Moving Sideways

Moving Sideways...

In this Castle Of Glass.

Quem diria que a mente daquele garoto estaria mudando a cada momento. Sabe, eu pensei que aquele garoto era "imudável". De uma hora para outra, ele começara a perder seu traço amigável, virando competitivo. Novamente uma troca de personalidade fora feita, voltando a ser amigável, mas atrapalhado e mentiroso. Eu acompanhava a história daquele garoto de um modo que nem mesmo eu entendia o que estava acontecendo.

Calado, ele apenas apertava a Pokéball daquele Pokémon morcego com muita força. Ele parecia se lamentar por ter aquele Pokémon, e perante a isso, sua Vulpix acordara. Pulara de seu colo surpresa, sem entender sobre o que seu mestre falava. Palavras dizendo sobre a inutilidade de certos bens fazia com que outro de seus Pokémon se liberasse, desta vez um coelho elétrico, que imediatamente eletrocutava seu mestre, tentando fazer ele voltar ao normal.

Bastou aquilo para que o próximo "amigo" se soltasse. Era um ser estranho com um diamante brilhoso. Ele não demonstrava sentimento algum, apenas olhando o que acontecia. Pichu, assustado, pulava sobre o mestre, derrubando a Pokéball do último "amigo", uma Zubat muito bela, com os dois dentes bem afiados. Ela não entendia nada, mas Vulpix explicava que seu mestre estava um tanto estranho, aparentemente. Eu não falo a linguagem dos Pokémon, mas pelo que meu companheiro me disse, a coisa estava séria com a equipe daquele garoto.

- Parem... Vocês não servem para mim... Vocês são muito bons... Menos você, Cannibal... Vocês três não prestam... hehehe... Eu acho que não vou precisar de uma morcega que não possui força, e nem de um rato aleijado.

Naquele momento, automaticamente os Pokémon se transferiram para suas Pokéballs. Apenas Cannibal ficara ali, encarando o treinador. Seu encarar não era de bravo, era um encarar de "olhar". Sabe, eu não sei se aquilo é um Pokémon ou um robô. Vamos ver o que vai acontecer, afinal, essa floresta é bastante grande. Vai que esse treinador amaldiçoado muda seu coração...

Moving Sideways...

In this Castle Of Glass.

Antes daquele Sableye retornar, o garoto conturbado conversava com ele de igual pra igual. Agora era possível perceber que o bondoso garoto também não possuía sentimentos. Ele dizia o quanto sua equipe era amorosa, e o quanto isso é prejudicial no dia-a-dia das pessoas.

Comecei a notar um assovio. Um belo e macabro assovio, que despertara a curiosidade daquele treinador, que apenas observava as estrelas, sem mesmo notar que seu Pokémon retornara para a Pokéball. Ainda murmurando, notei que ele começava a caminhar em direção do barulho, sem levar consigo nenhuma arma, apenas a Pokéball de Pichu e Sableye, deixando a de Vulpix e Zubat na mochila.

- Amor, hunf. Ninguém precisa disso.

Pensei em sair do meu arbusto para dar umas broncas naquele garoto. Pelo amor de Deus, TODOS precisam de amor. Mas como ele estava passando por um certo distúrbio, achei melhor deixar daquele jeito e apenas se lamentar, afinal, não quero arranjar confusão. E se é algum filho da mãe querendo matar a mim, antes ele do que eu, é só meter velocidade e deixar ele para morrer. Hahahahaha, é brincadeira. Ou vai dizer que algum satanista vai aparecer aí? Nem vem né.

Veremos até onde essa aventura vai ir. Esse garoto é interessante, hehehe...

Moving Sideways...

In this Castle Of Glass.

O que aquele garoto está vendo? Ele... Está tendo uma visão? Por que seus braços estão levantados, como se estivesse saudando algo, ao mesmo tempo que está ajoelhado? Eu não estava entendendo. Minha pesquisa sobre esse garoto vai ser mais complicada do que imaginei. Parece que ele está prevendo algo... Seu rosto demonstra medo, raiva, ódio... Ira...

Não sabia o que ele estava fazendo, sei que ele retornava e pegava sua mochila, saindo de cabeça baixa. Sua veste longa e negra lhe mesclava com a sombra das árvores, que junto com a toca em sua cabeça, o tornava praticamente irreconhecível. A única coisa que era meu ponto de referencia era Sableye, que brilhava com seus diamantes na estrada.

- Ei... Cannibal... - ele falava baixo, num tom frio, pausando a cada palavra - Se isso realmente vai acontecer... Tenho que levar esses dois comigo... Eu acredito em profecias... E você?

Sableye, estranhamente, respondia com a cabeça. Pela primeira vez, aquele robozinho com diamantes demonstrava um sentimento. Ótimo! Rapidamente, registrei em meu diário de viagem, ainda olhando para o Pokémon do garoto, para não perde-lo de vista. Ele apenas seguia mata a dentro, se escondendo no meio das sombras, como se estivesse segurando uma adaga. De qualquer maneira, ele não estava, mas imaginava estar. Eu não sei, mas tenho a sensação que esse será o paciente mais difícil de tratar...

Moving Sideways...

In this Castle Of Glass.

Caramba... Se eu não fosse moleca, acho que cairia mal falar que estava me mijando. Seguindo o garoto camuflado nas sombras, me deparei com um garoto e uma mulher, lutando numa espécie de círculo ritualítico - isso existe? -. Anotei tudo em meu caderninho, mas apenas observei o diálogo.

Ei garoto! O que faz aqui?! Estamos tendo uma batalha aqui! Não atrapalhe! Paradox,Utilize um Hypnosis! Caso ela durma, use Lick! Caso não, use outro Hypnosis!

O garoto soltava um sorriso irônico, fazendo um gesto para Sableye intervir na luta de alguma forma. O garoto caminhava em passos curtos e pesados até o garoto, acertando um forte soco em seu rosto. Não era normal de Angelo brigar, mas algo estava acontecendo. Tenho certeza!

- O que faço aqui? Vim para uma profecia... Você está nela... Não há como fugir... É mais fácil aceitar, sabe... Sableye, acabe com isso rápido, temos um ritual a seguir.

Estou me mijando de medo ;-;