[Friend Safari Normal] JustNorman

Ao ter a certeza das atenções finalmente conquistadas, Alberto, sem se apegar a qualquer pessimismo que pudesse ser trazido a tona por sua outra personalidade, resolveu propor algo até curioso para o selvagem dorminhoco. O pokémon, por sua vez, um pouco sem entender bem do que se tratava, o que poderia ser causado pelo sono que ainda parecia o acompanhar, ficou olhando, por alguns consideráveis minutos para o homem, sem qualquer tipo de reação.

No entanto, quando o quarentão já estava quase perdendo a esperança, afinal estava sendo chato ser observado pelo selvagem enquanto eram envoltos por todo aquele silêncio, o especialista foi surpreendido por algo certamente interessante. Pois, depois de um longo bocejo, que parecia mais indicar que uma nova soneca seria tirada, Komala, com os olhos fixos em Alberto, usou uma de suas patas superiores para fazer uma espécie de círculo em sua barriga.

Enfim, pelo que aquele movimento indicava, era certo que o ser havia se interessado pela palavra comida. Agora, como o especialista resolveria aquela situação de forma interessante pra ele.

Ao se dar conta que o ainda sonolento Komala estava sim interessado na proposta lhe feita, o quarentão resolveu se apoiar na habilidade de sua Zigzagoon para encontrar algo que pudesse saciar o interesse do raro selvagem. Afinal, caso ele conseguisse se aproximar do ser através da comida, era bem provável que ele conseguisse diminuir, consideravelmente, a distância entre eles.

No entanto, para o desagrado do especialista em Normal-types, depois de cheirar por alguns instantes o fruto apresentado, Neha, com um face nitidamente desapontada, balançou a cabeça em negação ao pensado por seu treinador. Ou seja, tornando a situação um pouco mais complicada, a pokémon tratava de confirmar que não havia, pelo menos não ali perto, qualquer cheiro que se assemelhasse a de uma berry como aquela.

Com isso, agora, enquanto Komala parecia fitar o homem a espera de uma resposta, provando que comida era algo que prendia mesmo a atenção do pokémon, restava saber como Alberto traria de resolver aquilo. Pois, querendo ou não, o selvagem parecia mesmo interessado em comer, fato que o levava a esperar uma resposta do Biya.

Por alguns instantes o Komala selvagem pareceu hesitar perante a berry lhe estendia. Contudo, certamente sentindo um nível preocupante de fome, o dorminhoco ser, depois de raciocinar um pouco, agarrou o fruto da mão do especialista e, e, pouco segundos, tratou de devorar a mesma sem que qualquer resquício dela pudesse ser observado. O que, no fim, era uma espécie de prova a Alberto a decisão tomada por ele era mesmo algo de grande valor e importância.

Então, depois de saciar parte de sua fome, o pokémon, olhando para os arredores e seguidamente para o treinador, começou a caminhar, vencendo novamente o sono que parecia sempre o acompanhar, em direção do caminho anteriormente feito pelo quarentão. Porém, ao final de alguns passos, Komala olhara para o homem e, com um leve sinal com a pata direita, chamou para que o indivíduo o seguisse.

Com isso, enquanto o selvagem dava as costas  ao especialista, restava saber se o Biya aceitaria o convite ou optaria por outro caminho. Afinal, depois de perder uma berry, todo o encantamento pelo pokémon, que parecia de alguma forma interessado na companhia do homem, poderia ter acabado.

O homem se mostrava maravilhado com a curiosa atitude do cambaleante, uma vez que todo aquele sono não era assim tão fácil de se livrar, Komala que seguia a sua frente tentando guia-lo a algo que, até o momento, o especialista pokémon não sabia ao certo o que seria. Entretanto, diferentemente de outras situações, Alberto acreditava que aquela atitude do pokémon só poderia indicar algo bom, afinal, por todo o carisma que a criatura passava apenas por caminhar, o quarentão não esperava que o ser tivesse tramando algum tipo de mal a ele.

Deste modo, com o passar de alguns minutos, onde o grupo, já que tanto o treinador quanto seus pokémons seguiam o selvagem, avançou pela rua, que os levara ali, até um casa branca, com uma cerca pequena a frente e envolta por arbustos de médio porte que tinham parte de suas eras subindo pelas paredes da residência. E, ao final de alguns instantes, sendo possível ver apenas a bundinha do pokémon, uma vez que ele apanhava algo em meio aos arbusto, o experiente Byia foi surpreendido pelo admirável gesto do selvagem.

Quem em seu maior otimismo poderia esperar que Komala retiraria de meio a vegetação alguns pacotes de biscoites, punhados de ração, latas de refrigerante, aparentemente cheias, e algumas outras guloseimas que Alberto não conseguia distinguir apenas por olhar. Enfim, pelo que tudo indicava, o selvagem Normal-type estava disposto a agradecer o fruto recebido das mãos de Alberto alimentando todos que ali estavam com os suprimentos que ele mantinha escondido.

Com isso, certamente, toda a admiração que o homem tinha pelo ser só tenderia a aumentar. Agora, restava saber como Alberto conduziria aquele momento diante daquela graciosa atitude.

Diante daquela grandiosa atitude, Alberto, procurando ser um "convidado" que não fazia desfeita, resolveu apanhar uma das tão diversificadas opções e, rapidamente, tratou de abrir a mesma enquanto oferecia a todos ali. O que incluía o selvagem a frente dele e seus pokémons.

Então, depois de cada criatura apanhar um dos biscoitos, sendo que Komala não demonstrou nenhum tipo de receio de pegar um para ele também, ficava claro para o Biya que o ser parecia bem a vontade na companhia dele e deus amigos de equipe. Fato este que, querendo ou não, certamente ia de encontro ao que o homem tanto queria em seu subconsciente.

Com isso, agora, restava esperar por qual seria a próxima atitude a ser tomada pelo quarentão. Afinal, seu laço de amizade com o selvagem, mesmo que ainda novo, parecia cada vez mais curto e sincero.