O Dragão Ferido e o Guardião das Cavernas
Spoiler :
Pouco se sabia sobre o que havia nas cavernas obscuras do topo da montanha. Ninguém sequer havia coragem de entrar e descobrir os tesouros que se escondiam sobre a escuridão. Nem mesmo eu havia coragem.
Quando jovem, viajava sobre as nuvens de um modo curioso. Era o 7º membro do Esquadrão 768. Para falar a verdade, o melhor membro do Esquadrão 768. Estava sempre na frente. As cavernas da montanha eram sempre temidas pela escuridão e pelos gritos que vinham da mesma.
Após perder uma aposta, tive de vim explorá-la. Devo admitir que senti um pouco de medo no início, mas após chegar no fim da caverna, perdi o medo. O que havia ali era ouro, muito ouro. As paredes eram brilhantes. Devo admitir que foi um susto saber que toda a escuridão escondia uma coisa tão linda... E quanto aos gritos, era somente um gravador que foi deixado ali tocando.
Se eu fosse meus colegas de esquadrão, certamente iria pegar o ouro e virar um rei, mas como era um bom rapaz, resolvi ficar neste lugar cuidando de todo o ouro. Foi difícil abandonar minha família e meus amigos, mas foi uma escolha que fiz. Todo aquele ouro em mãos erradas iria causar um transtorno enorme. Então fiquei aqui, parado, cuidando de todo o ouro.
Mal sabia o que se passava lá fora. Com o tempo, passei a viver sem comida nem bebida, somente meditando. Juro que tive vontade de sair e ver todo o movimento que eu ouvia de dentro da caverna, mas havia feito uma promessa para mim mesmo e eu não iria deixar de cumpri-la.
Já que não fui até o perigo, o perigo veio até mim. Acabei por avistar uma espécime vermelha iluminando a entrada da caverna. A espécime lembrava-me uma das feras que meu pai me contava quando pequeno para dormir... Acho que o nome era Phyrus Spike Dragon, uma espécie de dragão feroz do elemento de fogo.
A espécime era famosa nos mitos por ser uma espécime feroz, mas que não usava o elemento que possuía para o ataque, e sim para defesa. Seu golpe de ataque era a liberação dos espinhos que ficavam em seu corpo. Como sabia que tal ser não existia, não sentia medo, mas após presenciar o mesmo adentrando ferozmente minha caverna acabei me assustando.
Primeiramente fiquei imóvel. Sabia que iria morrer ali e naquele mesmo local, só não sabia quando. Porém parecia que aquela espécie não possuía visão nem olfato elevado, pois permanecia calado e tal dragão nem me percebera.
Pensei calmamente no que fazer, mas por causa do nervosismo acabei por espirrar. Meu cabelo e barba longa fizera meu nariz ficar irritado... Que bela hora para acontecer isso... Enfim, estava na hora da minha morte. Já estava a preparar meu corpo para bater as botas, quando me deparo com uma situação inusitada.
Tal espécie nem sequer me percebeu. Ao perceber que havia algo de errado, resolvi finalmente me aproximar de tal dragão. Andei calmamente, com muita calma. Meu cabelo chegava a arrastar no chão... Ficava me perguntando quando tempo havia ficado meditando... Quando tempo havia se passado?
O dragão nem me percebeu. Parecia um dragão com corpo vivo um coração morto. Ainda com calma, comecei a encostar em tal ser com calma. Seus espinhos eram afiados, tanto que um havia cravado minha mão com força, fazendo um pouco de sangue cair. Realmente, parecia um dragão congelado. Sua pele estava gelada e eu não sentia nada bater dentro do mesmo (tanto que eu nem sabia se dragões realmente possuíam corações). Com um pouco de alívio, achei que era melhor mandar tal espécime brilhante para o lago que ficava á uns 90 metros abaixo da caverna... Mas como empurrar um dragão que devia pesar uns 300 quilos? Como fazer algo que parecia impossível? Se tal dragão permanecesse ali, claramente chamaria a atenção dos aventureiros que voassem pelo local, e a riqueza do ouro iria por água abaixo... Literalmente...
"- Mas que raios farei agora com isso?" - resmunguei.
O jeito foi apelar pela ressuscitação de tal espécie. Logo, comecei a arrancar os espinhos do dragão, com a esperança que o mesmo acordasse da morte com o sofrimento da dor, mas parecia que era eu que iria despertar com mais facilidade... Ou para piorar, adormecer... Minha mão estava sangrando demais, tanto que minha pele começara a ficar pálida. Precisava acordar aquele dragão de uma vez.
"- Isso não vai funcionar... Vou acabar morrendo antes de despertar essa criatura demoníaca... Será que se eu tentasse matá-lo ele despertaria?"- falei.
Então foi o que fiz. Com muita dificuldade, logo montei em tal dragão. Senti que o dragão estava realmente paralisado, adormecido, sei lá. Com mais esforço, alcancei a boca. Minha mão continuava a sangrar, mas sacrifícios tiveram de ser feitos... Usei o resto de minha força para abrir a boca do dragão e fincar um espinho na garganta. Me sentia um ser sendo engolido por um dragão. Com sorte, consegui sair da boca a tempo, mas acabei por ficar sem forças. Fiquei lá, caído por cima de um dragão.
Não demorou muito para o mesmo acordar. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas logo tal dragão saiu voando para fora da caverna. Acabei por escorregar das costas do dragão, caindo da caverna rumo ao lago. Sabia que morreria, mas pelo menos havia cumprido a minha missão: o dragão não chamaria mais atenção do ouro. Enquanto pude, protegi o ouro, quem sabe agora outro jovem aventureiro assuma meu cargo?
Quando jovem, viajava sobre as nuvens de um modo curioso. Era o 7º membro do Esquadrão 768. Para falar a verdade, o melhor membro do Esquadrão 768. Estava sempre na frente. As cavernas da montanha eram sempre temidas pela escuridão e pelos gritos que vinham da mesma.
Após perder uma aposta, tive de vim explorá-la. Devo admitir que senti um pouco de medo no início, mas após chegar no fim da caverna, perdi o medo. O que havia ali era ouro, muito ouro. As paredes eram brilhantes. Devo admitir que foi um susto saber que toda a escuridão escondia uma coisa tão linda... E quanto aos gritos, era somente um gravador que foi deixado ali tocando.
Se eu fosse meus colegas de esquadrão, certamente iria pegar o ouro e virar um rei, mas como era um bom rapaz, resolvi ficar neste lugar cuidando de todo o ouro. Foi difícil abandonar minha família e meus amigos, mas foi uma escolha que fiz. Todo aquele ouro em mãos erradas iria causar um transtorno enorme. Então fiquei aqui, parado, cuidando de todo o ouro.
Mal sabia o que se passava lá fora. Com o tempo, passei a viver sem comida nem bebida, somente meditando. Juro que tive vontade de sair e ver todo o movimento que eu ouvia de dentro da caverna, mas havia feito uma promessa para mim mesmo e eu não iria deixar de cumpri-la.
Já que não fui até o perigo, o perigo veio até mim. Acabei por avistar uma espécime vermelha iluminando a entrada da caverna. A espécime lembrava-me uma das feras que meu pai me contava quando pequeno para dormir... Acho que o nome era Phyrus Spike Dragon, uma espécie de dragão feroz do elemento de fogo.
A espécime era famosa nos mitos por ser uma espécime feroz, mas que não usava o elemento que possuía para o ataque, e sim para defesa. Seu golpe de ataque era a liberação dos espinhos que ficavam em seu corpo. Como sabia que tal ser não existia, não sentia medo, mas após presenciar o mesmo adentrando ferozmente minha caverna acabei me assustando.
Primeiramente fiquei imóvel. Sabia que iria morrer ali e naquele mesmo local, só não sabia quando. Porém parecia que aquela espécie não possuía visão nem olfato elevado, pois permanecia calado e tal dragão nem me percebera.
Pensei calmamente no que fazer, mas por causa do nervosismo acabei por espirrar. Meu cabelo e barba longa fizera meu nariz ficar irritado... Que bela hora para acontecer isso... Enfim, estava na hora da minha morte. Já estava a preparar meu corpo para bater as botas, quando me deparo com uma situação inusitada.
Tal espécie nem sequer me percebeu. Ao perceber que havia algo de errado, resolvi finalmente me aproximar de tal dragão. Andei calmamente, com muita calma. Meu cabelo chegava a arrastar no chão... Ficava me perguntando quando tempo havia ficado meditando... Quando tempo havia se passado?
O dragão nem me percebeu. Parecia um dragão com corpo vivo um coração morto. Ainda com calma, comecei a encostar em tal ser com calma. Seus espinhos eram afiados, tanto que um havia cravado minha mão com força, fazendo um pouco de sangue cair. Realmente, parecia um dragão congelado. Sua pele estava gelada e eu não sentia nada bater dentro do mesmo (tanto que eu nem sabia se dragões realmente possuíam corações). Com um pouco de alívio, achei que era melhor mandar tal espécime brilhante para o lago que ficava á uns 90 metros abaixo da caverna... Mas como empurrar um dragão que devia pesar uns 300 quilos? Como fazer algo que parecia impossível? Se tal dragão permanecesse ali, claramente chamaria a atenção dos aventureiros que voassem pelo local, e a riqueza do ouro iria por água abaixo... Literalmente...
"- Mas que raios farei agora com isso?" - resmunguei.
O jeito foi apelar pela ressuscitação de tal espécie. Logo, comecei a arrancar os espinhos do dragão, com a esperança que o mesmo acordasse da morte com o sofrimento da dor, mas parecia que era eu que iria despertar com mais facilidade... Ou para piorar, adormecer... Minha mão estava sangrando demais, tanto que minha pele começara a ficar pálida. Precisava acordar aquele dragão de uma vez.
"- Isso não vai funcionar... Vou acabar morrendo antes de despertar essa criatura demoníaca... Será que se eu tentasse matá-lo ele despertaria?"- falei.
Então foi o que fiz. Com muita dificuldade, logo montei em tal dragão. Senti que o dragão estava realmente paralisado, adormecido, sei lá. Com mais esforço, alcancei a boca. Minha mão continuava a sangrar, mas sacrifícios tiveram de ser feitos... Usei o resto de minha força para abrir a boca do dragão e fincar um espinho na garganta. Me sentia um ser sendo engolido por um dragão. Com sorte, consegui sair da boca a tempo, mas acabei por ficar sem forças. Fiquei lá, caído por cima de um dragão.
Não demorou muito para o mesmo acordar. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas logo tal dragão saiu voando para fora da caverna. Acabei por escorregar das costas do dragão, caindo da caverna rumo ao lago. Sabia que morreria, mas pelo menos havia cumprido a minha missão: o dragão não chamaria mais atenção do ouro. Enquanto pude, protegi o ouro, quem sabe agora outro jovem aventureiro assuma meu cargo?