Pokémon Mythology RPG 13
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Mensagem por Food Sex Abr 10 2020, 17:54

offtopic:


Principium







Assim que entramos dentro do cubo, pude deparar com algo relativamente óbvio, mas ao mesmo tempo desestimulante: não existia nada de interessante dentro dele.

Eu não nego que esperava descobrir algo diferente ou divertido, creio que animaria um pouco as coisas. Uma dose de "aventura" para minha jornada de auto conhecimento. Não seria uma coisa ruim...

Infelizmente, a realidade era outra. Simplesmente nada chamava atenção. Era tudo muito comum, e mesmo que existisse um toque de mistério sobre um cubo vazio no meio de uma rota, eu não me sentia atiçada o suficiente pelo "enigma" para tentar descobrir mais. Talvez por falta de pistas, pois como já disse, sou péssima com enigmas, ou apenas por ser desinteressante, mesmo...

Começo a correr os olhos pelas paredes, em busca de um sinal, um símbolo... Eu não sei, algo do tipo.

Acabei encontrando um buraco. Um pequeno buraco, colocado em uma posição que poderia servir como janela. Ou algo assim. Uma pequena janela, então? Isso era muito estranho...

Elaboro minhas mil teorias sobre como aquilo poderia estar ligado a algum tesouro milenar, mas chego em conclusão nenhuma. É, talvez tenha sido perda de tempo. O buraco era tão desinteressante que nem mesmo comoveu Arthur. Eu, se fosse ele,  já teria tentado encaixar o coco no buraco, como se fosse uma chave secreta para um templo subterrâneo, e eu era a grande escolhida da antiga civilização para... Deixa pra lá.

- Atchim!

Ótimo, eu havia me esquecido, também. Se não existiam muito mais estímulos para minha curiosidade dentro do cubo, eles existiam para minha alergia. Em grande quantidade, inclusive.

- Isso aqui está precisando de uma boa faxina, não é mesmo, Arthur? - Pergunto, com uma voz meio anasalada. - ... Arthur?

Ele estava batucando novamente seu coco nas paredes. Vai entender a mente genial do meu Passimian...

Após uma investigação aparentemente minuciosa e calculista, Arthur se aproximou de outra parede, começando novamente seu trabalho.

Era interessante observar como o Pokémon agia. Acabei apenas assistindo enquanto ele trabalhava, mas tinha em mente que de nada adiantaria aquilo tudo. Mas, se ao menos algum de nós dois estava se distraindo... Acho que tudo bem.

Ou era o que eu tinha pensado.

Quando menos espero, uma das paredes em que Arthur batucava (aleatoriamente no meu ver, não entendia muito o raciocínio dele por trás daquilo tudo...) simplesmente quebra.

Sim, ela QUEBROU, e aquilo me assustou um pouco, no começo.

- A-arthur!

O Pokémon de dois metros apenas me encarou, com um olhar de "ops, desculpa". Eu nunca fui muito durona para dar bronca em ninguém, e admirava minha mãe por conseguir fazer isso. Entretanto, eu tinha que advertir ele; não era uma boa coisa destruir propriedade alheia, mesmo que abandonada!

Ai, ai... Difícil vida de treinadora. Mas fazer o que, era meu dever.

- Arthur, você não- Enquanto eu falava, algo no buraco que ele destruiu reluziu por um segundo em meio a escuridão da casa sem teto. - Ahn?

Curiosa, me aproximo do buraco para ter certeza de que eu não tinha visto coisas. Sabe como é, eu poderia estar delirando graças ao cansaço dos exercícios anteriores. Assim que chego nele, vejo uma espécie de...  O quê exatamente é isso?

Sua base era dourada. Sua forma era como um cone. Fico meio na dúvida no começo, mas acabo cedendo a curiosidade e pego o item em minhas mãos.

Começo a apalpar ele e virá-lo para lá e para cá, analisando. Dessa vez era Arthur que me observava estudando algo, e não o contrário, como de costume. Acabei encontrando duas lentes no objeto, uma em cada ponta.

- O que é isso? Uma espécie de telescópio? - Pergunto para Arthur.

O Pokémon apenas fica me encarando, como se talvez não fizesse ideia do que é um telescópio, pra início de conversa.

- Faz sentido, eu acho... - Instintivamente, faço a coisa que me pareceu mais lógica e coloco meu olho em uma das pontas enquanto aponto o objeto para Arthur, para ver se aquilo funcionava ou não como um telescópio de verdade.





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Mensagem por Victoria Dom Abr 12 2020, 16:50


O objeto dourado foi raptado pelas doces mãos de Karen que o tocou, investigou e analisou sem nenhum pudor. Talvez aquela menina seja como eu; uma que nunca viu um telescópio na vida. Apesar de desconhecer o objeto, não era difícil identificar um; mesmo assim, havia um pequeno erro de conceituação. Começo afirmando à Karen que aquilo até era um telescópio, mas era melhor chamá-lo de luneta. Ok ok, toda a luneta é um telescópio... mas nem todo telescópio é uma luneta, ok?! Pois bem, aquilo serviria para ampliar visões, isso era uma assertiva da novata que, ao colocá-la no rosto, já havia descoberto isso por conta própria.

Pois bem, venho aqui então fazer o que?! Limitar-me a falar da bem sucedida ação e intuição de Karen?! Bem, não exatamente. Venho aqui descrever três coisas. A primeira é a própria luneta: um objeto bastante sujo de pó que faria Karen espirrar no mínimo 30x mais que antes. O objeto não era só velho e escondido no meio de madeira podre. Ele era feito - ou ao menos, metade dele era - da própria madeira esfarelada que ela era alérgica. Seu interior estava intocável e de fato servia bem para desempenhar sua função, mas aquilo era um vetor de sinusite muito mais útil que um próprio gato-persa.

Pois bem; apesar dos pesares, a luneta não era apenas um saco de alergia móvel. Ela também era rústica e cheia de história! Seu corpo era de madeira maciça e esculpida à mão. Os sulcos que lhe enfeitavam era o que mais acumulava o pó-de-madeira, e se tornavam a parte mais problemática. Em sua base maior, um aro de metal dourado enfeitava, regulava e segurava a lente levemente arranhada que Karen apontava para Arthur. Na outra base?! Bem, ali não tínhamos um aro, mas uma extensão bastante comprida do mesmo metal gélido e dourado. Era tão gélido que, ao posicionar seu olho sob a lente, todos os pelos da garota arrepiaram por completo e um calafrio a tomou. Passamian chegou a rir do remelexo involuntário, mas logo parou e foi para o próximo "take"; uma cena um tanto quanto.... bizarra?!

Pois bem, é esse meu segundo papel aqui. Ao apontar a luneta para Arthur, Karen demorou entender do que se tratava aquele pedaço ampliado e específico que via; rodeou um pouco o entorno e compreendeu que era um ombro peludo, mexendo ao ritmo da risada tosca do lêmure. Subira um pouco para achar o rosto do lutador e, quando fez, não entendeu em absolutamente nada a cena que vira! Sua luneta ultrapassou a boca e fitou de perto uma cena bastante... estranha?! Passamian levava ora ou outra sua mão na boca e parecia estar comendo algo; o macaco não se importou em nada com a visão de Karen e apenas continuou.

Era impossível que a garota entendesse a situação vendo apenas pelo tal telescópio mas se tirasse.... bem, se tirasse ia certamente ficar extremamente constrangida e perdida. Fato era que, ao abrir aquele buraco, Arthur achou o que tanto estava procurando; a casa dos cupins responsáveis por grande parte da destruição. O primata não iria deixar para lá sua caça! Começara a pegar incessantemente os insetos e enfiá-los na boca um-por-um, comendo sem pudor e com bastante ânimo, parecendo até que estava com fome.
Meu deus, Arthur, que nojo!! Você precisava mesmo fazer isso?! Bem... ao menos isso explicaria porque ele estava tão animado procurando espaços ocos naquela madeira, né?! Apesar de ser um pokemon, o espírito lêmure não saíra dele.

Bem, agora me resta a... terceira descrição?! Bem, essa pouco importa em âmbito descritivo, mas certamente dará um bom caminho à Karen. Meu terceiro anúncio é simples, curto e... bem, um tanto quanto objetiva: aquela janelinha que outrora narrei, tinha um tamanho exato para encaixar a luneta de forma sorrateira e bastante confortável. Tanto em altura-para-os-olhos, quanto em espaço para movimentar o objeto livremente e ver os flancos.

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Mensagem por Food Seg Abr 13 2020, 02:45


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- ATCHUUU!

Karen, querida, acho que você se esqueceu da sua alergia de novo! Movida pela extrema curiosidade, acabei me esquecendo de que o objeto poderia estar coberto por mofo ou poeira. E realmente estava.

- ATCHIM! Ardur... Voze tem um lenzo- Espera, obibio gue não... - Falo, com meu nariz agora completamente congestionado.

Uma luneta não é algo difícil de usar, então eu comecei a testar ela e, realmente, se tratava de uma. O fato de eu ter visto Arthur bem de perto comendo larvas é o único problema que eu gostaria que não mencionassemos mais, se possível.

Ao relembrar da cena, um calafrio percorre por meu corpo, dos pés a cabeça. Urgh!

Deixei meu Pokémon e seu quitute nada convitativo de lado, e voltei a analisar a luneta. Realmente, era bem velha.

Engraçado, seu formato...

Olho para o buraco que existia na parede interior do cubo.

É impressão minha ou se trata de um encaixe perfeito? Bem, só tem um jeito de descobrir.

Começo a me aproximar do buraco com a luneta em mãos. Assim que chego perto (após dar uns dez passos no máximo) começo a observar o buraco, depois a luneta...

De forma praticamente instintiva, encaixo o item dentro do buraco. Começo a fazer pequenos movimentos com aquela lente, enquanto ela estava presa na parede. Para um lado, para o outro...

Seria isso uma espécie de marcha para um robô de madeira que foi largado aqui no meio de uma rota desinteressante, esperando um treinador que encontrasse e reativasse seu núcleo de... Desculpa, essa atmosfera misteriosa me deixa meio criativa.

- ATCHU!

Será que isso aqui se tratava de uma base? Temos uma luneta que pode se mover para várias direções, acoplada em uma parede e... Espera. Qual seria a visão exata de uma pessoa com uma luneta grudada na parede? Será que existe algo atrás dela?! Sem conseguir conter minha curiosidade, coloco o olho novamente na ponta do objeto, para ver o que eu enxergaria do outro lado.


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Mensagem por Victoria Seg Abr 13 2020, 13:38


Não havia nem papel nem atenção de Arthur. O pokemon continuou firme e forte na sua alimentação proteica enquanto Karen se contentava em fazer tudo sozinha. Pois bem, por algum milagre, conseguiu breves segundos de paz e, sem espirrar, mirou a luneta no quadradinho feito sob medida. Ao encaixá-la com maestria, mais uma vez encostou o objeto no olho e rezou para não achar outro macaco se alimentando... ao menos não agora.

De início, Karen demorou reconhecer que cada parte que via, era fragmento de uma imagem maior. Pela falta de costume, demorou assimilar o visto ao fato e, principalmente, reconhecer que aquela projeção estava direcionada a tal lugar. Fora até um pouco difícil se situar no mundo real; precisou relembrar o "de onde veio" e (re)projetar o "para onde irei". Ainda que eu tenha dito a você que "a janelinha estava na parte de trás do cubo", há aqui a nova dificuldade de dimensionalizar. Em um grande nada, não há garantia alguma que você está andando em círculos ou não. Em certo ponto, Karen perdeu a noção de frente-trás ou ida-vinda. Demorou um tempo para retomá-la e, naquele zoom, era difícil até mesmo identificar parte do céu.

Que inclusive já estava começando a acalmar. O sol saia do topo e projetava sombras chatas no próprio cubículo, o que muito provavelmente lhe protegeria de uma isolação. Bem, voltemos ao interessante; depois de entender a projeção, o que Karen viu?! Nada?! Bem, não foi bem assim. A garota até balançou a luneta para um lado e para o outro, mas só encontrou de fato alguma coisa ao achar o marco zero. Sim, o centro retilíneo daquela janela.

A posição parecia apontar para um conjunto de construções bastante longínquo. Numa estimativa completamente sem base, eu diria que estavam a três quilômetros de distância da garota e isso por si só já deveria a cansar. Teria que andar para um caralho para chegar em algum lugar.

Felizmente não sou eu, né. Antes Karen do que Victoria e Food, certamente. Os dois prazeres de ser um personagem interpretativo é esse; não há limites físicos e não se pega Corona Vírus. Pois bem, a garota podia parar por ai; agora tinha algo para seguir e até uma expectativa de não morrer de fome em um deserto-de-grama... se é que isso existe. Apesar disso, ainda vira de relance uma movimentação um tanto quanto... mais próxima?! Bem, no meio do caminho, entre as construções encontradas e si mesma, Karen viu um homem; ou ao menos parecia ser um. Era impossível distinguir com aquela luneta velha, suja e arranhada mas tinha um imaginário humano, até porque sua silhueta contribuía para essa suposição.

Aos poucos o bípede diminuía e até se perdia na linha do horizonte; ficava pequenino demais para ser focado, ainda assim, ele parecia ir em direção ao que Karen outrora encontrou... o tal do marco zero.

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Mensagem por Food Seg Abr 13 2020, 19:51


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- ATCHIIM!

Aquilo era muito estranho...

Eu conseguia ver coisas, mas essas coisas não me pareciam nada, no começo. É quase uma metáfora, mas é exatamente o que eu estava sentindo. As imagens eram meio distorcidas e confusas, mas acho que conforme eu observava, acabava me acostumando e começando a entender tudo... Finalmente consegui me adequar e ajustei corretamente a luneta, comecei a enxergar algo... Sim! Finalmente!

- ATCHIM!

Incrível, eram várias construções, que legal!

Ei, espera.

Você não está pensando que eu vou andar tudo isso até lá né? Alô? Vitória??? Food????? AMIGOS????????

Hahaha, nem pensar, querido.

Na-na...

Pera, sério?

Espera! Acho que eu vi algo! E não falo isso pra mudar de assunto e esquecermos do que eu vou ser friamente forçada a fazer!

Aquilo era um... Um humano?

Não sei se foi uma ilusão da minha cabeça, mas eu jurava ter visto um ser humanoide! Bem, uma silhueta, na verdade...

Paro de observar pela luneta e volto minha atenção para dentro do cubo.

- Ardur, boze dinha gue ber (Arthur, você tinha que ver)! - Falo, com o nariz totalmente entupido. - Engondrei gonstruzões e adé uma bessoa, eu ajo... (Encontrei construções e até uma pessoa, eu acho...)

Arthur apenas ficou me encarando. Não reparei se ele tinha acabado de comer as larvas nojentas, ou se ainda tinha alguma em mãos, pois tentei encarar apenas sua cara.

Eis que, de repente, provavelmente por ouvir minha voz anasalada, ele começou a rir.

Rindo pois ouviu algo engraçado mesmo. Não era uma "risada de felicidade", simplesmente. Ele estava rindo de mim. Na verdade, ele estava rindo com tanta força que começou babar e cuspir pedaços de... Ai meu ARCEUS DO CÉU ISSO TÁ VIVO, TIRA, TIRA!

... Algum tempo após surtar e me limpar, tendo certeza de que não tinha restos de larvas no corpo... . Que nojento!


- Arthur! - Falo, encarando o Passimian. - Não quero mais que você saia por aí comendo insetos nojentos, ok? Ou ao menos, que não cuspa eles em mim depois. - Olho para baixo e observo se existia algum pedaço de coisa viva em mim que não fosse eu mesma.

Acho que ele estava arrependido. Parcialmente. Pela parte de cuspir em mim, ao menos.

- Hum... Enfim... Eu vi um humano indo em direção a o que pareciam construções, em uma certa distância daqui... Não sei você, mas acabei ficando curiosa! Será que é uma boa irmos lá dar uma olhada? Arthur? ARTHUR! PARA DE COMER AS LARVAS DO CHÃO!

O Passimian pareceu ignorar minhas ordens e continuou comendo os restos de larvas que ele mesmo tinha cuspido em mim. E eu não gostava nada da ideia de narrar isso.

- B-bem, está decidido. Eu ainda estou curiosa sobre esse cubo estranho, mas creio que seja melhor seguirmos em frente! Eu preciso de um banho e, fora isso, eu gostaria de assegurar um lugar para dormirmos e descansarmos essa noite, então creio que seja uma boa ideia seguir para a próxima cidade, ou seja lá o que é aquilo que eu vi, entendido?!

Arthur - que tinha acabado de comer sua sobremesa - coça sua orelha com um dedo enquanto segura seu coco com a outra mão. Me pergunto onde ele deixou o coco enquanto comia as larvas...

- Vamos lá, então! - Falo, saindo do cubo.

Dou alguns passos para fora e decido me direcionar para onde tinha visto o vulto. Acredito estar indo na direção certa, e creio que seja a melhor escolha agora. Começo a andar lentamente, pois ainda não tinha muita pressa, e não queria ficar suando.

- Bem, essa descoberta não foi tão ruim assim, afinal. Você já está alimentado, pelo menos... - Falo olhando para o lado e...

Arthur?

Olho para trás e vejo o Passimian a alguns passos de distância de minha pessoa. Ele estava sentado, com dois itens, um em cada mão, em frente ao cubo. Volto para me encontrar com ele.

- O que foi, Arthur? - Pergunto.

Vendo a situação, acho que captei o problema.

Em uma das mãos, ele tinha seu coco. Na outra, tinha a luneta que eu tinha usado para enxergar a vila, cidade... Aquelas moradias lá... Enfim.

Ele lambia a luneta, e depois lambia seu coco. Fazia uma careta, como a de alguém indeciso.

- ... Você não sabe o que levar? Leva as duas coisas, oras! - Falo.

Ele olha para mim e se levanta. Se aproxima de mim e estende a luneta em minha direção.

- Eu já cai nessa uma vez, Arthur, não vai funcionar de novo!

Ele se aproxima mais e coloca a luneta em cima da minha cabeça, como se fosse um chapéu. Ela não tinha muito equilíbrio (pobre luneta sem coordenação motora...) e cai de minha cabeça. Rapidamente, pego o objeto com minhas mãos. Ela provavelmente quebraria se caísse no chão.

O Passimian sorriu, mas parecia insatisfeito, ainda sim. Ele aponta para mim e depois coloca o dedo acima de sua cabeça.

- Isso não é um chapéu, Arthur. É uma... Espera, como eu explico a diferença de uma luneta e um chapéu para um Pokémon? - ... Ok, eu levo para você, então. O seu chapéu, certo?

Ele nega com sua cabeça, movendo-a de um lado para o outro. Em seguida, aponta para mim.

- Ok, ok, O meu chapéu.

Ele assente.

- Agora, vamos em busca de mais respostas! Certo?

Ele assente novamente, e então seguimos rumo ao mais novo mistério de nossa aventura. Ele carregando o coco, já eu carregando o "chapéu luneta".


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Mensagem por Victoria Ter Abr 14 2020, 12:42


Para que diabos um macaco com um capacete precisaria de um chapéu?! Era óbvio que o objeto se tratava de um presente à Karen, ela deveria ter o recebido com mais carinho então. Talvez isso seja motivo do desapontamento de Passsamian; ou não. Sem nenhum tipo de aerodinâmica para sustentar-se no ar, a própria Luneta se mostrava um péssimo chapéu. Aos poucos o próprio Passamian veria na inevitabilidade de deixá-la ora nas mãos ora na bolsa. O importante é que o macaco ficara contente ao fim da trama, mas certamente se perdeu no meio.

No final dar contas, não se sabia a opinião de Arthur sobre ir em frente ou nãoEle não tomara decisão alguma e deixou a cargo de Karen seguir; ou melhor, deixou ao cargo de Food que atribuiu uma vontade repentina na personagem. Ok, ok, ela não tinha muito para onde ir; se formos ser verissímis, ela provavelmente caminharia até a tal "cidade" aos prantos... mas certamente iria.

Encaminhou-se para a direção que achou certa e danou a andar. Dessa vez, tinha mais gás; principalmente por ter um objetivo muito mais palpável e bem delimitado. Infelizmente toda sua animação fora freada pelo tão temido tempo e... cansaço?! Acho que era exatamente esse o problema. Arthur não deu mais problema algum nesse trajeto; na verdade, parecia bastante empolgado para chegar em algum lugar e por isso permaneceu andante, incentivando Karen a vencer o possível cansaço. Sem mais acrobacias ou corridas por parte do lêmure! Sem jogar seu coco e sem batucadas; o que ele queria mesmo era chegar.

E se possível, um bom gole d'água.

Já estavam conseguindo ver a alteração inevitável da linha do horizonte. Uma tonalidade marrom surgia como um ponto e, ao andar mais um pouco, o ponto virou mancha. Nenhuma movimentação aparecia em seu quadro e a única coisa que podia seguir era a imaginária esperança de uma mudança de ambiente. Se continuasse sem nenhum contratempo (que eu não daria; talvez Food queira dar alguma problemática à Karen por conta própria), chegaria a um murado fino (e baixo) de madeira, como um cercado comum curral, porém muito mais extenso e sem entrada à vista. Não se sabia ao certo se deveria, mas Karen não teria dificuldade alguma para "pular a cerca". Ela nem sequer era feita para ser impenetrável; era apenas uma delimitação que afastava Pokémons silvestres daquela região.

Ok, um cercado, mas ele cercava o que?! Bem, ele cercava uma gama de casebres de madeira e barro. Todas as pequenas construções (diferente do cubo original) tinham teto de palha e e eram retangulares; não mais quadradas. Nenhuma era realmente grande, mas certamente continham ali seus 20m² tranquilamente. No fim, aquilo parecia alguma espécie de espaço residencial ao meio de uma rota; coisa nem um pouco comum.

Os casebres eram bastante espalhados e separados e, apesar de todo o espaçamento, não se via nenhum tipo de estrada ou objeto entre eles... e nem pessoas, diga-se de passagem. Aquilo ali estava abandonado?! Bem, de fato, o cercado era grande o suficiente para Karen não saber a imensidão daquele núcleo, mas a princípio o local parecia bem esvaziado.

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Mensagem por Food Ter Abr 14 2020, 14:39


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Talvez, mas só talvez, eu estivesse começando a me arrepender de decidir andar tudo aquilo...

Claro, era uma jornada de auto conhecimento. Se você parar para pensar, eu não tinha muitas possibilidades que não fossem "andar pra caramba pra vários lugares". Arthur não tinha asas, eu não tinha muitas outras opções. Ou eu só estou pensando nisso para não me sentir arrependida? Bem, eu poderia ficar meditando no cubo para sempre, mas acho que foge da ideia de ser um "treinador".

Enquanto pensava, olho para meu lado e vejo Arthur. Ele estava relativamente quieto. Não entendi bem o porque, mas ele não batucava nem fazia nada assim. Olho para minha mão direita, que segura a luneta que ele tinha me dado.  Era bom ter algum tipo de amigo agora. Eu não tinha muitos antigamente... Nunca ganhei um presente de alguém que não fossem meus irmãos ou minha mãe. Mesmo que seja um presente um tanto quanto... Velho.

- Nossa, que sede... - Falo. Nesse exato momento, meu estômago faz um pequeno barulho, talvez imperceptível para os ouvidos das outras pessoas...

Mas não para os ouvidos de um Passimian.

Arthur corre para mais perto de mim e começa a encarar meu abdome, que estava exposta graças a blusa curta (muito bonita, por sinal) que eu estava usando. Ele começa a aproximar seu dedo, como se fosse cutucar ela.

- Nem pense nisso, Arthur. - Falo, cortando sua ação.

Ele para no exato momento em que iria me tocar. Normalmente Arthur não me obedece quando se trata de sanar suas curiosidades, mas talvez ele tenha sentido que eu estava falando sério? Não sei. Ele simplesmente "desistiu" e voltou a andar do meu lado.

- Desculpa, não quis ser rude. Troco a luneta de mão. - Obrigada por isso aqui, Arthur. Fazia bastante tempo que eu não recebia um presente! Quer dizer... A menos que você conte você mesmo como um presente? Aí faria pouco tempo...

Arthur parecia pensativo sobre a situação, mas acabou desistindo de chegar em uma conclusão, provavelmente achando que não era algo que valia ser muito pensado. Bem, ele não estava errado...

Continuamos andando por mais algum tempinho, mas eu ofegava cada vez mais. Infelizmente, eu sou uma pessoa bem fora de forma em um sentido de fazer exercícios. Não é a toa que "fugi" de casa para evitar de trabalhar com meu pai.

Acho que Arthur percebeu isso. Ele ainda tinha bastante fôlego, parecia um Pokémon bem treinado nesse sentido. Ficava andando enquanto me encarava, segurando seu coco, sem dizer muita coisa.

Parando pra pensar, ele não é muito de falar, não é? Quer dizer, ele não faz muitos barulhos ou grunhidos... Será que ele prefere batucar as coisas?

- Sério que você não está cansado? Já estou ficando exausta! - Eu falo, tentando criar assunto. - Se bem que você é bem grande e forte, não é? Afinal, é um lutador.

Arthur assente. Depois, para de andar por um minuto. Ele coloca uma mão no queixo, como se estivesse pensando em algo.

E então ele se aproxima de mim, me entregando seu coco.

Eu digo "entregando" porque dessa vez ele não simplesmente estendeu ele para mim, mas sim empurrou ele contra minha barriga e largou, como se pedisse para que eu segurasse rapidamente, e assim eu fiz.

A princípio, fiquei surpresa e sem entender o que ele estava fazendo. Mas então ele faz o que talvez tivesse pensado em fazer; me pegar no colo.

- W-whoooa! A-AaAArthur!

O Pokémon era meio desengonçado. Ele era forte, de fato, mas também era bem desajeitado. Claro, eu não podia exatamente reclamar, ele estava apenas tentando me fazer um favor e me ajudar. O Passimian começou a seguir em frente.

Apesar de me segurar no colo, ele me balançava de um lado ao outro enquanto andava. A sensação me lembrou a de um brinquedo de parque, como uma... Montanha-russa? Algo assim.

- Arthur, pode andar um pouco mais devagar? - Eu perguntei.

Ele fica pensativo e começa a andar mais lentamente.

- Obrigada...

E então assim nós avançamos por algum tempo na rota. E esse foi o mais perto de um descanso que eu tive desde que comecei a andar hoje cedo, quando cheguei em Hoenn. Mas não deu para dormir, porque ele ainda se mexia bastante. Bem, o que vale é a intenção.

...

...

...

Após algum tempo andando, finalmente, nos deparamos com algo novo. Era uma cerca baixa, do tipo que não impede muitas coisas de passarem; parecia mais uma decoração, mesmo. Entretanto, ela parecia bem longo. Eu particularmente não enxergava seu início, nem seu fim.

- Acho que... Chegamos? - Eu pergunto.

Arthur dá de ombros e me coloca no chão, sentada. Estendo seu coco para entregar ao Passimian.

O Pokémon aproxima suas mãos para pegar ele de volta. Penso por um segundo em puxar ele de volta para mim e enganá-lo, mas não o faço. Ele pega seu coco. Em seguida, me levanto.

- Obrigada pela carona. - Eu digo, olhando para os lados enquanto tirava poeira da saia. - Bem, não temos muitas escolhas. Vamos ver o que tem aqui dentro? - Pergunto.

Arthur pareceu gostar da simples ideia de buscar coisas novas, e demonstrou isso assentindo várias vezes com rapidez.

Me apoio na cerca e passo minha perna por ela, pisando no chão do outro lado. Então depois eu passo a outra perna, terminando assim de "atravessar"  aquela pequena cerca. Talvez eu pudesse ter pulado ela, mas eu com certeza iria cair de cara no chão. Já Arthur faz isso; simplesmente pula.

- Bem, vamos lá. - Eu digo.

Casebres. Pequenos casebres eram tudo que existia ali.

Comecei a andar para dentro do terreno, para checar se encontrava mais algo. Mas, a princípio, nada que não fossem pequenas casas.  Arthur me seguia fielmente, encarando tudo com o máximo de atenção possível, procurando por... Bem, espero que não por outro ninho de larvas.

- Ooooi! - Começo a bater palmas. - Alguém aí?! - Eu dizia em voz alta.

Primeiro um cubo de madeira gigante, agora uma "vila" abandonada... Essa aventura estava me parecendo bem atípica. Espero encontrar algo interessante por aqui...


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Mensagem por Victoria Qua Abr 15 2020, 12:17


Um novo marco na vida de Passamian; o dia que descobriu a fragilidade humana. O lêmure não só induziu a fome e a sede em Karen, como também imaginou seu cansaço fatídico baseado em sua péssima condição física. O macaco gentil decidiu carregá-la e estou certa de que nossa protagonista está muito grata ao seu criador. A obrigou andar quilômetros e mais quilômetros?! Certamente sim, mas ao menos sentiu uma certa empatia eu deu-lhe uma carona.

Talvez por isso chegou tão rápido! Quando chegou ao local, sentou-se (contra sua vontade, talvez) e encheu-se de terra batida. Ao colocar os pés eretos, precisou bater um pouco daquele pó. Nessas horas Karen pode agradecer aos céus por estar em uma rota e não mais em uma cidade; sua alergia não teria passado tão rápido se não fosse pelo ar puro. Agora a garota já conseguia falar melhor e, consequentemente, ser melhor entendida. Era essa a provável causa de aceitação de Passamian, que apenas lhe seguiu quando ela decidiu pular a cerca.

Pulou e encontrou exatamente o que narrei. Entrou um pouco mais no terreno e tomou a coragem de gritar. Ousada decisão, em Karen?! Isso pode ser caracterizado como invasão de privacidade. Consciente e proposital! Apesar disso, ela não parecia ligar; gritava por alguém e, felizmente ou não, foi atendida.
Por trás do quarto casebre (o que era bem difícil de contar; eles não estão alinhados) uma silhueta humanoide surgiu e veio andando em direção à garota. Era um homem de cabelo grande e barba cheia (porém curta), seu tamanho parecia equivaler o do próprio Passamian e era numa postura completamente ereta e bruta que ele ia encontro da garota:
- Quem és tu?! - Perguntou, de uma forma um tanto quanto esquisita e mantendo uma distância.

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Mensagem por Food Qua Abr 15 2020, 15:14


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É claro, eu não pensei muito no que estava fazendo. Eu poderia estar invadindo uma propriedade de um sujeito mal humorado? Provavelmente. Iria dar bem ruim para mim. Entretanto, tenho confiança de que Arthur iria me proteger... Eu esperava.

Quando adentramos mais na propriedade, nada parecia existir fora das casas. Nenhuma única criatura viva; humana ou Pokémon. Olho para Arthur, que também parecia estar procurando algo vivo para se socializar.

De repente, um homem apareceu.

Ele era muito alto, tinha barba e... Bem, só essa combinação de coisas já me é assustadora o suficiente quando ele diz "QUEM ÉS TU?!" e se aproxima como se eu fosse uma invasora de propriedades. O que eu realmente era, dessa vez. Mas isso não vem ao caso.

Tudo bem, Arthur iria me proteger, tenho certeza. Olho para o lado e vejo que ele ESTAVA ESCAVANDO NO CHÃO COM SEU COCO?!

- E-ei, Arthur...   - Chamo pelo Pokémon, enquanto fitava atentamente o homem distante e permanecia imóvel.

Ele não parecia se importar. Hora do Plano B.

- Hahah, que dia bonito tivemos hoje, não é mesmo, senhor? Me perdoe pelo infortúnio, me chamo Karemachena Okido! - Eu odeio revelar meu nome completo e nunca faço isso, mas temos aqui a prioridade de mostrar que não estamos aqui para fazer coisas ruins. - Eu... Eu sou uma Treinadora Pokémon! - Falo, apontando para Arthur com a mão direita, mas mantendo o resto do corpo imóvel. - Aquele é meu Pokémon.   -

Arthur para de cavar, como se tivesse encontrado algo. Ele volta sua atenção para mim, agora com um coco em uma mão, e uma... Pedra? Em outra. Não era uma pedra muito grossa, era na verdade uma bem fininha. Ela fazia um barulho irritante quando batia contra o coco, mas não tinha força o suficiente para rachar ele. Me perguntei se o coco poderia quebrar a pedra, entretanto; mas confio na habilidade do Arthur.

Espera, parece que esqueci de algo importante!

Olho para frente e encaro o homem novamente.

- Senhor... Me perdoe por entrar em sua propriedade sem sua permissão, mas eu estava procurando algum lugar para beber uma água, e como vi casas, achei que teria uma pequena vila por aqui. Me desculpe por entrar em sua propriedade. - Falo, honestamente, sem fazer movimentos bruscos.

Já Arthur não tinha o mesmo plano. Ele pega seus "instrumentos" e se aproxima do homem. Encara ele profundamente, e... Começa a batucar. Sim, ele começou a tocar uma música para o homem, ou algo do tipo. Meu queixo vai ao chão; se ele se irritar ou se assustador com a música de Arthur, é fim da linha para mim, provavelmente.

Já eu fico parada, surpresa; apenas espero que aquele moço com cara de lenhador não tenha um machado...


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Mensagem por Victoria Qui Abr 16 2020, 13:15


Talvez por ser pega de surpresa (e estar distante), Karen apenas percebeu as características mais marcantes do homem a princípio, que seria sua altura excessiva, seu cabelo extenso e sua barba volumosa. Apesar da rápida percepção, alguns elementos eram deixados para trás na caracterização então trago-os agora. Primeiro de tudo, o homem trajava roupas largas. Sua blusa surrada e marrom era grande-demais para seu corpo já grande-demais. Ela parecia não ser feita sob medida agora e usada apenas como... bem, como pijama provavelmente. Ao menos seu short de tactel preto revelava o quão confortável o homem pretendia estar naquele momento; definitivamente não estava vestido para receber visitas. Para além disso, seu cabelo não era apenas grande; ele era enorme! Seus cachos iam até a altura do quadril e eram amarrados por uma espécie de laço azul-claro. Sua pele era retinta, sua íris tão negra que mal se discernia da pupila! Mãos grossos, ombros largos, boca voluptuosa, rosto quadrado e bem marcado no queixo, nariz aberto e levemente achatado e sobrancelhas grossas, bem separadas e bem delimitadas.

Sua barba tinha fios grisalhos e seu cabelo duas mechas brancas, que ficavam caídas do topo da testa até o queixo do homem; os únicos fios livres daquela fita azul que narrei no parágrafo anterior. Pois bem, o homem de cabelo grande havia só ido verificar o que estava se passando ali fora. Antes disso, estava com sua esposa deitado numa rede e falando alguma besteira, com a voz de Karen, se sentiu na obrigação de entender a situação. Ao chegar lá, achou até um pouco patética a cena e não pode deixar de rir. Viu-se obrigado a segurar a gargalhada e transforma-la apenas numa risada frouxa, tentando ser o menos mau-educado o possível. Colocou até as mãos na frente da boca para disfarçar! Talvez por isso atrasou tanto sua resposta.

Na medida que sua risada parava de "vazar" por seus lábios, o homem voltava a ficar ereto e colocava uma das mãos em sua barriga, simbolizando o quanto o ato delongado de rir fizera sua barriga doer. Ok, ok, ele tinha um abdômen bastante forte... mas acho que é o diafragma que dói mais nessas situação. Ninguém força o diafragma constantemente a ponto de acostumá-lo à isso! Não havia condição física que evitasse a dor de rir-demais. E a dor de segurar-demais-um-riso também não é lá muito melhor. Fora nessas guinchadas que uma outra humanóide, preocupada com o som esguichado que aquele homem fazia, foi verificar.

Ao fundo da cena, da mesma direção que o dono-do-barraco-quatro viera, uma espécie de bicho de quatro braços coloria a cena de cinza. Uma Machamp um pouco maior que o comum da espécie se tornava personagem na minha trama. A pokemon se posicionou atrás do homem e olhou-o com um pouco de estranheza. Esperou que ele se recuperasse e cutucou-o, perguntando se estava tudo bem. Estranhamente, ele respondeu primeiro o pokemon e só depois decidiu falar algo à Karen:
- Ta tudo bem Lecca - E andou para o seu lado, não mais ficando na frente dela. Aqui era revelada uma particularidades; as 20 unhas de Machamp estavam pintadas com esmalte vermelho-vivo - O moça, tu quer só um copo d'água?! era só gritar que eu te trazia, entra ai, num tem problema. Aqui não tem dessa não - E continuou sem falar seu nome. Não porque era um mistério; o simples homem não achava importante pronunciá-lo então apenas esqueceu dessa parte.

Dito isso, apontou para o barraco, a convidando para entrar.



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