Diamante Negro!

OFF:
Olá querido narrador! Espero que possamos nos divertir nessa aventura ~!
Tenho alguns objetivos bem simples antes de começar a verdadeira "caçada", hehe. Sei que eles podem parecer um pouco demais, mas queria pelo menos capturar o Houndour antes de ir para o Ice Path. Enfim, espero que goste de me narrar e que possamos nos dar bem. s2

- Capturar um Houndour;
- Colocar meus Pokémon no mínimo no nível 25;
- Tentar evoluir o Houndour/Sentret;

Minha primeira experiência com o voo no Noctowl foi muito eletrizante. Passei entre as nuvens branquinhas como algodão doce, passei também vendo as maravilhosas paisagens da região de Johto. Me maravilhei com o Monte Silver, que li em livros lá de Sinnoh, e pude ver um vislumbre distante da região de Kanto, que determinei claramente que a visitaria em breve. Foi um acontecimento bem marcante em minha vida que queria muito repeti-lo quantas vezes desse.

Pousamos na cidade de Blackthorn, vi em uma revista de acontecimentos locais que havia um lugar especial para Pokémon de gelo: o Ice Path! Fiquei contente com esta descoberta e quis ver o lugar com meus próprios olhos. Decidi encontrar, primeiramente, uma espécie que me permitisse uma boa luta contra os Pokémon gelados. Pelas características de Blackthorn ela poderia abrigar uma espécie de cachorro de fogo. Não conheço nem um pouco dos Pokémon de Johto e desta espécie em especial muito menos.

Passei alguns minutos no Centro Pokémon tratando de meu Noctowl, que estava cansado da viagem. O acariciei e dei algumas guloseimas que sobraram da última experiência em New Bark. Me lembrei de algumas passagens pela Cherry Cup, que me possibilitaram vários novos itens em especial uma técnica nova que queria ensinar ao Ymir, mas por enquanto queria deixar meu Noctowl muito bem. – Como foi a viagem, meu querido? Está se sentindo melhor? Descanse bem! – Sorri e acariciei a coruja sob a cabeça e também no peito.

Depois de longos minutos, talvez uma hora, sairia do Centro Pokémon. Queria explorar a cidade que me rendeu uma grande curiosidade. – Blackthorn... que nome forte! – Exclamei ao ver a paisagem daquela cidade completamente desconhecida. Olhei para todos os lados procurando atrativos e principalmente Pokémons a capturar. Passei alguns minutos caminhando pela cidade, sempre cumprimentando as pessoas que encontrasse pelo caminho com um educado bom dia/boa tarde/boa noite.

Coloquei Hórus na pokébola, mas Kvasir estaria ao meu lado. Deixaria a curiosa exploradora fazer o que sabia de melhor! Sua habilidade com os olhos era algo que me faria muita ajuda agora, então ela estaria sempre correndo, a uma distância próxima de mim, procurando ainda mais coisas que nos chamasse atenção.

Caminhando pelas ruas de Blackthorn percebi o quão interessante era a cidade. Seu design deixava o clássico e o moderno se completarem em uma variedade de belezas arquitetônicas. Me fugiram as palavras para descrever o local e suas características, então fiquei apenas com um sorriso silencioso ao contemplar a cidade. Kvasir poderia não ter esse senso, mas certamente se divertia com as lojas, casas, prédios e outras construções que com certeza chamavam a atenção da exploradora. – Heh.

A senhora que veio falar comigo foi bem gentil. – A, sim! Muito obrigada! – Agradeci. Entendi que haveriam transportes diferentes pala locais diferentes. Me surgiu a dúvida do que cada bairro tinha de particular, mas no fim das contas me decidi por aventurar a cidade alta primeiro. – A senhora sabe me dizer como é o bairro nobre? Talvez possa dar uma passada por lá mais tarde. – Perguntei a senhora dentro da loja. Enquanto isso não deixei de observar o que ela expunha em seu estabelecimento. Era comida? Roupas? Itens domésticos? Seja lá o que for me renderia uma boa olhada para atiçar a curiosidade. Agradeceria após a resposta e esperaria pela chegada do ônibus.

Havia a possibilidade de o ônibus demorar, neste caso me contentaria em dar uma caminhada na direção de onde ficava a cidade alta. – Poderia me dizer a direção da parte alta da cidade? – Perguntaria a algum transeunte. Então seguiria a direção até o local onde desejava ir. Seria, pelo menos dessa forma, eu acho, mais fácil de explorar e descobrir coisas espalhadas pela cidade. Teria mais tempo em reagir ao que a natureza, ou seja lá o que for, pudesse me oferecer. Talvez Pokémon, talvez alguma pessoa interessante, enfim! Queria mesmo tirar alguns dos acontecimentos da Cherry Cup da mente e focar em criar uma equipe de Pokémon do tipo gelo de elite!

Caso o ônibus chegasse ao ponto eu pouparia minhas pernas e minha energia. Mas ainda assim admiraria a paisagem durante a viagem. Me sentaria mais ao fundo, colocando Kvasir sobre meu colo, e observaria os arredores da estrada. Haviam florestas ou apenas casas e prédios? Havia algum ponto de interesse na cidade? Eu sabia que um líder de ginásio do tipo gelo morava na cidade. Isso me dava um pouco de ansiedade, afinal ele era quem eu queria me tornar um dia. Respirei fundo e me concentrei apenas na paisagem. Pensar no futuro não era bem o meu forte.

Era interessante ver a senhora organizando os itens de sua loja. E me vi contemplando os pokéblocks. Era delicioso vê-los, principalmente Kvasir, que se animou com o cheiro. Sem nem perceber falei por impulso. – A senhora poderia me separar um saquinho? Quero levar para meus Pokémon comer depois. – Fui surpreendida por Kvasir correndo em círculos em volta de mim. Ela estava animada e em êxtase, o que era raro de se ver, mas fiquei feliz com isso e me conformei com minha ação.

Daria o dinheiro necessário, mas daria algumas especificações das espécies de minha equipe, como o Pokémon pássaro, o leão marinho e o inseto. Eu não sabia como iria utilizar aquilo apropriadamente, afinal a imagem de doces para Pokémon eram os poffins, mas ainda assim seria um tira gosto para meus queridos. As berries sim seriam de grande valia, mas sabia lá eu quais haveriam em sua loja. Eu não conhecia muitas e as que vi foram apenas as oran e lum.

Esperava ser rápido, afinal ônibus estava próximo de chegar. Então pegaria, pagaria e correria para ponto. – Obrigada! – Diria às pressas.

Kvasir me acompanharia na viagem. Chegando na parte alta da cidade tiraria um dos pokéblocks e daria ao Sentret. – Vamos! – E observaria com atenção como era aquele distrito. Daria uma boa olhada nas casas, nas ruas e também em algum lugar de interesse, como praças e campos. Veria se havia alguma lojinha e também tentaria procurar por um Centro Pokémon, me perguntei se as cidades eram limitadas a ter apenas um. – Que doideira... – Mas no fim apenas caminharia com minha roedora.

Certamente meu foco eram os Pokémons, como uma futura treinadora de elite eu queria muito expandir minha equipe. Queria firmar meus laços com meus Pokémon também, então Hórus seria meu próximo Pokémon a ser treinado após o “intensivo” que Ymir teve durante a Cherry Cup.

Procuraria por algum beco, também algum campo gramado ou espaço arborizado. Daria atenção a locais mais escuros e locais menos habituados. Em minha mente a imagem do cachorro de fogo piscava, mesmo sem nunca o ter visto. – Como ele deve ser? Acho que ele deve ser brincalhão, heh.

Todas aquelas pessoas me olhando me fizeram congelar. Era uma sensação muito ruim, como se todos estivessem me julgando, o que naquela situação de fato estavam. Tentei disfarçar, olhando para o chão ou para os prédios que compunham aquele bairro, mas de nada adiantou quando ouvi os comentários infelizes. – Tsc... Kvasir, fica perto de mim. – Falei, sem nenhuma vontade própria, apenas por instinto de defender minha Pokémon. A Sentret obedeceu, o que era um pouco raro, talvez até ela tenha entendido o lugar onde estávamos.

Caminhei sem rumo, entre olhares e comentários maldosos, mas no fim aquela voz me salvou. – Hã? – Disse surpresa, mas nem tive o ímpeto de duvidar do rapaz que me chamou para um beco estreito. Em outras situações eu o ignoraria, chamaria de estranho e sairia sem titubear, mas ali parecia bem diferente. – C-certo...

O segui.

A princípio fiquei meio indecisa quanto ao que esperar. Ele estava me levando para algum lugar questionável? Queria fazer alguma coisa comigo? Não sei! Mas pelo menos estava longe daquelas pessoas que andavam para lá e para cá com suas roupas executivas e organizadas.

Fitei o rapaz misterioso da cabeça aos pés. Queria me certificar de que não estava andando com algum maluco por aí, mas no fim das contas isso não faria a menor diferença. Eu estava com um estranho! – Obrigado, eu acho. – Agradeci por me tirar daquele ninho de cobras. Olhei em volta, daria uma boa analisada naquele beco estreito.

Sentret neste ponto estava entrelaçada entre minhas pernas, horas olhando a nossa volta horas aguardando o comando de pular no pescoço de qualquer um por ali, inclusive o homem de preto.

Olhei bem para o sujeito quando ele começou a me guiar pelo beco. Foram minutos que mais se pareceram com horas. Pensei bem no que ele queria fazer, como ele queria fazer e pra que ele queria fazer seja lá o que se passasse na cabeça daquele estranho. – Hum... – Murmurei, tentando memorizar o caminho por onde estávamos passando. Kvasir estava entre nós, mas ela mais se preocupava com alguém chegar ali do que qualquer outra coisa. Parecia que situações assim, de adrenalina, animavam a Sentret.

Paramos perto de uma escada, ele falou sobre a situação e eu respondi, ainda sem jeito. – Err... realmente, é bem estranho você... – Ele nem me esperou terminar de falar. – Ei! Sua mãe não te deu educação não? – Perguntei, em um tom bem imperativo. Era bem desconfortante ser cortada duas vezes enquanto falava. Onde estão os modos daquele garoto? – Calma aí! – Falei antes de começar a subir. Olhei pra cima e seria um tanto cansativo até lá em cima. – Huff... – Respirei fundo e fui!

Sentret me guiava pelas escadas, alguns degraus acima averiguando antes de eu chegar. O clima de Johto me deixava ofegante, subindo uma escada fazia eu ficar ainda mais cansada e sem ar. Dei algumas paradas pelo caminho. – Odeio esse calor de Johto... – Reclamei, mas retomei o ar e continuei subindo.

Já no topo do prédio eu tinha mais liberdade para respirar a plenos pulmões. Estiquei os braços enquanto deixava o cabeço solto. – Você é bem energético! – Exclamei, com falta de ar, dando olhares para o rapaz. Queria entender o que levou ele a chamar uma qualquer na rua e convidar para o topo de um edifício. – E aí? Me explica o que está acontecendo, por favor. – Indaguei. Realmente estava confusa e curiosa sobre tudo aquilo. Sentret estava a minha frente, olhando para o rapaz de preto. Ela estaria apoiada em seu rabo, como costumeiro de sua espécie, para ganhar altura talvez. Além do típico olhar suspeito e interrogativo que ela sempre mantinha.