[007] Learn to Fly

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Estar de volta em casa trazia recordações à Lief. Embora não fizesse tanto tempo que embarcara em sua jornada, sentia-se como se não visse o lar há meses. Claro que parte desse sentimento devia-se às reformas que o local havia passado depois dos desastres, mas mesmo aquilo que se manteve igual causava-lhe ao mesmo tempo estranheza e conforto.

Sentado à mesa da cozinha ele contemplava cada canto do ambiente e sorria. "O pior já passou" ele pensou, "Daqui pra frente só coisas boas virão". O otimismo que tentava carregar a todo o momento foi algo ensinado pelo falecido pai. Ao seu lado estava Noah, seu melhor amigo, que recentemente havia se tornado também seu companheiro de viagem e à sua frente estava sua mãe, com um brilho no olhar, aguardando para ouvir tudo que ele passara.

A última vez que se viram desde que deixou a cidade havia sido na ilha flutuante da Sienna Co., quando ele juntou-se aos esforços voluntários para reconstruir Tohjo, mas foi um encontro muito breve e não tiveram tempo suficiente para conversar de acordo. Contou-lhe, então, sobre sua chegada em Slateport, os amigos que fez — tanto humanos, quanto pokémon —, mas preferiu omitir o encontro sobrenatural. Em seguida, relatou sua experiência como ator no Teatro de Forina.

— Eu realmente não esperava que tu tivesse vocação para atuação! — sua mãe disse com uma risada, parecendo ignorar a parte que ele contava sobre como o encontro com Sabrina e a conquista da Insígnia da Rainha despertara nele uma vontade de vencer os ginásios.

— Pois saiba que eu tenho e sou muito bom! — Lief replicou confiante — A plateia aplaudiu muito!

— Só acredito vendo! — debochou Noah.

O moreno mostrou-lhe a língua e prosseguiu relatando sua história, agora com a ajuda do amigo que também estava presente. Contaram sobre suas aventuras em Dewford, mas foram interrompidos no momento em que mencionaram os piratas.

— Quando eu te deixei sair em jornada não era pra sair enfrentando esse tipo de gente! — repreendeu a mãe.

Os meninos ignoraram e continuaram a história, contando sobre como acabaram ajudando a polícia e trazendo os bandidos à justiça. A mulher ouviu-os ainda com seu olhar de reprovação, mas sabia que não adiantaria falar mais nada. Por fim, falaram sobre seu retorno à região para o evento no National Park e sobre como aproveitaram a ocasião para fazer uma visita.

Lief parou um momento para refletir. Havia ido para Hoenn viver sua jornada, mas as circunstâncias o trouxeram de volta à sua cidade natal. Por um lado, seria simbólico que o primeiro ginásio que enfrentasse fosse ali. Levantou-se e fez sinal para Noah, era hora de voltarem à rua.

— Imagino que tu esteja indo para o ginásio... — disse a mãe, que pelo visto escutara bem o relato do filho — Acho que tu vai gostar de saber que a Escola de Voo também foi reformada, pode ser útil passar por ali também!

O garoto sorriu. Apesar de sua mãe não aprovar todos os perigos que eles enfrentavam, ela era a maior incentivadora de sua jornada. Definitivamente uma dica muito importante, seria muito útil poder voar rapidamente entre as cidades.

Pegando o braço de Noah, enfim os dois saíram pela porta. Mas será que seu caminho até o ginásio seria tão tranquilo quanto esperavam?

OFF:

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OFF:

Violet estava longe de ser uma cidade movimentada. Apesar de ter um dos primeiros ginásios da região de Johto, certamente o lugar não passava de um local passageiro para os treinadores; muitos vinham do laboratório do Professor Elm, derrotavam Falkner, e saiam dali. Até porque, não tinha muito mais o que fazer por ali, né? Além de visitar a Sprout Tower, Violet não era lá tão conhecida por turismo forte, então, restava apenas os motivos já citados para alguém resolver visitar o lugar. Lief, contudo, tinha um motivo extra: aquela cidadezinha pacata e tradicional era o que ele chamava de casa.

Depois de tanto tempo sem ver a família (por motivos óbvios), um espacinho na agenda, e a necessidade de enfrentar Falkner, traziam o garoto até a cidade zéfira, e o faziam visitar sua mãe; com certeza ela ficaria muito feliz em ver o filho novamente, e com toda certeza o prenderia ali o máximo de tempo possível para desferir pequenas broncas que claramente não serviam mais de propósito. Mas, apesar do bom papo, não havia muito ao garoto e seu companheiro para fazer ali; na verdade, ele deveria usar o tempo liver para enfrentar o especialista Flying, e foi exatamente essa ideia que ele teve.

Sendo assim, Lief e Noah deixaram a casa dos pais do protagonista, pensando no futuro próximo e como os próximos momentos impactariam toda sua jornada; afinal, uma derrota logo no primeiro ginásio poderia ser devastadora e até desanimadora. Mas, com certeza o garoto conseguiria, né? Com a preparação correta e o treinamento em dia, tudo daria certo. O sol parecia concordar comigo, afinal, ele brilhava forte e estimulava vários treinadores a deixar o conforto de seus lares para se divertir ou passar um tempo com a família e amigos ao ar livre; e nisso, Violet era especialista como ninguém. Os parques naturais espalhados pela cidade garantiam uma boa vista de QUALQUER lado do munícipio, e com certeza valeria a pena parar para treinar por ali.

A dupla, coincidentemente, passava por um desses pouco tempo depois de deixar a casa onde o garoto crescera; estava bem cheio, com alguns treinadores se digladiando, enquanto outros apenas aproveitavam bons momentos com seus amiguinhos animais. Talvez fosse uma boa parar por ali, fosse pra desafiar algum aleatório, como também para ficarem um tempo juntos e se deleitassem na vitamina D; duas opções extremamente válidas, e duvido que alguém julgaria qualquer um dos dois rapazes por querer algum descanso. Qualquer que fosse a escolha, contudo, viria acompanhada de uma quantidade grande de pessoas reunidas, então (claro) ir direto pro ginásio ainda era uma alternativa mais rápida e fácil. Só não tão divertida pro narrador aqui.

PROGRESSO DA ROTA:

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O dia estava bonito e, provavelmente por isso, bastante movimentado, considerando o comum para a cidade. Embora o sol estivesse brilhando bastante, Lief não sentia calor, talvez o clima quente de Hoenn tivesse lhe dado uma leve resistência. Noah, por outro lado estava se abanando com a mão.

— Muito fraquinho... — comentou Lief.

O loiro nem se deu ao trabalho de responder, apenas mostrou-lhe o dedo médio e seguiu caminhando. Ao passarem por um dos parques da cidade, o movimento chamou a atenção do moreno e ele lembrou-se de soltar seus pokémon da pokébola. Sua casa era pequena e não havia tanto espaço para eles ficarem soltos e confortáveis, mas ali não havia problema.

Os monstrinhos, com exceção de Yomi, ficaram surpresos com a presença de Mimikyu, afinal era a primeira vez que o viam. Lief estava preocupado com esse momento, pela descrição da pokédex o fantasma tinha dificuldade de fazer amigos, ele esperava que seus companheiros o recebessem com afeto. A Misdreavus tomou a dianteira e o chamou para brincar.

Ao começar a ir em direção ao parque repleto de treinadores, Yomi olhou para o parceiro, esperando o consentimento. Lief assentiu e parou. Noah olhou-o intrigado, querendo entender o motivo da parada, mas um sinal de cabeça do moreno na direção dos pokémon que já começavam a brincadeira foi o suficiente. Liberou Amelia, Marx e Tesla também e então os nove reuniram-se.

— Tá um dia bonito, não tem porque irmos correndo pro ginásio! — disse Lief, sorrindo ao ver que Mimikyu já parecia integrado ao grupo — Não é como se eu conseguisse dizer não para algum deles, também.

— Eu entendo! — respondeu o amigo — Quando não se pode vencê-los, junte-se a eles!

Com essas palavras, Noah pegou o companheiro pelo braço e ambos foram também em direção ao parque.

OFF:

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A mudança de planos era rápida, parte por culpa dos Pokémon, parte por culpa do próprio Lief; mas o fato era que, o destino dos garotos já não era mais ir diretamente para o ginásio. Uma parada no parque era merecida, e como o próprio Lief disse, não tinha como negar isso a seus pequenos; Pokémon eram como crianças, mesmos os totalmente evoluídos com anos de experiência, e situações como essa provavam essa teoria. Apesar da preocupação do protagonista com seu novo fantasminha, sua Misdreavus não pareceu compartilhar do sentimento, e tratou de enturmar a fada sem muita demora, seria questão de tempo até que todos eles fossem uma grande família, como sempre eram.

Caminhando então em direção ao parque, a dupla encontrava logo na entrada um belo lugar pra sentar; uma mesa de pedra com bancos feitos de troncos, bem rústico e mal parecia ter sido feito por mãos humanas. Havia uma parte mais próxima de um lago, também, uma sombra fresca abaixo de uma árvore logo ao lado da margem, que poderia ser bom caso eles quisessem pescar ou deixar os monstrinhos se refrescarem; mas mais importante, a parte menos natural e mais habitada era com certeza a mais interessante. Na parte mais compactada da terra, haviam dois grandes campos de batalha, lotados de treinadores; dava pra ver ao longe dois adolescentes se enfrentando com um grande público assistindo.

Talvez fosse algum tipo de mini torneio? Quem sabe. Não importaria tanto também, se Lief não quisesse treinar, então, vou deixar apenas esses detalhes. Os Pokémon pareciam já ter escolhido, contudo, corriam pra lá e pra cá e estavam pouquíssimos interessados numa batalha, com toda certeza o garoto teria alguma dificuldade para convence-los do contrário, mas nada que uma boa lábia não resolva, huh? Se prestassem muita atenção, dava pra ver no canto de um dos campos uma figura vestindo preto, com óculos de sol e de terno, naquele sol escaldante; certamente não era normal, mas também não era da conta da dupla, né? Suspeito? Talvez. O bastante pra fazer eles esquecerem seu dia no parque para investigar algo que poderia ser nada? Provavelmente não.

PROGRESSO DA ROTA:

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Os garotos adentraram o parque e acomodaram-se, sentando na grama para assistir a brincadeira de seus parceiros. Apreciaram a brisa e a natureza até que os sons de batalha chamaram a atenção de Lief. Treinadores reuniam-se para o que parecia ser uma espécie de pequeno torneio.

Com certeza participar seria uma boa forma de se preparar para enfrentar Falkner. É verdade que seus monstrinhos estavam muito entretidos brincando entre si, mas o moreno conhecia Zelos e Raiden bem o suficiente para saber que eles não trocariam uma chance de batalha por nada. Contudo, antes que pudesse verbalizar sua intenção, Noah o cutucou e fez um sinal com a cabeça.

Ele apontava para uma misteriosa figura com roupas que com certeza não combinavam com o clima do momento. A princípio Lief deu de ombros.

— É um cara estranho, mas tem louco pra tudo nesse mundo. — disse.

— Talvez, mas... — Noah não sabia muito bem o que dizer, mas algo naquela pessoa o deixava desconfortável — Pode não ser nada, mas e se for? Olha a quantidade de crianças e pokémon que tem nesse parque!

— Tu não vai conseguir descansar se a gente não fizer nada, né? — perguntou o outro, rapidamente recebendo uma confirmação.

Então Lief levantou-se e caminhou na direção de sua Corphish, chamando-a para perto e a tirando brevemente da brincadeira. Sussurrou algo para ela e então juntou-se aos demais pokémon, observando disfarçadamente o que ela faria a seguir.

A aquática prontamente dispôs-se a fazer o que lhe fora pedido, dos pokémon do rapaz ela era a com menos prudência e por isso a melhor escolha para o plano (ou talvez a pior). Se tudo desse certo, Zelos iria fingir esbarrar por acidente na tal figura, como se estivesse ainda brincando, então Lief poderia rapidamente intervir para pedir desculpas e assim conseguir um motivo para iniciar uma conversa.

Noah observava ainda sentado, confuso com o que estava acontecendo.

OFF:

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Era um plano arriscada o de Lief, devo admitir; não bastasse a quantidade de pessoas que estava ali, e que poderia ver tudo, também havia a possibilidade do cara simplesmente não soltar nada, pelo mesmo motivo. Talvez ele até marcasse o garoto depois disso, e o pegasse num beco escuro quando ninguém estivesse olhando... Mas isso sou eu, fã de terror, fantasiando; o que realmente era um perigo era de que o moreno atraísse atenção demais. Sabe, quando acaba se envolvendo em algo grande demais e que, outrora, acabaria escolhendo não o fazer, se já soubesse do que se tratava? Pois bem, talvez essa fosse a situação em que o garoto entraria, mas não dava pra saber sem tentar, né?

Com um objetivo e uma grande dose de desastradas, a Corphish partia em direção a missão, completamente desengonçada, fingindo brincar; balançou até encostar na perna do homem e (sem querer) apertar suas pinças na canela do misterioso cavalheiro. Não posso dizer que aquela foi a ideia mais... Silenciosa, de ser executada, já que com o apertão o homem só soube olhar pra baixo e gritar de dor; mesmo que tenha sido sem querer, receber uma pinçada de uma lagosta com certeza não deveria ser nada agradável. Isso fez, não só a plateia, mas como a batalha em que eles assistiam, simplesmente pararem para ver o que estava acontecendo.

Agora, Lief teria de enfrentar a multidão e a vergonha pra pegar seu Pokémon de volta, já que em pouco o homem bem vestido começaria a buscar pelo dono daquele Pokémon, e isso com certeza não acabaria bem...

PROGRESSO DA ROTA:

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Quando Noah percebeu já era tarde demais. Zelos já estava com sua pinça ao redor da canela da figura misteriosa.

— Se eu soubesse que esse era o plano, eu tinha te impedido! — disse, lançando um olhar furioso para o outro que ainda estava fingindo brincar.

— Bom, tu mesmo disse que queria me ver atuar! — Lief respondeu dando de ombros.

Em seguida, o moreno respirou fundo e tentou canalizar tudo que aprendera no Teatro de Forina. Fez a cara de preocupação e constrangimento mais convincente que pôde e, ignorando a multidão confusa, correu na direção de sua pokémon atrapalhada.

— Meu deus! — exclamou, de olhos arregalados — Mil desculpas, senhor, eu não sei o que deu nessa maluca!

Virou-se para Corphish e fingiu dar-lhe uma bronca.

— Meu nome é Lief, e o seu? — perguntou à figura misteriosa, estendendo-lhe a mão para cumprimentá-lo — Tem algo que eu possa fazer para me desculpar?

Noah apareceu logo atrás, determinado a impedir novas ideias horríveis que seu amigo pudesse ter.

OFF:

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OFF:

Fingir era com certeza a melhor alternativa e Lief estava determinado a faze-la; botou a melhor cara de arrependimento que tinha e se despediu do resquício de dignidade que poderia impedi-lo de desempenhar um bom papel naquele momento. Apesar disso, o rapaz não pareceu dar tanta atenção para a atuação dele, na verdade, quando o moreno se aproximou, ele só ficou coçando sua canela e mal se deu ao trabalho de cumprimentar o rapaz. Não era ignorância, mais como se ele fosse meio desatento mesmo, ele só foi perceber a presença do protagonista quando levantou o rosto, depois de ouvir ele falando com alguém e esse alguém não responder; deduziu que era pra si a quem ele se referia, e coçou atrás da cabeça.

- Ah, imagina, ela só me pegou de surpresa. Não esperava ser pinçado por um Corphish no meio do parque. - Foi uma risada meio nervosa que ele soltou, mas dava pra ver que ele era bem amigável. - Sou Chris. - Respondeu com um pequeno sorriso, e só depois estendeu a mão, quando percebeu que tinha que cumprimentar Lief de volta. Olha, se ele fosse algum tipo de espião, com certeza estava fazendo isso errado... Ou fingia tão bem quanto o próprio garoto. Vai saber? - Acho que só as desculpas bastam, obrigado. - Completou, mantendo o sorriso depois de recolher a mão.

Noah parecia não tão interessado na situação, como se tivesse desistido agora que viu que o rapaz não passava de um cara qualquer, mas ainda restava nas costas de Oturan decidir o que fazer. Arrancar mais algumas informações do cara de terno não parecia ser a melhor opção, mas já que eles já estavam ali, poderiam aproveitar o evento, né?

PROGRESSO DA ROTA:

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A figura misteriosa finalmente tinha um nome: Chris. E, na verdade, parecia um rapaz bastante simpático. Noah pareceu aliviado com a forma como a situação se encaminhou e para Lief isso era o suficiente. Embora restasse uma suspeita de que o homem fosse um bom ator e estivesse fingindo, agora com certeza ele estava sendo notado pelas pessoas ao redor. Não conseguiria agir de forma furtiva.

Com isso resolvido, o moreno lembrou-se do torneio que parecia estar acontecendo ali e teve mais uma brilhante ideia.

— Ei! — tentou chamar a atenção de Chris — Tu é treinador? Acho que está tendo um torneio aqui hoje! Vamos participar?

Independente da resposta do sujeito, Lief pretendia procurar os responsáveis pelo evento e pedir para participar.

OFF:

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Situação controlada, a dupla poderia facilmente ir embora, deixar o rapaz em paz e impedir a Corphish de acabar pinçando outra pessoa aleatória, mas é claro que, bons protagonistas como eram, não desistiriam tão facilmente. Afinal, algo ainda estava estarnho com toda aquela história, já que, que sentido fazia alguém estar vestido da maneira que ele estava num lugar como aquele? Era, no mínimo, sem noção; chamativo também, mas de uma maneira negativa. Sendo assim, Lief tinha uma ideia tanto quanto perigosa, mas que, se funcionasse, certamente os fariam ficarem mais próximos do suspeito.

O homem ergueu a sobrancelha com a sugestão do garoto, a princípio ficando surpreso, mas depois negando com a cabeça e até mesmo corando o rosto. - Ah não, eu não tenho tanta experiência como treinador, não me atreveria a tentar. - Estava claramente desviando do assunto. Não dava pra saber com certeza se ele realmente não era um bom treinador, mas de fato aquilo era um jeito de se esquivar dos meninos; nos momentos seguintes, ele tirou o celular do bolso, viu algo que não dava pra enxergar da distância que Lief estava, e guardou novamente o aparelho. - Se me dão licença... - E saiu de perto.

Foi toda uma situação estranha, mas agora, se eles realmente quisessem participar do torneio (mesmo sem o estranho), eles conseguiam ver um moço alto, com um colete e cabelos loiros; era certo de que ele trabalhava no evento, então, para se inscrever eles provavelmente teriam de falar com o menino.

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