Waiting Game

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OFF:

Em jornadas tudo parecia passar ainda mais depressa, mas os momentos bons sempre ficavam guardados conosco; era claro que eu estava falando das oportunidades em que a Requiem se reunia, e eu via o quanto já gostava daquele grupo de pessoas em específico. Winnie se tornou uma grande amiga, mesmo que a distância, enquanto Kathryne fazia o mesmo, mas de perto. Eu e a loira parecíamos nos dar muito bem, mesmo que pouco parecidos em visão de mundo e experiência pessoal, nossos gostos combinavam bastante, e havia um certo "parece que te conheço a anos" quando conversávamos.

A noite fora bastante longa, mesmo com a passagem rápida da madrinha e Ayzen, e eu permanecendo por um tempo com Noah e Kath, me divertindo na área de alimentação do Centro Pokémon, até ele também ir embora; passei a noite no local, dormindo mal por conta da ansiedade do dia seguinte, mas o suficiente para não ficar simplesmente mau humorado. Nada poderia dar errado amanhã, era minha maior aventura até então e tinha de tudo estar dentro dos conformes; acordei bem cedo para garantir que isso aconteceria. Levantei antes da garota que me acompanhava, tratando de tomar um bom banho, fazer minhas higienes, me trocar e começar a arrumar as roupas e itens que fosse precisar de importância elevada, indo para os mais triviais por último.

Keyron acordou próximo do horário em que Enfermeira Joy veio anunciar o café da manhã, vendo que eu já estava 100% pronto para tomar o café e partir; isso a assustou um pouco, achando que estava atrasada, mas eu fiz questão de tranquiliza-la quanto ao tempo. Então, deixei que ela ficasse no quarto para se arrumar e fui em direção a área de alimentação novamente, a tempo de me sentar com a bandeja já feita, e ver a garota se aproximando do cômodo também; tomamos a refeição com gosto, com direito a repetição de minha parte, e enfim, deixando o local.

A rota 112 não ficava longe de Lavaridge, afinal a cidade não era nenhum centro comercial, o que facilitava nosso trajeto em encontrar a entrada para o local; comigo estava apenas meu Haunter, fora da pokébola e com seu sorriso de sempre, acompanhando-nos enquanto caminhávamos para fora da cidade. Eu ainda voltaria para cá, com certeza; tanto depois de sair do Fiery Path, quanto futuramente, para enfrentar a líder da cidade; todos diziam que Flannery era bastante forte, e bastante esquentada, em todos os sentidos. Afinal, sua especialidade eram tipo fogo, e isso me impedia de tentar desafia-la por enquanto, sequer tinha algum golpe super efetivo contra seus monstrinhos, e isso significava uma derrota certa para mim; incluindo o fato de seu signature ser um Pokémon tanto fogo quanto terrestre, que tinha vantagem contra meus venenosos.

Contudo, mesmo apegado (de certa forma) a cidade, meu foco agora outro, e se estendia a minha frente com portas abertas para que eu o explorasse; a rota 112 era o único acesso conhecido para o Fiery Path, e ao mesmo tempo detinha dois Pokémon que eu queria bastante, e que com certezaz seriam bastante difíceis de encontrar: Seviper e Budew. Seviper era uma das duas cobras que eu mais amava, e Budew evoluía para a poderosa Roserade, que era bastante utilizada em concursos e de fato era bastante bela e mortal. Esse conjunto, somado aos outros monstrinhos que eu poderia encontrar dentro da montanha, atraíam toda a minha atenção para essa aventura; minha equipe dependia que eu encontrasse e capturasse tais espécies, para me fortalecer e garantir que minha evolução fosse exponencial.

Além de tudo isso, ainda havia o mais recente ovo que havia ganho de Winnie; um Oddish que ela breedou de sua própria Bellossom, e que pra mim representava muito do que a sociedade era em sua essência; dez pessoas unidas para se ajudar e juntas atingirem um propósito. Eu não via a hora de começar a ter como contribuir com eles também, para pagar tudo em troca do que eles me deram até agora; mas sabia que não era bem assim. Eles não esperavam algo em troca como forma de pagamento, e sim como forma de "uma mão lava a outra", e eu faria uma parte importante desse grupo, ao menos assim pensava.

- Animada? - Questionei minha dupla, sorrindo e quebrando o silêncio que perdurou desde nossa saída do Centro Pokémon. Eu acabei ficando muito na minha cabeça e acabei me esquecendo de que tinha alguém do meu lado, que de fato só estava ali para passar um tempo comigo e treinar seus monstrinhos. - Vai ser uma aventura longa, mas podemos descansar durante o caminho, quando quiser. - Dei de ombros, deixando bem claro que me importava como ela se sentia em relação a nossa dupla; afinal, eu era mais velho e deveria cuidar dela (tirando o fato dela ser extremamente mais forte do que eu). No final, acabaríamos cuidando um do outro, sem muitas dificuldades (ao menos assim esperava).

Oddish 01/40

OFF::

A reunião com a Requiem foi bastante divertida, apesar de me sentir um tanto desconfortável eu tinha aquele sentimento de que todos lá eram meus amigos, principalmente com Ayzen e Luke, afinal fomos para uma outra região juntos, o que já me fazia me sentir confortável com eles e era com Luke que eu sairia em uma aventura hoje. Ainda não conhecia direito a minha dupla, mas eu teria um dia inteiro para conhecê-lo. Mas ele era uma pessoa divertida, mas será que ele conseguiria lidar com a minha personalidade um pouco... difícil? E Luke parecia não um completo oposto, mas bem diferente. "Ok, Kath, chega de pensar nessas coisas, Daisuke também era completamente diferente e agora vocês são grandes amigos.", dizia mentalmente para mim mesma, para espantar esses pensamentos.

E então eu sentia que as coisas pioravam, afinal acordei atrasada, pelo menos achava que estava atrasada, pois Luke parecia já estar pronto. Acabei nem mastigando meu café da manhã direito até Luke me tranquilizar. Ok, aparentemente eu não estava atrasada, ou ele só falou aquilo para me acalmar, mas decidi não me preocupar. Fui tomar um banho, que acabou sendo demorado, fazendo com que eu pedisse desculpas para Luke mais tarde. Eu colocava um vestido branco que ia até um pouco acima dos joelhos e uma sandália rasteirinha. Mas esse visual era contrastado pela mochila que eu carregava nas costas, uma bolsa seria bem melhor visualmente, mas eu não tinha uma.

Finalmente eu saía do Centro Pokémon em direção a Rota 112, com minha ansiedade me fazendo parar no meio do caminho para olhar minha mochila para ver se não tinha esquecido nada e felizmente não havia esquecido nada mesmo. Tentaria ficar menos ansiosa e o que há de melhor pra isso do que liberar meus pokémon? Zen e Venger. O Alakazam se mantinha mais quieto como sempre, enquanto o Woobat, ficava ansioso e logo ia para o lado de Zen, como se estivesse orbitando o psíquico. Eu dava um risinho e acariciava os dois. Zen, começava a se fazer de difíci, mas logo cedia,l enquanto Venger adorava os afagos.

- Oi, queridos, vamos nos divertir. Acho que vocês já conhecem o Luke, hehe. - Então me virava para o meu amigo e o respondia: - Animada, claro que eu tô animada, hehe. Se tem uma coisa que eu aprendi é que eu não sei o que vai acontecer hoje. Pode acontecer qualquer coisa. Alguns dias atrás eu tava em Mountrock com um amigo meu e de repente acabamos em uma quarentena. O que me lembrou que um dos meus planos era fazer uma "missão" que o hospital me deu. Mas não se preocupe, vou fazer companhia pra você, hehe. Se quiser eu te conto essa história. - Dizia com um sorriso bem amplo no rosto para Luke.

Eu realmente não tinha muito o que fazer pela rota 112, mas eu queria oferecer companhia para o garoto que era só um novato e basicamente a pouco mais de uma semana atrás eu era uma novata eu mesma. E claro, acho que fazer amigos nunca é demais e talvez tenha algo pra mim no meio disso tudo. Quem sabe pegar um Slugma? Ouvi que eles eram bons para chocar ovos.

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Minha primeira reação ao ver os Pokémon de Kathryne foi de surpresa; seu Alakazam era grande e sempre me deixa extasiado com tamanha força que parecia carregar, era como se ele tivesse realmente uma aura mística que lhe cercava e chamava a atenção. Haunter parecia notar isso também, olhando de canto de olho para o psíquico enquanto flutuava a meu redor; dei um alô com a mão para os dois monstrinhos da loira, e aproveitei para liberar também meu Zubat, que seria minha maior companhia junto de Manigold durante todo o resto de minha aventura pelo mundo Pokémon.

Não apresentei meus dois monstrinhos novamente, afinal eles já passaram um dia todo ajudando Kath na reconstrução da ponte, então não senti vontade para tal, apenas deixei que eles voassem a nosso lado enquanto caminhávamos e eu ouvia a breve história da loira. - Uma missão? Que bacana! Imagino que deve ter uma ótima recompensa, hospitais não costumam dar missões para treinadores, provavelmente essa é uma bastante especial. - Disse sorrindo, deixando meu olhar recair mais uma vez sobre o amarelado que andava a seu lado. O que ele tinha de tão estranho? Até parece que eu nunca tinha visto um Pokémon daquele tamanho antes, sai dessa Lukas.

Meus pensamentos foram deveras interrompidos quando uma buzina tirou minha atenção, e eu parei para analisar os arredores antes de encontrar o dono de tal ruído; a estrada de concreto havia mudado drasticamente para uma de terra, o que era bastante diferente para meus pés e eu me perguntava o porque de não ter notado antes. Ainda assim, tudo parecia bastante bonito e a vista da cidade ia ficando para trás, dando lugar pouco a pouco para o ambiente mais selvagem que era uma rota comum; por fim, encontrei o Jeep que dera aquela buzinada anterior. Claramente não era para mim, e três garotos o comandavam com sorrisos ridículos nos rostos, que eu conhecia muito bem.

Eu sempre andei com garotas, sempre foi de meu feitio me dar melhor com elas do que com meu próprio sexo, e grande parte se dava disso ao fato de eu querer ou ter ficado com todos os meus amigos mais próximos, estranhando um pouco nossa relação; por isso eu conhecia melhor do que qualquer um aquele sorrisinho debochado no rosto de um homem, e era claro que eu não deixaria barato. - Ei, seus babacas! Sua mãe ligou, ela disse pra pararem de brincar de carrinho e ir pra escola! - O sorriso em meus lábios ao terminar a frase no entanto, era completamente diferente do deles, mas continha a mesma maldade. Ninguém iria mexer com uma amiga minha na minha frente, e se eles ficassem de gracinha provavelmente levariam uma sova.

- Pode voltar com sua história Kath, eles não vão mexer com a gente. - Garanti para a loira, trocando de lado com ela e ficando bem na lateral onde passaria ao lado do Jeep quando estivéssemos atravessando seu caminho. Eu não tinha medo deles, já enfrentei caras muito maiores e em maior número para me defender, e aquele momento não seria nada diferente das vezes em que literalmente briguei por apenas estar beijando alguém. A vida de um LGBTQIA+ era bem difícil, e eu a vivi na pele, todos os dias da minha vida lutando contra homofobia, racismo e masculinidade tóxica; não seria hoje que eu seria derrotado.

Oddish 02/40

Andávamos com os nossos pokémon ao lado e Zen parecia estar chamando a atenção dos monstrinhos de Luke, enquanto Venger simplesmente orbitava o Alakazam. O jeito que Zen é quieto talvez seja o que está despertando a curiosidade, principalmente em Haunter, na verdade até mesmo Luke olhava para o psíquico, fazendo com que eu tivesse que dar uma "enchida de saco" no Alakazam, sacudindo os pelos da testa dele e então ele acenava para o Haunter. Não sei se o psíquico estava sendo apenas difícil ou estava em algum tipo de transe. E Venger apenas seguia o Alakazam como se ele fosse um "senpai".

- Sim é bastante especial. Pra te dar um contexto, existe um vírus chamado Corsola Vírus e bem, eu fiquei em quarentena junto com algumas outras pessoas de Mountrock. No final, meu exame deu que estou imunizada do vírus, o peguei a cerca de duas semana atrás, então querem que eu vá para Mu Island, o epicentro, pra investigar sobre o paciente zero. - Acabei soltando mais um monólogo para explicar a situação pro Luke, mas no final sentia que isso geraria mais perguntas ainda. Mas antes que qualquer pergunta pudesse ser feita, éramos interrompidos.

Tinha três jovens em um Jeep e eles se aproximaram de nós e então uma buzinada. Claro que eu percebi que aquilo era pra mim, sou "avoada" mas nem tanto, tentei ignorar a buzina e simplesmente continuar andando, acabei apertando o passo, mas é claro que eles não sairiam de perto. Luke até tentou me defender e com isso me veio uma dúvida: o pensamento de que somos um casal nem chegou a cabeça daqueles rapazes, ou eles são babacas o suficiente para não se importar com isso? Apostei na primeira opção e respondi os garotos mesmo com Luke tentando me proteger.

- Vocês não tão vendo que somos um casal? - Aquela fala saiu em um tom mais alto do que o que é de costume para mim. Depois eu me virei e continuei andando. Eu tinha um poderoso Alakazam ao meu lado, podia ameaçar aqueles moleques e se teve uma coisa que Daisuke havia me ensinado é que você pode fazer coisas estúpidas com os seus pokémon e bem as chances de eu fazer uma estupidez agora mesmo eram altas, mas caso eles persistissem eu apenas ameaçaria, nada mais do que isso.

- Umm... acho que só piorei a situação falando isso. - Sussurrava para Luke enquanto seguia com o passo um pouco acelerado, incomodada com aquilo. Comecei o dia sendo assediada, apenas espero que eu não precise pagar um advogado dessa vez.

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Minha primeira reação foi a de olhar para Kathryne com uma expressão de quem perguntava "que porra você ta falando?", mas eu percebi que aquilo nos deixaria com cara de idiotas na frente dos três, então simplesmente respirei fundo e dei de ombros; nesse meio tempo a garota tratou de falar sobre sua história, algo relacionado a um tal de Corsola vírus, mas eu estava tão enraivecido que sequer dei atenção para ela.

Meus olhos não saíam do carro conforme a gente andava, queria ver qual seria a reação deles com o que dissemos, e já estava preparado para qualquer coisa que pudesse vir dali, fosse Pokémon ou fosse gente; mas então, eles aceleraram com tudo, e foram muito a mais frente, me dando uma falsa esperança de que tudo se resolveria por si só. Eu estava enganado. No segundo seguinte o Jeep tomou a ré e parou exatamente ao nosso lado, de forma que me fez grunhir os dentes pensando como existia ego frágil nesse mundo, ainda mais de homens; segurei a mão de Kathryne por instinto, tanto para manter o personagem que ela mesma inventara, quanto para passar uma sensação de segurança para a loira.

O que apareceu quando a janela do carro abriu no entanto, me surpreendeu, já que eu esperava que fossem apenas adolescentes idiotas, e na verdade se tratava de três marmanjos do meu tamanho, mas bastante musculosos; não havia me amedrontado, contudo, como disse anteriormente já enfrentei coisas piores do que isso no ensino médio e eles não conseguiriam me colocar temor. Parei de andar, para encarar o rosto do que se apresentou com o cenho completamente neutro, como quem não queria papo, e de fato não queria; ouvi ele contar sua história, rave no Fiery Path, que era justamente nosso destino.

Eles achavam que eu era idiota ou o que? Não cairia no papinho deles, nem que me pagassem. - Valeu mas temos coisas a fazer aqui na rota 112. Não podemos perder tempo caindo na gandaia, infelizmente. - Esbocei um sorriso que soou mais falso que a desculpa de Kath sobre sermos namorados, mas era o intuito; puxei a mão da garota, já começando a andar e literalmente ignorando o que eles mais tivessem a dizer. - Vamos, não tem nada pra nós aqui, - Disse num tom que apenas ela ouvisse, e esperei que ela me seguisse para literalmente longe da estrada principal; não deveria ser uma boa ideia ir para o meio da mata com esses três atrás da gente, mas eu conseguiria me virar melhor lá, tenho certeza.

Oddish 03/40

Eu estava tão animada contando minha história para Luke, mas via tudo aquela animação indo embora, e voltando brevemente quando eu via o Jeep indo na frente e então ficava desanimada de novo quando via o carro dando ré. Não me livraria facilmente deles, mas de jeito nenhum mesmo. Já estava considerando a opção de mandar Zen explodir o carro, mas obviamente não faria isso, matar não estava na minha lista de coisas para fazer. Acho que não engoliram a mentira de Luke e eu sermos um casal, na verdade, nem Luke engoliu isso direito.

Mas eu finalmente via como exatamente eram essas "figuras" que estavam no Jeep e bem, acho que atenderam bem as minhas expectativas, um bando de marmanjos metidos a brutamontes e bem, não pareciam nem ter um pingo de cuidado próprio, eram extremamente desleixados, notava isso principalmente pelos outros dois que eram basicamente "vermelhos". Enquanto isso Luke segurava a minha mão e confrontava as "perturbações" por si mesmo, o que é um gesto admirável ele tentar me proteger.

Então eu acabei ouvindo o que eles tinham a dizer: uma rave? Isso passa longe dos meu jeito introvertido e além do mais eles provavelmente estariam mentindo e não existir rave nenhuma, apenas queriam que eu entrasse no carro e eles me levariam para... para... fazer coisas que eu mesma não posso pensar. Poderia dar a desculpa de que sou menor de idade, mas eles não se importariam e gente assim sempre fala: "Mas eu não sabia que ela era menor" quando são presos.

O tempo que eu passei pensando foi pouco, mas cada segundo com aqueles caras na minha frente eram quase uma hora, então vendo que eu não estava confortável, Zen ia a frente e começava a brilhar, canalizando energia e eu pedia para o psíquico parar, não queria começar uma briga ali, apenas aproveitei a deixa de Luke para ir embora, sem falar nada. Enquanto íamos na direção da mata eu falava para Luke.

- Caso eles continuarem, posso fazer o Zen teleportar a gente. Mas tem um problema nisso que é: eu não sei aonde a gente vai parar, pois ele nunca esteve nessa rota. - Aquilo era uma opção mais segura do que fazer o psíquico explodir o Jeep. Quando eu olhava no rosto de Luke, eu esboçava um sorriso, eu estava começando a ficar confortável perto dele.

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- Não precisa Kath, acho que eles já entenderam. - Disse para a garota conforme o rapaz notava que realmente não queríamos papo e simplesmente deixava o local com o Jeep e seus colegas. Aparentemente não teríamos mais problemas com eles, o que poderia ser uma pena; parando para pensar, talvez fosse uma boa ter desafiado ele para uma batalha, e ele parecia conhecer bem o trajeto até o Fiery Path. Ainda assim, minha mãe sempre disse pra nunca entrar em carros de estranhos, e ele não tinha cara de confiável.

Tendo me arrependido ou não de ter mandado os três embora, agora eu e a garota estávamos indo em direção a mata fechada, meio que sem querer já que eu simplesmente sai andando para um lugar qualquer em que não tivesse como ser seguido por eles, Acabou que, aquilo faria total sentido com o que eu queria; veja bem, Seviper era um Pokémon venenoso que existia por essa rota, e eu a queria mais do que qualquer coisa no momento. Então, onde mais encontraria uma cobra do que em mata? Fazia total sentido eu seguir por aquele caminho, só não poderia correr o risco de me perder enquanto o fazia.

Usei o GPS de meu celular e notei que a gente estava a esquerda da estrada principal, e que o Fiery Path não tinha localização exata de sua entrada, apenas que ficava na base da grande montanha, que era facilmente vista daqui; Mt. Chimney era gigante, e era impossível não enxerga-lo. Disso, eu tirava duas conclusões: a primeira era que, se quisesse voltar para a estrada principal, deveria ir para a direita; e a segunda que caso isso não funcionasse, era só seguir a norte, direção a grande montanha que uma hora estaríamos num ponto de referência, onde provavelmente tinha sinal já que haviam bondinhos e ecoturismo pelo local.

Agora que já havia me situado, parei e guardei o celular em minha bolsa, pegando uma garrafa d'água e tomando parte de seu conteúdo, com moderação para que não acabasse logo. - Pois bem, vamos á caça da Seviper! - Disse para a garota, animado. - Não deve ser difícil encontrar um Pokémon selvagem no meio da mata né? - Questionei, coçando a nuca e rindo. - Cobras costumam se comportar como? Tem alguma ideia? - Completei, olhando ao redor e analisando o ambiente que nos cercava agora que qualquer sinal da estrada havia desaparecido pós caminhada.

Oddish 04/40