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[Gym Battle] Vs. Lisia #06


Os gracejos de Lísia não eram passivos agressivos, como os de Norman ou até do próprio Matthew: eles eram fofos. Dei uma risada um pouco tímida e fui me ajeitando no campo, enquanto ouvia o que a menina tinha a dizer. O que eu não esperava era que a conversa "escalasse" tão rápido, afinal de contas, não existiria um vestígio sequer de imaginação dentro de mim que fosse projetar aquele cenário...

... então os aprendizes todos estão em buscar de um rapaz que desapareceu a quase um ano?
- ... meu Deus - dei um olhar para o alto, levantando minha cabeça e demonstrando meu desespero. Nesse momento eu concluí que não ficaria muito tempo sem ver Matthew, muito menos sem dar notícias. Não saber o paradeiro de um aprendiz seu por ele ter um trajeto meio "nômade" é, no mínimo, bizarro - E não atende celular nem nada? - Perguntei o óbvio.

Se houvesse contato do tipo, ela definitivamente não estaria assim:
- Desculpa, é que eu já passei muito por isso com meus amigos... mas depois que o celular ficou tão comum e inter-continental, eu nunca mais me preocupei como antes... ele pode ta só em outro continente. Algum que a rede é incompatível, sabe? - Dei um palpite, mas imaginei que ela não queria palpites - Eu não conheço muita gente, mas você pode me dizer o nome dele? Talvez eu tenha esbarrado com ele em algum momento.

Apesar da fala ser apenas sobre juízes e recepcionistas, eu senti. Senti tanto que precisei de um suspiro forte para me estabelecer de novo naquele campo. Um Togekiss, provavelmente de Serene Grace, e provavelmente muito rápido. Ele me daria problemas, mas entre problemas e problemas, é melhor selecionar justamente o mais parelho.

Peguei minha esfera bicolor e liberei o meu Togekiss:
- Bragui, setta Sunny Day pra mim? Provavelmente vai ser difícil, mas na dúvida usa duplo Sunny Day.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 04
por Victoria
em Sáb 25 Fev 2023, 08:42
 
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Tópico: [Gym Battle] Vs. Lisia #06
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[Gym Battle] Vs. Lisia #06


Sabe quando você se sente que estragou a festa? Eu estaria bem se de fato tivesse sido uma festa de arromba ou algo extremamente anti-ético, mas a festinha de Lisia e seus pokémons era não só válida, como completamente fofa. Ainda que eu tivesse sinalizado para que ela continuasse, a moçoila parou a música, o som e seus pokémons, começando a se ajeitar para uma batalha.

O "... não precisa se incomodar" quase saiu da minha boca, mas num lapso de lucidez lembrei para o que eu estava ali, então não deixei nenhuma palavra - desse tipo - sair da minha boca, me limitando a uma fala extremamente educada e polida:
- Com licença - Pedi, adentrando a sala de cabeça baixa e dando passinhos curtos, procurando meu canto num campo de batalha - Eu sou a Winnie. Prazer, viu? Obrigada por aceitar o desafio.

Eu não tinha certeza, pois não podia ver, mas o calor nas minhas bochechas denunciava algum nível de rubor leve, que provavelmente combinava com minhas madeixas. Posicionei-me ali, em algum canto da sala, enquanto via Lísia e seus cabelos saltitando pelo cenário, num ato quase místico na minha cabeça; ela era tão fantástica.

Numa hipnoses rápida, me perdi nos movimentos da moça, reparando que estética e leveza fazem completa diferença aos olhos-de-quem-vê. Fui tirada do transe por uma pergunta bastante pertinente, que me fizera questionar se a recepcionista havia fugido do posto...
- Oh, não tinha ninguém não... - Não tentei esconder o espanto - Na verdade tava tudo aberto e sem ninguém pra vigiar. Vim até aqui até um pouco encucada com isso.

Talvez entre encucada e enfezada há um abismo, mas Lísia não precisava saber, né?

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 03
por Victoria
em Sex 24 Fev 2023, 12:43
 
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Tópico: [Gym Battle] Vs. Lisia #06
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[Gym Battle] Vs. Lisia #06


Juro que minha cólera foi curada quando vi e líder de ginásio esticando os braços e fazendo onomatopeias extremamente infantis, quebrando completamente os murmurinhos de meus miolos sinalizando uma festa de arromba. Veja bem, eu fui induzida ao erro? Eu acho que sim, mas há que duvide. Apesar dessa "indução", há um certo estereótipo enxergado por mim - e outros - que vêem esses coordenadores como festeiros, influencers e populares. Wallace é assim, Thito é assim... mais quem?

Bleh, não conheço outros, mas que se dano, já da 100%.

Por isso, eu tinha certeza que Lísia estava fazendo algo extremamente fútil como promovendo algum evento inútil e postando foto com drinks. Quando cheguei lá, ela não estava fazendo nada menos útil do que eu faço todos os dias: treinando pokémons. De jeito completamente não ortodoxo, é claro, o que me fez justamente parar na porta e olhar um pouquinho mais, antes de chamar sua atenção mais uma vez.

Talvez fora meu riso que tomou completamente a atenção de um dos mons treinantes, fazendo-o se virar para mim e apontar na minha direção. Eu tinha um sorriso bobo na cara, como quem olha uma criança brincar com um doguinho doméstico, ainda que este processo inferisse berros desordenados e coisas completamente sem sentido...

... parando pra pensar, foi a ausência de sentido de suas onomatopeias que me fez dar um risinho bobo, de admiração.

- Oi, pode sim. Eu queria te desafiar, mas pode terminar ai, eu sento e espero sem problemas... - Dor de cabeça? Nunca nem tive. Pressa também? Menos ainda. Não é como se houvesse uma moto mal-presa do lado de fora do ginásio dela. Preciso comprar um cadeado que presta e travar com mais segurança esse troço. Matthew provavelmente vai me matar se eu perder isso...

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 02
por Victoria
em Qui 23 Fev 2023, 13:28
 
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Flesh without Blood


Começou uma patifaria do meu lado e ali eu já começava a me cansar disso de ter pokémon falante. Quer dizer, não me leve a mal, meus queridos, mas é que eles não eram assim na minha cabeça. Claro, Hati sempre teve sua ponta de agressividade, mas antes de vê-la entrar numa encrenca discursiva, eu achava isso um bocado "fofo", até instintivo. Agora, ao discutir sobre, minha canina perde um pouco do carácter instintivo que me fazia passar pano para várias atitudes e eu me deparou com a frustração de ter entendido-a errado até então.

Quer dizer, quando ela pediu desculpas, foi agradável vê-la vocalizar. Ver Ran resolvendo meus problemas para mim, também compensava um pouco. Inserir Kouman numa dança também fora bastante agradável e isso só foi possível porque, neste contexto, humanizamos os pokémons. Talvez é isso que me incomode tanto: nós não humanizamos tanto nosso bichos. Quando isso ocorre, é meio paradoxal; ao mesmo tempo que o vínculo parece muito mais coerente, há a questão de impor uma hierarquia e um poder sobre seres que são... bem... quase humanos.

Esse é um dos motivos de eu não gostar de treinar pokémons psíquicos. Não há tutela quando o outro é semelhante a si. Ver Hati sendo autônoma ao ponto de atacar alguém me dava um pouco de receio: ao mesmo tempo que eu sentia que eu perdia poder sobre ela, eu também sentia que eu deveria perder.

E esse conflito... ele não é bom.

Ainda assim, é um sonho, não é? Nada disso significa realidade. Por isso engoli meus conflitos para outra hora, aquilo parecia estar - graças a deus - no fim. Eu não digo que não gostei de vê-los falar, mas digo com todas as letras que cansei disso. Tal qual um parque de diversão: é divertido, mas depois de muito tempo, cansa. Ninguém nunca viveria em um parque de diversões.

Mas há um certo alívio quando Luke não vêm com tudo para cima de Hati graças a sua atitude. Na verdade, quando meus olhos foram para o garoto, reparei que os olhos deles estavam a... admirando? Pode ser maluquice minha, mas a serenidade do garoto passou para mim. "Ufa, um problema a menos".

Esta mesma sensação veio quando o ventriloquo me relembrou mais uma vez: ele queria nossa briga, ele incentivava nossa briga, ele pedia pela nossa briga. Seria por isso, então, que brigamos? Quer dizer, houve um estranhamento muito lá atrás, entre eu, Luke e uma risada frouxa, mas isto não é a mesma coisa. Apesar disso, ali eu tive uma certeza:
- Nesse eu posso bater... - Disse. Hati levantou com um latido e eu, prontamente, tirei-a de cena - Não. Agora não, eu quero ver Kouman...

Ao ouvir seu próprio nome, Kouman se assustou. Não era inaugural essa batalha, mas ainda havia uma estranheza por parte do grande Tyrantar tomar essa posição para si. Por isso, recuou um pouco e perguntou, com um bocão bem escancarado: "EEEEEU?". Prontamente fiz que sim com a cabeça e ele resistiu.
- Na-na-ni-na-não. Tem que lutar também! Vai deixar sempre suas irmãs cuidarem de você? Vai pra lá! - Contornei o monstrengo e o empurrei com as duas mãos em direção ao ventríloquo. Ele, mais cedo ou mais tarde, cedeu - Duplo Crunch! Vai! Ele é um fracote, olha só!

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por Victoria
em Sáb 28 Jan 2023, 13:42
 
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Flesh without Blood


OFF: Zinc e Psychic Fangs

Minha alma voltou ao corpo quando Hati, já autônoma demais, decidiu enfrentar Violate. Ali, das minhas muitas preocupações, uma foi a principal: o julgamento de Luke. Quer dizer, fora a primeira vez que vi um pokémon dele agir por conta própria, inferindo numa batalha contra seu próprio time. Certamente o menino não aprovaria a atitude de seu pokémon, mas isso me fez perceber uma coisa: com pouco tempo no mundo Rocket, meus pokémons se tornaram impetuosos.

E talvez, eu também tenha me tornado, pois uso do sonho para respaldar o ato de Houndoom sem nenhum tipo de crítica ou punição. Inclusive, fora isso que vocacionei:
- Foi a própria professora que nos mandou lidar com o problema... - Dei uma pausa, em tom baixo, e abaixei a cabeça - Ela claramente é o problema...

Era ainda em tom baixo que eu falava isso. Ainda não tinha coragem de falar nada dessas coisas em voz alta, por isso guardei um pouco para mim minha opinião; era como se eu só estivesse fazendo uma tarefa... não é?! Mordi o lábio inferior, fechei os olhos e assobiei, chamando meus três pokémons para me acompanhar:
- Vamos - Fui incisiva. Nessas horas, eu não gostaria de ouvir sermão nenhum de Luke, por isso fui na frente. Eu realmente não achava que Hati era culpada por me proteger. Fui em direção às cordas, eu queria resolver logo isso.

No meio do caminho, fui clara:
- Não quero ninguém batendo em pokémon algum do Luke. Vocês nunca fizeram isso com nenhum pokémon de ninguém da Requiem, não estou entendendo porque isso agora...

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por Victoria
em Sex 27 Jan 2023, 17:15
 
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Flesh without Blood


A estranheza que era estar desacordada dentro de um sonho. Por um segundo, entendi o que Tyranitar sentira quando Meredith o colocara para dormir: era uma paz, uma calmaria, uma sensação de sossego. Como se nada dentro de mim pudesse me pegar. Acordei tão tranquila quanto pude, sem nenhum tipo de dor ou resquício corporal, muito menos memória de como aquilo aconteceu. Eu estava entre vinhas, um pouco ninada entre Kouman e meus outros pokémons, mas diferente de mim, nenhum parecia tranquilo.

Hati era a que mais rosnava. Kouman, em um ato completamente novo para mim, rugia de receio. Ran, um pouco mais sensata, parou um pouco e olhou a situação:
- Ela ta sendo controlada - Disse, em alto e bom tom. Eu não tinha condições algumas de raciocinar o mínimo, então apenas concordei com a cabeça - Foda-se - Respondeu Hati, sendo autorizada por Kouman.

Havia tanta agressividade em Houndoom, que lembrei por um instante de que ela também era aquela canina: minha cão guarda. Olhei ao redor, o cenário caótico combinava com seu ódio por aquela situação. Minha rainha-canina se posicionava com as duas paras dianteiras agachadas, enquanto esticava as traseiras para preparar o bote. Tinha o rosto rente ao chão, com os caninos bastante a mostra. Ela não ia esperar muito mais:
- Se tiver que passar por você... - Disse, terminando com um latido.

De imediato, minha Key Stone em formato de piercing esquentou. Hati se transformou em mega e ordenou para si mesmo duplo Dark Pulse.

Eu, ainda um pouco aérea, apenas confirmei com a cabeça. Ela não podia estar errada, até porque, leis reais em mundos oníricos não fazem sentido algum.

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por Victoria
em Seg 23 Jan 2023, 14:34
 
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Tópico: Flesh without Blood
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Flesh without Blood

Eu diria que há certa preocupação na mudança do cenário, mas não, não foi isso que me afetou. Quando meu "teto" simplesmente sumiu, reparei que havia um problema muito maior: um Tyranitar batendo em uma "mesa" que não existe e que, infelizmente, eu estava bem embaixo.

Você sabe o que isso significa? Sim, isso mesmo, eu tomei um porradão do Kouman e nesse exato nomento eu desmaiei.

Não tanto de dor, mas de susto.

Quer dizer, não sei. não lembro.

Um outro dia Hati me contará que o coitado não teve outra reação se não me pegar no colo e correr o mais rápido o possível pra longe dali. Desesperada pela situação, Houndoom e Greninja fizeram o mesmo, tentando alcançar o pokémon rochoso que sequestrara meu corpo para longe daquela bagunça toda.


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por Victoria
em Sex 20 Jan 2023, 21:49
 
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Tópico: Flesh without Blood
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Flesh without Blood


Facilmente um sonho se torna um pesadelo, mas dificilmente o oposto ocorre. Quer dizer, essa afirmação é uma meia verdade, pois quem diz tanto sobre o sonho, nos afirma que não lembramos dele como ele verdadeiramente foi, pois a própria lembrança é uma tradução e toda tradução é uma traição.

Se assim entendo, acredito que sonhos podem se tornar pesadelos tanto quando o contrário pode ocorrer. O que muito provavelmente ocorre é um stigma que fica na memória; sendo o pesadelo sempre aquilo que marca muito mais. É nessa marca que a gente finaliza uma memória e vai a outra; por isso lhes garanto, este sonho não se tornou menos onírico por fazer essa passagem à bonança.

Fora com horror que vi todas as cenas anteriores, mas era com a leveza de um sonho que eu a deixava ir. Kouman, meu Tyranitar, era o que menos compreendia que o horror de um sonho é apenas sintomático; nada de palpável há naquele problema. Por isso, meu pequeno-grande pokémon se encolheu. Fechou os olhos, tapou os ouvidos, sentou no chão, dobrou seu joelho e se transformou numa bolinha rochosa. Ficou ali, ignorando as mudanças de ambientes até que tudo fosse pelos ares.

Felizmente, foi.

O som afiado da lâmina cortou a realidade, fazendo o horror do meu rosto sumir. Cai num pranto adocicado, onde até mesmo minhas lágrimas curtas tinham gosto doce, contrastando com o salgado hábito das gotas de não serem assim. Hati foi quem enxugou minhas lágrimas com seu pelo, enquanto Ran era aquela que me olhava com pena, ao mesmo tempo que acariciava o dorso de Kouman, tentando dizer que "ao menos aprendemos uma lição".

Mas que lição era essa? Que os pesadelos... passam? Abri os olhos, me vi num vale verde e senti um dejavu. Fui até Kouman, dei-lhe dois tapinhas na costa e convidei-o a abrir os olhos; quando o fez, não entendeu muito bem onde estava. A voz de Meredith soou como uma música e o garoto - que era o mais ligado à personagem - levantou e foi caminhando até a mesa.

Eu e ele estávamos atônitos. Ran e Hati, um pouco menos envolvidas, estavam apenas seguindo. Já no pé da mesa, vendo a figura frágil e esguia a minha frente, ergui o queixo e falei um "olá" desanimado. A voz ainda estava trêmula pelo choro, mas reparei que não havia mais a rouquidão da bebida. De imediato, a moça me oferece um chá, e sem esperar pela minha resposta, me impõe um jogo de esconde-esconde. Eu, um pouco confusa, entendo que é uma questão de escolha: ou tomo o chá, ou me escondo.

Decido dar uma pequena volta por cima das opções, esperando ela começar a contar, pegando uma xicará de chá e indo para de baixo da mesa, ficando ali sentadinha, tomando a infusão. Kouman ficara atrás da moça, esperando que ela terminasse a contagem para bater na mesa e falar "1-2-3, Tyranitar".


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por Victoria
em Qui 19 Jan 2023, 15:19
 
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Tópico: Flesh without Blood
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Flesh without Blood


Vertigem.

Não sei ao certo se é pelas mudanças abruptas de cenário, ou se a culpa é da bendita cerveja. É um pouco estúpido como eu, ao dançar, gritar e correr, não larguei meu copo em momento algum e, quando tudo mudou para algo mais "leve", vi o líquido suavemente deslizar para fora do recipiente. Um pouco desesperada quanto a isso, estiquei o pescoço e tentei colocá-lo sobre a boca. Bebi três quartos do copo até que a gravidade volta e eu esborracho no chão.

Nos instantes que se sucederam, minha memória funcionara como num universo onírico; ao passar de um lance para o outro, era como se eu esquecesse ou não me atentasse aos detalhes anteriores. Eu esqueci por completo toda a trama quando estava a levitar e, quando caio no chão, questiono-me por um instante "como fui parar aqui?". Olhou em volta, vejo meus pokémons e confirmo: só eu estou nesse estado.

Todos eles pareciam certos do que fazer.

Eu, oficialmente, bebi demais.

Um pouco cambaleante, fiquei de pé. Demorei um pouco recompor os dois neurônios que me restavam para entender aquela balburdia. Fui estupidamente desatenta e nem sequer um soco num pequeno-príncipe me alardou. Ao invés disso, virei o restante do copo, joguei-o no chão e levantei o dedo para falar algo.

Não falei nada, apenas me esforcei para continuar sobre meus dois pés. Pode parecer um bocado afrontoso ou desrespeitoso para quem estava vendo, mas toda aquela bebida, somada as viagens entre cenário, flashs de luz, imagens sortidas e sons malucos me deixou... bem... quer dizer... me deixou mal.... me deixou, em suma, bem mal.

Fechei os olhos com força, me esforçando para não passar mal. Tentei focar na teatralização a frente, visando uma mísera pontada de foco e consciência. Quando o fiz, apenas ouvi sobre a sentença final e proferi, sem pensar duas vezes:
- AS PERNAS.

Eu pensei para tal? É claro que não. Mas, num revisionismo besta da minha história, julgo que fiz bem. Não iria para a fogueira por uma mulher que mal conhecia. Não posso julgar-me cumplice de um crime que não sabia que existia. Não posso julgá-la inocente sem conhecê-la. No fim, se são as leis desse mundo, há de respeitar. No mais, se há que escolher uma pena, escolhi a pena que de fato cometeu: levou o garoto até onde não devia, com suas pernas. Não foi com a música, mas com suas malditas pernas. Pois cortem-nas então.

Posts Day Care: #Togekiss #Araquanid #Pincurchin 25
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por Victoria
em Ter 17 Jan 2023, 16:17
 
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Tópico: Flesh without Blood
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Flesh without Blood


Fora o próprio Tyranitar que, após dar uma flor para Luke, convidou-o para uma dança, animado pelo ritmo local. Hati, tão alegre quanto, não arriscou passinhos, mas bebeu ainda mais depressa. Depois disso, admito: ela arriscou uns passinhos. Ran, tomando o lugar do desesperado Kouman, se segurava para não surtar.

O misto de angústia e alegria tomavam a pokémon, lhe deixando tão confusa quanto poderia estar. Isso porque nem estava bebendo!

Eu, depois do segundo copo virado, reparei que Muk estava para lá de Bagdá. Se uma gosma grudenda já esta nesta situação, imagine uma humana fracote que nem eu? De imediato levantei, tentando medir meu nível de álcool. O ato foi denunciado por um esbarrar na mesa, onde quase derrubei algumas coisas no chão.

Forcei-me para me equilibrar, até apoiar em Hati, que me deu o chifre como apoio. Segurei firme em seus dois cornos e fui caminhando com ela, onde fui levada - magicamente - até o centro daquela dançaria. Antes de começar os passos, parei para ouvir aquilo que não deveria ouvir, percebendo que eu era muito mais uma telespectadora do que uma atriz.

Devo admitir que me reposicionar me deu um pouco mais de liberdade. Meu papel não deve ser tão relevante assim... não é?! Afim de contas, a história continuou com bastante fluidez, ainda que eu estivesse completamente cheia de nós, embaralhos e dúvidas. No fim, cedi, até que uma sensação horrorosa me fez olhar para o fundo da tela.

Sim, da tela. O cenário que tanto muda, para mim, é semelhante a um filme projetado.

Lá estava um ser encapuzado. Eu não ouvi ou vi o grito de Hati outrora, mas cogitei ter sido sobre isso. Precisei só de alguns instantes para raciocinar e repentinamente gritar:
- MEREDITH, UM ESPIÃO! - Apontei na direção da fuga, correndo em sua direção. De imediato Hati e Ran vieram atrás de mim.

É agora que eu descobriria o quão impactante eu sou para esse troço.

Posts Day Care: #Togekiss #Araquanid #Pincurchin 24
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por Victoria
em Seg 16 Jan 2023, 19:54
 
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Tópico: Flesh without Blood
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