Pokemon: A Procura da Verdade

Prólogo – Cinnabar


- Vamos nos esconder! Rápido!
- Estou indo logo atrás!
Tudo estava em chamas. Na pequena porta que serviu de entrada para os dois amigos, tinha um pequeno buraco. Dali entrava uma quantidade considerável de fumaça.
- Rápido, me dê alguma coisa. Preciso tampar esse buraco!
- Tome, pegue esta caixa.

O menino coloca a caixa em frente ao buraco. A fumaça, que já era pouca, diminuia.

- Porque isso está acontecendo? Porque tinha que ser assim?

- Eu não sei amigo. Mas precisamos ficar aqui.

O barulho era incessante. Ouvia-se pessoas gritando, objetos sendo jogados.
Um dos pequenos garotos começara a ficar com muito medo.

- Sniff... Isso tem que acabar... Isso tem que acabar... - Dizia o garoto mais novo.

- Amigo, não fique com medo. Estamos juntos nessa!

Ouvia-se tudo. Até mesmo o barulho do fogo sendo apagado por alguns baldes de água.
Um homem gritava do lado de fora - Rhyperior, EARTHQUAKE!
Um terremoto estrondoso abalou a pequena ilha de Cinnabar. Muitas casas foram destruídas.
Desta vez, um senhor, com uma voz mais serena e experiente dizia - Arcanaine, Fire blast!

A porta explodiu, deixando entrar poderosas chamas ardentes. Os amigos gritaram assustados, mas um deles acabou desmaiando.
- Droga, não agora! Não agora!

O fogo estava muito alto, e se alastrando. Os amigos não tinham condições de ficar ali.
O menino que estava acordado, era mais velho. Sendo assim, tinha mais força para poder carregar seu amigo. Andando por corredores que pareciam não terminar nunca, logo se encontrava uma porta. Esta porta estava trancada. Não havia mais volta. Estavam os dois cercados pelo fogo. Parecia que o fogo tinha vida própia e que queria engolir os dois amigos ali mesmo. Quando menos se espera, um enorme Jato de Água chega vindo de uma parte do prédio que estava quebrada. Passando-se alguns minutos, o fogo tinha sido completamente apagado.
O menino ainda carregava o outro, o peso de seu amigo desmaiado desaparecera depois de passarem por toda aquela situação. Agora eles se encontravam fora da famosa Pokémon Mansion.

Apesar do fogo na Pokémon Mansion, em toda a ilha o pânico continuava, grunts da organização criminosa Rocket, assustavam moradores com seus Pokémon. O menino correu em direção a sua casa que ficava próxima ao ginásio e, ao se aproximar, presenciou uma feroz batalha.
Era Blaine, líder do ginásio, contra giovanne, o chefe da organização Rocket. A batalha que começara dentro da Pokémon Mansion continuara do lado de fora, e ainda mais intensa.
- Arcanaine use seu Extremevelocit. - Blaine parecia ofegante, a batalha estava lhe tomando toda sua energia.

- Agora Rhyperior use Rock Blast!

Arcanaine desviou das poderosas Rock Blast e lançou-se contra Rhyperior que não se sentiu muito afetado pelo ataque.

- Entregue-me o espécime, Blaine! - Gritava Giovanni.

- Nunca! Ele nunca deveria ter saído de onde o encontramos, foi um erro! - Blaine estava ainda mais nervoso.

- Então vou acabar com você aqui mesmo! - Giovanni estava pronto para acabar com Blaine.
- Rhyperior, agora, Flash Cannon.

Era o fim para Blaine e seu arcanaine, de repente um poderoso raio atingiu Rhyperior que caiu confuso no chão.

- O que foi isso? - Perguntou Giovanni procurando o Pokémon responsável por aquele Hyper Beam.

-Não pode ser! - Blaine não acreditou ao ver um poderoso Magmortar paralisado logo a frente.

- Então você apareceu! - Gritou Giovanni.

- Não! Fuja daqui, vá logo! - Blaine falava enquanto um pesar lhe batia no peito.

- Rhyperior, se levante e use seu Flash Cannon!

Rhyperior se levantou e mesmo estando um tanto confuso, lançou seu Flash Cannon contra Magmortar. O raio o atingiu com força total e o lançou metros longe de sua posição inicial.

- Sua tentativa de protegâ-lo foi em vão, Blaine. - Giovanni agora sorria. - Ele será meu , apenas meu!

- Não! - Uma voz seca e entrecortada surgiu.

O menino corria com outro nos braços, atravessou o campo de batalha e colocou-se ao lado de Magmortar. Deitou seu amigo no chão, e o abraçou. O corpo de Magmortar foi envolvida por uma luz e foi desaparecendo, então, o inusitado aconteceu, uma imensa onda atingiu Rhyperior, que caiu novamente, mas dessa vez, estava fora de combate.

- Acabou pra você Giovanni! - Disse Lorelei sobre seu Lapras.

- É, realmente acabou! - Lance também completava a elite de treinadores que estavam ali, tentando impedir o sucesso da equipe Rocket.

- Não! - Giovanni sorriu, enquanto uma pokébola rolava pelo chão - Eu ainda vou capturá-lo! Não foi hoje, mas algum dia eu irei!

- Você irá com a gente. - Disse Lorelei se aproximando de Giovanni.

- Isso nunca! – Giovanni tirou uma pokebola de seu bolso, e dela um poderoso Fearow surgiu.
Ele saltou sobre o pokémon que subiu rapidamente, mas Lance não o deixaria escapar, e também subia em seu Dragonite, no encalço de Giovanni.

Lorelei e Blaine olharam assustados para os garotos e o pequeno Pokémon caído, Blaine ergueu o menino desmaiado, enquanto isso Lorelei carregava o pequeno Pokémon em seu Lapras, em direção ao mar. O menino mais velho correu atrás de Lapras gritando exaustivamente.
- Não! O tragam de volta. Volte!


Passados alguns dias depois do caos que havia acontecido, o menino mais novo estava de cama. O mais velho parecia sadio.

- Amigo... É hoje que irei para Cerulean...

- Amigo... Não vá... Fique aqui, Solariam...

- Eu queria muito poder ficar, Jayden... Você sabe muito bem disso. Mas meus pais precisam do emprego fornecido por Blaine. E como o laboratório da Pokemon Mansion está destruído, o novo será em algum lugar de Cerulean...

Solariam deixa um amuleto para Jayden com o formato da metade de uma pokebola.

- Fique com isso... Espero que não se esqueça de mim, como não me esquecerei de você – Disse Solariam, com um sorriso – Agora amigo... Tenho que ir...

- Solariam...

- F- Fale amigo... – Solariam tentava se conter

Jayden levanta seu braço e faz um sinal de aprovação – Para sempre amigo... Para sempre!

Capítulo 1 – “O Mistério de Solariam”

Tudo começa com dois amigos. Solariam e Jayden. Solariam e Jayden foram amigos de infância, mas aos dez anos Eduardo foi embora para Cerulean e eles nunca mais se viram. Eles apenas conversaram por carta algumas vezes, mas logo pararam, e hoje que ambos completam quinze anos, eles se reencontraram em Pallet, especificamente no laboratório do Professor Carvalho.

— Puxa vida, agora que estou saindo em minha jornada, me lembro do meu amigo Solariam... Será que ele já partiu em sua jornada?
Deve ter partido há muito tempo... Demorei a tomar esta iniciativa.

Ao entrar no laboratório do Professor Carvalho, Jayden encontra um garoto junto ao Professor. Sua fisionomia, cabelo, altura, forma física. Tudo lembrava seu amigo de infância, Solariam. Até que seus pensamentos são interrompidos pela voz do Professor Carvalho.

—Jovem... O que faz escondido aí? Tenho Pokémon para os dois. Não se acanhe.

— Huh, tudo bem professor. Dê-me licença.

O professor tinha um sorriso no rosto, enquanto falava com Jayden. O rapaz, ainda um pouco envergonhado pelas palavras do professor adentrou ao laboratório observando fixamente o rapaz que ali estava a falar com o professor.

— Jayden, quero que conheça Solariam. Ele sairá em uma jornada, tão atrasado quanto você. – O professor não segurou o riso.
Solariam e Jayden se entreolharam, não conseguiam acreditar, seria possível mesmo? Depois de alguns segundos, Solariam estendeu a mão para Jayden que apertou com firmeza e disse:

— Há quanto tempo hein, Solariam!

— Realmente, faz muito tempo. — respondeu Solariam que ainda conseguia ver seu amigo de infância no rosto daquele rapaz.
O professor não quis interromper aquele momento, mas algo lhe chamou a atenção em Jayden. Seus olhos pareciam o enganar. Ele piscava freneticamente, como se tivesse um tique nervoso, ou talvez, fosse pura emoção do reencontro.
Eduardo largou a mão de Jayden e logo perguntou ao professor

— Quantos Pokémon posso levar comigo mesmo?

— Apenas seis. Após isso, eles serão levados automaticamente para sua box, aqui em meu laboratório.
Eduardo pegou sua mochila, parecia já ter feito tudo o que faria ali. Deu um tapinha no ombro de Jayden e saiu sem dizer mais nada.
Jayden ficou pensando... Solariam parecia ter mudado muito. O que será que poderia ter acontecido a ele para ter mudado de temperamento tão drasticamente?
Porém mais uma vez, seus pensamentos foram interrompidos pela voz do Professor Carvalho.

— Jovem... Está bem?

— Huh, sim. Claro. Estou ótimo professor. Poderia eu receber meu pokemon agora?

— Pois bem. Temos Squirtle, do tipo Água. E Bulbasaur, do tipo Grama. Um pokemon especial para Coordenadores, um pokemon especial para Treinadores e um pokemon supresa para Mono treinadores.

— Eu poderia vê-los Professor?

— Claro, jovem.
O professor pega todos os Pokémon disponíveis, para que Jayden possa dar uma olhada e escolher o Pokémon que mais lhe agradasse.
Certo Pokémon em especial chamou a atenção de Jayden, por estar bem animado com a presença de Jayden no local.
O Pokémon era Oddish. Um pequenino Pokémon planta, que mais parecia uma espécie de vegetal. Porém era de certa forma fofinho. E Jayden sabia que contest's eram basicamente isso, fofura.

— Já escolhi, Professor.

— Qual escolheu jovem? — Indaga o Professor.

— Decidi que vou levar Oddish.

— Pois bem, uma ótima escolha — Diz Professor Carvalho, recolhendo o resto dos Pokémon.

— Quero que fique com estas pokebolas para a captura de mais 5 Pokémon para completar seu time, e esta pokedex. Para você ter quaisquer dados de todos os pokemons que encontrar.

— Obrigado professor. Até mais ver!

Jayden sai do laboratório ainda intrigado com o fato de seu amigo Solariam estar tão diferente. Jayden pensa em se apressar um pouco, para talvez alcançá-lo.
Solariam não estava muito longe. Jayden já podia vê-lo, porém, ele parou ao ver que seu amigo já se encontrava em uma batalha.

— Ok Charmander utiliza seu Scratch. – Ordenava Solariam.

O oponente era um pequeno Pidgey, mas que parecia dar trabalho.
O pokémon de Eduardo acertou o Scratch em Pidgey que recuou, mas voltou rapidamente tentando acertar-lhe um Tackle. Eduardo não estava afim de retornar ao laboratório do professor para que ele pudesse curar seu pokémon, então ia gritando para Charmander a direção pela qual o pokémon pidgey vinha atacando.

— Direita. Esquerda, isso Charmander, agora Scratch mais uma vez! – Solariam parecia saber o que fazia.

Charmander acertou seu oponente o derrubando, e sem demoras Solariam lançou sua pokebola. Ela balançou de um lado para o outro e deu o sinal de capturado. Solariam a pegou, usou sua pokedex em Pidgey e obteve ainda mais informações sobre o pokémon, como sua habilidade especial que se chamava Keen Eyes.
Jayden se aproximou o mais rápido que pode, mas antes de poder dizer o nome de Solariam algo misterioso aconteceu. Uma forte luz surgiu e torno de Solariam, Jayden parou novamente, e tentava olhar para a direção da luz, mas ela era forte demais, e da mesma maneira que surgiu, ela desapareceu. Solariam saiu andando normalmente, mas Jayden parecia imóvel...

Capítulo 2 – “Situações Inexplicáveis”

M-mas, que luz é esta? Porque estou parado? Solariam... Não vá, eu quero explicações! Eu estou somente pensando. Não estou gritando de verdade. Estou paralisado. Mas porque?

Após esta paralisia inexplicada ter passado, Jayden já não conseguia mais ver seu amigo Solariam em lugar nenhum. Jayden resolve ir ao centro de descanso local, a viagem de navio e agora esta paralisia inexplicada... Realmente Jayden precisava descansar. Parecia coisa do destino, mal Jayden adentrou ao Centro de
Descanso viu Solariam no balcão da atendente. Jayden sorriu, mas logo se lembrou da paralisia e logo seu sorriso desapareceu. Jayden andou até o balcão e chamou a atenção de Eduardo e de todos os outros treinadores que ali esperavam seus Pokémon.

— Que luz foi aquela? — Jayden gritava enquanto fazia a pergunta. — O que foi aquilo, e por que eu fiquei todo duro?

Solariam apenas o olhou com ar de desgosto e andou até um pequeno banco e se sentou, e antes que Jayden dissesse mais alguma coisa, Solariam retrucou.

— Aquela luz era um amigo meu, me avisando sobre você. E a sua paralisa foi apenas um golpe dele. — Solariam não resistiu a um riso.

— Mas que golpe foi esse, que eu nunca ouvi falar? — Jayden indagava, enquanto se aproximava lentamente de Solariam.

— É chamado de Thunder Wave, a sua sorte foi não ter sido eletrocutado! — Mais um riso de Solariam.

— Poxa Solariam, tanto tempo que a gente não se vê, e você me vem com uma dessas? — Disse Jayden um tanto quanto irritado

— Talvez você não precise saber. Talvez você precise. O destino é quem irá te contar mais pra frente. — Novamente, com um ar misterioso, Solariam se retira do local e continua prosseguindo seu caminho, junto de seu amigo Charmander.

— Como assim? Destino? Do que está falando? Eu quero explicações! Agora! Volte aqui Solariam! — Jayden esperneava, e Solariam virado na direção da porta, dava um leve sorriso e imaginava como a personalidade de Jayden não havia mudado nem um pouquinho.

— Desculpe senhor, mas o senhor está fazendo um escândalo. Preciso pedir que se retire. — Um homem alto, forte e vestido de terno chamava a atenção de Jayden. Obviamente era o segurança do local.

— Arrgh. Tá bem. Não quero problemas pra mim. — Disse Jayden. Por fora calmo, por dentro irritadíssimo. Nunca gostou de uma história mal explicada como essa. Jayden saía do centro de descanso, caminhava tentando disfarçar o escândalo que havia provocado. Estava totalmente sem jeito, depois que parou para pensar.
Solariam já caminhava distante do Centro Descanso, e quase adentrava a rota 1. De repente a mesma luz, que havia a pouco surpreendido Jayden ressurgiu, Solariam parou e disse calmamente:

— Acho que você não deveria ter dado o Thunder Wave nele, você viu o escândalo que ele fez no Centro?
Um silêncio tomou conta do local, uma brisa leve carregou algumas folhas contra a luz, que se mexeu deixando-as passar.

— Realmente foi engraçado! — Respondeu Solariam, mas sem aparentemente ter ouvido alguma pergunta. — Entenda, ele era um amigo de infância, lá de Cinnabar...
Novamente um silêncio, Solariam havia sido interrompido pela luz, que se mexia de um lado para outro.

— Entendi, mas você deveria ter apenas me avisado antes de atacar-lhe. — Solariam parecia divertir com o acontecido. — Ele estava descaradamente me espiando, mas era apenas uma batalha com um pidgey, que mal faria?
De repente a luz começou a diminuir. O pokémon, sim, era um pokémon queria tocar o chão, mas centímetros de distância do chão o fizeram recuar, ouvira um barulho, e desapareceu.
Solariam ficou ali, parado a esperar noticias, logo de dentro de alguns arbustos surge Jayden, coberto de Kakunas que haviam caído em sua cabeça, enquanto saia as pressas do centro de descanso.

— Argh, saiam daqui. Kakunas... Oh, você! Solariam! Eu quero que me... Argh! — Jayden foi interrompido por ele próprio ter tropeçado em uma pedra.
Solariam solta algumas risadas, realmente aquela situação do amigo era embaraçosa.

— Quero que me explique essa história toda, ok?

— Para que? Você simplesmente não entenderia! — Solariam respondeu demonstrando seriedade.

— Hmpf. O que aconteceu com você? Desde que saiu de Cinnabar, você parece ter mudado tanto... Até as cartas que trocávamos, parecia ter algo diferente em você... Conte-me amigo... O que aconteceu nesses anos? — Jayden insiste por explicações.

— É melhor que você siga seu caminho e eu siga o meu. — Solariam olhava para o amigo entristecido. – Sabe... Desde que me mudei de Cinnabar, as coisas realmente mudaram e de uma maneira trágica, mas ao mesmo tempo, satisfatória, e mais. Não lhe devo satisfações!

Jayden se vira decidido a esquecer do assunto, mas neste exato momento a luz ressurge e sua frente, tão próxima e tão brilhante que Jayden simplesmente se jogou no chão. Na verdade Jayden caiu em Hipnose, e agora dormia. Solariam balançava a cabeça em negativa, enquanto a luz se aproximava, e quando ela se pousou sobre seu ombro disse.

— Você hein, não resiste!

Solariam se virou e seguiu andando, deixando Jayden dormir tranquilamente no meio da entrada pra a rota 1.

Capítulo 3 – “Caminhos Incertos”

Um som melódico ouvia-se de longe. E Jayden, caído no chão, paralisado. Olhava tudo a sua volta. Era a única coisa que conseguia mover. Seus olhos. E então, logo caiu no sono, por uma causa que não se sabe, mas era um sono muito forte.

Passados algum tempo, uma menina que caminhava em direção à Rota 1 encontra um corpo caído no chão.
Ela fica apavorada, não sabe o que fazer. Resolve ver se ele está morto, ou talvez só desmaiado.

— Ei, menino! – A menina diz enquanto balança o corpo de Jayden.

— Menino! — Diz a menina, insistindo. — Ai meu Deus... Mas que coisa, o que um menino faz aqui estirado no chão no meio do mato?

— Hã? O que? Solariam! — Jayden grita enquanto se levanta muito rápido. Tão rápido que a menina não teve tempo de reação, e os dois chocaram suas cabeças.

— Aww... — A menina começa a passar a mão na testa

— Huh, desculpe. Eu lhe machuquei? — Indaga Jayden, preocupado. Também passando a mão na testa para tentar amenizar a dor.

— Não, foi só um susto. — A menina diz, com um sorriso.

— Então... Eu só queria te agradecer por ter me acordado. Quem sabe quanto tempo eu ficaria esticado aqui no chão.

— Tudo bem, não foi nada.

— Obrigado, ok? — Jayden pega sua mochila, se levanta e parte em direção a Rota 1, porém, após dar alguns passos, Jayden para e vira-se para trás e diz:

— A propósito, qual o seu nome?

— Pode me chamar de Lady Grass.

— Huh, ok. Chamo-me Jayden. Obrigado... Lady Grass...

Não se sabe exatamente quanto tempo Jayden ficou deitado no chão, mas quando a bela Lady Grass o acordou, o sol já estava alto e passava do meio-dia. Solariam, durante todo esse tempo manteve-se seguro caminhando pela rota 1, já tinha mais um companheiro, era seu pidgey que havia capturado logo que saiu do laboratório do professor Carvalho.
Sentado próximo a uma árvore, Solariam alimentava seus Pokémon com Oran Berry que havia encontrado no caminho, mas aquela tranquilidade estava prestes a acabar. Uma forte ventania começou, Eduardo e seus Pokémons se levantaram para ver o que era, sobre suas cabeças, um poderoso Pidgeot e um Fearow lutavam ferozmente, Eduardo apenas observou entusiasmado. Logo Fearow lançou um poderoso Wing Attack sobre Pidgeot que teve o copro preso por galhos de uma árvore. fearow agora se preparava para acabar com Pidgeot com mais um Wing Attack, quando Solariam ouviu uma voz:

— Pidgeot use seu Aerial Ace e quebre esses galhos!

E assim fez Pidgeot, o golpe quebrou os galhos e segundos depois que ele se libertou, Fearow jogou-se contra a árvore, e outra vez a voz, que havia dado o comando anterior ressurgiu para acabar a luta.

— Agora Pidgeot use seu Drill Peck e acabe com esse Fearow!
O Pokémon não teve saída, o Drill Peck o atingiu com máxima força e o fez despencar da árvore, caindo desmaiado próximo a Solariam. Não demorou muito, e Pidgeot e treinador surgiram, ele pronto para pegar Fearow. Solariam se aproximou do rapaz, quando este terminara de recolher seu Pidgeot e de ter concluido a captura de Fearow, e sorrindo o rapaz lhe cumprimentou

— Olá, desculpe incomodá-lo, mas não podia deixar de capturar esse pokémon.

— Tudo bem, na verdade achei muito interessante como você utilizou seu Aerial Ace! — Solariam o elogiou demonstrando real interesse no pokémon voador.

— Ah sim, precisava me livrar daqueles galhos, então, utilizei um golpe para ajudar, mas foi muito bom te conhecer, agora preciso realmente ir, até algum dia. — O rapaz soltou um belo Arcanaine e subiu nele. Antes que desaparecesse Solariam o indagou

— Qual é seu nome?

— Me chamo Red, Campeão da Liga Pokémon. — Após dizer tais palavras, Red desapareceu entre as árvores.

Solariam voltou a sentar ao lado de seus Pokémon, refletindo sobre o ocorrido.

Jayden caminhava para a Rota 1, ainda pensando na menina. Realmente para Jayden a menina lhe parecia muito bonita, apesar de estar meio desnorteado no momento que a viu.

— Ah, Grass... Interessante seu nome... Você é interessante... Opa, Opa, Opa! Parou! Não é possivel! — Jayden conversava sozinho, enquanto um pequeno Pidgey olhava para ele com uma cara que dizia "Você é louco?"

— Será mesmo? Acho que não... Foram só poucos segundos. Não tem como... — Jayden começara a se assustar com aquilo. Enfim Jayden se encontrara agora em Viridian City. Viu como a cidade era grande... Imaginava como Pallet conseguia ter o laboratório com talvez o melhor professor do mundo, sendo daquele tamanho.
Jayden resolve ir ao centro pokemon da cidade... Afinal, não conhecia muita coisa e precisava tentar encontrar Solariam... Jayden não desiste de obter aquelas explicações.

Ao adentrar no recinto, perguntou a um senhor, se por acaso ele não havia visto um rapaz, descrito exatamente como Solariam era. O senhor diz que encontrou com um rapaz assim, indo para Viridian Forest. E quando ia completando, para dizer que ele já tinha ido a um tempo considerável, Jayden já havia saido correndo e gritando obrigado, como forma de agradecimento.
Enquanto isso na Viridian Forest... Solariam se encontrava em um momento difícil. Um Weedle acabara de envenenar seu pidgey.

— Pidgey levante-se, e use seu Gust, esse Weedle não é tão forte assim! — Solariam não estava bravo com Pidgey, mas sim envolvido pelo fervor da batalha.
Desde que viu Red, o Campeão da Liga, capturar aquele Fearow na rota 1, apressara-se para chegar na Viridian Forest, e fez isso com tanta habilidade que se esqueceu de comprar Antidote contra o efeito Poison, um efeito que pokémons como Weedle poderiam deixar. Seu Pidgey reergueu-se do chão e lançou seu Gust contra o pequeno pokémon inseto, que foi carregado pelo redominho e lançado contra umas das árvores daquela magnifica floresta. Ao ver que Weedle se delibitará, Eduardo lançou-lhe a pokebola que o capturou com sucesso, mas Eduardo não pretendia ficar ali por mais tempo, precisava voltar pra Viridian, antes que seu Pokémon desmaiasse.

— Pidgey, continue acordado! — Dizia Solariam enquanto corria com o pidgey nos braços.
Quando por fim encontrou a entrada do passadouro para Viridian, Solariam teve mais uma surpresa. Trombou com Jayden que acabara de entrar, e acabou derrubando seu Pidgey no chão, ainda envenenado.

— Jayden! — Gritou Solariam. — Saia da minha frente! Não estou a fim de ouvir suas ladainhas, meu Pidgey está envenenado e preciso levá-lo para o Centro Pokémon.
Jayden calou-se e não teve resposta, ficou observando Solariam, enquanto ele pegava seu Pidgey no chão e voltava a correr em direção ao Centro Pokémon.

Solariam se sentou em um banco dentro do Centro Pokémon, estava na área de emergência, esperando seu Pokémon que acabara de entrar acompanhado da Enfermeira Joy e sua Chansey. Não muito tempo depois, elas saíram e foram até Eduardo.

— Seu Pidgey precisa descansar aqui por essa noite, caso queira, pode ficar aqui no centro mesmo! — Disse sorrindo a doce enfermeira

— Sim, enfermeira Joy, eu agradeço a sua hospitalidade. — Agradeceu Solariam que se retirou logo em seguida em direção aos quartos no terceiro andar do prédio.

A noite chegou lenta em Viridian, Eduardo estava na recepção conversando com alguns treinadores, quando Jayden adentrou ao Centro Pokémon.
O rapaz se aproximou de Solariam em silêncio e ficou parado na sua frente sem dizer uma palavra.

— Se veio até aqui pra me dizer que eu mudei e coisa e tal, é melhor ir embora, pois não estou afim de fazer minha retrospectiva de vida só para matar sua curiosidade! — Disse Solariam que se levantou e subiu as escadas, deixando-o lá, parado e totalmente desconcertado.

— Huh, mas eu não ia... — Mal Jayden terminara de falar, e Solariam já havia subido as escadas. “Deixarei para outra hora. Isso. Outra hora eu falo com ele, talvez amanhã” Jayden pensou.

Jayden subiu para os quartos que ficavam no terceiro andar do prédio. Como estava de noite, Jayden não queria se aventurar por uma floresta densa, cheia de Pokémon inseto a esse horário. Então se deitou na cama, e dormiu...