Um rolê aleatório após uma descoberta significativa — nothing better

Finalmente, após uma noite e um dia de reflexão sem dormir, era meio dia, quando Willow pegou no sono, debruçado sobre seu notebook, onde jogava um jogo de batalha intergalática. Ao seu lado estavam alguns materiais da faculdade e livros de seu gosto pessoal, sumariamente de arqueologia, runas, alguns de astrologia. Seu sono não foi nem leve ou pesado. Foi meio que um transe ou algo parecido, em que ele apenas não estava consciente e lhe vinham imagens aleatórias na mente, relativas aos seus estudos, principalmente de cavernas de areia, encostas vulcânicas, pokémons-vultos passando para lá e pra cá...

A imagem do Steelix acordando de um breve desmaio e colocando pra feder, ainda era forte. A sensação de tomar um banho em uma ampla piscina natural com água quente depois, sabendo que havia pokémons perigosos como aquele mesmo por perto e ele próprio não possuindo nenhum pokémon para se defender, foi uma das coisas, naquele dia de banho com seu amigo Peterson, que o despertou para dar um olhar diferente pra vida. Um olhar que voltou a si mesmo, ao seu coração e aos seus instintos e desejos. Às suas próprias necessidades como pessoa. Afinal de contas, dezoitão. Já era um adulto.

E sempre fora um adolescente sem pokémons.

Bem, a vida é uma loucura. Pra que recorreria aos monstrinhos com tanta gente legal para se fazer amizade? Pra que ter um PET, primeiro de tudo?! Pra que responsabilidades de cuidado com um serzinho que em princípio não lhe daria vantagem alguma com relação a pilha de provas e trabalhos que deveria fazer?! Afinal de contas, era um aluno adiantado... Dois anos, ainda por cima. A pressão era grande. Sempre era o nanico, o Sr. magreza... Bom, pelo menos até a galera começar a conhecê-lo e ver que era ele quem daria as cartas, desenrolaria os rolos e namoros e zoaria, tocaria o zaralho à vera nas resenhas à quatro paredes com a galera.

Olaph era feliz sem pokémon, mas já não sabia por quanto tempo.

Algo em torno de 2 horas, 20 minutos ou 24 horas (era difícil, pra ele, precisar) de sono depois, seu phone apita umas 4 vezes, o que o acordou. Era Peterson, mandando 2 áudios e duas mensagens. Não se sabia que espécie de sinal era esse, mas seu amigo tinha um pokémon para ele... se ele quisesse, é claro, pois nunca teve. Como seu amigo sabia? Olaph queria?

— Sim, eu quero.

"Vou querer sim", digitou. "Qual é? De qual tipo?".

"Só vou te dizer que é do tipo metal. Vem logo aqui em casa buscar, antes que eu mude de ideia." Eram 7 da manhã em Lavaridge town. Determinado, Olaph se levantou para ir buscar seu pokémon e agitar seu destino.

--------------

[Off]: Vou querer um pokémon sorteado, do meu tipo... aço.