[Ficha] Atlas Baros

Descrição física: Cabelos castanhos, bem-hidratados e jogados em um topete para trás que escurecem-se para um leve preto no sol são a marca fiel do treinador. Portador de um tom de pele claro e alvo, o menino pode ficar facilmente com marcas por todo o corpo devido sua sensibilidade, suas veias, na maioria das vezes são bem mais identificáveis do que de outros garotos. Bronzear-se não é realmente sua praia e mesmo se quisesse, não conseguiria, por mais tempo que fique no sol, só resultará em avermelhar sua pele, machucando-a e fazendo-a arder como o inferno. Um garoto bastante alto para sua idade, sendo portador de 1,82 metros de altura, pesando 72kg; não considera-se uma vareta, tampouco gordo, ele se diria satisfeitíssimo com seu corpo. Corpo malhado na medida certa, não muito malhado, mas sim em um porcentual mediano; se orgulha demasiado de seu porte físico, e mesmo escondendo-o em seu típico suéter, seus músculos ainda ficam visíveis em todas partes de seu corpo, fazendo-o ficar levemente constrangido quando sua ou se molha e seu suéter se cola em seu corpo, fazendo-os ficarem mais evidentes ainda. Dono de olhos caramelados e profundo como dois buracos sem fim, lábios finos e vermelhos, estes no qual costumam estar sempre machucados, devido sua mania de mordê-los; nariz de proporções normais e levemente arrebitado na ponta, dentes brancos e enfileirados com perfeição, mesmo Atlas tendo os caninos maiores e mais afiados do que o normal. Tem unhas em um tamanho razoavelmente bom, não sendo muito grandes e nem muito curtas. Sua beleza seria digna de passarelas e um camarote de luxo, embora não goste muito de ser chamado de "modelo"; costuma se vestir quase sempre de suéteres ou t-shirts simples de suas cores prediletas: cinza, preto ou branco; calças jeans negras ou azuladas são de longe, a sua maior preferência, e tênis de qualquer modelo são calçados indispensáveis para o mesmo; é um grande apreciador de moda, embora não admita isto.


Personalidade: Paciência não está no seu vocabulário, mas a loucura sim, várias e várias vezes. Sempre foi alguém que gostou de se divertir com absolutamente tudo, dar risada de coisas estúpidas, quebrar o que ver pela frente por diversão e fazer piadas com situações sérias nunca medindo o perigo de nada. É apenas alguém que pensa em viver cada segundo o melhor que puder, nem que isso custe uma vida ou mais. Isso o tira completamente da linha de responsável o que assume realmente não ser, a menos quando se trate da sua atual gangue, os Townies. Nela ele tenta ser o que as pessoas dali precisam e são as únicas que possuem a confiança de Atlas, mas como se dizem “você precisa confiar desconfiando” então ao mesmo tempo que você pode querer o passar para trás, ele já está com o punhal apontado em suas costas.
Embora esconda muito bem, é alguém completamente sentimental e mesmo que sua dor seja passageira, algo como 3 dias no máximo, ele sente e são nesses dias em que não é visto por quase ninguém, tenta sumir e se esconder como uma maneira de proteção, por isso é tão difícil ganhar a confiança ou até mesmo o amor de Atlas, algo que ninguém nunca conseguiu.  Tem um certo problema de se expressar quando sente algo por alguém e até fica um pouco tímido perto da pessoa que seja especial para ele, falando coisas incoerentes o que chega a ser ridículo. Claro que já houveram algumas garotas, mas nenhuma que o prendesse verdadeiramente e ele nem espera que isso aconteça um dia, nem garota ou garoto é capaz de lidar com os conflitos internos do rapaz. Então nunca, em hipótese alguma pense que irá ouvir os problemas de Atlas saírem por entre seus lábios como um pedido de ajuda.
Egoísmo e orgulho são palavras que podem o definir muito bem. É raro as situações em que o rapaz pede desculpas por algo, prefere muito mais ver a pessoa sofrer por sua ausência e fingir que ela simplesmente não existe do que ir até lá e se “humilhar” como pensa, mesmo que ele seja o errado da história. O jeito de se divertir não é a única coisa que taxa a imagem do rapaz de louco e sim o fato de possuir dupla personalidade. Pode ser que em um dia normal você vê Atlas brincando e rindo com todos e no minuto seguinte fosse como se alguém diferente entrasse em seu corpo e ocupasse seu cargo no mundo, alguém quieto e violento mais do que o normal. Seus olhos claros se escurecem, seu olhar fica vazio e perdido, de sua boca nenhuma voz saí, fica parado por um tempo até simplesmente começar a andar e sair para poder fazer o que quiser, e quando acorda em sua cabeça é como se nada tivesse acontecido. Claro que isso não é algo que você verá todos os dias, essa “transformação” apenas acontecesse quando Atlas está passando por uma situação realmente difícil que envolve e exige muito de suas emoções, gerando essa camada de proteção para se esconder dos problemas. Então sim, ao mesmo tempo que é tão corajoso para situações de extremo perigo, para os seus problemas é um completo covarde, e embora goste muito de não ser responsável por absolutamente nada, tem plena certeza de quando é para realmente levar a sério.


Biografia: "Essa gravidez é de enorme risco, a uma grande probabilidade de você e seu bebê morrerem". — As palavras lhe atingiram sem piedade, os braços envolta de seus ombros foram oque manteve Nami Baros em pé, pois suas pernas fraquejaram. Ela estava disposta a correr quaisquer risco para ter aquela criança. E foi batendo os pés no chão que a mulher falou com veemência, para o homem corpulento de jaleco branco, que fizesse o possível para que seu bebê vivesse. A mulher teve suas preces atendidas, após quase doze anos, seu filho havia se tornado um garoto forte e de grande imaginação. Porém havia percorrido um longo e árduo caminho, para pudesse ver o pequeno garotinho correndo pela casa com um enorme sorriso no rosto. Atlas tinha nascido com vários problemas de saúde, oque o fez viver boa parte de sua infância entre o hospital e sua casa. Nami, por sua vez, desenvolveu um grande senso de proteção com seu filho caçula. Mesmo depois dela já estar muito melhor, a mulher não conseguia a soltar para o mundo, e depois do falecimento de seu marido tudo apenas pirou. Atlas era muito apegado ao pai, e não entender porque seu papai nunca mais iria voltar para brincar com ele foi um grande choque, o fez ficar por muito tempo triste pelos cantos da casa. Nami o criou no mais perfeito dos cenários, tinha consciência de que estava manipulando seu filho, fingindo que aquela bolha — que chamava de casa — era o mais grandioso dos paraísos. Mas a mulher ficou paranoica, achando que tudo que tivesse atrás daqueles muros pudesse machucar seu tão precioso filho, e quando ele falou que queria sair para uma jornada tudo piorou, Nami se tornou ainda mais paranoica e ela não permitiria que seu filho tão amado saísse sem ela. Atlas cresceu sob o olhar vigilante de sua mãe, sobre suas regras e ditos. Ele se considerava a criança mais feliz do mundo, sua mãe o fez esquecer de sua tão amada jornada e nunca o fez se sentir solitário, e nunca mais experimentou aquela tristeza de quando soube que seu pai jamais voltaria. Porém as coisas começaram a se complicar, Nami já estava velha, e sua saúde não era das melhores, tirando o menino, que vivia com ela, e era sua coluna, tirava boas notas e não fazia nada que a desagradasse, já seus outros filhos, bem sucedidos na vida, a abandonaram por completo depois que o pai deles morreu. Foi em uma tarde ensolarada que a Bae mais velha percebeu oque tinha feito com a vida de seu caçula, não permitindo que ela aproveitasse o mundo — não da maneira que deveria ser aos olhos do mundo. Havia desmaiado deixando o jovem adolescente desesperado. Ela não viveria para sempre, estava na hora de consertar a sua burrice, pois ninguém iria cuidar do seu bebê, mesmo que estivesse tarde, e doesse muito, ela precisava a deixar ver mundo por si só, e apenas torcer para que pessoas boas entrasse em sua vida.
E no fim acabou por falecer dois meses depois, por ataque cardíaco. Atlas foi enviado para a casa do tio, e desde então ele se tornou mais fechado do que era antes, mas as últimas palavras de sua mãe naquele estado deplorável em uma cama de hospital fizeram-no erguer a cabeça e finalmente, começar uma jornada:
"Vá, meu filho, faça o que nunca pode fazer enquanto morava naquela bolha que tu chamavas de casa! Vá pegá-los! Vá pegar os Pokémon! Eu estarei te observando lá de cima, certo?"