[Battle Pyramid] ???5 - Mais um desafio.

– Rôôôôw! Olá verdadeira Robin. Fala do senhor Coelho Branco?! – questionava Pelipper tragando de seu cachimbo vez e outra – Se for ele mesmo, foi para lá!

Uma confusão só. A asa direita apontou pro caminho da esquerda. A asa esquerda apontou pro caminho da direita. O bico inclinou pra apontar pro caminho de trás, o do meio... O que realmente denunciou o caminho certo - à direita - foi um Pidove abobalhado que deixou a roda pra ciscar o chão úmido, que lançava um leve vapor onde os pés quentes do coelho encontraram a chuva do pelicano. A bem da verdade, todos os passarinhos começavam a sair do ritmo quando a música do líder parou.

– Roda roda roda sem parar, pois rodando assim a nossa roupa vai secar. – repetia para impor novo ritmo – Gostaria de se juntar a nós, verdadeira Robin? Quem dá uma volta inteira ganha um prêmio. Quem dá meia volta tem que deixar um item para levar outro. Mas só quem vence a corrida e se seca é que leva tudo. – dizia, mostrando os itens debaixo do seu corpo:

- Um saquinho com 4 Oran Berry;
- Outro pacote com 3 Sitrus Berry;
- Uma caixinha com 2 Potion;
- Um frasco de 1 Super Potion;

Para levar apenas um destes, Robin teria que dar uma volta completa na pedra, sob a chuva e a música do Pelipper, mas correndo o risco de perder a noção de orientação e pista de Scorbunny. OU ela poderia simplesmente trocar um de seus itens - podiam ser poucas Berries simples, por exemplo - por um daqueles de cura, sem precisar ter que correr junto aos outros passarinhos pra seguir seu caminho. A terceira opção é nada mais que uma ilusão. Ninguém parece nem perto de se secar ou vencer a corrida fake. Ainda assim, Pelipper seguia ditando o ritmo dos seus amigos lá embaixo.

Battle Pyramid – Noite | 17ºC – Bedendo

Robin percebia que a brincadeira "inocente" do Pelipper de terno podia lhe custar, no mínimo, uma roupa muito molhada, além da perda da pista do Coelho Branco. Assim, preferiu dar três das suas frutas em troca das do pelicano, que cedeu com alegria. Depois, em menos de meia volta na rocha, alinhada com os passarinhos, a garota pôde seguir seu caminho fazendo o desvio à direita.

– Pula, pula, pula! Corra, verdadeira Robin, precisa se secar antes de encontrar a rainha! – se despedia de forma incomum o aquático.

A competidora deixaria então o grupo estranho de aves para ir explorar aquele novo caminho. Devo dizer que ele era tão estranho quanto o restante. Primeiro porque seguia úmido nas paredes, apesar de não chover, mas de um líquido viscoso, brilhante e de aroma e sabor adocicados - mel, se ela ousasse experimentar. Depois de alguns metros, quando já nem era possível ouvir a música do pelicano, o corredor começava a se alargar por completo, dando espaço pro piso de concreto se transformar em grama; e verdadeiros canteiros com árvores comporem um jardim exótico, com árvores podadas em formato de coração, do qual brotavam rosas muitíssimos vermelhas. [imagem ilustrativa]

No fim daquele jardim, um pequeno palácio se erguia. Nada imenso ou ostentoso, já que estamos dentro de uma pirâmide, mas algo de tamanho suficiente para caber um campo de batalha. A propósito, havia uma tensão crescente no ar à medida que se aproximasse daquele lugar. Não seria nem um pouco confortável, também, escutar o grito estrondoso que vinha de lá:

– CORTEM-LHE A CABEÇA! – dizia a voz feminina em tom de ordem e autoridade.

O pior de tudo é que, pela grama chamuscada, dava pra ver que Scorbunny passou mesmo por ali. E agora? Seria esse um bom momento pra visitar alguém irritada?

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Bingo! Seu temor foi certeiro, cara Robin. Ao entrar no castelinho cenográfico, encontraria um salão comprido, sem cadeiras, mas repleto de diversos Pokémon Tipo Inseto em seus primeiros estágios. Do lado oposto à porta por onde entrou, havia um trono alto e largo, sobre o qual a dona da voz imperativa, uma Vespiquen elegante e intimidadora:


– CORTEM-LHE A CABEÇA! – repetia, apontando para um púlpito na sua frente. Nele, o Scorbunny apressado se encolhia, tremendo por completo.

– Mas minha senhora, minha querida... Ele disse ter encontrado a verdadeira Robin e que ela estava pra chegar. – tentava intervir um pequeno Combee macho que voava nervoso entre a rainha e o coelho.

– ELE A PERDEU! CORTEM-LHE A CABEÇA! – dizia incisiva.

Ao redor, alguns Kricketot ficavam sem saber se podiam ou não levar o coelho até o algoz que o decapitaria: um Scyther que afiava as garras com olhar sádico... O destino do Scorbunny estava nas mãos de Robin, a verdadeira. Mas sugiro que ela se prepare, assim como seus Pokémon. Porque, ao que tudo indica, Vespiquen não tá de bom humor...

Off escreveu:Vai rolar batalha, então se prepare!

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Houve um silêncio pesado quando Robin se manifestou, intervindo pelo coelho e, principalmente, interrompendo uma ordem da rainha. Todos os olhares se voltaram para a garota, inclusive do Scyther que via nela uma nova vítima em potencial.

– QUEM ÉS TU? – sim, Vespiqueen precisou perguntar porque, no calor do momento, não ligou os pontos a respeito da menina que não se apresentou.

Mas, já dizia o ditado que pra bom entendedor, meia palavra basta. Nesse caso a entendedora era aquela criatura louca, então não à toa entendia tudo de forma igualmente insana. Estou falando das Pokébolas na mão de Robin, que Vespiqueen entendia como uma clara ameaça.

– LOUCA! – acusava Robin, apontando-lhe o dedo longo.

Porém, a grande surpresa era mesmo a bandeja com duas Pokébolas que um Croagunk correu para servir a sua mestra. Vespiqueen não hesitou e imediatamente lançou seus Pokémon no salão. O frio que os acompanhou foi imediato, tanto quanto o fato de todos os súditos correrem para fora dali, deixando um espaço aberto entre Robin e a Rainha de Copas. Rolaria uma batalha!

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Robin sabia muito bem a que veio e, ao ver os Pokémon da rainha, não hesitou em mudar seu próprio plano de ação. Aí foram Weezing e Blissey que vieram a campo pra lutar.

Foi o poder da fada que afastou completamente a sensação de frio que começou a se instaurar assim que Ninetales pisou no solo. Até deu pra ver uns floquinhos de neve caindo, mas eles se dissiparam no ar depressa. A raposa e sua mestra não gostaram nada daquilo, uma surpresa que atrapalharia seus planos. Mas tudo bem, tinham ainda uma carta na manga que também pegaria Robin de surpresa. Imprison veio pra anular todas as demais ações de Weezing, como uma punição.

No que diz respeito à ofensiva, só Wailmer fez algo num primeiro momento, lançando um poderoso jato d'água pro ar, que caiu em gotas fortes contra os adversários. Por sorte Harmony estava ali pra dar uma assistência ao seu aliado, que ficou muito machucado com o golpe. Mas, ajudá-lo a deixava vulnerável para receber sem notar os gases tóxicos enviados por Ninetales.

Em tempo, Wailmer seguia com seus poderosos golpes de água, que agora deixavam Weezing quase nas últimas! Harmony tentava descontar algo da baleia, mas estava longe de ser o suficiente para derrubá-lo. Que batalha!

– NYAHAHAHAHA! – Vespiqueen gargalhava de forma insana, cantando vitória com antecedência – Usem seus ataques em sequência, mais de uma vez se preciso for; vamos derrubar esses dois: Ninetales, Icy Wind e Wailmer, Water Spout!

Log de batalha:

Campo: Sala grande e fechada, com plateia. Tamanho padrão de campo de batalha da liga.

Off escreveu:Só lembrando que nessa batalha é permitido usar itens e quantos Pokémon você quiser por em campo.

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