu:
#348 - Armaldo (Pedra/Inseto)
A armadura resistente do corpo de Armaldo consegue repelir diversos ataques. Ele pode recolher e retirar suas garras de dentro de seu corpo através dos buracos que tem no peito.

A dupla então se despedia do pesquisador e agradecia pela oportunidade, estavam preparados agora para seguir para mais fundo na caverna não é mesmo? Bom, sim, mas como sempre no universo Pokémon certas coisas acontecem e te pegam desprevenido. Quando notaram que algo estranho acontecia o professor provavelmente já havia voltado para sua área de pesquisa, enquanto a dupla havia se afastado um pouco. Primeiro foi a Kricketot de Paula. A inseto se encontrava sentada no chão, mas claramente não passava bem. O ser tremia bastante e algo parecia acontecer ali.

- Tadinha, acho que o esforço foi demais.

Antes que a jovem pudesse chegar mais próximo o brilho iluminou a caverna, todos ali sabiam do que aquilo se tratava. O corpo do Pokémon mudava e enfim dava origem a sua nova forma. A pequena e frágil Kricketot agora continuava pequena e frágil, mas poderia se defender melhor. Com suas garras compridas e um bigode de dar inveja, a Pokémon havia evoluído em Kricketune.

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- Ok, isso foi inesperado. Mas parabéns garota

- Ei, espera. Cadê o Clyde?

O mais incrível daquela aventura entretanto não havia acontecido ainda. Após se despedirem do professor, Duskull tomara chá de sumiço e desaparecera. Apenas com a evolução do inseto que Thomas havia notado que faltava alguém no grupo, entretanto esse não dava as caras. O jovem olhou para os lados tentando encontrar algo em meio a escuridão em vão, mas foi surpreendido quando a mesma luz que aparecera minutos atrás no Pokémon de Paula brilhava novamente. Dessa vez porém o brilhou cessou sem entregar o que havia acontecido, condenado o grupo a escuridão parcial novamente. O treinador que ainda carregava o Teddiursa recém-nascido em seu colo se virou para Paula e acabou dando de cara com outra coisa

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O ser ciclópico o encarava de frente com aquele único olho observando diretamente sua alma. A aparição abrupta do fantasma fez com que o moreno tomasse um susto que levou-a cair mais uma vez no chão, ralando sua bunda no piso da caverna. Quem levou a pior naquilo entretanto foi Koda, pois o recém-nascido tomara o maior susto que já tivera em sua, até então, curta vida. Aquilo foi o suficiente para que o urso normal abrisse o berreiro mais uma vez, se colando no pescoço de seu treinador buscando arrego. Thomas demorou a entender o que acontecia ali e até mesmo a descobrir a identidade do monstrinho que agora ria descontroladamente devido ao que causara a dupla.

- Bom, acho que não foi só a Kricketot que evoluiu né Thomas? Clyde parece bem mais forte agora.

O treinador deu uma risada leve, ainda um pouco assustado com tudo, mas feliz pelo que o Pokémon havia conquistado. O fantasma que era seu parceiro a tanto tempo enfim tinha evoluído, provando que o trabalho duro que ele fazia no treinamento de seus Pokémon funcionava. Clyde ainda ria escandalosamente com a situação, assustando ainda mais o bebê Teddiursa que enfiava a cara dentro do casaco do treinador.

- Fico feliz que esteja mais forte garoto, mas acho que pra gente conseguir continuar aqui vou ter que retornar um pouquinho.

Para não traumatizar ainda mais o Pokémon normal, Thomas recolheu o fantasma para sua Pokébola. Paula fez o mesmo com o grilo, para que aproveitasse o descanso do treino. Agora além da dupla de treinadores estavam em campo o Teddiursa, a Gligar e os dois Pokémon de Paula que iluminavam a área, Quilava e Minun, ligados para fornecer luz natural para o grupo. A Pokémon morcego entretanto parecia desanimada com a situação, sentada em um canto qualquer da caverna a monstrinha fazia cara de bunda e batia com sua garra na própria cabeça, como se perguntasse o que tinha de errado com ela.

- Acho que ela tá triste porque foi a única que ajudou e acabou não evoluindo, ela precisa de você.

Thomas seguiu até a monstrinha e se agachou em sua frente, a Pokémon agora observava-o com uma cara de choro e tristeza.

- Dê tempo ao tempo, prometo que vai acontecer com você também uma hora. Agora ajuda a gente, precisamos de você para achar o Steven. Ache um caminho para o lugar mais fundo dessa caverna, tá bom?

Serket ouviu tudo e deu um sorriso meio desconcertado, ainda não estava muito bem, mas ficaria. A escorpião-morcega levantou voo e começou usar sua ecolocalização em busca de um caminho viável para o fundo da caverna.