- Celadon; em sua casa, mais especificamente dentro de seu quarto; está ajoelhado no assoalho e apoiado à cama, utilizando-a como mesa para o moleskine; espalhado pelo colchão há os mais diversos itens que o garoto tenta organizar dentro de uma mochila aberta e atirado ao canto, quase caindo no chão.
• Primeira Página; da Introdução.
Pertence à: Marcelo Parker Marlboro
Então é isso, amanhã inicia-se a minha tão esperada aventura pokémon... Horário aproximado? Eu diria que são vinte e duas horas, mas não tenho certeza alguma. Estou trancado em meu quarto desde a hora do jantar, tentando focar em deixar alguma coisa já preparada para amanhã; provavelmente, mamãe está trancada em seu quarto chorando, não querendo acreditar que seu garotinho cresceu. Em verdade, não sei porque escrevo nestas folhas, só estou tentando fazer bom uso do presente que meu pai me deu, como ele mesmo disse quando entregou-me o embrulho retangular, seria importante que eu anotasse meus passos nessa nova fase que se inicia. Quem sabe ele ache que eu possa a vir me tornar um pesquisador pokémon, sempre observando e anotando dados referentes às criaturas - acho pouco provável, mas quem é que pode saber o dia de amanhã? E, por falar em "amanhã", tenho minhas sinceras dúvidas num possível dormir durante esta noite, não consigo parar de pensar em pokémons - em seus tipos, seus ataques, suas evoluções, sua companhia. Não decido-me em relação aos iniciais, rezo até mesmo para que haja novas opções de escolhas, quem sabe cinco, dez ou mais, quem sabe até chegar em Pallet uma ideia fixa não se forme em minha mente.
- Pallet; logo após deixar o Laboratório, deitado à beira da colina, na grama. A pokébola recém conquistada jaz ao seu lado;
• Segunda página; do início
Há alguns dias sequer pego no couro da capa deste diário, mas posso dizer que pouca coisa aconteceu, o que não me resta muito a relatar. Cheguei em Pallet logo pela manhã e fui em encontro ao Laboratório do Professor Carvalho, felizmente não se faz necessário conhecer a cidade para localizá-lo, fica no alto de uma colina e apresenta uma estrutura grande e, consequentemente, chamativa. Pallet parece com uma vila de pescadores em um tamanho um pouco maior, a capacidade da cidade em nada compara-se a Celadon, mas é aqui onde está meu primeiro pokémon. Depois de deparar-me com Squirtle, Bulbassauro e Charmander, escolhi como acompanhante o último citado, para comentários sobre ele reservo as próximas linhas; antes, porém, gostaria de deixar uma pequena observação: Certamente, se Babbette estivesse aqui (e, felizmente, não está), escolheria bulbassauro, o típico pokémon que ela adoraria ter em seus braços apertando e asfixiando.
Charmander pareceu-me um bom pokémon, é verdade que fiquei em dúvida entre ele e seu antagônico amigo, Squirtle. Creio que a a proximidade com os pokémons de fogo de me pai pesou na decisão - quem sabe até por uma vontade de continuar ligado àquele que pouco participou de meu crescimento, mesmo que essa ligação seja dada a partir de meu primeiro pokémon. Será que quando olho-me no espelho desejo, na realidade, ver Arthur? Independente de meu reflexo, quero chegar o quanto antes na cidade de Viridian, Pallet já não me agrada mais e ainda tenho muitas pessoas a conhecer, desafiar e, principalmente, muitos pokémons para catalogar e capturar.
Charmander, ainda sem apelido;
Temperamento A descobrir; aparentemente calmo, dando veracidade a informação contida na pokédex que o classifica como "bem comportado" - espero que a lealdade também faça jus ao que está descrito no aparelho;
Altura e peso - Segundo informações da pokédex dada a mim, este charmander mede cerca de 0,59 metros e pesa 8,4 quilos;
Particularidades Se possui, ainda não a identifiquei.
- Pallet; Centro de Descanso - sentado na beira das águas termais, enquanto espera charmander voltar da recuperação;
• Terceira página; do primeiro treino
Comecei minha jornada com o pé esquerdo, perdendo-me em Pallet. Não que seja algo que me orgulhe, afinal, tratava-se de uma simples vila de pescadores e eu sou um "garoto da cidade grande", mas pelo menos serviu para que encontrasse um local que, particularmente, foi útil: um Centro de Descanso pokémon. Em fato, não precisássemos descansar porque charmander recém foi me dado, mas tínhamos que passar um tempo juntos e relaxar como companheiros. Primeiramente, fomos para a sala de ioga, diversas espécies de pokémons estavam reunidas com seus respectivos treinadores e praticavam a arte oriental que combinava o físico com o mental, por causa do último, não me dei muito bem. Todos que convivem comigo sabem o quão ruim sou em manter o foco, mamãe sempre preocupou-se com isso e só eu sei o quanto eu a escutei tentando me convencer a partir desse "pequeno problema". Sempre que tento me concentrar por um período longo para mim, mas relativamente curto para outros, meus pensamentos vagam desordeiros. Por sorte, charmander não estava muito a vontade na aula e a sala ao lado chamou-lhe a atenção de uma maneira bem mais intensa - um centro de treinamento intensivo. Fiquei feliz em saber que charmander gostava de treinar e realmente tivemos muitos resultados positivos. O senhor, que no inicio foi totalmente rude e mal humorado, queria que ajudássemos como tutores da pequena aula, obviamente não recusei, não tenho intenção alguma de ser uma espécie de professor, mas foi muito bom o reconhecimento, digamos que provei, pelo menos para um velho rabugento, o potencial que possuo.
Existia, em meu pequeno companheiro, uma enorme energia e força de vontade, com certeza seria esplêndido em batalhas. É, estava me sentindo orgulhoso dele e de sua persistência em aperfeiçoar golpes, dentro outras coisas, afinal, dele mesmo havia partido a ideia. Já sentia, apesar do pouco tempo, nosso elo estreitando-se e uma confiança aumentando, ele obedeceu-me perfeitamente durante o tempo que continuamos na sala e confiava em mim, seguindo minhas ideias mirabolantes com perfeição. A chama da vontade de dar ao meu melhor está queimando como nunca, não vejo a hora de treinar charmander e os outros que virão e os evoluindo, todos juntos como em um time que, além de companheiros de jornada e batalha, são amigos e confidentes.
Infelizmente, porém, não pude aproveitar as águas quentes junto de meu pokémon, como eu queria, já que charmander tem praticamente uma fobia por água, quem sabe motivada pela velha lenda de que se o fogo no cauda de uma charmander se apaga, ele morre, e isso revela uma atitude que, se não fosse tão desesperada, seria engraçada: abraça seu rabo e começa a choramingar, confesso que até o levei para a beira da água e que ri de seu comportamento, mas depois vi que era séria sua atitude e arrependi de meus risos. Acho que isso é tornar-se responsável .
PS: Quando charmander está feliz, tende a abrir a boca de uma forma exagerada e engraçada. Também prestar atenção em sua chama para ler seus sentimentos.
PS²: Evitar contato de água, até porque, quando Charmander chega perto de algum líquido, tem a estranha mania de abraçar sua cauda e trazê-la para o mais próximo do corpo que consegue.
Charmander, ainda sem apelido;
Temperamento Um pokémon extremamente dedicado e focado, gosta de treinamentos e pega pesado quando está em um. Fora do ambiente de combate é extremamente calmo e amigável. Sua personalidade parece com a de seu treinador, Marc, e muitas vezes um é o espelho do outro. Quando o pequeno pokémon está feliz, tende a abrir a boca de uma forma exagerada e engraçada, além de emitir um sonoro "char" para mostrar entendimento ao seu dono. Quando chega perto de água ou qualquer líquido que possa enfraquecer sua chama, abraça sua cauda e a trás para próximo de seu corpo.
Altura e peso - Segundo informações da pokédex dada a mim, este charmander mede cerca de 0,59 metros e pesa 8,4 quilos;
Particularidades Se possui, ainda não a identifiquei.
- Rota 1;
• Quarta página; da primeira rota e da primeira batalha
Iniciei a Rota confiante e continuava assim até encontrar algumas placas estranhas e, adivinhe, perdi-me na primeira oportunidade. Contudo, nada ajudava-me, pois além de não conseguir ler o mapa, porque estava totalmente confuso em informações, as correspondências no mapa estavam ainda piores. Encontrei, nesta rota, meu primeiro "contato" com outros treinadores, Liza era o nome dela e mostrava-se uma verdadeira caipira, mas pelo menos sabia como andar pela área e me guiou por este breve inicio e, depois de algum papo, entendi o motivo de tanta confusões até chegar àquele ponto, havia criminosos que pretendiam confundir os novatos e roubar-lhes os pokémons. Eu poderia ter sido mais um deles, se não fosse esta garota, o que me fez um pouco mais agradecido à ela. O que interessa mesmo, no entanto, é minha primeira batalha. Depois de termos nosso trajeto bloqueado por um policial que insistia numa barreira na trilha, adentramos a floresta e seguimos por lá, encontrando um Paras; resolvi, dizendo agora ser uma atitude precipitada, atacar o indefeso animal e logo surgiram outros dois da mesma espécie para auxilio do minúsculo. Por sorte, Liza também tinha um pokémon e acabou tomando parte de minha batalha, sendo três contra dois. O Tauros dela era formidável e deu conta de dois Paras, meu charmander, um pobre iniciante em batalhas, saiu-se muito bem derrotando um dos adversários e ferindo um outro e, devo dizer que, se não fosse a "intromissão" do gigante, meu pokémon também teria finalizado o segundo. Fato é que, nesta batalha, percebi o real sentido de preocupar-se com alguém, principalmente depois que charmander acabou ferindo-se gravemente durante a luta, sendo envenenado pelos cogumelos que os Paras carregam sobre a cabeça. Queria chibatar minhas costas por ter precipitado uma batalha desnecessária e comecei a pensar em diversas possibilidades do tipo "e se". E se Liza não estivesse comigo? E se ela não possuísse um pokémon? E se os Paras fossem ainda mais fortes? E se chamassem uma horda? Bem, não era o momento de perguntas e sim de aprender com erros anteriores e não os repetir adiante. Minha única preocupação atual era charmander e seu estado de saúde.
- Viridian; Centro pokémon. O garoto está sentado numa das poltronas e charmander está em seu colo;
• Quinta página; da cura pokémon e da nova parceiria
Nunca foi tão bem ver os brilhos das luzes da cidade e, principalmente, seu Centro Pokémon. Charmander ainda era carregado pelo Tauros de Liza, uma garota que conheci na Rota 1, entre Pallet e a atual comarca, e que acabou me auxiliando em alguns aspectos, desde guia até mesmo parceira de batalha. Antes de entrar no prédio, porém, tomei o pequeno pokémon em meus braços e adentrei o estabelecimento, o desespero visível em meus olhos e nítido em meu tom de voz, corri até o balcão de atendimento e, recolhendo o pequeno lagarto dentro de sua pokébola, entreguei-o até a Enfermeira. Pouco tempo depois, recebi a capsula de volta e liberei o recém curado. Desloquei-me até a área de "descanso" e tomei lugar em uma poltrona, precisava conversar com charmander, pedir-lhe desculpas pela minha má atuação como treinador. Pelas atitudes da criaturas, parecia que ele não queria aceitar as desculpas, por não ter o que desculpar, ele estava animado e a confiança que sempre carregava continuava consigo mesmo depois de quase desmaiar em batalha, ele continuava determinado e eu não tinha mais dúvidas que era um ótimo parceiro, contudo, a culpa ainda fazia-se presente em meus pensamentos e só me restava cuidar para que o momento anterior não se repetisse. Chamander acomodou-se em meu colo, seu rabo gerava calor para meu corpo e ele aparentava estar relaxado. Procurei em minha mochila um pequeno mimo para ele, um lenço que me foi dado pela minha mãe antes de que eu partisse em viagem, achei o objeto e amarrei em seu pescoço, admito que deixei meu pokémon ainda mais estiloso. Ele estava sorrindo, assim como eu, e tinha o brilho no olhar. Apelidei-o de Febo, um nome que significava "brilhante" e de brilhante ele tinha sua cauda, seus olhos e sua personalidade. O nome combinava perfeitamente com meu pequeno.
Antes de despedir-me de Liza, convidei-a a ingressar em minha jornada como companheira, afinal, não iria mais conseguir me acostumar ao silêncio, já que sua presença expansiva fazia com que tudo ficasse mais movimentado e vivo, ao contrário do meu constante silêncio. Sem contar que ela seria de grande ajuda, sua habilidade em batalhas era incrível e, com certeza, fazia uma grande dupla com seu Tauros - possuía apenas um "problema" e é ai que eu entro: ela tinha medo de pokémons, já que quando era menor, foi atacada por um enxame de Beedrill. Queria mostrar para ela que essas criaturas eram sim de tamanha confiança e que podiam ser novos leais companheiros e amigos, que não há nada para temer. Agora, ela estava indo de volta para casa, anunciar aos seus pais sua decisão de adentrar em uma viagem que não teria data para acabar.
Charmander, apelidado de Febo;
Temperamento Um pokémon extremamente dedicado e focado, gosta de treinamentos e pega pesado quando está em um. Fora do ambiente de combate é extremamente calmo e amigável. Sua personalidade parece com a de seu treinador, Marc, e muitas vezes um é o espelho do outro. Quando o pequeno pokémon está feliz, tende a abrir a boca de uma forma exagerada e engraçada, além de emitir um sonoro "char" para mostrar entendimento ao seu dono. Quando chega perto de água ou qualquer líquido que possa enfraquecer sua chama, abraça sua cauda e a trás para próximo de seu corpo.
Altura e peso - Segundo informações da pokédex dada a mim, este charmander mede cerca de 0,59 metros e pesa 8,4 quilos;
Particularidades Apenas um lenço vermelho amarrado no pescoço, dado por mim.